Saudades

Foto de Fernanda Queiroz

Meu Papai

Papai.
Hoje comemora teu dia, que são todos os dias que com tua presença mágica preenche meu dia.
Gosto de estar assim diante do computador e deixar minha mente vagar no teu carinho sempre presente, na tua mão grande, morena, que se entrelaçavam as minhas pequeninas, transmitindo proteção.
Sentir meu corpinho de menina aninhado em teus braços em momentos de medo, “como nos dias de fortes tempestades” saudades batalhas ou vitórias, a qual sempre me ensinou que é exatamente o espelho que reflete a imagens de nossos esforços.
Sentir meu corpinho cansado das brincadeiras, do pique esconde, das enormes corridas, onde muitas vezes você me deixou ganhar se enrolando sabiamente em algum obstáculo, deixando o ar de vitória as minhas pequeninas pernas, que sempre o seguiu, desde que Deus honrosamente me deu o privilégio de chamá-lo de papai.
Papai, do jeito que eu queria, sem jamais ser utopia, exemplo gritante em todos os dias.
Coração entregue, no ato e no fato, onde o sentimento foi o laço que gerou harmonia.
Papai, que me ensinou que a coragem, é parte da bagagem que nos leva as metas sonhadas, mesmo que o caminho seja tortuoso ou longo, mas é por onde jogamos sementes, sem nos preocupar com o solo vai ou não germinar, é fazer da vida um eterno semear.
Papai, que me ensinou o ontem eu posso mudar, que o amanhã começa hoje, o depois agora, que o futuro será sempre o presente que cultivei colheitas que eu plantei, no carinho que dei, da mão estendida e destemida, que faz com capacidade, nascer igualdade, berço da humildade, percurso da lealdade, que faz com que eu sinta de verdade, que vale a pena ter existido, que a vida só tem sentido sem o poder ser mantido, mas com amizade e amor distribuído.
Papai, que me mostrou que estar perto é estar dentro, em todos os momentos.
Papai, contigo aprendi, não sei se tudo, quem sabe a metade, que pude fazer florescer, emocionar a colher na semente que em mim germinou, onde uma frase de tua neta é um podium de um troféu dos anos passados ao teu lado.
“O que começa em mim, jamais terá fim”. – Flávia Rocha.
Eu te amo, papai, e o amor que começa em mim, jamais terá fim.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados.
12/08/07

Foto de pipineves24

Quando a sua canção (me) tocou...

Noite fria, tantas pessoas, mas eu acompanhado da solidão
a canção que se inicia aquece minha alma
e fervilha minha mente de emoções
cada palavra dita, cada nota tocada,
uma lágrima nascia de meus olhos,
algumas em vão caíam no chão,
outras, serviam-me como seiva fortificando meu coração
entretanto, ainda eram insuficientes,
meu senso de completude crescia
mas então percebi, que todas teriam um significado
evaporaram, respirei-as e senti que amar sempre vale a pena
o que não vale a pena, é viver sem amar,
apenas viver, sobreviver...
agora, não há mais dor no meu peito
há mais amor
a canção acabou
mas vc permaneceu em minha mente
estática, bela, sorrindo para mim
como num album de recordações
boas recordações
ali está você, refletida no rio de minhas lágrimas
lá que irei mergulhar e nadar para te encontrar
mas logo o rio irá secar, pois as lágrimas cessaram de meus olhos
e quando saturarem no ar, irei voar pelo céu,
com o mesmo destino do som da canção que já se perdeu
sua canção, minha carência...
saudades...

Foto de Flavynho

Que saudades

Estava aqui
pensando em vc
a saudade bateu
não consigo te esquecer

lembrei de tudo que fizemos
lembrei de tudo que passamos
ja se foram tantos anos
ja se foram muitos planos

queriamos tanto um ao outro
prometemos ficar juntos
mas vc ja foi embora
e o que que eu faço agora ??

que saudades
que eu tenho de vc
que maldade
que não queira mais me ver !

Foto de Clynton

Amor liberto

A minha tristeza pode ser comparada com a de uma criança que está encantada com um pequeno pássaro, pronto para voar. O que a criança não sabe é que o pássaro não volta quando temos saudades, mas volta de acordo com as estações do ano. Este pássaro pode até mesmo nunca mais voltar, pois pode se unir a algum bando de pássaros ...e a criança fica na esperança de reencontrar aquele mesmo pássaro que um dia se afeiçoou.

A minha tristeza é que eu tenho consciência que você é como um pássaro livre, pronto para voar, e a qualquer momento pode alçar seu vôo. Talvez voe não porque queira ir para longe, mas voe por que seja o tempo da estação de imigração, tempo necessário para a subsistência...tenho medo que a vida nos reserve um desencontro e eu te perca neste mundo porque você pode encontrar um bando de pássaros e eu não possa te esperar como a criança, no mesmo lugar, na esperança de reencontrar o pássaro que fez um ninho no coração daquela criança...

A minha tristeza é que te causo mal, te deixo magoado. Pode o amor magoar?

A minha tristeza é que te deixo triste e penso: vale a pena?

A minha tristeza é que não vejo em você a vitalidade, o entusiasmo quando nos conhecemos: isso é amor?

A minha tristeza é que ao invés de dizer que TE AMO, muitas vezes faço o contrário.

A minha tristeza é saber que a sua forma de amar é diferente, pois possibilita vários amores, é saber talvez que eu não seja para você o que você é para mim: Amor de corpo e alma, mas entendo e compreendo que existem formas diferentes de amar. Infelizmente não quero uma relação diferente desta que idealizo para mim. Não quero ser dividido com outras pessoas. Mesmo que para isso eu tenha que deixá-lo, pois é muito doloroso para mim viver desta forma.

A minha tristeza é porque não correspondo as suas expectativas.

Com toda a minha tristeza, existe lugar em mim para a felicidade. Ficarei feliz se você encontrar o seu bando de pássaros e fizer um ninho em algum lugar seguro e feliz, mesmo que longe de mim, pois eu entendo que amar é isso, é deixar você livre para fazer as suas escolhas, mesmo que esta escolha não seja ficar ao meu lado...amar é tornar o outro mais feliz.

Ficarei feliz se for o seu tempo de alçar um grande vôo. Quando estamos no tempo do voar temos medo, mas também temos o desafio de desbravar novos horizontes e novos locais, conhecer novos pássaros e renovar a nossa vida.

Assim é o pássaro, quando dá a sua vida por alguém é preso na gaiola e a vida não se renova, mas torna-se refém do seu criador.

Assim pode ser você, quando me dá a sua vida pode morrer dia a dia e amor não é isso mas AMOR é VIDA é a liberdade de ir e vir tanto sua quanto minha, respeitando o outro!

AMOR aproveita que a VIDA está te dando caneta e papel para você escrever a sua história à sua maneira!

Foto de Dennel

Universo em teu corpo

Meu amor, quantas saudades de ti
Tua ausência fez faltar-me
Um oceano na minha gota
Um céu na minha estrela
Um rio no meu curso

Tua ausência trouxe-me
Suspiros de saudade
Lágrimas de desejos insatisfeitos

Mas ao encontrar-te
Meu oceano arrebenta em ondas
Meu céu explode em constelações
Meu rio torna-se mar
Meu ser palpita desejos
Que transformo em beijos

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

a vida e o tempo

o meu coração dói por muitas saudades de velhos sentimentos que não habitam mas em meu ser um dia em minha vida fui criança e tivi muitos sonhos e eu queria que o tempo não tira-se de mim as alegrias e tambem que não as transforma-se em dor mas agora eu cresci e vejo que a vida e o tempo sobre ela é como uma velha brincadeira de criança em que se pega uma flor e ao arrancar petalas por petalas a vida me diz bem me quer ou mal me quer .

Foto de Cecília Santos

CABELOS VERMELHOS

CABELOS VERMELHOS
*
*
*
De vermelho pintastes,
os teus cabelos.
Vermelho intenso,
como a cor da paixão.
Paixão que incendeia a alma,
e o coração.
Rubro como vinho que aquece,
e embriaga a alma.
Alma que se alimenta,
de tantas ilusões.
Ilusões que me faz, sorrir e cantar.
Mesmo quando tudo é solidão.
Solidão, que me faz ver coisas, que
só eu quero ver e lembrar.
Lembrar com saudades,
momentos vividos,
De intenso amor, que
trago guardado comigo.
Cabelos vermelhos lindos!!!
esvoaçantes ao vento.
Vento que hoje, trás teu
perfume até a mim.
Que ainda me embriaga,
e me machuca.
Machuca o peito, e fere o coração.
Coração que sangra, de saudades.
Coração que se tingiu de rubro,
como os teus cabelos,
Desde que partiste daqui.

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de Cecília Santos

JARDIM DAS ILUSÕES

JARDIM DAS ILUSÕES
*
*
*
No meu jardim,
semeei flores.
Mas só nasceram
saudades.
Colhi amores
imperfeitos.
O lírio branco,
não me ofereceu a paz.
Nos espinhos
da rosa púrpura,
meu coração se feriu.
O perfume do jasmim,
já se exalou.
O colibri já não vem,
beijar a flor.
No jardim das
minhas ilusões.
Sou viajante
solitária e triste.
Só tenho por
companheiro,
meu coração
despedaçado.
Procuro tudo, e não
encontro nada.
Procuro flores, e só
encontro os espinhos.
Procuro você, mas
só encontro a saudade!

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de Flower Medeiros

Linda e delicada menina.

Eu a conheci tão jovem, tão meiga e inocente.
Sua alegria contagiava a todos ao redor.
Brincava de ser princesa, tinha um sonho,
Seu príncipe um dia viria buscá-la, montado em um cavalo branco.
Perdi essa menina e por muito tempo não tive notícias dela,
Uma noite a vi, fiquei feliz em revê-la.
Ela me pediu colo, me pediu que a não deixasse mais só.
Naquele momento não entendi o que me falava.
Como poderia deixá-la, se ela mesma quem quis ir embora.
Pedi para que me contasse onde ficou aquele tempo todo.
E em prantos:
_Eu estive no esquecimento,
onde o sol não brilha, onde a brisa é gelada,
onde tudo é muito feio e assustador.
Então perguntei:
_Porque escolheu ir para esse lugar mórbido?
Ela respondeu:
_Eu não tive escolha, você quis assim.
Num dia ensolarado brincávamos com outras crianças,
E um homem apareceu.
Você sorriu para ele, ele pegou sua mão,
falou em amor, em paixão.
Você se apaixonou, e escolheu viver com seu amor.
Naquele momento decidiu crescer e virou mulher.
Deixando-me para ser esquecida.
_Agora me lembro!
Aquele homem chegou em meu coração, como um meteoro
que rompe a superfície da terra e explode tudo por onde passa.
Queimando tudo, ele queimava dentro do meu coração,
Apoderou-se de todos os meus pensamentos,
De todas as minhas vontades, fui dele por completo
Fui dele até na alma.
Não tive força sobre mim mesma, não tive como escolher, entre ser você ainda,
Ou deixar tudo e amar de uma forma diferente e ser amada.
Mas se você viveu num mar gelado e escuro,
Também passei por momentos de angustias de sofrimento.
O mesmo homem que me levou as alturas me deu amor e uma nova vida,
Foi aquele que destruiu tudo que mais tinha de precioso “você”.
Abandonou-me,
Deixei de ser alegre, deixei de ser grandiosa,
Conheci o ciúme, o egoísmo, conheci o amargo da vida.
Minha inocência se extinguiu e a malícia paira em meu olhar
Não confio nas pessoas, não sinto nada em meu coração.
Tive saudades de você, tive saudades de nós,
Tive saudades de mim.

autora: Flower Medeiros

Foto de Fatima Cristina

Camisa Branca!

Assim que cheguei à porta de casa percebi que estavas lá dentro. Rodei lentamente a chave na fechadura e nessa fracção de segundos fui assaltado por mil pensamentos. Estarias mesmo ali? Ao fim de tantos meses, depois de um silêncio tão grande? Claro que sim! O aroma do teu perfume é inconfundível e desde que cheguei ao Hall que fui invadido por ele.
Lentamente abri a porta e, como eu desejava, à minha frente estavas tu. Exactamente como sempre te imaginei. Tinhas a minha camisa branca vestida. Adoro ver-te com ela. E tu sabes disso, por isso a escolheste. As mangas levemente dobradas deixam ver a candura da tua pele, os botões, meio abertos, meio fechados, insinuam a curva do teu peito, a brancura do tecido deixa ver os contornos do teu corpo. Atrás de ti, e devido à claridade que entrava pela janela, visualizei a tua lingerie preta, as tuas pernas, e lá estavam as meias-ligas (huumm que sempre achei tão sexys).
Olhei-te nos olhos e percebi que lias os meus pensamentos. Tive vontade de te tirar a camisa branca, de te despir, de fazer amor contigo ali, no hall de entrada, e matar assim, todos os desejos, todas as saudades que tinha tuas. Mas tive medo de te assustar… (talvez por também eu estar assustado).
Aproximei-me, abracei-te com suavidade, com medo que fosses uma miragem e que eu estivesse a delirar. Com medo de te apertar com força e que tu te dissipasses como uma bola de sabão. «- É bom ter-te aqui.» Foi a única coisa que sussurrei enquanto senti o meu rosto tocar no teu. Senti o teu corpo tremer. Nunca percebi se tremias de frio, porque lá fora a neve baptizava os incautos que passeavam na rua, e tu vestias apenas a minha camisa branca, se tremias de emoção por me sentir ali tão perto. Não sei quanto tempo durou aquele abraço, mas senti que podia continuar assim o resto da noite… o resto da vida… e enquanto o abraço durasse, sabia que não ias voltar a partir.
Desprendeste-te do meu abraço e levaste-me para a cozinha. À minha espera estava uma mesa requintadamente preparada. Não esqueceste a elegância da toalha, a magia das velas, o meu vinho e o meu prato favoritos. Durante o jantar falaste de trivialidades e eu olhava-te sorridente e conversadora, com a minha camisa branca, e senti que não te podia voltar a perder, e que o teu lugar era ali.
Fui preparar o café. Continuei a observei-te e percebi que apesar do teu corpo estar ali tão perto, o teu espírito tinha-se ausentado. Vi o teu olhar perdido na janela, observando a Vida a fluir lá fora. Num flashback recuperei a memória dos dias em que te perdias na paisagem da minha janela.
«- É bom voltar a estar aqui.» Disseste, parecendo regressar. Por um momento senti a tua voz embargada e pensei que estivesses a chorar. Olhei-te novamente. Lá estavas tu, debruçada sobre a janela, com a minha camisa branca… e à contra luz voltei a ver os contornos do teu corpo…a tua lingerie preta… a renda das tuas ligas…Como uma trovoada inesperada de Agosto, aproximei-me de ti e tomei-te de assalto. Não pedi licença, não me fiz anunciar, tomei o teu corpo, no meu corpo, porque é meu, porque me pertence, porque ardia em desejo, porque quis fazer amor contigo desde que te vi ao entrar. E tu, entregaste-te como sempre fizeste, sem perguntar como nem porquê, deixaste-te ir como um rio que corre para o mar, como a folha que se deixa guiar pelo vento. E enquanto a neve gemia ao tocar nos vidros lá fora, tu gemias de prazer nos meus braços.
Fizemos amor ali, na mesa da minha cozinha, com a minha camisa branca a testemunhar aquela união dos nossos corpos. Levei-te para o quarto, para aquela cama tão fria desde que foste embora. Fizemos amor o resto da noite, como se quiséssemos recuperar todo o tempo perdido, como se tivéssemos medo que o tempo ainda nos voltasse a separar.
Adormeci exausto. Adormeci feliz. Estavas ali outra vez, em minha casa, no meu quarto, na minha cama, protegida pelos meus lençóis.
De manhã acordei… sozinho… uma brainstorming assolou os meus pensamentos. Teria sonhado contigo? Terias realmente estado ali? Teria feito amor contigo? Sinto tanto a tua falta que já não distingo os sonhos daquilo que é a realidade… mas parecia tão real… Fechei os olhos na esperança de voltar a sonhar contigo, aninhei-me no teu corpo imaginário, deslizei as minhas mãos pelo espaço que naquela cama te pertencia e senti, debaixo da almofada algo que me era familiar… Esbocei um sorriso. Levaste novamente o teu ser, o teu corpo, a tua alma, mas deixaste o teu perfume… na minha camisa branca.

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