Sede

Foto de Gui❤Lari

Razão versus emoção

Amor se tive consciência
Hoje sei que a perdi
Vou contra a razão sim
E não quero recupera lá
Deixo a emoção me levar
E assim cometeremos as maiores loucuras em nome do amor
A cada dia mais nos envolvemos
O caminho é estreito e sem volta
Mais pra que pensar no futuro
Se ele vai existir de uma forma ou de outra
Os sentimentos se tornam mais claros
Da mesma forma que a lua cheia é imponente no céu
Você é absoluta em meu coração
Vem entregue se a paixão
Temos muito a viver
Curtindo e sendo cúmplices nessa paixão
Então não demora vem logo
Que vamos eliminar a saudade
E viver os bons momentos
Vem e deixe que o tempo
Faça sua parte
Se amar é uma arte
Somos artistas do amor
Vem se aquecer no calor do meu corpo
Que preciso matar minha sede
Nos seus beijos molhados
Quero mais um abraço apertado
Quero ser seu namorado
E tudo que você quiser

Foto de Costa e Abrantes

Equação áurea

Equação áurea

O método dos corpos rolantes
Em espaços empolgantes
Tão intensos e excitantes
Mais agora do que antes
O tocar chamejante
O ofegar delirante
De que tem sede?
Ou de quem te come?
Cada toque direcionado ao teu ser
Só para ver
O sol a sós nascer

Assistirei às tuas curvas
Mores e belas curvas
De um corpo nu
Dono de uma vulva cabeluda
Ah! Mariana!
Anda!
Corra e apronta
O que bem quiseres
Pratique teus bel-prazeres
A equação áurea de dois seres
Resulta em múltiplos orgasmos muitas vezes.

Foto de Alexandre Montalvan

Cio da Terra

Cio da Terra

O veneno doce da tua boca
na sensualidade no desejo
eu quero toda a tua língua
e com a minha voz rouca
eu peço, teu afogueado beijo

Meu corpo se funde ao teu
na ânsia, sem qualquer palavra
teus lábios sugam os meus
de fome, de desespero, gritava.

Vêm as mãos adoradas e quentes
em seios mornos túrgidos ardentes
volúpia amarga na luxuria explicita
tamanha é sede na lascívia aflita
então abre-se como uma flor e grita.

Pecaminosos atos de bizarra paixão
corpos engalfinhados como em uma prisão
beligerantes, são como atos de guerra
no espaço absoluto calor, é o cio terra.

Alexandre Montalvan

Foto de Bira Melo

FUI PRA MARTE E TENHO SEDE DE AMAR-TE

FUI PRA MARTE E TENHO SEDE DE AMAR-TE

Minha sede de viver
é uma ameaça atômica,
e os meios que uso "baby", nem te conto...
Meus "is" não têm pontos,
meus deuses são bem mais diminutos, e belicosos do que eu.
Creio apenas em mim, e no supremo Deus.
Sempre peço desculpas veladas
nos álibis da minha ridícula imperfeição,
mescladas nos meus perdões que são falaciosos...
Nunca esqueço de nada, apenas tento sublimar,
ignorando, e abstraindo para não odiar, nem me vingar.
Tudo isso porque fui, vim, estou, e por hora sou de MARTE.
Tenha cuidado, muito cuidado comigo, "my sweet honey"
pois nem sempre sei AMAR-TE!

Foto de CarmenCecilia

ÁGUA

Água

Água que mata a sede
E que cede
Vida...
Água que como águia
Guia vida...
Água...
Recolhe a mágoa
E faz trégua...
Que percorre léguas
Que encolhe a língua
Água que mingua...
Água que chora
Água que implora
Pra não ir embora...

(Carmen Cecilia)
Abril/2014

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 10

Escrever exige uma intensa entrega pessoal e total desprendimento dos preconceitos e convicções. Como eu não tenho amor próprio, faz dez anos que estou nessa. Com gente lendo ou não, faça chuva ou sol, tendo eu dinheiro ou estando duro, para os diplomados e os analfabetos, eu vou fazendo a minha arte, como o Sísifo, me lembra o Camus, vou levando a rocha pro alto do morro e deixando cair todos os dias. Essa é a minha verdade, gente que sou até agora.
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Enquanto o fogo consumia tudo, e as pessoas viviam seus amores, seus valores e seus pecados, Clarisse subia para a cidade em busca de se reconciliar com o seu passado e destruir os insetos que a haviam humilhado ou algo parecido. Ela iria falar com o Luís Maurício, com o Patrício, com o Fabrício, com quem pudesse matar as pessoas e devolvê-las para sua posição de subserviência. Quando ela se levantou, parecia até branca, como se um Feliciano a tivesse abençoado da miscigenação racial e da indivisível respiração coletiva, como se fora brincadeira de roda, memória, o jogo do trabalho na dança das mãos. Ela estava montada. A balada da sociabilidade lhe abria os braços e o coração. Ali era o seu lugar, voltava pra ficar. A luta pelo poder enfim teria o seu final.
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- Calma gente, calma gente!

A voz de Dimas se tornava cada vez menos ativa.

- Vamos ficar em paz!

O que Dimas não entendia, e isso é claro para todos os que ali estavam, é que somos animais. É por isso que não acredito em Rogers, quando ele diz que o ser humano é bom. Pois bem, o ser humano é bom... para ele! É algo natural ser egoísta. O que Sartre não os contou, o que Husserl e Rousseau omitiram descaradamente, bem como os líderes humanitários, é que o amor e a cooperação são alienígenas ao instinto pessoal de se sobreviver e de continuar. Procuramos o que é vantajoso e seguro para a consciência. Isso não é escolher ao mal. Isso é reconhecer uma característica da nossa essência, que na verdade é indiferente para a moral, que foi inventada com o tempo, bem como todos os conceitos psicológicos e existenciais. E então a Torta lhe deu um beijo.
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- Então, eu destruí eles.

- Mas quem te disse que os queríamos destruídos?

Clarisse ruboriza-se ainda mais.

- Os dominados, os engolidores... Eles é que sustentam o nosso modo de vida. Eles são o nosso alimento, o nosso instrumento, sem os nossos escravos, não há como gerar a riqueza. É como imaginar um mundo sem pobres. Alguém sempre acabará subjugado. É a lei natural, Talião, na prática! Se você não tivesse ido para lá eles não estariam envenenados com a sede do poder. Bom, o erro foi nosso. Agora já foi. Não importa. Fique aí e não incomode mais.

A batalha final era enfim preparada.
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O fogo subia os castelos. As espadas faiscavam. As bazucas, os bodoques...

- Toma!

A cobra fumava.

- Morre diabo!

Tudo resplandecia a tragédia, como a velha praça Tahir, como uma Nova Deli, como em uma Hiroshima deflorada, como um Brasil em época de hiperinflação, como o rompimento do namoro de uma adolescente, como a queda de divisão de um time de futebol, um câncer, um escorregão idiota num dia da saudade, a cabeça no meio-fio.

- Burn, motherfucker, burn...
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Dimas subia com os miseráveis a ladeira da cidade. Arrombavam as portas. Alastravam um medo até então desconhecido aos porões dos vencedores, suas famílias funcionais, suas menoridades penais, seu pleno conservadorismo e hipocrisia. Batiam as panelas, ignoravam as balas que lhe atiravam, quebravam as bancas. O saque indignava. O estupro coletivo era feito sem cerimônias prévias.

- Muerte! Muerte!

A bandalha hasteava a bandeira do assistencialismo. Colocavam seus headphones e atendiam o furor da sua maldade. A humilhação acabava, ou assim pensavam. Tinham tomado tudo.
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- Se você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele.

Luís Maurício assim neutralizava a queda da sua Bastilha. Os seres de sangue frio haviam se misturado ao coro sem que se percebesse. Pediram a rendição, um tempo. Patrício, que era o chefe da comunidade até então, degolado, foi dependurado no alto de uma varanda como um pálido estandarte, corno, empalado em uma lança. O líder seria escolhido e Dimas seria o jacobino. A Torta seria a primeira-dama, e Clarisse, sua concubina. Até que ele disse o que não devia.

- Eu vou embora. Vocês conseguiram o que tanto desejavam. Agora não me atormentem mais.

Sequer Zaratustra havia sido tão ousado. Para onde iria Dimas, o santo? Para quarenta dias no deserto? Eu poderia falar no próximo parágrafo, mas não é bem isso o que vou fazer.
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- Esse nome não me serve mais. Revelarei meu nome. Eu sou a discórdia. Eu entreguei o pomo da primeira história. Quem quiser me acompanhe. Quem não quiser, fique aí e seja feliz.

As perguntas que te surgiram serão respondidas mais pra frente.

Foto de Maria silvania dos santos

Você!..

Você!..
_ Você com este teu olhar safado, tu deitado ao meu lado, repirar profundo, ofegante, cansado...
Tu es o meu vulcão em erosão, tu emocionaste meu coração me criaste ilusão...
Tu aumenta o meu tesão...
Com tua pele, tuas mãos macia, as quais com ela me acaricia, meu corpo de sede sacia...
Não posso ficar sem te...
Minha alma, de desejo delira, penso em te noite e dia, sem te, estou vivendo uma pura agonia, venha realizar minhas fantasias...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de diny

PRECE DA ALMA

PRECE DA ALMA
Ah senhor Jesus
Senhor do meu amor
E da minha esperança
Preciso de ti
Como a sombra da luz
Pra ter razão de existir
Preciso de ti
Como sentir sede
Sem nada que possa sacia-la
Preciso de ti com essa dor
Em minha alma
Que eu sei...
Só tu podes compreender
E acalanta-la
Porque essa dor é da sede de ti
É da sede de te amar
É da solidão de ti, Senhor.
Sem saber expressar
Que quanto mais eu te preciso
Mais sou incompreendida
Mais sou rejeitada
Sou odiada
Pelo meu próprio ser humano...

Diny Souto

Foto de Carmen Lúcia

Quero

Quero...
Ser o elo entre o mundo e a paz,
a vida simples de quem é capaz
de unir humildade e grandeza,
sabedoria e beleza
com a mansidão de um barco
aportando o cais...

Quero...
Ser rio que chega ao mar
vencendo as batalhas de seu fluxo
ao tornear pedras , colidir em rochas,
modelar-se à opressão das margens,
nortear as águas durante seu percurso,
único recurso para estancar a sede.

Quero...
ser o filme dos instantes felizes,
o ancoradouro das melhores lembranças,
a saudade que faz companhia
quando a ausência marca triste mudança
e a vida mostra o outro lado da face,
um lado sombrio, que se desconhecia.

Quero...
ser a frágil bailarina,
girar o corpo ao redor da rima,
de seu interior ouvir a melodia
inspirada na arte que combina
passos , compassos, coreografia ,
todo espaço irreal, sua geografia
sendo transformada em poesia.

Quero...
ser a tarde e sua nostalgia,
cores indecifráveis a findar o dia
num céu que rouba toda a magia
na transição de fim e recomeço,
reverenciando a noite, o luar,
as constelações do espaço estelar
preparando mais uma manhã.

_Carmen Lúcia_

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