Selva

Foto de Caio Maciel

Os Esponsais Das Icamiabas-Nova Versão

Hoje Vai ser a grande noite,
No lago Jaci-Uaruá,
A lua seduz com esplendor,
O que para as icamiabas é mais um rito de amor,
E quando chegar a noite,
Dos concisos esponsais,
Querem estar puras e casadas,
Sob a pompa do clarão,
No mistério da selva então...
Mergulha,
Mergulhando corpos nas águas do senhor,
Ô nossa mãe,
Das pedras verdes,
Traga nos seios das águas,
Os símbolos do amor...
No final,
Da alvorada,
O esposo da noite volta,
E nos seus desejos coloca,
O muiraquitã que ela o entregou,
E juntos,
Guardam,
Eternizam,
Esse amor....

Foto de elcio josé de moraes

LUA CHEIA

Eu quero ver o sol lá fora,

Na selva me embrenhar agora.

Ver rios, igarapés, vou embora,

Não sei se vou voltar senhora.

Se à noite a solidão vagueia,

Até que a lua vem bem cheia.

Eu pego o violão e a esteira,

E canto uma canção na areia.

Se a vida é pra viver, vem vida,

Por terra, céu e mar, bem vinda.

Nascer, crescer, vencer, tão linda,

É esta natureza infinda!..

Escrito por ELCIO J.MORAES

Foto de Maiakovsky

Contornos

Acaso me chamo um felino sobre ti;
Sem caso, imito um vendaval em tuas curvas.
Tu abres universos decorados por nobreza,
luares planejados, braços, olhares e bocas.

Acso te chamo Ártemis nascida de meu peito,
lúcida erva brotada de minha Babilônia,
doce sabor das ondas que vem e vão.

Satirizo e repulso os dias sem teu perfume,
rios que correm vilas onde tu estás ausente.
Desvairado, busco os lagos florais de tua pele,
contornos em tua grande selva de delícias.

Por acaso, me chamo trovador de teus passos;
Sem vestígios, encontro jóias de tuas mãos.
Chamo-te guerreira branca em vestes brancas,
lábios infinitos em suave carmesim.

Foto de Minnie Sevla

Namorado Virtual

Meu namorado é tudo que sempre quis.
Embala meu sono com sonhos cor de anis.
Meu namorado caminha por entre espinhos,
atravessa vales e mares para chegar até meu caminho.

Meu namorado é o mais belo desnudar do amanhecer,
que invade a aurora da vida e faz-me renascer,
quando os prazeres se fundem na mais perfeita emoção
e os corpos se completam com uma linda canção.

Meu namorado traz nos olhos a bravura de um leão,
mas o ecoar da sua voz traz consigo mansidão.
A selva toda se curva diante sua fortaleza,
e até o mais valente felino se admira com a sua realeza.

Meu namorado vive num longe aqui bem perto...
é um oásis de águas cristalinas em pleno deserto,
uma fonte que goteja até o líquido virar rio.
Uma lareira em plena neve que aquece todo o meu frio.

Meu namorado tem pele bronzeada e dourada.
É o sol que me aquece, o céu que a lua faz morada.
Tento alcançá-lo às vezes, mas se perde no infinito,
onde o virtual acontece e o amor é mais bonito.

Foto de andrepiui

Soldado

Noites esperando por algo
Neste vai e vem do rio
Mendigos esperam ajuda do alto
No meio deles me encontro vazio

Agüentando como um avestruz
Na selva de pedras subo montes
Lua me aparece como luz
Céu e inferno de forma constante

Fortalece minha alma
Num beijo sutil
Refrigera fica estagnada
Rotação a mais de mil

Extintores sopram
Fogo em todo lugar
Pessoas que se foram
Pra nunca mais voltar

Encontrar-te-ei
Talvez algum dia
Em frente sigo e sei
Seria a minha alegria

Destino que não conheço
Não posso mudar
Cresce apenas o desejo
De um mundo melhor encontrar

Olho fixo e vejo
Grãos de areia a se espalhar
Seu rosto desenhado em meu peito
Acordo e do meu lado você não esta

Doce fruto para meus filhos deixo
É o meu melhor, nas veias segue a pulsar
Sangue misturado por meus antepassados
Sou soldado estou na batalha só posso acreditar.
(Autor: André dos Santos Pestana)

Foto de cathy correia

Mãe

Olho a encosta
Com os teus olhos, mãe...
E vejo a beleza que tu vias...
...Num riso de criança,
Num abraço dado com o coração,
Num cheirinho bom a escapar de uma panela.
E que saudades tenho, mãe...
Quando juntas
Subíamos a ladeira,
Quando passeávamos
No jardim pleno de flores,
No meio de uma selva
Cinzena e fria!
Que saudades tenho... minha mãe...!

Foto de Enilton

Brasil 500 anos depois

Brasil 500 anos Depois

Ouvimos os tambores batendo
Na selva, na relva da mãe natureza
Vimos índios primorosos mais que amistosos
Com grande beleza.

Corpos esculpidos, rostos coloridos.
Combinavam com suas vestes
Belos colares, enfeitem de penas de varias espécies.

Quão grande formosura,
Liberdade naquela pele vermelha - escura a brilhar
Pés firmes no chão tocar
Recepção, convidando-nos a dançar.

A terra se abrindo; o ouro surgindo
Tamanha riqueza
Matas e cascatas de eximia beleza.
Nas matas, árvores frondosas,
Prata e pedras preciosas...

Hoje quem somos nós?

Invadimos a sua aldeia
Introduzimos as nossas doenças...
Comemos de sua ceia,
Roubamos seus costumes e crenças.

Poluímos os seus rios,
Destruímos as suas florestas
Iludimos com o nosso “brio”
Não cumprimos com nossas promessas.

Mantivemos na escravidão
Dizimamos em massa
Não respeitamos a sua religião,
Sua tradição e sua raça.

Quem somos nós?

Com presentes enganadores
Tornamos hipócritas invasores
Fizemos de nossa ambição um mito
Não ouvimos mais tambores
E sim gritos e horrores
Desses escravos heróis
Que fizeram de nós senhores.
Autoria Enilton Santos Morbeck

Foto de Lou Poulit

Mulher de Verdade

Essa mulher de imagem pública,
Cúbica pintura, me implora
Despir-lhe muito mais que roupas,
Rotas de tão despidas.

Essa personagem em nossas vidas,
Que nega o que me importa,
Nem mesmo morta me interessa,
Não me excita, não me apressa
E se me apanho numa cantiga
É de falo fanho, sem prumo certo,
Sem as estrelas que sempre oferto
Ao ventre escuro que me ilumina.

Não é uma menina... Uma menina...
Não é uma promessa... Uma promessa.
Não é um prato de louça fina
Mas é uma travessa... Uma travessa.

Queria que fosse de verdade!
Desperta, de mentiras deserta,
De sabor curtida, mas nem tão pura!
De cheiro e da vida madura,
Moldura dos meus parcos segundos,
Eternos e tão gratos segundos.
Que em minhas mordidas se leia:
Um homem ama essa mulher!

E num momento, deserta de sanhas,
Quando o tempo chegasse a pesar,
Eu a sentisse nas minhas entranhas
Como a selva sente o rio passar.

Foto de Ricardo felipe

Loucura

Translúcida é água e nas ladeiras desse suave branda e leve que o vento leve que tudo se releve na relva desta selva vá e me tenha nos planos campos como nos meus sonhos mais estranhos e belos não trema pelo frio da noite não me tema pois nosso amor é meu tema e é pra ti que canto meu poema vá como a água leve qual pena meu amor nos encontraremos na próxima cena lava teus olhos roxos que meu peito seja teu encosto que lindo rosto as razões são canções de sentimento grita geme corre tome seu porre vai te desespera foge tudo você pode morde lambe o sangue do teu amante a morte é sorte pra quem nada pode salvação deste coração seja a visão as palavras a canção minha prece oração loucura ódio prazer raiva desejo fazer ensejo pra tirana vida vai fica minha querida vês que louco sou solto bicho do mato quase morto por dentro meu remédio seu alento vem meu alimento mãe avó e filha e tudo a família brilha nessa trilha do caminho companheiro desatino desespero perca sem eira nem beira de nada só a cascata indecifrável louvável e amável geme treme eu sou teu amor monstro bicho solto filho pai irmão e toldo segura meu rosto que eu estou ficando louco,
Sem você.

Foto de iDinho

De um astro a outro


Queria te amar... Mais ainda.
Amar, mas ainda conseguir ouvir meus cantos.
Dos de tristeza falo, já que foram com eles que um dia
Pude perceber o quanto tinha de ser com você!!

Você, pura, meiga, bela...
Na tela pinto o que chamam de lua com rosto contornado,
E cabelos adiciono. Luto para que não sejam poucas as semelhanças,
Pois em primeiro, o brilho ponho e tinta já não há para em nome de minha amada dedicar.

Em traços de bolhas reluzentes, os olhos daquela a qual a beleza com a tua comparo,
Oh lua, como faróis iluminam depois de tempos o caminho escuro
Que como uma selva de pedras, vida, ânimo, carinho e calor
Já não tinha mais.

As estrelas a rodear o satélite maior,
Fazem por cumprir a tarefa dada por deuses,
De proteger sua magnitude dos raios incontroláveis,
De um novo dia, que tarda, mas que por fim na noite que aprecio, ela novamente a de lavar.

Rezo, torço, suplico.... Oras.. te peço, lua...
Que a mim, amante que outrora teu, deixe-me cuidar
Do futuro desta graça,
E mais uma vez, poder sonhar com a mulher que só me disse "Sim, eu te amo!".

Fico tão leve nessa marcha que,
Cantando sonhando em te encontrar....
Horas me perco a nessa rede a embalar,
O amor que guardo aqui neste peito inteiramente prá te dar.

Oh! Lua!

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À minha eterna amada,
Adriana.

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