Semana

Foto de Anderson Maciel

VIDA DE UM HOMEM

aos 20 anos, casado,
não te faltando energia,
podes dar até sabado,
duas fodidinhas por dia.

e aos 25, com gana e
robustez natural,
dando sete por semana
não te deve fazer mal

mais aos 30 tens cuidado
e vai poupando o tesão
fode na cama deitado,
só dia sim dia não

e aos 35 pensa que deves
ser mais prudente,passa a fuder avença,
fode bi-semanalmente

e aos 40 já não
deves meter-te em folias:
para não perderes o tesão,
fode de oito em oito dias.

aos 50 marca passo,
embora-te cause pena,
fode mais a compasso,
uma vez só por quinzena.

e aos 60 é rarovez
em que se apruma o cacetete,
da uma fodidinha por mês,
alternada com prinete.

e aos 70 toma tacto!
não penses mais em mulheres!
corta a pica e da ao gato
ou leva no se quiseres... Anderson Poeta

Foto de EDU O ESPIÃO.

VOCÊ JA AGRADECEU HOJE?

HOJE VOCÊ JÁ AGRADECEU A DEUS POR MAIS UM DIA?
AGRADECEU PELA SUA SAÚDE?
AGRADECEU POR SEUS PARENTES, SEUS AMIGOS?
AGRADECEU PELO AR QUE RESPIRA?
AGRADECEU PELO OS RAIOS DE SOL, QUE NOS AQUECE?
VAMOS AGRADECER A DEUS POR TUDO.
MINHA MÃE, SEMPRE NOS CONTA DES DE PEQUENOS.
QUE DEUS TEM DUAS SEXTAS.
UMA SEXTA DE AGRADECIMENTOS.
OUTRA SEXTA DE PEDIDOS.
A SEXTA DE PEDIDOS SEMPRE TÃO CHEIA, QUE TRANSBORDA.
E A SEXTA DE AGRADECIMENTOS, VAZIA, VAZIA.
PORQUE NÃO, ENCHERMOS A SEXTA DE AGRADECIMENTOS.
NÃO QUE O SENHOR DEUS, NÃO ACEITE NOSSOS PEDIDOS.
MAS NÓS SOMOS EGOISTAS.
SÓ PENSAMOS VENHA NÓS O NOSSO REINO NADA!
VAMOS COMEÇAR AGRADECER
COM SEUS AGRADECIMENTOS, DEUS JÁ SABE DE SUAS
NECESSIDADES.
VAMOS AGRADECER ISSO É UMA PROVA DE AMOR
A DEUS E SI PRÓPRIO.
EU AGRADEÇO A DEUS TODOS OS DIAS.
NÃO SOU PERFEITO, NÃO! MAS PROCURO FAZER
MINHA PARTE COM ELE.
COMECE A AGRADECER A DEUS E DIZER AS
PESSOAS O QUANTO ELAS SÃO ESPECIAS PARA VOCÊ.
AGRADEÇA, MAIS QUE PEDIR.
DEUS É DEUS ELE SABE DE NOSSAS NECESSIDADES.
E SE SENTE HONRADO QUANDO AGRADECEMOS.
O TEMPO QUE VOCÊ FICA QUESTIONANDO A VIDA.
AGRADEÇA A DEUS.
EU AGRADEÇO A DEUS ATÉ PELOS MEUS PACIENTES
ANIMAIS ALIAS SÃO ELES QUE CONDUZEM MINHA PROFISSÃO.
AGRADEÇO AO MEU PAI POR ELES.
MAS QUE CUIDE DELES E ME DE SABEDÓRIA PARA SEGUIR
MINHA PROFISSÃO.
TENHAM TODOS UM OTIMO FIM DE SEMANA E AGRADEÇA!

======e.espião edu.com

Foto de Serafina e Tatiana

I get the tinglies in a silly place”!

Esta semana dei comigo a pensar...hummm... Eu estou sozinha porque quero!!!

Não é para me gabar mas não é por falta de oferta, o produto é que não me agrada!!!!

Haverá melhor sensação do que aquele de borboletas no estômago?
Conhecer alguém e sentir de imediato uma ligação, uma atracção ao ponto de esquecer todo o resto? (Lembram-se dos tempos áureos da adolescência, das curtes na discoteca?
Grandes paixões ao som da música da moda... miúdos giros, divertidos e com amigos giros e divertidos para as nossas amigas, mesmo sabendo que íamos chegar a casa e ouvir poucas e boas!)

E haverá melhor forma de começar algo do que com uma boa piada? Mesmo a mais reles frase de engate poderá ser o melhor início se for bem dita!
Confesso que não sou nada dada a romantismos, passeios na praia a ver a lua ou o por do sol, flores e sms lamechas, a mim tem de me fazer rir!
Todos os dias e em qualquer altura, mesmo! Olhar-me nos olhos e dizer a maior parvoíce que lhe passar pela cabeça!!!! Aí sim, “I get the tinglies in a silly place”!
Sim, porque eu não tenho uma pele linda, umas pernas fantásticas e tudo o resto que vos passa pela cabeça quando me tentam engatar! Contem-me antes uma boa piada e verão que é bem mais eficaz!!!!

By Tatiana Micaela

Sim...
Não há nada como rir, mas rir muito e com vontade! E se for alguém que nos interessa a fazer nos rir, então digamos que a noite esta encaminhada....LOL
Mas confesso...
Aquela troca de olhares por entre beijos selvagens... O facto de não ser necessário sequer falar! Isso sim tira me do sério....
E se for algo inesperado, ou aquela pessoa que nunca pensamos sequer que fosse se interessar por nos...então ainda melhor...

Aí sim, “I get the tinglies in a silly place”!

By Serafina Cristina

Foto de Serafina e Tatiana

Será que o problema é mesmo dos homens?

Confesso que cada vez mais acho que nós é que realmente somos complicadas e gostamos da “complicação” (e contra mim falo).

Pensemos nas nossas amigas, nem todas é claro, e como nos relacionamos com elas! Se nós que somos mulheres a lidar com mulheres chega a um pouco que “NÃO HÁ PACHORRA!!!!”.
Supostamente devíamo-nos entender, compreender e aceitar mas por vezes somos a primeiras a não aguentar tanta dúvida, incerteza, e perdoem-me a expressão “mariquice”.
Posto isto imaginem os homens para quem tudo é preto no branco? “Ai que me sinto sozinha, não tenho ninguém, os homens não me ligam nenhuma!”; uma semana depois: “ Ai estou que não posso, o gajo é um chato, está-me sempre a ligar, a mandar mensagens a dizer que me ama, como é que me livro dele?” Realmente nós somos demais! Não há quem aguente!!!

Tenho dias que realmente gostava de ser gajo!!!! A vida era tão mais simples… isto de ser gaja cansa!!!! E amiga de gaja, vá lá vai…

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

A bela cigana

“A bela cigana”

texto inspirado no conto de Machado de Assis: "A cartomante"
(Homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis)

O velho relógio da matriz acabava de ribombar a nona badalada, que pairava no ar, feito fundo sonoro e enigmático da história empolgante que acontecia.
Passos apressados se fizeram ouvir, como os de alguém que ansiava chegar rapidamente ao destino a que se dirigia. Pelo toc-toc dos sapatos percebia-se serem de salto alto e consequentemente, de mulher.
Parou por uns instantes numa esquina, como que a espreitar, sem se fazer notar, ao ouvir o barulho de um trem. Esperou nervosamente sua passagem e atravessou a linha. Seus passos agora eram mais rápidos, como se quisesse recuperar o tempo perdido.
Seguiu pela Rua do Porto, tortuosa, escura e esburacada. Aquela noite sem luar estava
propícia para o que se propusera a fazer. Uma grande aliada! Após atravessar algumas esquinas úmidas e sombrias, chegou ao local que lhe haviam, sigilosamente, indicado.
Não era bem uma casa, mas algo parecido.Deparou-se frente a um barracão bastante surrado, meio fantasmagórico, mal iluminado por velas e lampiões.
Ficou assustada.Pensou em voltar, desistir de seu intuito, mas o motivo que a levara até ali era muito forte e resolveu continuar.
Olhou para os lados para certificar-se de não haver ninguém por perto e começou a bater palmas.
Uma figura excêntrica, trajando roupas exóticas e coloridas surgiu silenciosamente feito uma aparição. Escondia o rosto num véu, lembrando dançarina do Oriente Médio, deixando à mostra um par de olhos negros, grandes, belíssimos e um ventre bem torneado.
- Boa noite!disse-lhe Lígia.
A cigana fez um leve movimento com a cabeça, cumprimentando-a e estendeu o braço, apontando-lhe o local a que deveria se dirigir.
Ambas sentaram-se nas almofadas que havia ao redor de uma mesinha onde a misteriosa mulher, à luz de velas, começou a colocar cartas de um baralho sinistro, pedindo que Lígia escolhesse algumas. E assim ela o fez, sem tirar os olhos da bela cigana, agora sem o véu.
De repente, viu um largo sorriso em seus lábios, revelando dentes muito alvos e um canino revestido de ouro.
-Vejo imensa luz em seu destino!Seus sonhos serão realizados!Nada a afastará de seu grande amor.Somente a morte, após terem vivido longos anos de felicidade.
Em seguida, pegou a mão esquerda de Lígia :-Essa linha mais comprida da palma de sua mão vem comprovar o que lhe disse.
Lígia sentiu-se muito feliz e um alívio tomara conta de seu coração.Pagou a mulher, que já aguardava o pagamento pelo seu trabalho e retirou-se dali.
Eram vinte e três horas quando chegou à Avenida Coronel Alcântara, onde residia.Não ficava distante do local de onde viera.
Tirou as roupas, os sapatos, vestiu uma camisola branca e deitou-se, sem qualquer ruído, ao lado de Álvaro, seu marido, que roncava, dormindo profundamente.Apagou a luz do abajur e adormeceu logo em seguida, satisfeita com o que ouvira naquelas últimas horas.
Cássio a esperava no lugar de sempre, sem muito movimento de veículos e transeuntes.Final da Rua Vinte e Oito, local ideal para encontros clandestinos.Olhava seu relógio, pois, já passava das vinte horas, horário combinado por eles.

Lígia apontara na esquina, mais bonita que nunca, com um insinuante vestido preto colado ao corpo, ornamentado por um generoso decote, mostrando seu colo macio e branco e uma boa parte de seus seios.Deixava no ar um rastro de perfume francês.
Cássio a olhou com olhos de admiração e desejo.Saiu do carro e abriu a porta para que ela entrasse.
Partiram para um lugar retirado, onde pudessem conversar e namorar tranquilamente.
-Nada irá se opor a nós!As palavras da cigana foram convincentes.Seu misticismo é contundente.Não há como descrer.
Ele riu da credulidade infantil da amante, mas não proferiu qualquer palavra sobre o assunto.Preferia-a assim, crédula e feliz.
Cássio havia sido chamado ao gabinete de seu chefe. Esperava o elevador que demorou um bom tempo para chegar.Bateu à porta levemente e ouviu:-Pode entrar!
Álvaro girou sua poltrona e ficou frente a frente com seu assessor.Fumava um charuto cubano e fazia questão de soltar a fumaça em direção ao seu subalterno.
Este ficou um tanto constrangido, pois notou algo de diferente no ar. Pensou:-Será que ele descobriu tudo?
-Preciso resolver um problema da empresa, em São Paulo, e pela confiança inabalável que tenho em você, pela sua inegável competência, quero pedir-lhe que vá em meu lugar, pois tenho outros assuntos pendentes a resolver .
Deu uma pausa no falar para acender outro charuto.
Cássio jamais negaria esse pedido ao seu chefe e amigo, ainda mais pela consciência pesada que trazia, decorrente da traição amorosa com sua mulher.
-Conte comigo, Álvaro!Amanhã mesmo tentarei resolver isso.
Sentiu-se livre do mau presságio que o invadira.
Combinaram o horário da viagem, despediram-se e Cássio voltou para sua sala.
Lígia atendeu o telefone que tocava insistentemente.
-Olá, querida!Que tal irmos para São Paulo e termos uma semana somente para nós?
Do outro lado da linha, uma mulher pálida e trêmula, não sabia se chorava ou ria.
Ele a tranquilizou e até sugeriu uma desculpa ao marido.Ela diria que precisava visitar uma amiga de infância, em fase terminal de câncer, na cidade de Resende.
Bem, parecia que tudo conspirava a favor para que os amantes ficassem juntos por mais tempo e se amassem muito.
Poucas horas antes da viagem, Lígia fez um pedido ao Cássio:-Gostaria de agradecer à cigana por essa felicidade, que em grande parte, ela nos proporcionou, já que eu andava tão angustiada, acreditando numa possível desconfiança de meu marido.
Cássio colocou alguns obstáculos nessa idéia da amante, mas, se era para deixá-la mais feliz, concordou.
As horas passavam e Lígia não chegava. Preocupado, resolveu ir até lá. Já era noite e um chuvisco embaçava o vidro do carro, deixando-o impaciente. Parou próximo à linha do trem, para esperá-lo passar. Era um cargueiro que parecia não ter fim.
Finalmente, linha desimpedida! Acelerou o carro e chegou em frente ao barracão que sabia muito bem onde se localizava, graças às informações de Lígia.
Bateu palmas e ninguém apareceu. As velas acesas piscavam e os lampiões estavam apagados.
Resolveu entrar, na surdina. Pé ante pé...A cena que viu jamais sairia de sua mente. Abraçados sobre as almofadas, a bela cigana e Álvaro...e mais adiante, numa poça de sangue, o corpo sem vida de seu grande amor...Lígia!

(Carmen Lúcia)

Foto de Cretchu

WALDICK SORIANO


Hoje, nesta manhã ensolarada na zona da mata mineira, ficamos chocados com a notícia da morte de Waldick Soriano. O gênio da música, o grande baiano de Caetité, faleceu aos 75 anos, em conseqüência do câncer de próstata contra o qual vinha lutando há dois anos.
Por falar em câncer de próstata, fica aqui um aviso para os machões deste mundo cão: façam o exame preventivo. Não precisam ser exagerados como um amigo que tenho, que faz o exame preventivo do câncer de próstata quatro vezes por semana e cinco vezes ao dia. É que este meu amigo é muito desconviado, digo, desconfiado, e adora ter uma segunda opinião em tudo o que faz.
Waldick Soriano foi um gênio da música universal, um homem de grande conduta, tendo exercido várias funções humildes antes de se tornar o grande ícone da arte. Suas canções de amor não tinham frescura. Era da estirpe de um Paulo César Pereio (que aliás apresentou o talk show Sem Frescura e, num dos programas, enquanto o entrevistado respondia a uma de suas perguntas, Pereio pegou no sono).
São inesquecíveis os sucessos de Waldick Soriano: Quem és tu?, Paixão de um Homem, Perfume de Gardênia e Eu não sou cachorro não, dentre tantos outros sucessos que embalam o romance de um homem e uma mulher e/ou por aí vai.
Agora, neste momento, Waldick Soriano está entretendo os anjos que suspenderam seus cantos gregorianos para ouvir música de qualidade. Ou então reencarnou em um outro futuro gênio da música. Ou reencarnou até mesmo em um anjo. Seja lá o que tenha acontecido com Waldick Soriano, ele sempre foi imortal.

Foto de Manu Hawk

Noite Quente de Verão (Conto)

"Noite Quente de Verão"

Sexta-feira, mais uma, como muitas outras! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de poder me divertir muito com os amigos. Nessa em especial, melhor ainda, pois conseguimos marcar um encontro onde todos do setor poderiam estar presentes. Colocaríamos o papo em dia, beberíamos, flertaríamos, e dançaríamos muito!!!

Cheguei atrasada, e nem pude confirmar se estava de pé o encontro. Eram poucas pessoas no setor, mas “ele” em especial, era o que mais importava, o que queria confirmar era se “ele” iria realmente. Enfim, chegamos ao fim do dia, e para minha decepção, mais uma vez, “ele” foi o primeiro a dizer que não poderia ir. E logo em seguida, quase todos disseram o mesmo. Desânimo total. Só eu e mais um amigo poderíamos ir. Nos olhamos, rimos da situação e resolvemos ir assim mesmo. Estava bem desanimada, mas logo que chegamos, meu amigo pediu duas cervejas, coisa que não devo beber de forma alguma, rs. E não paramos aí, desce mais duas. Papo vai, fofoca vem, e mais duas. Ele afasta, carinhosamente, o cabelo que caiu no meu rosto. Estava uma noite linda, e quente de verão, quente em todos os sentidos, e merecia mais duas. Brincava com minhas mãos enquanto falava. Nunca havia conversado tanto com “L”, era um cara bem divertido, inteligente, super atraente. Engraçado, não havia reparado nisso antes. Resolvemos dançar.

A partir desse momento tudo mudou, não sei se foi efeito da cerveja, da música alta, ou sei lá do que mais, mas já estava olhando-o de forma diferente. No exato momento em que fomos dançar, mudaram pra pagode, parei e disse que não sabia dançar aquilo. Não tenho nada contra, mas não era o meu forte. “L” riu e disse que não precisava saber nada, era só se soltar e dançar, ele levava. Levou bem, bem demais! Senti aquelas mãos firmes me pegarem, aquele corpo colar no meu, e me levar. Parecia que deslizava, nunca imaginei que dançaria assim, tão solta e tão junto daquele homem. Que cheiro gostoso...

Em alguns momentos sentia as pernas roçarem nas minhas, no ritmo da música, como se entrasse pelas minhas, e depois afastava, rodava e voltava colando novamente, sem vontade de desgrudar mais. Ria muito, nunca dancei tanto, até que nossos olhos se encontraram, estranho, o ritmo mudou, ficamos lentos, algo dentro de mim acelerou, nos beijamos. Um beijo louco, cheio de tesão, começando pela língua de leve na boca, a música alta, e nós ali, no meio da pista, quase que sugando um ao outro. Recomeçamos novamente, agora abraçados, levados pelo novo ritmo que se tornava cúmplice do roçar de corpos. Corpos quentes, gritando de tanto tesão, onde podíamos sentir exatamente o que cada um implorava. Paramos, os olhos diziam tudo, recuar seria impossível, não foi preciso falar mais nada, um minuto e saímos dali. “L” estava no Rio de Janeiro há algum tempo e fomos para seu apart, não acreditávamos no que estava acontecendo, mas também nem queríamos encontrar explicação, apenas seguir nossos desejos. E foi assim o resto da noite, durante a madrugada, vendo o dia amanhecer, e por todo o fim de semana, apenas atendendo aos comandos dos nossos desejos, dos nossos corpos, de uma magia que não podia ser quebrada. Mãos ardentes, roupas no chão, bocas carinhosas, línguas exploradoras, encaixe perfeito, movimentos deliciosamente alternados, doces, furiosos...deleite!

Segunda-feira, mais uma, mas essa como nenhuma outra! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de podermos ficar juntos. E foi assim por todo o mês, até "L" voltar para sua cidade. Mas voltou outras vezes, muitas e muitas vezes, e sempre acontecia igual nos encontros, mas diferente em nossas loucuras, em nossos desejos. Era estranho, poderia passar meses, e quando nos encontrávamos o tesão era o mesmo, parávamos tudo para dar vazão a nossa fúria, roçar nossas bocas e coxas, arrepiar nossas almas e preencher nossos vazios!

O “ele” do setor? Nem lembro mais, e graças à decepção, conheci alguém especial como “L”.

(por Manu Hawk - 21/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Sirlei Passolongo

Um anjo pra te cuidar

Um anjo lindo
Irá te visitar...
Trazendo-te sonhos lindos
Até o seu despertar...

Se acaso estiver triste
Tua dor ele afagará
Te cobrirá de paz
E tranqüilidade
E tua vida
Iluminará...

Se sentir saudade
De alguém...
Ele providenciará
Pra que teu sofrer
Você possa encerrar...

E se feliz estiver
Sua felicidade
Ele irá multiplicar
Te cobrindo
De pétalas de esperança
Teu caminho abençoará.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Ótima semana Bjos

Foto de EDU O ESPIÃO.

NUNCA ESQUECEREI O SORRISO DA MENINA NATALIE.

Não existe nada, mas belo que um sorriso de criança.
Sorriso solto espontâneo puro que traduz o verdadeiro sentimento
Infantil.
Ainda mais quando essa criança tem seu fantasminha animado.
Um amiguinho oculto, toda criança tem um amiguinho oculto.
Depois do amiguinho oculto, vem o amor ao um bicho de estimação.
Conto isso porque essa semana presenciei o sorriso, mas belo e alegre.
Atendi semana passada um cachorrinho poodle na clinica, este foi atropelado.
O cachorrinho chamado Elvis, é de uma menina de 4 anos, chamada Natalie.
Ela junto ao seu avô, chegaram à clinica apavorados pois o Elvis, havia
Sido atropelado chegou à clinica em estado tão deplorável, que nem eu mesmo
Com meu conhecimento veterinário, saberia se esse cãozinho teria salvação.
Pra se ter idéia ele se quebrou todo ainda teve grande parte da pata traseira esmagada.
A menina Natalie, desesperada me abraçou e num gesto de desespero, naquele momento eu era o Deus pra ela para salvar seu cão. E seu avô vendo o desespero de sua netinha.
Me dizia a todo tempo que esse cãozinho não poderia morrer.
Eu me senti, responsável três vezes, por dar alegria a menina pelo seu cão.
E por dar a alegria ao avô da menina para que não deixasse o Elvis cão morrer.
E a outra responsabilidade, deixar a pena de lado, nessas horas temos que ser um pouco frios. Deixar os sentimentos de lado e fazer o que tem que ser feito, coloquei em prática
Junto minha equipe para fazermos uma cirurgia na perna do Elvis e ver se Deus também nos ajudava, porque até eu pedi a Deus que me ajudasse que eu tinha que salvar o cão da Natalie.
Mas o que mais me preocupava, é que o cãozinho não reagia. E lembrava aquele choro
Triste da Natalie confiando em mim.
Bem fiz cirurgia tomei todos os procedimentos, e dispensei a avô e neta, para irem para
Casa, pois o Elvis não seria liberado naquele dia nem se sabia quando.
Aquele dia, eu não fui pra casa, passei a noite toda na clinica de olho no Elvis.
Fiquei me sentindo responsável pela responsabilidade de ver o sorriso da Natalie.
Deitei no sofá, dormi bem cansaço e de tanto pensar. No dia seguinte pra minha surpresa
Acordo com um latido, achando ser uma cadelinha que estava internada também.
Quando vejo, era o cãozinho da menina Natalie, ele olhava para mim como se estivesse
Me agradecendo mas deitadinho, tinha sofrido uma cirurgia não podia se levantar e estava com uma proteção. Fui até ele fiz carinho conversei com ele, ele com aquela carinha de
Poodle safado essa raça é bem safadinha, dei água ele bebeu muita água e me deixou muito feliz e logo de imediato liguei para o Sr° Nestor avô da menina Natalie.e dei a boa noticia.
Se passaram uns dias, o Elvis, teve alta, e vim ver novamente os olhinhos lindos da Natalie
Que junto ao se u avô foi buscar o Elvis. Pois os dias em que o Elvis, esteve internado,. Seu avô não quis levá-la na clinica para ver o Elvis, até que ficasse bom.
Quando olhei aquela carinha linda da Natalie, ela só falou assim pra mim.
Tio Eduardo eu vou La fora trazer um presente pra você que não deixou meu cão morrer.
A Natalie deu uma saída com seu avô, e quando voltou ela falou assim:
Tio Eduardo eu tenho uma surpresa pra você, mas você tem que lavar a mão antes.
Eu fui lavei a mão ela pedindo para que eu não demorasse.
Depois das mãos lavada, ela abriu o sorriso lindo, esticou as mãos pra mim que estava atrás das costas, e nas suas mãos pequenina de menina tinha um sorvete de pistache o meu favorito.Eu fiquei embabacado, não esperava.....Ela me deu o sorvete, era minha surpresa
E depois me deu abraço, deu aquela gargalhada pra mim com o seu cão no colo
E disse assim;
Tio Eduardo obrigada ta, toma o sorvete todo porque no meu sonho papai do céu disse
Para eu te dar um sorvete que você não iria deixar o meu cão morrer.
sabe tio Eduardo====Elvis não morreu!. O avô dela deu risada e também esperta para sua idade. Apenas 4 aninhos.====logo em seguida eles foram embora, e fiquei com aquele
Sorriso lindo nos olhos, como é bom fazer uma criança sorrir .
Mas o que, mas me intriga como ela sabia meu sorvete preferido, sendo que eu nem ninguém contamos? Será que também foi nos sonhos dela que papai do Céu disse que
Meu sorvete preferido é Pistache? Ai fica a pergunta? Deus conversa com as crianças, e os anjos que ele envia.
Como a Natalie iria saber minha preferência no sorvete? E aquele sorriso de anjo.
Acho que a menina Natalie era um anjinho em forma humana, porque nunca um caso
Mexeu tanto comigo como esse. Olha que tenho vários casos na clinica.
E depois desse dia Ela liga pra clinica pra falar comigo e me sinto tão leve.
Sei La, ó Deus sabe o que pode ser==== mas me sinto muito feliz.
Menina Natalie, nunca vou me esquecer dela e do Elvis, como ela falou.
Elvis, não morreu.

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