Sensibilidade

Foto de Carmen Lúcia

Todo tempo

Quando o planeta se tinge de vermelho
e meu coração rouba o azul do céu,
quando estrelas faíscam lascas de espelho
refletindo a emoção indo além do arranha-céu...

Quando as canções cadenciadas por sinos
e asas de anjos roçam minha face, num release,
anunciando, ao som de harpas, a reprise de um tempo
em que, antes de tudo, a solidariedade se priorize
e o verbo amar alcance a altura de um sacrário...

Quando a sensibilidade comanda os sentimentos
e todo pensamento se resume num só...
ao sentir Sua presença, perceber que não se está só,
quando todo amor apela para ser sentido
por aquele que não vive e inspira dó...

Ainda que os vazios se preencham de ausências
e pelos cantos soturnos teime em resistir o mal,
em castiçais as esperanças trepidam
velando o bem que nunca há de se apagar
porque todo tempo é tempo de Natal...

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

A alma da rosa branca

(para minha amiga e irmã, Susie Sun)

Branca, pura, perfumada, brilhante,
nascida do amor, rara flor, vibrante,
embalada por espinhos quando ainda botão,
regada a orvalho, carinho e dedicação.

Eis que desabrocha, brancura exalada,
eis que enternece, brandura desentranhada,
ainda que rainha, dispensa ostentação,
esconde o glamour, isola a inquietação.

Tenra auréola a coroar simplicidade
faz pulsar um coração, transborda sensibilidade
como se humana fosse a rosa branca
a beijar as mãos que a tornaram bela e branda.

Entre pétalas macias, a maciez de um rosto
refletindo no olhar o verde-claro das folhas,
sua alma (in)visível se desprende, a semear
todo amor e gratidão por quem soube lhe amar.

(Carmen Lúcia)

Foto de Maria silvania dos santos

Sabor da amizade!

Sabor da amizade!

Foi tão rápido, tão passageiro, nossa amizade passou como um passo de mágica, como uma simples folha seca que o vento a levou.
Fui fraca e minhas mãos não a segurou, com isto o meu coração é quem chorou.
Eu sinto tanto sua falta, é que com como amiga aprendi te amar tanto, não sei se por sua fragilidade, ou se por minha sensibilidade, talvez um pouco de carência que apoderava do meu ser. Minha única certeza, é que você conquistou um lugar especial em meu coração, eu não podia imaginar que fosse apenas uma grande ilusão, eu jamais pensei que fosse assim. Mas é que na realidade, você não conhece o verdadeiro sabor da amizade!

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Miguel Duarte

Lançado o livro "As Vozes da Alma", da nossa autora Carmen Lúcia

É com muito prazer que o Poemas de Amor anuncia a edição o seu primeiro livro, com poemas da nossa querida autora Carmen Lúcia!

Mergulhar nos poemas de Carmen Lúcia é respirar talento e encanto. Sendo um privilégio ler este seu primeiro livro e partilhar a doçura e a beleza com que transborda a sua arte. Um livro a ler-se, não apenas como mais um livro de poesias, mas como gotas de sensibilidade e talento que têm a habilidade de tocar a alma.

O livro pode ser adquirido na Internet através de vários retalhistas:

- Lulu.com
- Amazon.com
- Amazon.co.uk
- Barnes & Noble

Também pode ser adquirido em diversas livrarias locais, através de encomenda. Para efeitos de encomenda, o ISBN do livro é o 9899737607 e o distribuidor é a Ingram.

No site Lulu.com, o livro está neste momento com um desconto especial, de lançamento, de 40% sobre o preço de capa.

Foto de Allan Dayvidson

NON BELOVED BOY

‎"Você acorda de manhã, vai de cara amarrotada para o banheiro e resolve dar uma bronca em si mesmo diante do espelho!... Foi assim que este poema nasceu!"

NON BELOVED BOY

Antes que você comece com a velha ladainha,
e de seus lamentos começarem a congestionar a linha,
trate de catar os retalhos de seu coração espalhados no asfalto,
pois esse trânsito caótico não precisa de seus desabafos,
meu caro non beloved boy.

Sempre tão determinado a fazer sua queixa
e seus choramingos parecem aguardar qualquer deixa
e logo você está remendando e bordando e deixando pontas soltas
nas quais se dependura e balança...
Coidadinho do non beloved boy!

Por quanto tempo vai ficar nessa de viver bancando uma espécie de mártir do amor?...

Até dá para entender o quanto tem sido solitário,
e que dói sentir-se mais sensível que o poder de compra de seu salário.
Mas só porque sensibilidade vende não desperdice seus esforços
oferecendo seu coração por alguns centavos em poemas tristes,
meu querido non beloved boy...

Por quanto tempo irá investir nessa busca insana por um suposto crème de l'amour?

Seus pés estão cansados, seu fôlego esgotando;
seus ossos quebrados, mas seu coração pulsando.
Chega de bancar o bebê chorão que perdeu o brinquedo,
pois você merece mais que os amassos entre a carência e o medo.
Minhas palavras podem ser conchas duras, mas trazem pérolas.
E poderia entregá-las de outra forma, mas estou uma fera!
E não permiterei que você continue fazendo isso consigo mesmo,
enumerando rejeições e largando-se a esmo.

Não há qualquer verdade do amor que eu possa oferecer,
mas espero que perceba entre os versos deste poema o quanto me importo com você!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

As Paredes

Ninguém liga para o que eu escrevo.
Ninguém se importa:
Estão apressados demais com o fato de não fazerem nada.

Ninguém tem a sensibilidade de realmente entender o que eu digo
Ninguém se importa com as minhas dores
Ninguém, e sinto um vazio enorme quando digo isso
Nenhuma pessoa se identifica com os meus poemas
Pois quando declamo algum
Há o eco
E não é de outras vozes.

Ninguém liga para os meus chiliques
Mesmo quando tento chamar a atenção de todas as maneiras.

É por isso que leio
Ouço os artistas, coleciono todas as suas frases;
Eu copio as placas e os cartazes
Os dizeres nas músicas
Eu replico a vida como se eles soubessem o que tenho passado

É por isso que continuo apaixonado
Por essa mulher bonita que se chama vida.

Espero que as paredes gostem.

Foto de Marilene Anacleto

Chega de Culpas

Chega de culpas. E de desculpas.
Preciso mesmo é amar, e amar de verdade.
Só o verdadeiro amor é que traz felicidade.

Feridas abertas
Há milênios, aos milhares,
Em homens e mulheres
Precisam ser fechadas.

O homem tem medo de mostrar
Carinho e sensibilidade.
A mulher comanda o homem
E perde a flexibilidade.

O amor passa perto, na igreja, na balada.
Os olhos estão nas metas. Paixão triste, atual realidade.

É hora de esquecer a prisão da dor
De magoar e ser magoada
Em milhares de anos mal amada.
Eu preciso serpentear,
Enroscar-me nas asas do amor.

Em dupla de presentes espirais,
Vibrar o relâmpago que acende a alma.
Transcender o sangue, as tristezas,
Voar no espírito encantado
Atingir a luz das estrelas.

Eu quero mesmo é amar, e amar de verdade.
Só o amor verdadeiro é que traz felicidade.

Foto de Paulo Gondim

Confissão

CONFISSÃO
Paulo Gondim
14/04/2012

Eu sei quanto mal te fiz
Da mesma forma, quanto te fiz infeliz
Sei também, confesso, não merecias
Mas fiz. Fato consumado
Não posso ser perdoado

Magoei quem tanto me amou
Mesmo de longe, mas me amou
Verdadeiramente, quem sempre me deu valor
Quem sempre me deu colo
Nunca negou seu calor

Mas na minha estupidez, dissimulei
Não tive a sensibilidade, fui rude
E, mais uma vez, destilei minha insensatez
Fiz sofrer a quem muito me amparou

E o que sou? O que restou?

Somente a mágoa, pela indelicadeza
A indiferença justa, pela certeza
Da decepção da amizade rompida
Pela descrença do desamor da pessoa querida

E que faço eu diante dessa confissão
A não ser pedir perdão?

Preciso de colo

Foto de Edigar Da Cruz

ANO NOVO TRISTE

Querendo entender,..
E nem quero tentar prever,.
O que aguarda nesse novo ano,..
Que falam tanto que vai ser tudo novo,.
Eu não acredito em milagre e tão pouco papai o tal noel,.
Simplesmente é o inicio de um novo qualquer nada mais que um novo ano.
Pouco me interessa saber! o que vem por ai,.
Ou o que já se foi a vida continua a mesa sentido algum..
Às vezes eu pergunto por que deus me deixou reviver,..
Se somente sinto dor e tristezas que bate forte dentro mim,..
Desse coração que declamar tanto amor,sem ter nenhum.
Onde nada sente desse calor intenso que todos sentem,..
Que Vai além de sensibilidade,..
Que Vai além de dois corpo entrelaçados,..
Novo ano para mim tanto faz,.
Seja alegrias para tantos mais, festa e churrascada e barulheira sem razão um besteirol sem, sentido algum,.
E novo que legal vou tentar curtir,..
Mais como esse poema que chegou ao fim assim..
Assim e novo ano para mim,..
Algo qualquer; sem sentido algum como todas as viradas que já vivi!.
e sei que boa parte estarão vendo os astros para prever como será o ano..
O meu já diz que vai ser de ruim a pior estão que venha 2012 mais torço que aconteça algo que me mostre a verdade da virada do ano e me surpreenda muito.
mais um ano! Que começa sem graça alguma
Sem sabor! E sem vida.
Mesmo assim feliz ano para você que está agora feliz e otimista

Autor Ed.Cruz

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 7

Essa noite eu tive um sonho estranho. E esse sonho, por assim se dizer, foi muito complicado de se decifrar. Nele, os absurdos imperaram. Os seres, sem serem claramente separados como na nossa realidade, lutavam entre si. E os fracos subjugavam os fortes, os devoravam, sem que lhes sobrassem sequer os cadarços. Tremulavam estranhas bandeiras, de estranhas causas, e estranhos países. Crianças mandavam em adultos, que as obedeciam. Outros homens, rendidos, suicidavam-se, alegando merecer o falecimento. Hinos desconexos ecoavam nas paredes pelas ruas tumultuadas. Senti, se é que é possível sentir algo com um sonho, um desejo por uma inquieta tranqüilidade, uma tranqüilidade quase que inviável diante da necessidade das evoluções e modificações. Houve uma voz que conclamava, chamava os santos adormecidos para a fúria das incertezas e das discórdias. Carros aceleravam, carros indomáveis aceleravam com um sorriso irônico em sua parte dianteira. Ouviam-se sirenes, buzinas, caos. Não assimilei bem o que o sonho me passou. Também, não deve ser algo importante...
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O tempo se seguiu.

- A dona Clarisse é boa! A dona Clarisse passou para o nosso lado!

O burburinho tinha razão de o ser. Comentava-se, à boca pequena, que o nosso líder estava mancomunado com os seres dominantes. E o nosso líder não deixava por menos. Ele estava bem mais contido nos discursos de contrariedade aos nossos inimigos. Diferentemente da dona Clarisse. Ela, segura de si apesar das provações que lhe ocorreram, se colocava cada vez mais como uma liderança para toda a comunidade, e com o ponto positivo de se impor de maneira pacífica na resolução dos problemas do gueto em geral. Sendo mais específico, ela era a ponte entre a comunidade e o nosso líder. E esse, cada vez mais distante das necessidades, vinha perdendo a sensibilidade que o levou a ascender à branda influência que exercia aos seres de sangue quente.

- A dona Clarisse é a nossa esperança de vitória!

Tomava corpo uma nova representante do existir do gueto.
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A torta me olhava.

- Dimas...

Era a única que me chamava pelo nome.

- Dimas...

Novamente a ignorei.

- Dimas...

Eu me recolhi. Tinha nojo da torta. Engraçado sentir isso dela. O normal é os outros se enojarem comigo.

- Dimas, você pode até me ignorar, mas saiba que eu te amo e isso é uma verdade.

Senti muito medo de ela estar sempre comigo, em todos os momentos que eu precisasse.
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Parece que tudo me é mais sofrido.

- Inúteis! Ou trabalham direito ou não vão poder comer!

Os mais fracos no gueto são os responsáveis pela produção e preparação dos alimentos, pela limpeza de vias e aposentos, pelos reparos gerais e pelos afazeres menos aceitáveis. Já os mais fortes, por sua vez, garantem a segurança e a fiscalização do cumprimento das regras na comunidade, sendo sustentados para tal, e mantendo o equilíbrio da nossa calma convivência comparada ao tormento horrível da subjugação aos seres de sangue frio.

- Trabalhem seus inúteis, trabalhem!

Até eu subir de vida, será assim.
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- Justo, venha.

A voz de Clarisse era doce e acalentadora.

- Justo, beba.

Clarisse poderia seduzir qualquer homem que bem quisesse. Era uma bela mulher. Poderia seduzir apenas com o nome, que de tão belo fazia jus ao seu significado, de clareza, em meio à escuridão do nosso mundo, rochoso, opaco. E Clarisse, uma pessoa de bem, uma figura moldada para conseguir o melhor e sempre o melhor, não simplesmente seduzia ao homem que bem entendesse. Clarisse, ao invés disso, seduzia o homem do qual precisasse.

- Justo, dorme, dorme...

Ele obedeceu, como em poucas vezes em sua vida.

- Morre... Isto... Morre...!

E com presteza nosso líder foi a óbito.

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