Sol

Foto de Paulo Gondim

Enlevo

ENLEVO
Paulo Gondim
01/08/2009

Sua lembrança sempre povoa meus pensamentos
Como uma brisa leve, com o cheiro do campo
Quando as gotas de orvalho se iluminam
Com os primeiros raios do sol.

Pensar em você é como o alvorecer
Que aos poucos se faz dia claro
Trazendo novas esperanças
Espantando as incertezas
Alimentando a fé

É assim que me sinto nesse sonho
Como pluma que voa ao sabor do vento
Na ternura que me vem no pensamento
Na lembrança sua, no desejo
Do que posso viver e vejo
Que o sonho pode ser real.

E entre dúvidas e incompreensões
Falar com você é um bálsamo
Um lenitivo para minhas angústias
Conforto-me no simples pensar
E me entrego ao enlevo
Desse momento de paz

Foto de gilsanjes

TRANSMUTAÇÃO

TRANSMULTAÇÃO

No portal das íris nua
Grita a realidade
A utopia é insana
Sem qualquer salubridade
A magia do eclipse
Reflete o apocalipse
No seio da humanidade
Certa vez eu naveguei
No espaço sideral
Desbravei seus quatro cantos
Com encanto sem igual
Eu vi a beleza nua
Das estrelas, sol e lua,
Em seu recanto natural
Vi o martelo de Deus
Orbitar sem direção
Eu vi a terra girando
Rumo a sua destruição
Um quilômetro por ano
Ela esta adentrando
Em um fótons cinturão
Sentimento consternado
Inspirou-me a vir embora
Cruzei a atmosfera
No esparzir de nova aurora
Degustei amargo fado
Por ver o ozônio aviltado
Rasgado de fora a fora.
Alegrou-me estar em casa
No colírio de Cabral
Mas as coisas por aqui
Não estavam em seu normal
A Amazônia quem diria
Secou da noite pro dia
Chão talhado no portal
As quatro estações do ano
Sofreram transmutação
O Outono e a primavera
Vem com forte inversão
Tudo esta desordenado
Sorri o inverno ensolarado
Choram procelas no verão
Na aldeia de tupi
Grita a evolução
O cocar de belas penas
Foi escalpelado á mão
Tupi tem computador
Tem diploma de doutor
Fala em inglês e alemão
Busquei novos arreboes
Vislumbrei o oriente
Vi de perto o anti cristo,
Em trajes de presidente
Em seu olhar o ódio insano
Um coração leviano
Ganância rangendo os dentes
Cojitou a guerra santa
Com o dedo no botão
Augivas e tomarróqs
Beijaram aquele chão
Mas a velha “raposama”
Não se deixou por a mão.
Tio Sam inconformado
Pulou pro outro quintal
Cobiçou o ouro negro
Em sua fonte natural
Sadan foi nocauteado
O Iraque detonado
Na maior cara de pau
A justiça é soberana
Não deixou a desejar
A fogo e ferro quente
Veio a ira de Alá
Todo o mal que semeou
A América ruminou
Câmi-casi estava lá
Acolheu-me o desespero
Lamentei por ter nascido
Sou somente um grão de areia
Nessa terra sem abrigo
Penso que a Divindade
Ver da glória a humanidade
Com olhar arrependido.

Foto de gilsanjes

tributos

Pode o sol romper a noite
E a noite violar o dia.
Pode o mar talhar seu chão
E no sertão diluviar.
Pode enternecer-se a rocha
E solidificar-se a água.
Pode florestar-se o deserto
E desertar-se a densa flora.
Pode quebrar-se a ampulheta
E o tempo ensandecer-se.
Pode a eternidade
Reduzir-se a um segundo.
Pode tornar-se o mundo
Menor que um grão de areia.
Ainda assim, por toda a vida
Ecoara o meu grito.

“ EU TE AMO MÃE QUERIDA
MUITO ALEM DO INFINITO...”

Foto de Carmen Vervloet

Maestro do Meu Coração

Maestro do meu Coração

Amo você que se senta ao piano
Com o desvelo de quem faz sua oração
Êxtase pleno, dimensão em outro plano
Acordes de divina inspiração!

Sua alma desenhada em formosura
E que espalha sua música em fulgor
Desliza mãos em teclas de ternura
Compondo a doce seiva do amor!

É sol, rei do tempo e nunca mente
Sua música meu coração adoçou
É o esplendor desta paixão ardente!

Anjo do céu, amante da beleza
Por que em meu coração ancorou
Se sou apenas um sopro da natureza?

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Emilio Ferraciolli

Sexta de Labuta

Assim que o galo canta a cidade já levanta.
Tudo certo, o João e o Norberto vão trabalhar.
E de olho meia vida seguem rumo em sua lida.
O João de macacão, o Norberto relaxado,
nem amarro os trapo que carrega na mochila.
A marmita vai quentinha,
abafada quando abre, já é quase meio dia...
A comida que da vida,
é engolida com vontade,
mais deixando a metade pra depois das três da tarde.
É encima do andaime que a labuta continua,
poe a massa arrasta e puxa, e a parede se afirma.
Bate o sino das seis horas,
espreguiçam de alegria,
já chego a sexta feira tem samba no boteco
O Norberto já afirma:
_ Leva a Marta, eu levo o resto!
A vida continua com cachaça doze dupla
O samba reboando, o sol já vai descendo,
que já, já o galo canta á alegria de vive...

Foto de Emilio Ferraciolli

Sol de um instante

Por um instante pensei que tudo tinha se acabado.
O sol desceu, a terra parou, as águas subiram na terra já morta.
Por um instante pensei que tudo já havia nascido.
Os seres, o ar, o pensamento e as melhores idéias.

Nada vi nada vivi, não pensei nem sei...
Onde paro, onde procuro o que procuro já nem sei...

Solidão, acompanhado;
Sorrindo, chorando;
Caindo, levantando.

Sentindo... Prazer.

Por um instante, todo o prazer foi o mais alto, e o mais procurado.
não havia certo ou errado, só o que fazer.
Por um instante, nem as maiores loucuras marcaram.
E o que acontece vai passar, assim anda o tempo esquecendo-se de si...

Nada vi nada vivi, não pensei nem sei...
Onde paro, onde procuro o que procuro já nem sei...

Bem, mal;
Agir, fica;
Assumir, largar.

Sentindo... Prazer.

Por um instante, nem o melhor amigo a melhor amante, esta la como sempre.
E essa aventura errante, esse acerto dominante, que age sozinho não te deixa fugir.
Por um instante vi que tudo poderia ser como era antes, e nada ficaria para traz.
E o futuro estaria tão perto, que o pegaria com as mãos em um golpe certo, e o levaria com brandura, na esperança de algum dia não ficar nessa agonia, e simplesmente o seguir.

Foto de Emilio Ferraciolli

Linda Mocinha

Já fizeram estatuas de Reis, Rainhas, de grandes Soldados e Heróis
E todas elas lembram uma historia grandes feitos e façanhas.
Mas poderiam fazer uma estatua tua, só para lembrar-se da sua viva imagem, da juventude que brota de seu rosto, do seu sorriso lindo misturando-se com um beijo jogado.
Minha mocinha...
Colocarei seu nome nos lugares mais iluminados, quem sabe nas estrelas, naquela que brilha mais forte, para que eu me lembre de ti quando olhar para o céu, e para que você ilumine mais que o sol e a lua o meu caminhar.
Não senti seu cheiro, mais sei que qualquer jasmim ficaria invejoso por não esparramar tamanha fragrância por onde passar.
E todas as palavras que me falou e que a de falar, será meu canto, que levarei para onde for, e todos vão ouvir a mais linda canção, que sereia nenhuma jamais pode compor.
E o pequeno poeta, o mocinho, vai ficar sozinho, talvez por escolha própria por gostar de sentir tudo isso e por você ser entendido. Vivendo assim de migalhas misturadas em olhares, acenos, imagens tua quando te vires.
E tudo que para ele for um sinal da mocinha, será também um consolo, uma esperança de um dia ficar no lugar á seu lado, comprado de volta tudo que agora coloca seu nome
Passando assim uma eternidade, tentando arrecadar tudo que um dia significou você.

Foto de Emilio Ferraciolli

Beleza nocente

Perambulo pela rua,
de coração na mão.
Sem rumo sem direção
só com a imagem tua.

Em um velho papel dobrado,
encontram-se palavras suas.
Borradas com lagrimas caídas,
escorridas no passado.

Paro e penso um instante.
Como pode ter existido?
Chorado, gemido, sofrido
Se paixão não é algo errante!

E vejo o pai colocando seu filho
num caminho de sol escaldante.
Com coroa de espinhos e sangue
é levantado na cruz e morrido

Penso mais e vou mais a diante.
Por que chamam de Paixão de Cristo?
A dor de um Deus que foi Homem,
será mesmo a paixão um presente?

De alegria pura e doação permanente.
Nocente e se torna dura!
Quando a vida se mostra escura
paixão viva eminente.

Quem sabe nas maiores loucuras,
se chegue ao maximo ponto,
onde amor e paixão se encontram,
E a dureza da vida se anula.

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano"SOBRETUDO SAUDADE"!

SOBRETUDO SAUDADE!

Na memória
a lembrança viva
a correr, com o rio
manso, em sonhos, só.
A tarde contemplativa
viceja em crepúsculo
infinito arrebol.
O pensamento ondeia
pertinente ao sol;
O desejo ameno
faculta irreal,
o sabor da ternura
confisca a desdita
almeja aparato,
requer, conduta primata.
Corre o rio, o pensamento
canta a passarada
sopra o vento,
em silêncio; Ecos...
Floresce a juventude
no ínterim dos anos,
o temor invade
sobretudo saudade,
rege esperança
do querer real, quaisquer.
Depressa é o viver
consumido pelo tempo
abstrato, desmedido a correr.

Alvaro Sertano,do livro "Eu Poeta"!

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano"FULGOR EMOTIVO"!

FULGOR EMOTIVO!

Vida marcada
sinais de ontem
de noites em claro,
saudades d'alguém
e mêdo da solidão.

Agora brilha o sol
raia um novo dia,
reluz em teus olhos
o fulgor emotivo,
n'um coração cristal.

Hiberna o silêncio
envolto em mistério,
um tempo de saudade
verseja obstante,
canção de sufrágio.

A lua reflete
em sombra, eterno segredo
de simples veste.
O amor, acende em chamas
condutor, abstrato,
á essência so amor...
INACABADA!

Alvaro Sertano.91

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