Solidão

Foto de Jardim

caminho por campos noturnos

1.

caminho por campos noturnos,
vagueio entre muros soturnos,
cruzo esquinas de solidão
que sufocam a minha canção.

a melodia escapa no descompasso
do meu sorriso escasso:
me acompanham nesta invenção
meus passos e minha canção.

me perco em campos escuros,
ruas de imprevisíveis futuros,
me afogo na desunião
entre meus pés e a canção.

busco a música que existe
com sua melodia líquida e triste
nas pontas frágeis dos meus dedos,
nos meus lábios amargos de segredos.

2.

nada tenho
além desta vida
que me resta.

não existem caminhos,
somente meus pés
sobre o asfalto.

nesta rude viagem
que inicio
rumo ao desencanto

não há o que contemplar,
minha incerteza
é meu único guia.

fonte, fogo ou rosas,
o que me espera
além da noite?

3.

piso com meus pés indigentes o enigma
que o universo expõe e sobre o caos me apoio.
piso a manhã desmantelada sobre o asfalto
da cidade ruída.

queria percorrer a todo custo a origem
da admirável magia porém apenas me acovardo
e desmorono e tudo o que resta é a dissolução
do enigma que busco.

Foto de Poetando

Não vou desistir

Caminhando na escuridão
Com pensamentos de ilusão
Encontrando-me perdido
No meio da minha solidão
Caminhando sem destino
Meu pensamento passeia
Com a minha alma deserta
A vida que me escasseia
Não sei quando irei parar
De me estar atormentado
Caminhando sem destino
Assim eu vou sonhando
E mesmo neste momento
Com a alma num deserto
Prometo sei que estou certo
Que vou encontrar o caminho
Não irei agora mais desistir
Há vida irei sempre sorrir

De: António Candeias

Foto de Poetando

Bateram à minha porta

Bateram à minha porta
Fui abrir para entrar
Era a tristeza que vinha
Para comigo morar
Veio fazer-me companhia
Na minha solidão
Com ela desabafo
O que sofre o meu coração
Com a tristeza dou me bem
Com a solidão melhor
Com ela falo de mim
Do que é a minha ilusão
Do amor que me traiu
Da dor que trago no coração
Não quero mais amar
Seja o amor de quem for
Para estar a sofrer já basta
Esta minha dor
E quando o amor quiser entrar
De novo no meu coração
Refugio me na minha
Companheira solidão
Com ela e com a tristeza
Sinto me em segurança
Não quero mais amar
Não quero mais sofrer desilusão
Que me tem só feito mal
E destroçado o coração

De: António Candeias

Foto de Poetando

Tristeza Amor

Estou vendo a tua foto
À espera da tua chegada
Tempo que demora a passar
Esta dor de tanta saudade
Que não mais me passou
Os sonhos de felicidade
Esses o vento os levou
Para qualquer outro lugar
Tristeza em mim contida
Coisas que me faz a vida
Sem saber como a explicar
Fico toda a noite em silêncio
Nesta solidão por companhia
Esperando que tu chegues
Nesta noite que está tão fria
Vem amor não brinques comigo
Não me queiras mais torturar
Desta tristeza eu já não consigo
Sozinho poder dela me livrar
Queria entender este amor
Desta tão grande paixão
Tantas voltas que eu já dei
Que me chego a perguntar
Se não teria sido eu que errei
O meu desejo de te seduzir
Que até em sonhos te vejo
Tu estas a sorrir para mim
Ao ouvires pedir-te um beijo
Ri a solidão do meu amor
Toda a noite até amanhecer
Dando suas risadas estridentes
Ao ver como é o meu sofrer
Para sair desta minha tristeza
Vem depressa meu amor
Que já não consigo aguentar
A solidão que me causa tanta dor

De: António Candeias

Foto de Poetando

Vida

A vida por mim passou
Nem dei por ela passar
Tenho comigo a solidão
Que ficou a me abraçar
Chora o meu coração
Não sinto já segurança
A vida por mim passou
Perdi de todo a esperança
De sonhos que sonhei
Só me resta é muita dor
Esperança a muito a perdi
Até de encontrar o amor
A vida por mim passou
Resta a dor do passado
Que não consigo esquecer
Depois de tanto ter chorado
Não sinto já segurança
Vivo dentro da escuridão
A vida por mim passou
Fiquei abraçado pela solidão
Vida que não dei por ela passar
Vou vivendo a vida à sorte
Perdi já de toda a esperança
Até ao dia que chegue a morte

De: António Candeias

Foto de Poetando

Viver

Agora que passo dos cinquenta
Por muitos caminhos andei
Dias de amarguras difíceis
Caminhos da vida eu andei
Mesmo tendo muito sofrido
Amarguras solidão e dor
Valeu a pena a vida viver
Só por te ter conhecido amor
Agora que passo dos cinquenta
Já começo a sentir-me cansado
Quando passei já da idade
Só por ti meu amor me sinto amado
Tudo o que faz parte da minha vida
Que me lembro desde criança
Foi uma vida de sofrimento
Sem ter qualquer esperança
Agora que já passei dos cinquenta
Já me estou a habituar
Não é depois da meia-idade
Que vou deixar de te amar
A vida para mim não foi fácil
Tem sido uma vida de tormenta
Agora que passei da meia-idade
Já passei também dos cinquenta

De: António Candeias

Foto de Poetando

Solidão

Que saudades de ti tenho
De quando contigo desabafava
Era a ti minha companheira
Que eu de mim tudo falava
Falava do que me ia na alma
Dos meus medos e dos amores
O que sofri na minha vida
E de todas as minhas dores
Muito tempo contigo eu vivi
Só a ti amiga eu desabafava
Tu solidão minha companheira
Era a ti que de tudo eu falava
Hoje volto de novo a te falar
Do que tenho tanto sofrido
Senão teria sido para mim melhor
Nem sequer eu ter nascido
Minha amiga e companheira
Não aguento mais sofrimento
Preciso de ti de novo companheira
Volto para ti neste momento
Que saudades de ti tenho
De quando tudo eu desabafava
Foste a minha companheira
A ti sempre tudo eu contava

De: António Candeias

Foto de Poetando

Não te preocupes

Não te preocupes
Com os lugares para onde for
Irei encontrar o caminho
Onde eu me vá sentir bem
Com saudade do teu carinho
Não te preocupes
Posso bem não estar aqui
Se não me tornares a ver
Ou já nem estar entre os vivos
Poderei até estar a morrer
Não te preocupes
Vou procurar outros lugares
Com a escrita a acompanhar
Outras caminhadas irei fazer
Até que a dor um dia vá passar
Não te preocupes
Irás sempre no meu coração
Andando por outros caminhos
E contigo no meu pensamento
Com saudades dos teus carinhos
Não te preocupes
Irei encontrar o caminho
Onde me possa sentir bem
A solidão me dará carinho
Talvez volte de novo a ser alguém
Não te preocupes
Á muito está traçado o meu destino
Escolha eu outro qualquer caminho
Andarás sempre no meu coração
Lembrar-te-ei sempre com carinho
Não te preocupes
Se alguma vez tu aqui voltares
E não houver nada mais que ler
Talvez já não faça parte dos vivos
Ou já terei deixado de escrever
De: António Candeias

Foto de Enide Santos

HUMANAMENTE RIDÍCULA

Beijar o vento,
Jogar ao ar pensamento.

Sorrir de uma doce lembrança,
Enquanto que no rosto, a lágrima descansa.

Correr para os braços da solidão.
Para não dividir uma triste recordação.

Olhos parado vendo outro lugar,
Desejando neste tocar.

Suspirar e suspirar apaixonado,
Procurando o perfume do amado.

Planejar e replanejar
Exatamente tudo que tem pra falar

O lugar mais próximo de você que posso estar,
É aqui...
Dentro de mim.

Enide Santos 16/05/14

Foto de Moisés Oliveira

1 passo

Mais uma vez andei a um passo de jogar tudo pro ar.
Você não acredita no que sinto e já não posso provar.

Me entreguei a você por inteiro, com todo meu cuidado.
Recebi um troco magro, sempre me deixas de lado.

A importância que apenas quero é 1% da que te dou.
Do oceano me das uma gota, ainda checa se nada sobrou.

Tudo que eu mais queria, era um pouco de emoção.
Quem sabe um lugar na mente, cadeira no coração.

Hoje eu tenho contigo aquela chuva que cai no verão,
boa pra ficar em casa, acompanhado de solidão.

Não sou morsa nem bigorna, nunca vou de pressionar,
assim como o que sinto chegou, um dia irá passar.

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