Tempo

Foto de Wilson Numa

Queres Namorar Comigo?

Passo horas a pensar o que te dizer
Passo noites a sonhar como vai ser te ver

Perco noção do tempo a pensar em ti
Perco folego quando te vejo

Fico feliz em te ver sempre
Fico mudo sempre que te vejo

Não sei o que dizer quando tas presente
Não sei também o que fazer

Mas sei que és linda
E também sei que tens que ser feliz...

Quero perguntar p'ra você
''Queres Namorar Comigo?''

Foto de ushihaxandre

A MANDA

A manda esse anjo pra cá
A manda ela me tocar
A manda ela me abraçar
A manda não me faça esperar
A manda para ver no que da
A manda não deixe o tempo passar
A manda quero que venha me beijar!

ALEXANDRE FERNANDES

Foto de Marilene Anacleto

Amor de Trovoada

O relâmpago clareou o caminho da noite.
Feito chicote, o clarão corta o céu com açoite.

“É o ‘flash’ de Deus” – grita a criança,
Fotografando cada coisa que o trovão amedronta.

Seguimos com desassossego e cuidado sobre pedras,
Sob chuviscos errantes que o vento leva.

De repente, o medo nos leva ao abraço
E nos sentamos no abrigo até que a chuva passe.

Não sabemos quanto tempo durou
Deus deve ter fotografado lindas poses de amor

A ternura invadiu as nossas almas
E fomos do caos à calma

A chuva tudo lava, tudo amolda,
Enquanto o calor das almas segue vida afora.

Foto de nelson de paula

QUANDO A LINHA ESTÁ OCUPADA ("Vozes do Aquém")

Não pense sempre
que você não consegue se comunicar
com o outro lado.

A linha pode estar simplesmente ocupada,
afinal há infinitos seres tentando
encontrar um ou outro ente querido.

Se assim for,
é só uma questão de esperar um pouco
e tentar novamente
e tentar de novo
e tentar de novo.

Os fios que levam para o outro mundo
atravessam distâncias inimagináveis,
o tempo talvez seja a grande barreira,
já que poucos têm a paciência necessária
e a humildade de reconhecer
que o sinal pode estar fraco
e é preciso fazer silêncio
para poder ouvir alguma coisa.

O aparelho pode vir a ser muito importante,
mas a vontade de receber, é decisiva.

Antes de discar também é preciso
ter o número certo e conhecer bem o prefixo.

Depois tudo depende da sensibilidade
do dedo.

Foto de Carmen Lúcia

De vez em quando há primavera

Envelheci feito folha de outono
e com ela me deixei levar
pelo vento, de qualquer tempo...
Às vezes, parada obrigatória,
mudava o enredo de minha história,
enroscando-me em empecilhos
a travar meus passos, marcando
as fases desbotadas de ilusão transitória,
persistindo, sem modéstia, em minha trajetória.

Alguns foram vencidos e outros por vencer,
bloqueios impenetráveis vergando estruturas,
fazendo um inverno intensamente gelado,
enrijecendo as mãos que acariciam esculturas,
artesãos a espera de um sol a brilhar
enquanto o branco da estação acentuava
os meus cabelos grisalhos.

Entre tropeços e avessos compulsórios,
duras quedas que me levaram ao chão
e emolduraram o meu íntimo de emoção,
percebi detalhes que jamais teria visto,
não houvesse eu caído
e ter cavado a inspiração,
se não houvesse molhado de pranto
a estrada por onde andei
trazendo-me, vez ou outra, a primavera,
fazendo a vida ficar mais bela.

_Carmen Lúcia_

Foto de Edigar Da Cruz

ALMAS QUE TENHO.

ALMAS QUE TENHO.
. Quantas almas têm o momento do tempo!;
Por tantas vezes que mudei o moldar do tempo,..
Tantas vezes que o tempo vez de moldar o mudar,..
Almas que tenho, nos resenhos de cada momento do tempo,.
Do tempo de nascer ao crescer,
Do tempo de moldar ao mudar,..
Do tempo de sentir o amar,..
Do tempo ao momento de sentir feliz,..
Quantas são as almas entrelaçadas que tenho,..
Do amor profundo que tenho sempre nos resenhos
Em traços firmes e diretos, com toques de carinhos, apaixonados,..
O que são Almas? O que é o tempo,..
E o tempo e dono!
é o momento e mestre de sentir do fazer feliz,..
E o encontro de outra alma maior cadente,..
Que faz sentir presente durante as resenhas do dia,. Descritas em almas cadentes
De sol nascente,...
Que está presente dentre o sol imenso,..
Dentro de cada coração de alma nascente,..
Das almas que tenho.
Um amor que tenho e declamo em versos de Fernando Pessoa, tudo que sinto.
Autor: Ed.Cruz

Foto de cnicolau

Tenho tanto a dizer

Tenho tanto a dizer, tanto a escrever,
mas ao mesmo tempo, tanto a calar...

Tudo o que passei nessa vida, tem sido no mínimo interessante.

Hoje vejo coisas que não via há muito tempo, ou que não queria ver,
pois meus olhos estavam tapados, cerrados, fechados a tudo isso,
a tudo o que de bom a vida tem a me oferecer.

Sinto-me ofegante ao olhar pra traz e ver as coisas que deixei de fazer,
as coisas que deixei de falar,
as pessoas que deixei de conhecer,
as coisas que deixei de sentir...

Sabe,

às vezes eu gostaria de ter uma máquina do tempo,
para poder voltar e consertar algumas coisas que fiz de errado...
Ajustar, apagar, acrescentar, etc...
Mas sei não ser possível.

Sinto-me por tantas vezes de mãos atadas, podado, sem ter muito que fazer...

Uma angústia, uma dor no peito, um “sei lá o que” interno,
que esta me corroendo as entranhas,
como se você tivesse sido abalroado por um trem...
Deixando-me um sentimento de vazio, um sentimento de desapego, algo estranho...

Logo pela manhã, todo dia,
levanto e oro a Deus para que meu dia seja iluminado...
Peço que me faça acordar desse sonho, desse coma “interno” em que me encontro...

Os sentimentos florescem em mim,
mas ao mesmo tempo em que me dão asas,
às cortam com facas afiadas,
sem nem dar-me o luxo de alçar o primeiro vôo...

Que um dia eu consiga aquietar minha Alma e meu Coração,
dilacerados pelas vicissitudes da vida, pelas intempéries
de meu antigo orgulho e egoísmo...

Que um dia, eu consiga olhar pra mim mesmo...
Que um dia, eu consiga conviver comigo mesmo...
Que um dia, eu consiga...
Olhar pra mim mesmo...

E CONSIGA

VER...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 4

Engolidores, mais escravos que os escravos. Esse nome foi dado para seres de sangue quente, na sua maioria, que não se opuseram a dominação total de sua espécie e aceitaram seu destino de submissão. Os seviciados levam esse infeliz adjetivo, como uma marca indelével de sua covardia e pavor. Se forem coitados, pouco importa. Os engolidores são ao mesmo tempo vitais e descartáveis.
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- Sou sua amiga. Confie. Vamos sair daqui. Venha comigo.

A voz me era familiar, como se já a conhecesse. Os gestos eram familiares, os jeitos e trejeitos, a aura que emanava do corpo, seus olhos alaranjados e incomuns tão convencionais ao meu admirar. Ela era fria, brisa gélida que suspirava os meus lábios ao seu beijo. Sabia quem era, por milésimos, sem certeza. Mas sabia ainda que sem saber.

- Sim. Obedeço.

Eu estava sendo heróico e lamentável naquele ato.
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A senhora que me resgatara do cativeiro tinha as chaves para a saída da prisão com a qual eu me acostumara a suportar. Ela carregava apenas a si mesma, enquanto eu transportava anos de humilhação e resignação. Num silêncio que não escondia o sorriso do despertar para um sonho, eu subia para nuvens depois de um infernal período de insatisfação. Eu exultava, exorcizava o demônio do temor, até sermos cercados.

- Então vai fugir...?

O Luís Maurício nos olhava com um misto de nojo e tara.

- Não vou fugir. Você nos expulsou.

- Como assim, os expulsei? Eu te expulsei, mas não ao escravo.

- Pode ficar com esse lixo, só o trouxe para sacrificar em meu lugar.

Eu estremecia de rancor.

- Cínica. Você é tão covarde como esse traste.

- Não, eu aprendi a ser sórdida contigo.

- Não estou nem aí. Pode ir embora, agora você vale a mesma ninharia que os engolidores. Lá fora, sua corja é repudiada. Você vai ser relegada ao gueto, e isso se preferir não morrer. Seu destino está maculado. Sua sina é passar fome, é ter a necessidade e não saciá-la, é ser linchada e escarrada por não ser mais do nosso convívio. Será lembrada como louca e perdida, e isso se mencionarem seu nome. Diga adeus a sua vida, chegou sua hora.

Dona Clarisse calou-se. Pela primeira vez algo que ela não queria lhe descia pela garganta.

- Dimas, não deixe que ele me toque.

Ela saiu correndo à minha frente e largou-me aos chutes do meu cruel superior.
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A porta não fora fechada. Em fúria, meu chefe me espancava e extravasava os nervos que lhe explodiam. Mas desta vez eu não me encolhi. Tentei um primeiro revide, do chão com um pontapé. Ele nada sentiu e de cima pisou meu rosto. Tentei mordê-lo. Ele golpeou meus dentes com os cadarços que o sobravam. Uma alavanca rasteira o derrubou. Acertei seu olho esquerdo. Descobri que meu patrão também sentia dor. Arrastei-me até uma foice, estávamos no jardim da residência, agora florida de uma irônica primavera. Ele pisou minhas mãos. Com um puxão escorregou, estatelado junto à lâmina. Ele dedilhou o cabo da agora arma. Sorriu e hesitou na sua vitória iminente. Subi sob suas costas, o acotovelei e esfreguei sua face no solo. Enfim a foice era minha. Enfim eu tinha a possibilidade de matá-lo. Mas era mais prático arrancar seu braço. Foi o que fiz.
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O Luís Maurício uivava e alguns perceberam indo ao seu socorro. Dona Clarisse era linchada. Eu corria para não ser encontrado em direção ao meu desconhecido gueto. Eu me esgueirei enquanto os brados procuravam seu culpado. O pânico tomava as então plácidas alamedas dos dominantes. Vinha a tona todo o furor selvagem sufocado pela supremacia instalada na nossa realidade. Um embevecido decidiu tacar fogo na cidade incontrolada, para solucionar pela facilidade. Acabou piorando o caos. Os seres, tomados e extasiados, puseram-se a brigar entre si. Tudo estava por ser quebrado. Um instinto me indicava o caminho do tal gueto, o intocado e tranquilizado gueto. Não havia paralisia que diminuísse meu ímpeto. Tudo estava por ser destruído. Uma toca me escorregou sem que eu quisesse. Mas eu sabia que estava seguro. As mãos que me sugaram da superfície eram trêmulas e vibrantes. Eram mãos quentes, que até ardiam as minhas canelas. Nessa escuridão me vi logo inconsciente.
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Uma humilde vela acendia. Vi cenhos me pedirem senhas. Nenhum código me ocorreu. O que parecia o chefe deles pediu a palavra por possuí-la de verdade. De fato era o líder em seu nome celebrado.

- Não nos conhece, irmão, mas o acolheremos. Prove que merece nossa confiança e não será incomodado. Agora você está conosco. Discipline-se, e encontrará sua glória

Eu um milésimo me converti ao seu comando.

Foto de odias pereira

" AMOR FORTALECIDO"...

Eu hoje estive pensando,
Sobre o tempo que eu deixei perder.
Estive analizando,
Os anos que estive longe de você...
Quanto tempo eu perdi ! ...
E deixei de amar você.
Já nem sei já esqueci,
Não dar pra lembrar e nem ver...
Muitos anos desperdiçados,
Que eu não soube aproveirar.
Horas dias mal terminados,
Que eu não soube te amar...
Hoje eu me arrependo,
De todo esse tempo perdido.
O meu coração agora esta querendo,
Recuperar esse amor, que anos atraz, foi corroido...
Esse amor de agora,
Será um amor fortalecido.
E o frágil amor de outrora,
Para sempre será esquecido...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
17/09/2011

Foto de cnicolau

História...

Nesta noite
mais uma vez sozinho...

Me pego pensando, distraido
com minhas idéias, distante, longe...

Penso em tudo o que deixei,
em tudo o que ficou...

Mas então, eu penso em tudo
o que ganhei...

No que estou ganhando.

Primeiramente, ganhei Deus
em meu coração...
Preenchi a minha mente com Jesus...

E tem me feito incrivelmente bem.

Ganhei mais responsabilidade,
mais repeito próprio,
mais vontade de viver,
de sentir,
de VER...

Deixei tudo o que me fazia mal,
Deixei meu orgulho,
minha intolerância,
minha vergonha,
minha total falta de amor próprio...

Antes diria que passava pela minha
estrada muito lentamente. Caminhei
por ela, a passos lentos,
até parei as vezes.
Hoje eu diria que a estrada continua
longa, porém, agora corro por ela,
atraz do tempo perdido...

Mas pensando bem, não diria perdido,
pois me serve como aprendizado,
me serve pra aprender a calçar um tênis
e correr ao invés do andar descalço...

Mas ainda assim, com todas as coisas
boas brilhando novamente em minha vida,
ainda falta...

Essa Paz...

Ahh essa Paz...

Que venha logo aquietar esse coração
repleto de sentimentos, infestado de
sensações que demoram a querer sair...

Que me faça novamente sorrir,
que me faça novamente admirar um simples
gesto do dia que renasce pra mim...

Que não demore, pois um coração machucado
pelas vicissitudes da vida dói e sofre,
na maioria das vezes calado, sozinho...

Todos as manhãs eu peço, eu agradeço,
eu oro a Deus que me de Paz, serenidade,
tranquilidade, e que faça meu dia valer
a pena...

E surpresa.

Todos estão valendo, de um modo ou de outro.

ELE realmente escreve certo por linhas certas.

Obrigado Senhor,

Sei que o que estou passando é
necessário...

E humildemente agradeço por tudo,
pois sei ter uma história incrível pra mim...

Obrigado Pai.

Cleverson Luiz Nicolau
25/09/2011

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