Tempo

Podemosa comparar o amor com uma flor
O botão ,assim é a moça
Quando desabrocha, se transforma em mulher
Depois vamos ao fim, caindo as folhas
A mulher também envelhece
Mesmo sendo jovem
Se não souber regar seu coração
que é seu canteiro principal
A fonte da vida
Dessa maneira o amor cresce, fica lindo
Mas deixamos de regar nosso canteiro central, que é o coração
E assim ele se desfolha
Vai ficando velho, e as vezes preto seu galho
è quando se dá um tempo, para outro amor aparecer
Talvez nem brote
Por não ter resistido aos impactos do primeiro contato
E então morre para sempre
O canteiro a Flor e o amor

Deixa a tua saudade
Abraçar a minha
Deixa o teu beijo
Conversar com o meu
Para que no toque
De nossas mãos
A saudade se despeça
Vá embora...

E mesmo que falte
As palavras
Que o sorriso mascare
Nossas lágrimas,
Deixe o tempo da distância
Fazer justiça
Em nossa aproximação...

Foram extensas noites
E longos dias
Que se ergueram
Feito barreiras entre nós...
Aproveitemos, então,
Esse momento de proximidade
Para deixar que
Nossas almas e nossos corpos
Saciem toda a vontade
Que temos um do outro.

O nosso amor
É feito de sonhos interrompidos
Detalhes mal percebidos
Mas, mesmo assim,
Ainda é um amor
Que nos assombra
Dando-nos espaços
Pra sonhos de pouco sonhar
E verbos presentes
Que, nem sempre,
Sabemos conjugar...

Mas ele, também,
Mostra-nos a realidade
De um passado
Que perdura no presente
Com a vontade de um futuro contínuo
E nos dá certos instantes
De serena e inexplicável alegria...

Marsoalex