Enviado por Sonia Delsin em Qua, 19/09/2007 - 13:01
OBRA INACABADA
Talvez um dia eu crie coragem.
Talvez...
Não sei.
Porque este livro é uma viagem.
No tempo.
Nos tempos meus.
Alguém me disse adeus.
Mas este adeus é apenas uma repetição.
Já existiram outros, noutras épocas.
São adeuses que ferem meu coração.
Está lá a obra inacabada.
Um dia talvez eu volte pra ela e a conclua.
Então sim, direi...
Este amor eu finalmente exorcizei.
"Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos''.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora.
A capacidade de escolher novos rumos.
''Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."
Naquela noite, tinha um brilho perdido sobre a sombra do luar
Aquecendo a imensidão lá dentro da escuridão...
Senti medo! um medo sem explicação! apenas um rápido clarão...
Vedava meus sonhos... cegava meus olhos nas curvas sem fim.
Parecia um estrondo de uma tempestade! não deu tempo de pensar
Atravessamos um universo de multidões, eu não estava lá!
Luzes inércia mergulhada nas palavras surdas sem sentido...
Sem sons! Sem sinal... sem vida! Não deu tempo pra pensar!
Um apagão! uma distância sem cérebro, sem filhos...sem mãe...
Sem pai... sem irmãos que estavam apenas na beira da razão!
Uma grande e infinita distância nos levaram ao encontro...
Onde havia somente uma porta sem saída, sem janela...
E do alto um trovão silencioso que nos chamava para um vão...
Onde fomos todos recebidos por um homem chamado JESUS!
Quando você saiu do meu caminho
Eu senti a tristeza que envolvia sua áurea.
Há muito você queria partir.
Mas protelava cada minuto, cada instante.
Eu cheguei a pensar: que loucura é essa
Que me envolve num mar de sentimentos
Sem nenhuma esperança aparente.
Percebi que já estava na hora de mudar.
Mudar o tempo, deixar de sentir saudades
E partir para um novo recomeço.
Mas com meus sentimentos confusos,
Chego a confundi tristeza com solidão,
Amor com paixão, insensatez com razão.
Mas tudo começa, tudo termina...
Mais um lampejo de esperança se inicia...
Mais um dia amanhece em minha vida!
Vasculhei o universo a procura de uma
Estrela que representasse você.
Encontrei várias estrelas brilhantes.
E não consegui te ver.
Persistir na busca e avistei uma
Estrela tão pequena, isolada naquele
Imenso universo, sozinha, mas ela não
Estava triste, ela apenas observava
A vaidade das estrelas brigando entre si
Para saber qual delas brilhava mais.
Mas dentro de meu coração já tinha
Minha estrela preferida mesmo pequenina
Brilhava todo o universo.
Pena que a vaidade das outras não
Permitiram que elas vissem o brilho de luz
Que aquela pequena estrela radiava em
Torno do Mundo.
Com a sabedoria do meu coração pude
Enxergar o pequeno astro cintilante
Cintilava como nunca, como jamais visto.
Essa estrela é você!
Brilhe... Que o universo te espera!
Enviado por Sonia Delsin em Ter, 18/09/2007 - 16:19
QUANDO ELE ME ABRAÇAVA
Deus!
Acreditei naquele homem piamente.
Será que eu acreditaria novamente?
Quando ele me abraçava o céu com a terra juntava.
Quando ele me beijava o mar na areia chegava.
Quando ele me dizia.
Você é toda minha alegria.
Vivi uma louca, muito louca fantasia.
Mas se o tempo andasse pra trás eu igual faria.
Verdade. Nada eu mudaria.
Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 18/09/2007 - 15:44
Quero consertar meus erros,
Livrar-me de culpas,
Mostrar arrependimento,
Sentimento verdadeiro,
Não apenas em palavras
Que voam ao vento,
Se perdem no tempo...
Mas através de atos
Que comprovem de fato
A transparente mudança...
Consertar o que estraguei...
O sorriso que não dei,
O carinho que neguei,
A palavra que não disse,
O silêncio que maldisse,
A esperança que não cri,
O consolo que omiti...
As lágrimas que não chorei,
A verdade que olvidei,
A alegria que contive,
A mágoa que mantive,
O perdão que não foi dado,
O beijo nunca roubado...
A primavera que não vi,
O inverno que não vivi,
Os sonhos que não sonhei,
Os passos que não andei,
O dever que não cumpri,
O amigo que não abracei,
O olhar que recusei,
O livro que não li...
Os frutos que não colhi,
A coragem que não ousei,
O amor que não partilhei,
O prazer que não senti,
A felicidade que perdi...
Ainda há tempo...
Nunca é tarde
Para o arrependimento...
Deixar falar o coração,
Voltar-se ao mundo e pedir perdão...
Vou atravessar as pontes,
Retratar o que não fiz...
Esquecer em cada canto
O bem que ainda resta em mim
Adormecido pelo desencanto...
Uma centelha de luz,
Que em meu ser ainda reluz...
Mostrar que consigo ser
Antes dos queixumes e da dor
Uma mistura bonita
De saudade, poema ...
...e amor!
Das mais longínquas
forças existentes
dentro do próprio eu
Numa alucinada
e assídua busca
desenfreando meus desejos
ao verdadeiro amor
existente em pensamentos,
criando um mundo lendário,
dum poeta imaginário
Que sonhas com o luar
em amar e amar...
Que consegues duma flor
amenizar a dor
transformando ela em amor
para um lindo beija flor.
Que pensas ter parado o vento
para dar tempo ao intento
das rimas e versos
Quando ao inverso
duma realidade
de pura saudade
a despertar em lagrimas
quentes banhando a face
recordando uma frase
escrita dentro dum desenho
em forma de coração.
O tempo amarelou
a folha branca
Mas não apagou
os instantes daqueles momentos
Que insiste em ferir meu peito
deitado em meu leito,
sonho com tudo,
fico mudo
Só ouço o soluço
do meu sentimento
designado ao tormento...
Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!
Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*
A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho com flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....