Tempo

Foto de Fernanda Daniela

Caminhada Noturna

Nos negros véus da noite
Procuro encontrar
A fórmula mágica da vida,
A forma mágica do Amor.

Na escuridão que reina aqui
Dentro do meu peito encarcerado
Brilha como um ponto, um faixo de luz
Que me guia em minhas andanças.

Esse ponto me é estranho
Mas me é familiar
É meu e é do mundo
Tudo do Todo.

Não sei prá onde irei,
Nem se irei só...
Sou companheira de mim mesma
Num caminho que é do Todo.

Minha jornada é igual para todos,
Mas ao mesmo tempo é só minha,
Sou eu, e sou várias...
Num único instante...acompanhada e só.

No canto negro da noite
Que me cerca
Procuro encontrar à mim mesma
Prá poder seguir acompanhada!!!

Foto de Mitchell Pinheiro

Esquivar-se do querer

Inteiramente tentado
Evitando o inevitável
Ocultando numa amizade
Um querer ilimitável
Em presença de minha amada
Minha atenção, minha direção de olhar
São furtados junto com a criatividade de minhas palavras
Falta-me o que falar
Com tantos sentimentos
Tantos motivos para sonhar
Por negar o indispensável
Fujo de mim mesmo
Por disfarçar o indisfarçável
Cego-me do que vejo
Mas sei que esse amor acumulado
Um dia será descontado
E nem precisarei parar para respirar
Só para não desperdiçar
O tempo de praticar
Todas as possíveis formas de amar.

Foto de MARTE

FIM DE TARDE

Em frente ao meu computador,
Perto da janela a olhar o horizonte,
A ver chegar o entardecer,
Vou sentido o nosso amor,
Nestes versos em que és a fonte,
A vontade do meu querer...
O tempo um pouco nublado,
Com uma temperatura amena,
Vou sentido-te ao meu lado,
Neste fim de tarde serena...
Vejo gaivotas voando,
Sinto o cheiro de uma flor,
Em redor um beija-flor dançando,
Melodias do nosso amor...
Tudo num só compasso,
Numa só sintonia,
Neste tempo e no espaço,
Na liberdade de uma melodia!

Foto de MARTE

SIMPLESMENTE AMOR

Na madrugada com o meu olhar,
Vejo os teus lindos olhos,
Olhos brilhantes...são sonhos,
De ternura com amor para dar.

No encanto de uma noite de luar,
Sinto-te como a pureza de uma flor,
Um momento no meu caminhar,
Ao encontro do nosso Amor...

Como é bom no tempo sonhar,
Viver os nossos momentos,
Com a poesia do verbo amar,
Numa melodia de deslumbramentos.

Foto de Sirlei Passolongo

Aparências

Hoje...
Quero estar a seu lado
Sentir seu doce afago
Ganhar seu beijo
Ser seu maior desejo!

Hoje...
Quero esse amor insensato
Quero esse amor ingrato
Mesmo que depois
só me reste a dor
De aliviar a saudade por uma
foto num porta-retrato.

Hoje,
Mesmo sabendo
Ser um amor alucinado
Quero viver esse amor errante
Ao mesmo tempo delicado
Livrar-me desse desejo delirante
Quero viver esse amor inconseqüente
Um tanto quanto insano
Com jeito meio cigano
Mesmo sabendo ser um amor
Até mesmo, um pouco doente.

Amanhã...
Prefiro sentir a dor
De vê-lo por um porta-retrato
com a certeza
Que vivi o meu amor tão sonhado
Prefiro chorar esse amor ousado
Mas, ter tido você
ainda que por alguns instantes
Ao meu lado!

Foto de Rolizey

Saudade

Ah saudade sagaz! Deita-me em teu colo cativo e embala-me em teu retroceder, que melancólico por momentos sublimes persiste na inspiração de meu ser sonhador; Guardiã de tempos felizes e momentos perfeitos aguça-me o presente através dos tempos e das lembranças.
Ah saudade eminente! Poetizar-te é recriar o meu sonho de amor, capaz de tremer-me a alma num pranto emocionado na vontade de tudo reviver.
Ah saudade noturna! Das noites frias e tristes madrugadas, por quantas vezes te vi adentrar em meu quarto sombrio a espreitar-me o sono agitado, e ao redor de meu leito vazio, fez-me chorar e sofrer; Fez-me sonhar e querer, tornando-se até cruel.
Vai-te saudade cruel! Vai-te para longe de minha intenção, por que molestar-me desta maneira brutal, não sabes que não te quero para mim? Carreguei-te no peito sofrido até onde pude carregar-te, habitar no teu apetite faz-me padecer alheia ao paraíso.
Vai-te saudade sofrida! Porquê teimas em residir num espaço tão pessoal? Não sabes que causa-me pesar ao semblante que quer estar sereno! Porquê fazer-se presente ao meu presente que só quer te esquecer?
Vai-te saudade daninha! E deixa-me liberta de tua vastidão, porquê combater-me o sorriso que só o que quer é sorrir? Não vês que já teve tempo plausível de dominação.
Vai-te saudade doída, e deixa-me exposta ao meu convalescer.

Foto de MARTE

NA MADRUGADA

Quero acreditar no amor,
Reviver a chama,
Sentir o verdadeiro calor,
De quem ama!
Fazer brotar o sentimento,
Dar gritos para o ar,
Saltar de contentamento,
Soltar o verbo amar!
Sentir que ainda é tempo,
De ter tal sentimento,
Invadir o meu peito!
Não importando o resto,
Viver o longe e o perto,
O errado e o certo!
Vou me cobrir de poesia,
Rasgar apenas o silêncio,
Relembrar velhas canções,
Sentir toda a magia,
Percorrer como um rio
O curso das tentações!
Sentir de novo o vento,
Num sopro lento,
No espaço e no tempo,
De leve como outrora,
Viver a hora,
Em qualquer madrugada,
Numa noite enluarada!

Foto de sarah.lopes

Encontro

Estava aqui,
parada e esquecida de olhos fechados.
Imaginando amor, carinho, compreensão,
sinceridade, alegria, prazer e fidelidade,
mas que tudo isso se resuma em uma única pessoa.
Difícil encontrar...

Estava aqui,
parada e esquecida de olhos fechados
e coração vazio,
quando em minha frente surgiu você.
Surgiu como um anjo,
que desceu a terra para me proteger,
para me acolher em teus braços
e ter em ti o meu tão sonhado amor!

Estou aqui,
com o coração cheio de felicidade,
pois sou lembrada pelo meu amor,
um amor que me faz feliz,
me faz sonhar... faz suspirar...
Te esperei por tanto tempo
e agora estou vivendo intensamente esse momento,
momento este que será eterno,
pois posso não dizer,
mas estou mergulhada nesse sentimento.

Te Amo!!!

Foto de tizapoe

SONS, IMAGENS, TEMAS DE NÓS 2

Tudo em nossas vidas ecoa e escoa
E sempre soa como uma pessoa
Que de si sempre caçoa;
Mas eu sei que nossa voz nada entoa
Quando o tempo está verdadeiramente à toa.

Tudo em nosso mundo em todo o mundo se reflete,
Mesmo sobre aqueles a quem nada compete,
Mesmo sob baitas tempestades de confete
Sobre os tantos topetes – de generais,
De garis, de playboys e de pivetes.

Tudo em nossa história é uma eterna fuga do tédio,
Uma epidemia de amor para a qual não há remédio.
Todo o choro é hilário, todo inferno é etéreo,
Os pecados são todos vãos, então deixemos-nos como estão:
Sem nomes, sem telefones; sem juízo, sem perdão...

Foto de TrabisDeMentia

Amor é...

Nunca ninguém me ensinou a viver. Apenas me deram um corpo e me ordenaram: vive. Nunca ninguém me ensinou a amar. Apenas me deram uma alma e ordenaram: ama. Assim prossegui pelo caminho da vivência desfolhando significados. Mas nada! Nenhum livro, poema ou mandamento me fez crer em sua existência. Ele existia porém, os sábios assim contavam e sobre ele cantavam os enamorados. Mas nem em músicas eu achei o seu valor. Nem nos lábios em que o procurei eu achei o seu calor. E quando julgava ele pousando em minha mão logo vinha um pássaro maior e o levava. Foi com essa mão cheia de nada que eu cumprimentei a ilusão, que me dei a conhecer á saudade, que tomei em meus braços a dor (abraço forte, amargo afago). Com essa mesma mão escrevi sobre o amor como um cego que conta as estrelas. Escrevi como um surdo compondo a mais bela das sinfonias. Passei a correr atrás de borboletas, a perseguir pirilampos. Corri do mundo todos os cantos, vales e valetas. Desbravei á faca todas as matas. Mas nada, nada sobrou senão momentos! E sobre esse nada me debruçava e com todas as letras o descrevia. Das montanhas geladas que escalei e dos desertos em que me joguei só recolhi ecos e desesperos. E com esses restos o rescrevia. Descrevi céus e oceanos, grãos de areia e universos. Desenhei esboços complexos de todas as frentes, de todos os versos, de todos os objectos e sentimentos, mas do amor... Do amor nem o mais fino dos traços, nem o “era uma vez”, nem um ponto final. Foi então que larguei os vestigios dos pedaços dos porquês. Depois de tanto tempo decorrido me encontrava onde tinha partido. Tudo finda quando o frio aperta, a sede mata e a caneta se farta de tanta agonia. E para que não findasse, como que num ato de auto defesa, fechei os olhos para o que me rodeava (para nunca mais os abrir). E num ato de auto estima me fechei que nem ostra para a vida (para nunca mais me abrir). Mas ao me fechar e ao fechar dos olhos encontrei uma coisa linda! Enquanto o coração desacelarava e a respiração ainda ofegante acalmava, veio uma paz! Uma paz tão intensa que me fez chorar..Decidi abrir os olhos e me abrir para um nunca mais fechar. É que o amor não se encontra em vãos de escada ou escorrendo pelos passeios. Não está debaixo de nenhuma pedra de calçada nem escondido na cor do que quer que for, do que quer que seja. Amor não sobeja de uma fonte nem se esconde por detrás de um monte. Não há ponte que a eles nos leve. Amor não se almeja nem se descreve. Não se grita aos sete ventos. Amor não é momentos. Amor não é sentimentos. Amor é...

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