Ternos

Foto de Jorgejb

Por Ela

Olhei-a de soslaio, sem deixar entender meus olhos fitados nela. A sua beleza descrevia o entardecer magnífico de um qualquer campo de trigo amarelo, amadurecido no pincel de um qualquer Van Gogh. Derramava dela a brutal incompreensão do absoluto, um mar de solstício de Setembro, forte e rude, belo e vital.
A presença dela, inundava a luz das coisas em que tocava, inventando áureas mágicas, texturas forradas a prazer, entregando-se nos gestos que compunha – banais – como se fossem momentos únicos, actos solenes, deíficos, imaginando (eu) que seus beijos fossem obras de autor, ternos consolos de quem se sentia um Cesário perdido nos braços da sua amada.
Foi então, sim foi então que a desejei. Desejei-a como se deseja no íntimo de cada alma, ansiando a plenitude, resgatando gestos, olhares, pedindo os cabelos, as pernas, as mãos, os seus seios. E fui então o maior dos poetas, compus oitavas de génio, falando de amor e solidão, incontornável veste de poeta, da muita solidão – e falei de todas as ruas onde a queria levar. Pintei o seu nu com a arte que se arroja e a decência inocente dos anjos. Cantei o madrigal mais terno e leve que se deseja cantar, quando o seu rosto por fim repousar no meu ombro.
Parei. E o meu peito arfava. Havia tecnicamente, como que a impossibilidade de respirar. Num esgar, o meu rosto contraiu-se, os olhos humedecidos pedindo – como qualquer pedinte que se verga a pedir do desespero de nada ter. Decidido, ergui-me. Ergui-me, como qualquer homem se ergue no meio da noite do leito da sua amante, arrefecendo no caminho os pés que o levarão de volta à cama conjugal, sempre quente.
Olhei-a uma última vez, na doçura de um quadro pintado pelo melhor dos artistas, lembrou-me uma bailarina de Degas.
A história chegava assustadoramente a um eminente fim, quase possível, evidentemente clássico. Os meus passos transportavam o sorriso dos conformados, ébria virtude de quem sofre da mais profunda imaginação, e se perdoa diante dos santos, que riem de todas as preces com a mesma terna e impassível candura.
É agora que se inventa um final feliz. Logo ela virá correndo, quem sabe, perguntando as horas, um endereço. Depois, porque não, conversaremos, marcaremos o encontro no café, que será o de todas as vésperas, e o amor, o que move e desenha palavras, nascerá perene e doce, até ao fim deste conto. Ela, será forçosamente a razão do sonho de um homem, a razão, de sempre se perder a razão – por uma paixão.

Foto de MARTE

O ECO DAS TUAS PALAVRAS

Neste espaço...estás em mim!
És a brisa do ar que os meus lábios tocam
Por fim!
São eternos pensamentos que ficam,
Coloridos e anelantes,
Que mantêm viva a minha lembrança...
Desses olhos penetrantes
Como os de uma criança...
Vou ouvindo o eco das tuas palavras...
E as sinto...
Vou sentindo o teu calor,
As tuas ânsias
E as escuto
Com paixão e amor
Nesta minha sede de madrugada...
Na ansia de ter-te em meus braços
Querendo-te amar sem fim...
Numa só vontade criada
Com tons e traços
Viva em doces lembranças
Que hoje nos junta ...
Numa eterna pergunta!
És parte da minha pele,
Do sabor do mel...
De noites lánguidas
Vividas e amadas...
Como o sol de qualquer dia!
Enchendo de calor
Com um só beijo...
Numa perfeita sintonia
De amor
E desejo!
Minha és tu,
Teu sou e serei...
Sempre...tu!
Contigo para sempre ficarei...
Sinto a minha pele latejar,
Tu encarnas os meus sentidos...
Despertas os meus desejos eternos
Como as ondas do mar
Em lugares perdidos!
Vejo os teus olhos ternos
Em momentos de paixão...
Sinto os teus beijos,
Sinto a tua mão
Acariciando os meus cabelos...
Irreal?...sonho...fantasía!
Em mim sempre estará...
Como a água no mar
Que no horizonte se distãncia,
Em ondas impetuosas de amor
Que vem e vão...
Neste grito ...neste clamor!
No interior do meu coração
Os teus olhos brilham com a tua luz
Sinto os teus lábios como gotas de amor...
Numa fantasia que só traduz
Paixão, ternura e amor...
Como lá nas nuvens um arco iris
Irradia cores, ilusão, admiração...
A sua forma, o seu colorido encantam
Eu sinto na minha pele esse arco iris
Com amor e paixão
E oiço os pássaros que cantam
Melodias que só sente o meu coração
Mágica noite de chuva de estrelas
Que vejo destas janelas
Tímidos raios de luz
Que na minha mente produz
Com esta lua
Completamente nua
A alegría dos grandes
Amantes...
Que muda o meu rosto
Vestindo as cores do amor!
Amor louco nesta noite de saudade...
Num sol já posto
Que irradia o calor
Desses teus olhos...saudade
Meu tudo
Meu mundo...
MARTE
JCarvalho

Foto de francineti

Menino tímido.

Tua voz macia ainda ecoa no meu ouvido,
teu cheiro ficou impregnado na minha pele.
Fecho os olhos e lembro os teus beijos.
Beijos cheios de desejo.
Menino tímido de olhar bonito,
sorriso doce, olhar marôto.
Falas pouco, mas dizes sempre a coisa certa na hora certa.
Chegastes na minha vida numa noite sofrida.
Trouxestes alegria e desejo quando tocastes os meus lábios com os teus beijos.
Beijos ardentes, quentes,
abraços apertados,
afetos ternos...
Alimentastes minha libido.
acho que estou correndo perigo.
Meu coração está em chamas,
meus lábios pedem teus beijos.
Tenho vontade de deitar no teu colo,
beijar teu pescoço,
morder tua orelha,
compor versos que te expressem o meu desejo de estar contigo,
mesmo correndo perigo.
Você me avisou que teu coração ainda padece por amor.
Eu te escutei, mas não liguei...
mais e mais te desejei.
Os teus beijos roubei,
teus cheiros ganhei,
por você eu me encantei.

Foto de Sirlei Passolongo

Não há mais cores.

Seu sorriso
Cruzou o meu destino
Mostrou-me um mundo
Colorido.
Levou-me ao paraíso.
E com seu jeito atrevido,
Fez-me perder o juízo.

Seu olhar,
Que me conquistou
Minh’alma desvendou
Agora, fugiu do meu.
Olhar,
Até meu sorriso levou

Seu abraço,
Que tanto me envolveu
De ternos carinhos me
Cobriu.
Agora, já não é mais meu.
E meu peito ao meio
Partiu.

Seu beijo
Feito um doce me seduziu
Cobriu meus lábios com
Os mais doces sabores,
Encheu minha vida
De flores
Agora, o gosto amargo
Da saudade.
No meu mundo,
Já não há mais cores
Apenas essa dor...
Que minh’alma invade!
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de NuzzyII

#MOMENTOS#

Perdí teu amor,
mas não te esquecir,
Nosso sentimento foi como
Aquela rosa que recebí de tuas mãos ...
Durou pouco tempo...
Mas eternizou em minhas lembranças belos momentos.
Momentos felizes que fizeram
meu ser fugir de mim e unir
a tí...
Momentos ternos,parecia não
chegar ao fim
Saciava meu ego,regogizava
minh'alma...
adoçava meus lábios,suspiros
ao ouvido fluia a calma...
Ah! momentos...momentos de rosas que ao sair da roseira sua beleza é passageira mas eterniza belos momentos.
Nuzzy

Foto de Juli Lima

Incita e excita-me...

Sua Voz, incita
e excita-me...
Sua presença
marcante e sutil,
mesclada
de sensualidade,
incita-me
e faz-me
SER-TE,
além de suspiros
e sussurros
desejantes.

DESPERTOU-ME,
os sentidos
excita-me.
UNIMO-NOS
ansiosos
e arquejantes,
ternos
e pulsantes,
como resposta natural
de nossas polaridades.
SENDO-NOS.

Arrebatou-me
a alma carente
de AMOR
e potencializando
meus desejos,
fez-me transcender
em minhas
sentimentalidades.
EXISTINDO-TE.

Vivendo
com voracidade
nossos momentos,
nos perdendo
e nos encontrando
em nossas
travessuras de amor.
Extasiados.
DOAMO-NOS.

Ousamos
fazer de duas almas
uma unicidade,
na entrega
a explosão
de prazer.
Redescobri-me.
PERTENCENDO-TE.

CARINHOSO,
Zeloso
e dominador,
arroja-me
além de mim
e nos possuímos
vorazes
e insaciáveis
em nossos
sentires.
AMANDO-NOS.

Foto de Senhora Morrison

Minha Entrega

Vejo-te
Meu corpo se toma em calafrios
Sinto sua aproximação
Seus passos em minha direção
Anseiam-me, desesperam-me...
Ouço o silêncio... O meu coração bater...
Seus braços me envolvem num quente abraço
Sinto seu cheiro exalar o amor que me tens
Puro feromonio
Prendo-te em meus braços
Não quero mais deixar-te
Olhas-me com olhos ternos
Sua boca já entre aberta entrega o teu desejo...
Sacia-se
Mate sua sede
Beije-me como sempre
Como nunca...
Sinto um beijo em meu rosto
Demonstrando o carinho que me tens
Num gesto conduz meus lábios aos seus...
E na sua respiração percebo
O acelerar do meu coração
É tão igual ao do teu...
Seu beijo...
Ah! Seu beijo faz-me arrepiar...
Não controlamos a euforia
De estarmos juntos...
E que enfim vamos nos pertencer...
Suas mãos acariciam minha pele...
Áspera pelos seus beijos
Quero-te mais que qualquer coisa
Olho nos seus olhos
E nessa cumplicidade
Fico nua... Para ti
Só para ti...
Seu olhar...
Devoras-me
A cada peça deixada ao chão
Fazes o mesmo
Maravilhamos-nos com o que o amor nos proporciona
Deita-me
Beija-me com sagacidade
Como se não fossemos ter outro momento
Que se compare a esse.
Até nisso nos entendemos
Sem que se precise das palavras
Explora-me buscando o grande prêmio
Arranca-me gemidos aguçados em pura paixão
Olha-me com expressão de prazer
Não nego que quero ser sua
Sinto seu peso sobre mim
Seus quadris se encaixam
Entre minhas coxas...
Sinto...
Sua totalidade
Sinto...
Você...
Ah! Possua-me assim,
Descubra-me
Desbrave este corpo
Que tanto te espera
Banhamos-nos em suor
Num ritmo afoito
Acelerado...
Isso!... Faça-me pedinte...
Faça-me dependente...
Faça-me mulher...
Tua em grau e gênero
Ah! Quero mais...
Sempre...
Meu corpo treme...
Meus músculos contraem...
Por um segundo o mundo para...
A morte vem nos visitar
E quando retornamos
Ainda estamos ali a nos amar
Mais, mais, mais...
Sentindo com a mesma intensidade
É inexplicável
Faça-me amar-te todos os dias
Faça-me tua todos os dias.
E morrerei com você...
Por você todos os dias...

Senhora Morrison
04/05/2006

Foto de Wanessa Rodrigues de Almeida

Posso sentir...

Ainda posso sentir
Suas mãos a me afagar,
seus lábios que se apertam contra os meus...
Seus olhos...
Estes são serenos e piedosos...
Profundamente ternos!
Seus beijos,
lábios macios como a pétala de rosa que em primavera desabrocha.
Primavera que é umida e calma...
Primavera que ilumina os versos do poeta.
Sua pele...
Beleza juvenil,
macia e doce,
aveludada como o pessêgo maduro...
Que libera seu doce néctar.
Calmamente me ponho a pensar no por que de não te esquecer...
Lindo anjo.
Terno ser...
Amor?
Você!

ESPERO Q GOSTEM DESTE POEMA ESTOU ESPERANDO OPINIÕES...
BEIJINHOS NESSA...
NESSARODALM@HOTMAIL.COM

Foto de vania

Promessas...(Vânia Nunes)

Fiei-me nas promessas que declamavas

Nas lágrimas doridas que vertias

Nos ternos carinhos que me fazias

Nesses olhos que nos meus pousavas...

Um subtil fogo me arrepiou a pele,

Riso teve o meu coração de súbito,

Emudeci de palavras, nem um som único,

A minha vida foi mais doce que mel!

Ainda adoro os teus olhos puros

Ainda está mais doce a vida sendo

Contigo, que derrubas todos os meus muros!

E mais, e mais amor em mim acendo

Mesmo com os ledos afectos mal seguros

Mas de amar-te nunca, nunca me arrependo!!!

Vânia Nunes

Foto de Carlos

O Crescimento do Amor, ou a Primavera (John Donne)

Mal acredito que o meu amor seja tão puro

Como pensava que era,

Porque tem que suportar

Vicissitudes, e estações, como a erva.

Penso que menti todo o Inverno, quando jurava

Meu amor infinito, se a Primavera o aumentou.

Mas, se o amor, este remédio, que toda a mágoa cura

Com mais, não for qualquer quintessência, é mistura

De todas as matérias afligindo a alma. Ou dos sentidos,

E ao Sol rouba o seu vigor operativo.

O Amor não é tão puro e abstracto como costumam

dizer os que por amantes têm a sua Musa.

Mas como tudo o resto, sendo também elemental.

Por vezes será contemplativo, outras agirá.



Mas nem por isso maior, apenas mais eminente

Se tornou, com a Primavera

Como, no firmamento,

Com o Sol, as estrelas, se mostram mas não aumentam.

Como botões num ramo, ternos gestos amorosos,

Da despertada raiz do amor florescem agora.

Se, no agitar da água mais círculos procedem

De um, também assim o amor se acrescentará.

Esses iguais

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