Terra

Foto de betimartins

Paz!

Paz!

Onde, estás tu? Oh Paz!
Procuro-te e não encontro
Os meus sonhos foram roubados
As aves encarceradas na caverna
Os mares foram poluídos, sujos
Gaivotas choram a liberdade perdida
A terra sacudiu como ela, tremeu na dor
O mar revoltou-se, engoliu e desbastou
Tudo que estava a sua frente, feroz
Matou como ele matou e cobrou
O pobre mortal, nada é teu, nada!
Foste tu. Que plantaste aqui a destruição
Colheita é certa e desmedida, mas só tua
Não esperes a piedade, colo e afagos
Como uma criança que errou, tu sabes!
Pois Deus é justo, na hora dos acertos
Tratem de caminhar junto da paz
Renovarem o vosso coração
Em sentimentos nobres e amor
Despirem a maldade, ganância e a inveja
Pois somos todos exatamente iguais
Corre o mesmo sangue nas veias
Temos os mesmos órgãos
Dentro de nós, saudáveis ou não!
Entre olhos coloridos, as lágrimas
Correm transparentes e salgadas
As gargalhadas são variadas
Os corações batem igualmente
È urgente despertar a paz, a real paz
Dentro de ti e de mim, rápido e agora
Soltar as amarras da escuridão
Trazer a luz dentro de cada um de nós
Para juntos, unidos, em massa
Poder mudar a vibração do mundo
Que esta agonizando, morrendo
Por Seres sem amor, sem dó
Que não se importam...
Nem da criança, nem do velho
Sequer do doente e do desprotegido
Apenas importa seus interesses
Mas eu te suplico... Oh Paz! Volta...

Betimartins
www.betimartins.prosaverso.net

17 de Março de 2011

Foto de giogomes

Meu caminho

Andei perdido, largado, sem notícias suas.
Como um meliante embriagado, perdido nas ruas.

Procurando uma via que me levasse a você.
Desejando te abraçar, beijar, querer te ver.

Quanto mais eu andava, cambaleava, mais me perdia.
A cada passo dado, trocado, deixava a alegria.

Apanhava da vida, nas esquinas nas quais caía.
Vivia triste, marcado, sem nenhuma fantasia.

Ao me ver naquele estado, dopado, em plena letargia.
Viu só uma sombra, um farrapo, de quem já fui um dia.

Não era a mim que olhava, odiava, era minha tristeza.
Querendo você de volta, inconcebível ato de avareza.

Em um estado lastimável, desagradável, de me ver.
Acho que pensava, olhava, mais a mim, do que a você.

Não que um dia, mês, a tenha deixado de amar.
Pois a falta de você, sem você, me deixava sem ar.

Não podia viver, sobreviver, daquela maneira.
O que eu realmente queria, desejava, era você por inteira.

Nem como amigo, querido, você me aguentava.
Um Tigre deprimido, com dó de si, coisa bizarra.

A Rosa que eu conheço, vejo, não gosta de pessoas assim.
Gosta de homens corajosos, alegres, enfim.

Com pena de mim mesmo, confuso, sem querer saber de nada.
Andava cada vez mais desviado, tropeçando na estrada.

Aos poucos, comecei a sentir medo, raiva.
Quando vi, não queria saber mais de mim, nem lembrava.

Quando a sua ausência, ida, me fez perceber a insanidade.
Voltei para a minha terra, lugar, a minha cidade.

Lugar no qual amava, lutava, e bem conhecia.
Olhando para mim, naquele estado, não me reconhecia.

Aos poucos fui voltando, andando, caminhando.
Enquanto melhorava, alegrava, voltava voando.

No caminho de volta, pessoas que gostavam de mim.
Me dando apoio, gritando, torcendo por mim.

Me fazendo pensar, raciocinar, como cuidaria de você ?
Se nem mesmo a mim, naquele momento, podia manter.

Hoje sei por onde vou, ando, qual estrada caminhar.
Tenho consciência do que sou, o que represento neste lugar.

Querendo te achar, mostrar, que estou bem de verdade.
Voltei a ser quem eu era, forte, sem auto-piedade.

Grito alto para que ouça, escute o que tenho a dizer.
Ainda não sei o caminho, o destino, que me leva a você.

Não sei se um dia verei, ou irei descobrir.
Pode ser que vá embora um dia, tenha que partir.

Talvez encontre comigo, esbarre em um cruzamento.
Me mostre um sorriso lindo, gostoso, como nos velhos tempos.

Estou curioso, intrigado, com que a vida vai me mostrar.
Nessa viela sem tamanho, que ela me faz trilhar.

Se um dia ler isso, e ainda se importar.
Saibe que voltei a andar, caminhar e até voar.

Por esse local emocionante, assustador, como uma grande avenida.
Que todos nós chamamos, pelo nome de VIDA.

Foto de Tehana Madra

O VENENO QUE CIMENTA A ALMA

De todos os sentimentos, a culpa é sem dúvida o mais forte porque reduz seu campo de ação. A culpa destrói sua capacidade analítica, aumenta sua sensação de fracasso e te reduz a condição de um espectro. Para solucionar esse sentimento nefasto você precisa primeiro ter humildade, segundo; coragem, porque é muito difícil para o ser humano admitir sua falibilidade, ele quer vencer sempre. Logo, prefere ignorar um sentimento que o atormenta que admitir o erro. Todavia, a culpa é como um germe que vai degustando paulatinamente seus nervos, infectando sua carne, te deixando combalido; cheio de escaras até você gritar por morfina para aliviar a dor. Como você tem consciência desse mal estar que a culpa causa, então não é melhor reconhecer a falha e pedir perdão? Ou você prefere se decompor até ser atirado na sarjeta como um alienado mental? Pense, reflita sobre sua finitude diante da vida e veja como é bom cultivar dentro de si sentimentos positivos como, amor ao próximo, humildade, solidariedade e liberdade para pôr a cabeça no travesseiro e refugiar-se no sono dos justos. Essa é uma postura leve, profunda e reflexiva de quem é filho daquele que gerou todas as formas de vida na terra e presenteou você, criando-o á sua imagem e semelhança.

Foto de raziasantos

ASSIM SOMOS NÓS...

Assim somos nós.
Como uma garça ferida diante dos olhos dos espectadores.
Apenas olham incessível a sua dor.
Assim somos nós...
Abrimos nossa boca e declaramos amor:
Mas somos incapazes de estendermos as mãos aos pobres coitados.
Que sem destino se arrasta diante nossos olhos, em meio à sujeira.
Solitários se tornam como vegetais.
Como zumbis rondam as cidades em busca de uma lata de lixo para matar sua fome.
São esses os filhos da miséria:
Hoje muito se misturam aos adultos, crianças inocentes que já nascem em meio à miséria.
Não sabe o que é um lar, um teto para se abrigar.
Ironicamente brincam em meio ao lixo, dos ricos, correm felizes quando encontram um brinquedo quebrado:
Ou um pão mofado.
São esses os anjos de rua que perambulam por nós.
Quem de nós nunca cruzou com esses anjos?
Fala-se em muitos projetos, abrigos, amor, onde esta esse amor?
Entre os destorço de sua mente perturbada, se formam na oficina do diabo.
São os pássaros sem asas atingidos por vil caçado.
Neste emaranhado de horror.
Perdem por total sua identidade...
Mãe! “Pergunta a crianças, esquelética franzina” quem eu sou?
A mãe sem reposta olha para o filho em seus braços, e silencia-se...
E no silencio surge um grito em sua alma Deus quem eu sou?
O dia findado e a noite chega Deus para onde iremos...?
Assim se formam os anjos de rua, na miséria e desamor.
Sua única certeza é um caixão de madeira doado pela prefeitura.
Neste mar de amargura, não se dão nem ao direito de sonhar.
Depois de uma noite ao relento ainda molhados pelo orvalho da noite.
São acordados com tapa na cara levanta ladrão!
São os homens de farda dando ordem de prisão:
Como pode ser preso aquele que jamais esteve livre?
Anjos da rua entre a miséria, fome e podridão, drogas, violência, abandono!
Futuros clientes das penitenciárias, grades do inferno.
Será este o passeio turismo no futuro?
O que nossos filhos terão como diversão neste mundo que destruímos a cada
Passo sem compaixão...
Esses pássaros feridos aprisionados em seu interior sua mente cauterizada pela fome e dor.
Não sabem sonhar nem tem forças pra lutar, mas são humanos e necessitam reaprender amar.
Quem se habilita estes anjos adotar?
Onde poderão encontrar alem das promessas dos gigantes da terra, políticos engravatados na época de eleição,
Um abraço sincero, e um aperto de mão...
Esse ato simples poderia aquecer esses corações que se perdem a cada amanhecer em suas desilusões.

Foto de Marilene Anacleto

Meu Outono - Círculos III

Sementes de épocas passadas
Em outras estações plantadas
Confirmam sua existência
Com natural exuberância.

No outono de minha vida
A árvore está carregada
Experiências deram frutos
Já estão todos maduros

No silêncio e quietude
Do entardecer, juventude
Da disputa, a energia
Ao silêncio e alegria

Na segunda adolescência
Serenidade é a aparência
Liberdade, tal porta aberta,
De medos sobrecarrega.

Transmutei os valores do ter
Para os valores do ser
A essência das sementes
São os frutos da experiência.

Foi necessário viver
As perdas do parecer
Empreender solitária viagem
Produzir uma nova ramagem.

Na argila do coração
Cada experiênciemoção
Ocorrida no passado
Tornou-me mais iluminada

Ora folha, ora flor,
Ora branco ou varicor
Ora tronco bem plantado
Ora amigo abençoado,

A colheita dá-me vida
Ritmo, luz e energia.
No outono amarronzado,
Abençôo o meu passado.

Mais um ciclo se encerra
Nesta exuberante Terra.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm,
Publicado no Jornal Folha do Povo – Itajaí – SC

Foto de betimartins

A vida em forma pura

Respirei fundo, senti o ar fresco entrar nos meus pulmões
Meu corpo dançou ao sabor do vento, balançando a mente
Entre momentos de alegria, por estar ali, partilhar a beleza
Vi as montanhas, com suas arvores imponentes e suas copas
Onde milhares de passarinhos, fazem seus ninhos e seus lares
Vi o riacho que corre apressado, para ir de encontro ao mar
Quantos peixinhos nadavam pelo rio, entre pedras reluzentes
Refresquei meus pés e parte de minha alma, ali, no momento
Caminhei devagar, para a imensa pradaria, o verde imenso
As flores, margaridas amarelas, desapontado, abrindo levemente
Ao sabor do Sol, pequenas orquídeas selvagens, nascem na terra
O violeta era a cor predominante, a cor que acalentava meu coração
Tudo era digno de um pintor registrar na sua mais bela tela pintada
Nada cansada e ainda mais desperta, caminhei e dei com uma cascata
Como tudo era belo, intenso, profundo, o verde reluzindo na água
A água cristalina, deixando ver tudo que ali dentro vivia a vida pura!
Via plantas serem regadas pela água que parecia cristais e suas cores
As cores do arco-íris, que agradecia ao Sol sua visita e a luz do momento.
A noite chegava, eu já estava bem junto ao mar, o mar imenso e misterioso
Caminhei e brinquei na areia, deixando meus pés descansarem e se molhar
Sentei-me numa bela rocha, fiquei a observar o mar, as estrelas que desciam
Querendo beijar a água e as sereias que estavam em belos cantos de amor
A Lua estava vaidosa, querendo namorar os homens do mar, os marinheiros
Que navegam a procura do amor, a procura da magia e da imensidão das noites
Entre os gritos dos golfinhos, as gaivotas gritam ao mar, resgatando a comida
E eu ali, ali sentada, naquela rocha, que muitos diriam que não tinha vida
Mas tinha sim, tanta vida, tanto amor, que a água a refrescava gentilmente
Para seus crustáceos não morrerem de sede, senti uma mordida no pé
Uma leve pontada, eu olhei e um pequeno caranguejo curioso e zangado
Por estar a invadir sua praia seu espaço, sorri e pedi desculpa, olhei para o céu
Naquele momento a mais bela estrela cadente, quis me presentear em um desejo
Deixei uma lágrima de contentamento fugir em meu rosto, apenas pedi a paz.

Foto de cristiana martins

Fé em Jesus Cristo

Deus foi aquele amigo perfeito que suportou as nossas imperfeições.

Deus foi aquele pai amigo e misericordioso que nos concedeu o plano mais perfeito e único de salvação.

Deus nos enviou o seu filho Jesus Cristo para expiar os pecados do mundo ,para que um dia pudéssemos voltar ao seu reino.

Os dias são cada vez mais difíceis para se enfrentar mas com Fé em Jesus Cristo conseguimos vencer cada batalha da vida. O Medo só nos ira afastar da nossa missão aqui na terra, a insegurança só nos fará nos afastar das metas perfeitas da nossa vida por isso o segredo para o sucesso em toda a nossa jornada é Fé no salvador e seguir confiante em ti próprio e em Deus .

Cada dia ergue a cabeça com um sorriso no rosto pões nada esta perdido Jesus Cristo nos trouxe a Esperança .

Se feliz caminhado na estrada da vida com Fé em Jesus Cristo e de mãos dadas com Deus.

Lembra te daquele que te ama cada dia

sejas tu quem fores
tenhas tu o que tiveres
sejas de que nação fores ....
Deus ama te ..

lembra te desse amigo e fortalece a tua fé

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Meu Espelho

- Quem é Você?
- Quem você é?
- Você é meu nome, meu nome é espelho, espelho o quê? Espelho Você?
- Você é meu amigo, diante da minha presença, que espelha o que sou?
- Sou simplesmente, a imagem do rosto do Sol invadindo o quarto pela fresta da janela de mais uma manhã sozinha.
- Você, que é a minha cara surpresa, de um novo dia, responderia se o meu futuro reserva um lugar à minha, sua sombra?
- Antes de teu futuro em minha sombra, terás a sombra de não sei o quê, e não sei se a sombras te darão futuro.
- Se a sombra do meu futuro, e seu, me dará sobras da sombra alheia, ou não, não sei, mas que Sol brilhará, no espelho, e assim me ajoelho, espero.
- E brilha o Sol no espelho, mostrando tua imagem, espelhadamente inconsistente, banhada de duvidas, e por fim nos abraçaremos, eu, futuro, e tu... e tu quem és?
- Sou a face da sua vida. Sou a vida na sua face. Sou o seu brilho aqui refletido.
- És um Brilho apagado, és a vida entrelaçada à nossa morte. Vida esta, que resiste agonizante por um simples sinal de uma saudade de algo que ainda não conhecemos.
- Há sempre sinais de vida na futura morte. Eterna, externa, resistente à própria fatalidade.
- Há sempre sinais de morte no presente medo. É tudo medo! É sempre o medo de não haver vida nas fatalidades.
- Há sempre sinais de esperança no medo de não haver futuro, há sempre o medo de se perder as forças no meio do caminho.
- Há sempre caminhos, mas há sempre o medo de não haver amor no final do percurso.
- Há sempre um perguntando qual o caminho para a paz, e há sempre um respondendo que a paz é o caminho.
- Há sempre uma verdade, mas a pressa para alcançá-la sempre mente.
- Sempre existe um nunca, para o qual nunca desistimos sempre.
- Haverá sempre ambigüidade. E será que sempre teremos que escolher a resposta mais justa, ou a mais emocionada?
- Sempre teremos de nos perguntar, e escrever entre o bem e o mal.
- Sempre teremos que escrever enquanto só sabemos desenhar, como crianças com um pedaço de tijolo de construção que rabisca a rua depois da chuva de verão?
- E sempre teremos que construir, com o lápis da vivência, a obra-prima de existir? Espero que sim.
- Pois a vida é uma redação de exame do ensino-médio, mas a escreveremos como poesia de amor, e a ilustraremos, como os mais distantes sonhos, e as mais sinceras emoções.
- Romancearemos a tragédia, encenaremos o que temos, colocaremo-nos à prova da trova do destino que nos reserva ao fim em não nos preservar.
- Bailaremos sozinhos, as valsas tristes, mas com um sorriso no rosto pintaremos as lagrimas vazias, com amarelo, azul ou até mesmo o vermelho. Ainda que sozinhos estaremos acompanhados por nossas poesias, por nossa arte.
- Como a chuva tem o seu prisma, a cisma solar irrompe sobre os pensamentos nublados, na dança das nossas escolhas, na nossa trilha de sons e rumos.
- Desenharemos com palavras, e escreveremos com sentimentos gritantes. Faremos das noites os dias mais claros, e o Sol será mais um amigo, mais um mensageiro da paz, que apenas imitará a meus raros e sinceros sorrisos poeticamente inexistentes.
- Poesia é risco, no céu ou na terra, no caderno ou na lápide.
- Pois o mundo foi feito por algum poeta, que andava triste, ou desiludido por algum amor infiel, e resolveu chorar pra criar mares maiores que as terras, e desenhou e pintou, e ao fim resolveu escrever mais uma poesia, e a intitulou Vida.
- Esse poeta, criador, nos deu a chance, sem nos condenar, de nos descobrir como somos.
- E descobrimos que somos também criadores, poetas, artistas, palhaços. Com um caderno antigo chamado vida, e na mão uma pena que ainda pinga a tinta de nossas vivências, pena esta chamada amor.

(Poesia escrita em conjunto ao meu amigo Allan Sobral.)

Foto de Allan Sobral

Meu Espelho

- Quem é Você?
- Quem você é?
- Você é meu nome, meu nome é espelho, espelho o quê? Espelho Você?
- Você é meu amigo, diante da minha presença, que espelha o que sou?
- Sou simplesmente, a imagem do rosto do Sol invadindo o quarto pela fresta da janela de mais uma manhã sozinha.
- Você, que é a minha cara surpresa, de um novo dia, responderia se o meu futuro reserva um lugar à minha, sua sombra?
- Antes de teu futuro em minha sombra, terás a sombra de não sei o quê, e não sei se a sombras te darão futuro.
- Se a sombra do meu futuro, e seu, me dará sobras da sombra alheia, ou não, não sei, mas que Sol brilhará, no espelho, e assim me ajoelho, espero.
- E brilha o Sol no espelho, mostrando tua imagem, espelhadamente inconsistente, banhada de duvidas, e por fim nos abraçaremos, eu, futuro, e tu... e tu quem és?
- Sou a face da sua vida. Sou a vida na sua face. Sou o seu brilho aqui refletido.
- És um Brilho apagado, és a vida entrelaçada à nossa morte. Vida esta, que resiste agonizante por um simples sinal de uma saudade de algo que ainda não conhecemos.
- Há sempre sinais de vida na futura morte. Eterna, externa, resistente à própria fatalidade.
- Há sempre sinais de morte no presente medo. É tudo medo! É sempre o medo de não haver vida nas fatalidades.
- Há sempre sinais de esperança no medo de não haver futuro, há sempre o medo de se perder as forças no meio do caminho.
- Há sempre caminhos, mas há sempre o medo de não haver amor no final do percurso.
- Há sempre um perguntando qual o caminho para a paz, e há sempre um respondendo que a paz é o caminho.
- Há sempre uma verdade, mas a pressa para alcançá-la sempre mente.
- Sempre existe um nunca, para o qual nunca desistimos sempre.
- Haverá sempre ambigüidade. E será que sempre teremos que escolher a resposta mais justa, ou a mais emocionada?
- Sempre teremos de nos perguntar, e escrever entre o bem e o mal.
- Sempre teremos que escrever enquanto só sabemos desenhar, como crianças com um pedaço de tijolo de construção que rabisca a rua depois da chuva de verão?
- E sempre teremos que construir, com o lápis da vivência, a obra-prima de existir? Espero que sim.
- Pois a vida é uma redação de exame do ensino-médio, mas a escreveremos como poesia de amor, e a ilustraremos, como os mais distantes sonhos, e as mais sinceras emoções.
- Romancearemos a tragédia, encenaremos o que temos, colocaremo-nos à prova da trova do destino que nos reserva ao fim em não nos preservar.
- Bailaremos sozinhos, as valsas tristes, mas com um sorriso no rosto pintaremos as lagrimas vazias, com amarelo, azul ou até mesmo o vermelho. Ainda que sozinhos estaremos acompanhados por nossas poesias, por nossa arte.
- Como a chuva tem o seu prisma, a cisma solar irrompe sobre os pensamentos nublados, na dança das nossas escolhas, na nossa trilha de sons e rumos.
- Desenharemos com palavras, e escreveremos com sentimentos gritantes. Faremos das noites os dias mais claros, e o Sol será mais um amigo, mais um mensageiro da paz, que apenas imitará a meus raros e sinceros sorrisos poeticamente inexistentes.
- Poesia é risco, no céu ou na terra, no caderno ou na lápide.
- Pois o mundo foi feito por algum poeta, que andava triste, ou desiludido por algum amor infiel, e resolveu chorar pra criar mares maiores que as terras, e desenhou e pintou, e ao fim resolveu escrever mais uma poesia, e a intitulou Vida.
- Esse poeta, criador, nos deu a chance, sem nos condenar, de nos descobrir como somos.
- E descobrimos que somos também criadores, poetas, artistas, palhaços. Com um caderno antigo chamado vida, e na mão uma pena que ainda pinga a tinta de nossas vivências, pena esta chamada amor.

(Poesia escrita em conjunto ao meu amigo João Victor Tavares Sampaio.)

Foto de Mitchell Pinheiro

Jogo do amor

Aquela partida de xadrez com meu principal adversário estava disputadíssima, mas me encontrava numa boa vantagem estratégica e chegava cada vez mais perto da vitória. Foi aí que senti a presença daqueles braços macios, aquele perfume maravilhosamente inconfundível, aquelas mãos transpirando eletricidade ao afagar meus cabelos, até que aqueles braços me envolverem por completo num abraço celestial por aquela que era a Rainha dos meus sonhos. Após aqueles infinitos 10 segundos, enquanto ainda a observava partindo, meu oponente disse: - Terra chamando perdedor! –Terra chamando perdedor! –Check mate!

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