Terror

Foto de Bahibak

Minha Alma Jaz

Me deixe em paz
Minha alma pura...jaz
Como pó na ventania
É tua culpa minha agonia!
Vivo dias infernais!
Minha alma pura...jaz.

Não me peça um só instante
que eu siga adiante,
com a tua companhia
És tua culpa minha histeria!
Vivo dias de terror!
Minha alma pura...jaz.

Não me corto,não me sangro
não me rasgo em tua intenção.
Morro e choro em solidão.
És tua culpa minha ilusão!
Vivo dias de dor!
Minha alma pura...jaz.

Meu grito impresso está,
na lápide gelada e branca,
em letras de água lacrimais.
És tua culpa a morte do meu amor!
Vivo dias longos demais!
Minha alma pura...jaz.

Foto de Sonia Delsin

AONDE ANDARÁS?

AONDE ANDARÁS?

Aonde andarás, menino lindo?
Num lugar eu sei que estás.
No passado.
É uma relíquia, uma jóia rara, um tesouro que tenho cuidadosamente guardado.
Tem dias em que me sento a olhar as coisas.
Fico olhando tudo que me rodeia.
Minha alma desta forma se incendeia.
Porque tudo me toca. Tudo me emociona.
Menino.
Naqueles tempos nós dois corríamos no pátio imenso.
Será que era tão grande como eu penso?
Será?
E as escadarias?
Nós subíamos e descíamos de mãos dadas... correndo.
Éramos o terror das freiras.
Mas éramos lindos.
Teu nome eu guardo. Teu rosto lindo. Teus olhos e cabelos negros.
E o calor da tua mãozinha estreitadinha a minha.
Tínhamos pouca idade e toda pureza do mundo.
Falávamos que quando crescêssemos íamos nos casar.
A vida é engraçada, menino.
Logo a vida veio nos separar.
Partiste.
Nem sei pra aonde.
Nunca mais soube de ti.
Mas o coração nunca esqueceu.
Um amor puro que um dia entre duas crianças nasceu.
Naquele pátio do colégio ficaram nossos risos, nossas estripulias.
Hoje, do que fomos, eu ainda construo algumas poesias.

Foto de Boemio

O passeio de um jovem senhor para a morte

Vinha sorrindo e cantando, pelo caminho flores tristes o acompanhavam
Os pássaros cantavam como para lhe consolar,
O lago de águas cristalinas lhe convidava para lavar sua alma,
Árvores marrons assistiam tudo com piedade,
Da varanda do céu os anjos cantavam esperando por ele
Que insistia em tentar sobreviver,
Do seu lado a iniqüidade, o bom apreço
Vira-se contra ele,
No parque ele passeia tranquilamente,
Nunca quisera ter filhos por causa disso,
Pensava não ter tempo pra perder e agora no final de sua vida
Reconhece que todo o tempo foi perdido,
E desejava do fundo do coração tentar olhar pra traz
E perceber onde foi que ele errou, ter seus pecados perdoados seria uma dádiva naquela situação estava certo de que em momento algum estava certo
Aquietou seu nobre coração e morreu feliz,
Com um sorriso genial e misterioso
Com a face cheia de injustiças
E a mente cheia de terror
Por saber que seus corpos só acharão no dia do juízo
E que os infelizes que lhe fizeram isso aqui nunca vão pagar
Mas esperem até lá
Ele não estava sozinho...

Foto de Anjinhainlove

Medo

Quando a serpente mortífera
Nos percorre a espinha,
E o coração bate ao ritmo do terror.
Quando as mãos tremem e suam
E os olhos se enchem de água.
Quando o medo se apodera da nossa mente
Como se num infinito abismo tivéssemos caído
E a respiração fica mais ofegante.
Não quero voltar a senti-lo.
Rouba-me cada gota de sangue
E aperta meus pulmões até extrair
A última molécula de ar
E o meu sangue parar.
Sentir a morte segurar-me a mão
E a eternidade beijar-me o rosto.

Foto de krodrigo

Quase sem jeito (04/03/97)

Musa inspiradora de meus poemas e poesias
Tua presença fez-se freqüente nos últimos dias.
Por você meu sentimento se purifica
E sobre meu amor, nenhuma dúvida fica.
Ter por ti tamanho amor, confesso
Às vezes sem querer, torna-se um terror.
Terror esse que muito não dura
Pois sua imagem em meu coração perdura.
Por ti, às vezes brigo, às vezes xingo, às vezes choro
Mas tenha certeza: cada vez mais te adoro.
Tanto sentimento torna-se até por vezes insuportável
Mas sua presença mesmo que ausente, torna tudo suportável.
E carregando esse sentimento em meu peito,
Declaro quase sem jeito:
Te amar será meu maior feito.

Foto de thiagos

Soneto de Dúvida

(Thiago Soares)

Quando há dúvida e terror
O coração fraqueja e cambaleia
E perde o amor
E titubeia.

Se há dúvida e incerteza
Na verdade só há fraqueza
Um misto de medo e horror
Um intrépido torpor.

Tudo num turbilhão de emoções
Que aflige os sentimentos
E que destrói os corações.

Mas quando a dúvida desvanece
Toda a paz retorna ao corpo
E o coração rejuvenesce.

Foto de solidão

Minha Despedida

Hoje as nuvens estão chorando,
Raios e trovões clarem o céu escuro, cinzento
Momento triste para uma triste despedida.
Quero me despedir com lágrimas de frases e palavras
Não quero mais que habite em mim essa pessoa chamada "poeta", que escreve não sei o que e nem sei o por que, mas que me fez em muitas noites dominando a mão, passar para uma folha em branco sentimentos inexplicáveis que sinto por você.
Acreditei no amor, porém penso que ele agora é apenas mais uma lenda, mito, uma história de terror onde existe as mortes mais sangrentas e o que agora sangra é o meu coração.
Dessa vez não quero que me peçam para que fique, pois já fiquei e me machucaram, mas talvez se você novamente pedir posso continuar aqui.
Um dia poderei voltar, mas hoje preciso partir junto com a "poeta" solidão, partiremos sem rumo, sem destino, tendo a certeza de que te amo e que se abrires novamente a porta de teu peito estarei disposta a retornar, mas a "poeta" não mais.
Existe uma ferida que não enxergo e a sua dor me faz gritar insaciavelmente.
Hoje quero me despedir dessa "poeta" que olha além do horizonte, que escuta a sua voz no cantar dos pássaros, que te ama mesmo sem saber explicar o que é amor.
Hoje quero respirar fundo e transmitir a minha fortaleza, mesmo ainda sendo uma menina ingênua, insegura, sem forças para te trazer para perto.
Não quero ser radical com minhas novas atitudes, a radicalidade nunca fez parte de minhas qualidades.
Poderia escrever essas minhas ultimas palavras através de um soneto, simetrificado, com rimados versos, mas poetar não é escutar lindos sons e visualizar perfeitas estruturas.
Tive o meu andar despreocupado em uma manhã de domingo, mas nessa minha despedida darei um passo após outro, pisarei firme mesmo com as pernas fracas.
Não direi as palavras que foram silenciadas.
Não direi aqui palavras ofensivas, de sofrimento já é o suficiente o que sinto.
Não quero novos amores, posso ser amada por milhares, mas apenas a ti darei o amor que tenho e que descobrir com a sua pessoa em minha vida.
Te darei os meus sentimentos mesmo não estando mais ao meu lado.
Hoje quero me despedir da dolorosa despedida e se agora germina lágrimas em meus olhos é para ver o sorriso em seus lábios.
Adeus...

Foto de solidão

Ódio

Durante muito tempo eu construí uma história em cima de um castelo destruído
E pra fugir dessa realidade dura eu já encontrei mais de mil motivos
Agora essas palavras de pessoas santas parecem música nos meus ouvidos
Já que ficou quase insuportável ouvir a voz dos meus olhos aflitos

De tanto chorar depois que a festa acabar
Se eu não me matar, talvez eu peça ajuda para voltar
De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar

Olhei ao meu redor para reconstruir meu castelo caído
Pra viver de bons momentos sem ter que ter os olhos escondidos
Ja fiz até um testamento que não tem nada, nada, nada escrito
Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo

Pra evoluir, depois que o terror passar
Se eu não suportar talvez eu peça ajuda pra voltar
De um lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva
Na queda eu me despedacei mas eu já me permito mudar

Esse meu ódio é...
Meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra

Foto de Logan Apaixonado

Nobre Sentimento

O que és tu, sentimento perfeito, tomaste minha alma com calor, não pediste permissão para entrar em meu peito, acordando tantos sentimentos adormecidos pela angustia vazia da solidão. Penetraste meu ser desgostoso fazendo ter tanto gozo pela vida antes vazia, trouxeste tamanha alegria, que um cálido dia, transforma-se em canto, tamanho encanto que tens o amor, pensei nunca mais sentir-te tão forte infinito, que aos meus gritos acudiste rapidamente para não deixar o terror matar minha alma perdida que hoje és tua meu amor...

Foto de Junior A.

Homenagem a um poeta... (Carlos Magno)

Caro Carlos Magno

Sua última carta era dessas que ou se responde imediatamente, na paixão da leitura, ou não se respondem nunca. Creio que optei pela segunda decisão, ou antes, que fui levado a ela. O certo é que li sua carta com um interesse danado, que a vivi intensamente, que tornei a lê-la muitas vezes, e que, apesar da distância em tempo e espaço, me senti acompanhando você na terrível e dolorosa descoberta do poema "Um dia Eterno". Não sei se você meditou bem no que escreveu sobre isto, mas considero sua carta muito mais importante do que qualquer poética ou tentativa de explicação e interpretação de poesia, dessas que os eruditos escrevem, escrevem... friamente. Impressionou-me ver você tateando no escuro, apalpando, procurando, monologando, sofrendo e ao mesmo se observando tão lúcido, desdobrado e ao mesmo tempo uno, que poder! Me perdoe se achei sua confissão admirável, certamente você não quis se dar para mim como espetáculo, nem eu senti isso, mas não posso deixar de manifestar a espécie de susto iluminado, de terror feroz, não sei bem, todas estas palavras parecem bestas, diante do itinerário do poema que você traçou. E você me pede opinião! Como posso dar opinião sobre aquilo que resultou de uma experiência tão pessoal e tão direta de você, cada palavra tendo surgido de uma necessidade ou uma circunstância específica de você, o poema todo sendo tão propriedade sua que.. A verdade é que acabo não podendo escolher entre as variantes, aceito todas as variantes, e você me ensina que é possível fazer um poema com diversas redações, todas rigorosamente legítimas, coisa em que eu não acreditava. Já vê você que abandono toda atitude crítica e só lhe confesso a emoção grande que me provocou esse episódio poético do "Um dia Eterno". E não considero esta carta resposta da sua, porque o gênero de coisas que ela acordou em mim não encontra expressão idônea nestas palavras que estou escrevendo.
Devolvo esta folha de caderno, embora quisesse ficar com ela; mas deve voltar ao caderno. Agora fico desejando que você me mande sempre coisas novas... Pelo menos quando puder mandar, e isso não o chatear muito. Obrigado pelas boas palavras sobre minha situação pessoal. Mas não há nada de escuro no céu, e vai-se vivendo, às vezes com gosto, às vezes enfezado. E tudo dá certo, enquanto há força no braço, vontade e sentimento cá dentro... Me sinto capaz de viver. Não uma grande vida, nem uma vida cheia, mas o meu pouco de vida tímida e inconformada, com desejo de fazer alguma coisa que não sei o que seja, mas que seja bom para os outros, isso eu vivo. E é bom saber, no momento indeciso, que a amizade de alguns poucos como você está vigiando e solidária. Adeus, Carlos.Dê notícias suas. O abraço forte do seu velho

Junior

PS:Esta carta Carlos Drummond de Andrade escreveu ao seu grande amigo Mário de Andrade quanto ao poema Reis dos Reis,mas faço minhas as palavras aqui descritas em homenagem ao grande poeta que a pouco tempo conheço... Mas me encanto a cada dia com suas expressões. Carlos Magno

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