Toque

Foto de Kiss_Kiss

SAUDADE...

Sinto saudade do seu beijo...
Sinto mais ainda do seu toque...
Muito mais do seu abraço...
Não queria sentir...

Beijo doce e suave no seu coração
Kiss_kiss

Foto de carlos alberto soares

QUEM SABE

Vista assim de longe...
Sem desejo, sem posse sem toque
Ainda que não haja simbiose
Que um diga coisas que outro não aprove

Quero que seja feliz

O meu desejo é a felicidade
e transcende distância ou idade
de forma platônica a gente se entende
E invés de tocar a gente sente

Seja feliz em cada vez que se negue
ou em cada braço que se entregue
Na arrepio da pele que provoca o desejo proibido
ou no sentimento louco que precisa ser contido

Seja feliz que esta vida é breve
Só vive quem se atreve
Os sonhos que emanam do seu ser
Só você pode viver

Vá! Busque tudo que é seu
Hoje é o dia que Deus te concedeu
Entre tantas, te fez luz
E apenas por ser mulher já seduz

E entre lindas e tantas
Umas pecado, outras santas
Tem você e seus encantos
Que não tem alma... Nem de anjo,
nem de santo

E dando trâmites finais aos meus versos
Eu que sou um otimista confesso
Um lobo solitário e você de aquário
Assim ambos estranhos e pensamentos contrários

Quem sabe a distância dê lugar ao encontro
Os dois estejam prontos
E a introspecção se acabe
Quem sabe...

Foto de Rosamares da Maia

POEMA DOS AMANTES

Poema dos Amantes

Insano é despertar
das horas nuas,
Apear dos lençóis,

Deixar teu aroma
com o raio da aurora,
Abdicar de tua pele,

Veludo profano,
Toque de absinto,
Favo de mel.

Fere-me a luz.
Nenhuma manhã
será o bastante.

Deixa-me voar
para as tuas noites
de puro pecado,

Perder em ti
o rumo abominável
desta realidade.

Quero consumir
teu fogo e consumar
desejos, derreter,

Para que recolhas
os mistérios do
meu ser em concha.

Num beijo úmido,
profundo, único,
sugando-me a vida.

Nenhuma manhã
será grandiosa.
O dia não vale a pena.

Eu vivo da noite,
da tua cama
onde a vida se esvai.

Ferida pela claridade.
escondo-me, espero,
para renascer contigo,

Emergir dos dias vazios,
das horas desertas,
da vida perdida,

Do desencontro de almas,
Queixume de bocas,
Do frio cortante.

Há pouca coragem
para mudar, buscar,
ralar-me em nova dor.

Se te deixo fugir,
toco a tua ausência.
É tarde demais.

És denso, ficaste no
perfume dos lençóis.
Grudado em mim.

Penetra-me o corpo,
Fertiliza-me a alma.
Espero na penumbra.

Nenhuma manhã
terá a beleza
das tuas noites.

Nenhum raio de sol
poderá traduzir-te como
o poente que te despe.

Teu enigma noturno é
livro da lua cheia
que a nova decodifica.

E se este amor de fases,
mais se multiplica,
sou tua lua crescente,

Lua de amor e fel.
Lua dos amantes.
Clara e nua lua de mel.

(Rosamares da Maia 26.06.2000)

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE – Doze Passos e uma Possibilidade de ser Feliz

Hoje bastou uma brisa fresca da manhã para me lembrar de ser feliz. É, um vento menino que refrigerou o corpo e a alma, enquanto eu fazia a tarefa simples e doméstica de lavar o quintal e molhar Umas poucas plantas urbanas e o meu toque rural de cajueiro. Certamente, como eu naquele momento, elas celebraram a água e o vento.
Fiquei pensando que as pessoas deveriam ter uma estrada com os doze passos da felicidade, para construir ao longo da vida. Claro que estas não seriam regras engessadas, afinal de contas somos todos diferentes e as semelhanças do Ser Humano param nesta redundante condição – o gênero humanidade. No mais, “O que seria do roxo se todos gostassem do amarelo?”.
Porém, delimitadas as razões das semelhanças e diferenças, acho que umas regrinhas para a busca da felicidade são básicas, como um pilar de sustentação das variedades e sutilezas de cada um, como por exemplo:
- 1 – Simplicidade: Aquela que nos faz curtir a brisa da manhã, como um presente que alivia o calor e acalma a alma, sem contestar as suas razões. Se haverá mais calor ou se ela trará chuva é pura e desnecessária especulação de quem não soube apreciar o benefício.
- 2 – Gratidão: Ser capaz de agradecer a Deus ou a força maior que você acredite que exista pela vida, mesmo diante de condições adversas. Saber que você é uma semente que desabrochou , anda, respira e pensa é magia Superior. E se você pensar nas outras sementes que germinam, lembre-se de elas ficam presas sob a terra, a menos que alguém as mova de lugar. Ainda assim, elas são gratas ao sol, a água e ao vento, benefícios do Criador.
- 3 – Competência Construtiva: Entender que você não está neste Mundo a passeio e tomar ciência do conjunto indispensável formado entre o Homem e a vida. As ferramentas com a qual Deus o dotou, – Mente e Mãos – são as primeiras realizadoras de obras, desde os mais primitivos tempos.
Você poderá perfeitamente me questionar, dizendo que a mente que cria pode alimentar a mão que destrói. A mão pode da maneira mais sórdida e cruel realizar as elucubrações da mente. Por certo que sim! Mas lembre-se que neste exato momento estou construindo os doze passos da felicidade e “o que seria do azul se todos gostassem do rosa?” – As divergências tá lembrado?
- 4 – Competência de Exercitar os Sonhos: Por que não apenas capacidade para sonhar? Porque apenas sonhar é tarefa dos simplórios, muito diferente do que é simples. Por exemplo: Eu sonho com o mar, o que não significa nadar ou navegar, jamais saberá como é toque da água quem não se dispuser a entrar nela, jamais sentirá a força do vento sobre as velas quem não colocar o barco na água e depois, o dourado do sol sobre a pele será um troféu a mais no conjunto. Lembre-se você é a semente que germinou e andou para realizar.
- 5 – Ser Destemido: A coragem também é a mola impulsionando a felicidade, ela nos incentiva a realizar e a coragem associada à simplicidade na construção dos sonhos já é uma grande conquista. A boa coragem dissipa as dúvidas atávicas da existência.
Boa coragem? Como é isto? Toda coragem não é boa? Não necessariamente! Como disse o filósofo, “Sei que nada sei”. É preciso ter coragem para viver e descobrir o que não se sabe, antes de empreender uma ação que pode ser desastrosa. Caminho para a infelicidade própria ou dos outros. A boa coragem nos leva ao caminho do aprendizado, depois o das escolhas e aí o das realizações. Boa coragem é saber que se pode até sangrar os pés nas pedras do caminho mais difícil, isto se não houver outra forma, mas, lá no horizonte haverá um balsamo perpétuo.
- 6 – Claridade e Leveza: Existe muito peso e escuridão por aí na história dos contraditórios, mas, este submundo que subjuga milhares de almas é insuportável, denso e frio. Olhar para o alto através das nuvens negras e ver o sol e/ou as estrelas, encher os pulmões de ar fresco quando o em condições de ar rarefeito é algo fantástico. Estas obviamente são imagens figuradas do dia a dia, dos problemas que enfrentamos e são ao mesmo tempo, chaves para soluções.
Deixa-me contar uma historinha breve: Tenho uma prima que é muito engraçada, apesar de viver uma vida de oportunidades e escolhas sofridas. Ela sempre nos faz rir, principalmente quando nos conta as suas noites de pesadelos. Ela é extremamente medrosa, mas, pelo menos para nós, ela não consegue colocar peso nestes medos. Você pode até achar que isto é uma maldade mossa, mas não é. Ela consegue tornar a própria tragédia em uma comédia. Tudo nos seus pesadelos vira uma grande trapalhada e, no auge do seu desespero, no clímax do pesadelo, surge em seu quarto uma porta. Por esta porta ela escapa, rola na grama verde sob um céu claro e azul. Em sua alma existem claridade e leveza suficientes para permitir que ela paire sobre o seu desespero com uma solução muito simples – a porta.
Na grande maioria das vezes para solucionarmos um problema, precisamos nos distanciar dele criando um novo olhar onde o desespero seja descartado para deixar fluir a inteligência. A criatividade nos permite a invenção de um viver que contorne o problema. Isto não é covardia, mas sobrevivência com bom humor, indispensável para que a nossa alma possa transcender o “lado negro da força”.
Acredito nestes seis conceitos como princípios básicos e comuns a todas as pessoas que pensem em trilhar a estrada da felicidade. Não como a estrada de tijolos dourados nos levará ao mundo de OZ. Não! Você constrói a sua estrada a cada passo, todos os dias e enquanto constrói é feliz até o final do caminho. Sacou? Então nada de Arco Iris e Pote de Ouro. É só a construção ao longo do caminho e o seu legado.
Você deve estar se perguntando: A maluca falou em doze passos, não falou? Vai ficar somente em seis?
Calma! Muita calma nesta história. Eu também falei em passos básicos, que na minha concepção devem ser comuns a todas as pessoas. No mais, fica a gosto do freguês, como um quebra cabeças. Você precisa descobrir os outros seis. É a sua primeira meta – a construção da sua chave. Marca pessoal, intransferível e diferenciada.
As minhas? Que tal: - 7 – Fidelidade aos ideais (traçar uma linha de princípios e trilhar sobre ela) ; - 8 – Competência para exercer o perdão; - 9 – Competência para reconhecer os erros e retroceder; - 10 – Competência para amar plenamente a si e ao outros; - 11- Competência para esquecer as mágoas e aprender com as dores, para seguir em frente; - 12 – Competência para entender que o Mundo acontece independente de você, mas que ele espera o melhor de você.
No mais, é vida, só vida que segue em frente.

Rosamares da Maia – Abril de 2017.

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICAS DA SAUDADE – Dose Passos e uma Possibilidade de ser Feliz

Hoje me bastou uma brisa fresca da manhã para me lembrar de ser feliz. É, um vento menino que refrigerou o corpo e a alma, enquanto eu fazia a tarefa simples e doméstica de lavar o quintal e molhar Umas poucas plantas urbanas e o meu toque rural de cajueiro. Certamente, como eu naquele momento, elas celebraram a água e o vento.
Fiquei pensando que as pessoas deveriam ter uma estrada com os doze passos da felicidade, para construir ao longo da vida. Claro que estas não seriam regras engessadas, afinal de contas somos todos diferentes e as semelhanças do Ser Humano param nesta redundante condição – o gênero humanidade. No mais, “O que seria do roxo se todos gostassem do amarelo?”.
Porém, delimitadas as razões das semelhanças e diferenças, acho que umas regrinhas para a busca da felicidade são básicas, como um pilar de sustentação das variedades e sutilezas de cada um, como por exemplo:
- 1 – Simplicidade: Aquela que nos faz curtir a brisa da manhã, como um presente que alivia o calor e acalma a alma, sem contestar as suas razões. Se haverá mais calor ou se ela trará chuva é pura e desnecessária especulação de quem não soube apreciar o benefício.
- 2 – Gratidão: Ser capaz de agradecer a Deus ou a força maior que você acredite que exista pela vida, mesmo diante de condições adversas. Saber que você é uma semente que desabrochou , anda, respira e pensa é magia Superior. E se você pensar nas outras sementes que germinam, lembre-se de elas ficam presas sob a terra, a menos que alguém as mova de lugar. Ainda assim, elas são gratas ao sol, a água e ao vento, benefícios do Criador.
- 3 – Competência Construtiva: Entender que você não está neste Mundo a passeio e tomar ciência do conjunto indispensável formado entre o Homem e a vida. As ferramentas com a qual Deus o dotou, – Mente e Mãos – são as primeiras realizadoras de obras, desde os mais primitivos tempos.
Você poderá perfeitamente me questionar, dizendo que a mente que cria pode alimentar a mão que destrói. A mão pode da maneira mais sórdida e cruel realizar as elucubrações da mente. Por certo que sim! Mas lembre-se que neste exato momento estou construindo os doze passos da felicidade e “o que seria do azul se todos gostassem do rosa?” – As divergências tá lembrado?
- 4 – Competência de Exercitar os Sonhos: Por que não apenas capacidade para sonhar? Porque apenas sonhar é tarefa dos simplórios, muito diferente do que é simples. Por exemplo: Eu sonho com o mar, o que não significa nadar ou navegar, jamais saberá como é toque da água quem não se dispuser a entrar nela, jamais sentirá a força do vento sobre as velas quem não colocar o barco na água e depois, o dourado do sol sobre a pele será um troféu a mais no conjunto. Lembre-se você é a semente que germinou e andou para realizar.
- 5 – Ser Destemido: A coragem também é a mola impulsionando a felicidade, ela nos incentiva a realizar e a coragem associada à simplicidade na construção dos sonhos já é uma grande conquista. A boa coragem dissipa as dúvidas atávicas da existência.
Boa coragem? Como é isto? Toda coragem não é boa? Não necessariamente! Como disse o filósofo Sócrates, “Sei que nada sei”. É preciso ter coragem para viver e descobrir o que não se sabe, antes de empreender uma ação que pode ser desastrosa. Caminho para a infelicidade própria ou dos outros. A boa coragem nos leva ao caminho do aprendizado, depois o das escolhas e aí o das realizações. Boa coragem é saber que se pode até sangrar os pés nas pedras do caminho mais difícil, isto se não houver outra forma, mas, lá no horizonte haverá um balsamo perpétuo.
- 6 – Claridade e Leveza: Existe muito peso e escuridão por aí na história dos contraditórios, mas, este submundo que subjuga milhares de almas é insuportável, denso e frio. Olhar para o alto através das nuvens negras e ver o sol e/ou as estrelas, encher os pulmões de ar fresco quando o em condições de ar rarefeito é algo fantástico. Estas obviamente são imagens figuradas do dia a dia, dos problemas que enfrentamos e são ao mesmo tempo, chaves para soluções.
Deixa-me contar uma historinha breve: Tenho uma prima que é muito engraçada, apesar de viver uma vida de oportunidades e escolhas sofridas. Ela sempre nos faz rir, principalmente quando nos conta as suas noites de pesadelos. Ela é extremamente medrosa, mas, pelo menos para nós, ela não consegue colocar peso nestes medos. Você pode até achar que isto é uma maldade mossa, mas não é. Ela consegue tornar a própria tragédia em uma comédia. Tudo nos seus pesadelos vira uma grande trapalhada e, no auge do seu desespero, no clímax do pesadelo, surge em seu quarto uma porta. Por esta porta ela escapa, rola na grama verde sob um céu claro e azul. Em sua alma existem claridade e leveza suficientes para permitir que ela paire sobre o seu desespero com uma solução muito simples – a porta.
Na grande maioria das vezes para solucionarmos um problema, precisamos nos distanciar dele criando um novo olhar onde o desespero seja descartado para deixar fluir a inteligência. A criatividade nos permite a invenção de um viver que contorne o problema. Isto não é covardia, mas sobrevivência com bom humor, indispensável para que a nossa alma possa transcender o “lado negro da força”.
Acredito nestes seis conceitos como princípios básicos e comuns a todas as pessoas que pensem em trilhar a estrada da felicidade. Não como a estrada de tijolos dourados nos levará ao mundo de OZ. Não! Você constrói a sua estrada a cada passo, todos os dias e enquanto constrói é feliz até o final do caminho. Sacou? Então nada de Arco Iris e Pote de Ouro. É só a construção ao longo do caminho e o seu legado.
Você deve estar se perguntando: A maluca falou em doze passos, não falou? Vai ficar somente em seis?
Calma! Muita calma nesta história. Eu também falei em passos básicos, que na minha concepção devem ser comuns a todas as pessoas. No mais, fica a gosto do freguês, como um quebra cabeças. Você precisa descobrir os outros seis. É a sua primeira meta – a construção da sua chave. Marca pessoal, intransferível e diferenciada.
As minhas? Que tal: - 7 – Fidelidade aos ideais (traçar uma linha de princípios e trilhar sobre ela) ; - 8 – Competência para exercer o perdão; - 9 – Competência para reconhecer os erros e retroceder; - 10 – Competência para amar plenamente a si e ao outros; - 11- Competência para esquecer as mágoas e aprender com as dores, para seguir em frente; - 12 – Competência para entender que o Mundo acontece independente de você, mas que ele espera o melhor de você.
No mais, é vida, só vida que segue em frente.

Rosamares da Maia – Abril de 2017.

Foto de Poetando

Amor Virtual

És o amor que ainda não vi
Nem o teu corpo conhecer
Mas como tanto te sinto
Como se te estivesse a ver
Mesmo estando tu longe
Sem ver como é o teu olhar
O sabor desses teus lábios
Nem mesmo a tua boca provar
Mas amo-te mesmo assim
Sabendo que não te vou ter
Menos ainda te provarei
Ou contigo poderei viver
Não sei como é o teu toque
Nem como são tuas caricias
O perfume que usas no corpo
Me fazem sonhar com malicia
Sabendo que não te encontrarei
E que nosso amor é virtual
Sinto por ti tanto amor
Como se fosse um amor real
É um amor que não faz mal
Por não estares ao meu lado
Que te amo ao vento eu digo
Te levo no coração a todo lado
Que minhas palavras de carinho
O vento te leve tudo que digo
Que mesmo sendo amor virtual
Que em real queria estar contigo
Nosso amor mesmo sendo virtual
Que felicidade este amor nos trás
Basta pensar como nos amamos
Que o nosso amor de tudo é capaz
Sabendo que não te irei ter
Nossos corpos não vão tocar
Nos amamos em pensamento
Porque nunca nos iremos encontrar
Somos um amor virtual
Distantes um do outro
Falamos por meio de teclas
Sabendo que nunca em real
Iremos ser um do outro

De: António Candeias

Foto de Jardim

ando pelas ruas molhadas

ando pelas ruas molhadas
sob a noite fria.
a cada passo o peso
das histórias mal resolvidas
e dos sonhos deixados para trás.
o toque da noite é frio,
futuro mutilado, metades perdidas
que eu arrasto pelas ruas.
ausência de cores, sonhos impossíveis,
um sorriso forjado no rosto.
contagem lenta e regressiva
dos dias, fome infinita do destino.
no túnel escuro das madrugadas
as mãos geladas nos bolsos furados,
contemplo sombras que gemem,
ouço os lamentos do vazio,
o amor em lençois encardidos.
os loucos não mentem.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de Jardim

de ti trago memórias

de ti trago memórias
que o tempo cuidou em preservar,
voos de ícaros que ainda amanhecem
no orvalho da minha sede
pela febre do teu corpo
que em mim nunca se extinguiu.

minhas mãos ainda te buscam
ainda que há muito já não te toquem.
perco-me em minha insensatez
colhendo alegorias, ilusões,
acorrentado à tua miragem,
quimera de deslumbramento
dos meus infinitos enganos.
à noite, no espelho é o teu rosto que vejo.

são para ti as rubras rosas que trago,
é por ti que pulsa o sangue em minhas veias,
é teu este meu grito mudo.
são para os teus peitos
este toque dos meus dedos.

ecos da tua voz me trazem
tuas palavras agora antigas.
te ouço ainda mesmo que ausente
e me sopras ventos de nostalgia
que vagam pelas esquinas dos meus dias.

o hálito morno de tua respiração
me invade o fôlego
e me torno o avesso do meu avesso.
restaram pequenas palavras
que me sussurravas com tua voz muda
quando me pedias que te ouvisse,
quando me pedias que te tocasse,
quando me pedias:
me beija, me fode.

te trago dentro de mim,
te fiz parte de mim,
caminhas ao lado dos meus passos,
pisando comigo este mesmo chão
e me conduzes ao longo do dia
para algum vago sitio,
para algum improvável lugar.

caminhamos juntos pela mesma estrada
mas há muito já não há mais estrada,
somente o rastro que nossas feridas deixaram.
somente um abismo profundo e negro.
um vazio, implorando aos gritos
que algo o preencha.

Poema do livro Amores Possíveis
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Foto de Jardim

algo se quebrou no universo

algo se quebrou no universo e sombras emergem da carcaça do mundo com a incessante enunciação de um espaço vazio. eterna e triste é a noite, esse território onde me vejo apátrida, refugiado, imigrante, deslocado. sob o signo do improvável minhas fronteiras são traços arbitrários criados por tua partida, limitados pela imprecisão daquilo que me resta por viver. compulsoriamente recebi de ti outro itinerário, outra viagem, outra existência, que perpassam a simetria da ambiência que foi tua. estranhamente tu permaneces, acima do tempo-espaço, tuas antigas mensagens suturadas ao mutismo da minha boca. como se tivesses abolido os calendários e os relógios, como se o que vivemos não possuísse mais existência concreta, ambos metamorfoseados em seres abstratos. na fuga ininterrupta deste pesado cenário em dissolução, a contínua convulsão enquanto percorro distâncias intermináveis sem outro objetivo definido a não ser a sobrevivência. sem mapas ou direção, sem me comover, acompanho surdamente a paisagem. procura e perda, presença e ausência: estranheza ao lembrar a textura de tua pele, os teus argumentos e os meus enganos. resta esquecer teus contornos, esquecer ferida e cicatriz. esquecer os lugares que compartilhamos. esquecer teu instinto, o espaço que ocupavas, teu toque. esquecer cada vértice de sentido em nossas histórias e me atirar à desordem das procuras e dos encontros possíveis.

Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
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Foto de Jardim

antes que eu pudesse

antes que eu pudesse me dar conta, desde o princípio, antes mesmo
de te conhecer, já te amava. cultivava este amor repleto de
promessas imprevistas, em outro hemisfério, em terras distantes, em
outro continente, por cruzar mares e oceanos até me encontrar. já
amava a tua cor e o teu toque, tuas palavras antes que as ouvisse, já
previa o emaranhar de nós e nosso abraço, minha ânsia em percorrer
teus relevos e teus segredos, teus pelos em minha boca, a umidade
entre tuas pernas. já tinha minhas mãos à espera das tuas, sempre
aguardando a tua chegada, o momento delas envolverem os teus
peitos. te esperei, repleto de histórias de outras tantas que se
desvaneceram no momento em que teus lábios se encontraram com
os meus.

Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
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