Tortura

Foto de Bruno Silvano

O Espírito de borracha louca!

Os ânimos estavam esgotados, o fim de semana se aproximava, era sexta-feira e já estava na ultima aula da semana, que por vista era uma angustiante e dolorosa aula de historia, sorte das gurias que ficavam boa parte do tempo paquerando o professor, passando o tempo até o fim da “tortura”. Bagunça não faltava por lá, era vuco-vuco em plena sala de aula, sobrando inclusive para o arremesso de borrachas, motivo pelo qual escrevo esse texto.
Estava concentrado na sua maciez, eficácia, suas curvas se curvando. Era a mais bela, e a mais esquecida da sala de aula, logo parti para tortura, sua reação foi instantânea, senti-la quase que derrenpente se franzir, parecia até que estava gostando, foi quando que por fim a despedacei, não sei em quantos pedaços mas o suficiente para provocar grandes estragos. Sua aparência ficou triste e perdeu quase toda sua funcionalidade, já mais havia sentido tamanho prazer em picotar um borracha.
Obviamente seu destino seria o lixo, mas suas essências apesar de despedaçadas ainda permanecia intacta no seu lugar, e como se tivesse vida poderia se vingar de certas ações. – O agito começou novamente, podia-se ouvir gemidos, e se iniciou uma “Revolta de Borrachas” .
Lá se foram os pedaços da borracha, um pedaço de cada vez, atingindo inúmeras direções, provocando varias reações umas de revolta, outras de vingança,. Mas o que ninguém esperava seria a “vingança da borracha louca” .
Depois de inúmeras tentativas algumas com sucesso e outras não, acertaram a mais doce, sensível e pura das almas da sala de aula. Foi paixão a primeira vista, garota e borracha, borracha e garota. Em seus primeiros contatos, a garota foi dominada pelo espírito da borracha, sujeitando-se a tudo.
Dominada pelas dores da borracha, a mais meiga das meninas, partiu para o crime, que o condenaria para o resto da vida, tomou em sua mão os mais pesados de seus cadernos, e pos atirar contra a cabeça do inimigo, dominando-o e honrando em nome da borracha.

Foto de Alexandre Montalvan

Saudades !

Palavras que calam
Não podem descrever
Saudade tanta, que me espanta
Tanto sofrer

O teu perfume, a foto tua
Uma simples escova esquecida
no toucador

Tua peça intima que escorrega da minha mão
Feroz tortura
Cativeiro insano, a sombra imensa, a dor intensa
As grades tensas
de uma prisão

Lagrimas rolam
Sorriso amargo
E a amargura de estar vivo
Sem ter você
Amor maldito porque é maldito o meu viver

Se não é certo, o que é certo
em todo meu ser

Alexandre

Foto de So_fia_So

AMOR PROIBIDO

LONGE NÃO SERIA O MAL.

SE O LONGE TIVESSE UM FIM.

MAS O LONGE VEIO PARA FICAR

E O FIM SERÁ TESTEMUNHADO

PELO MEU OLHAR.

CULPAR-ME?

DESISTIR?

AUTOCRITICAR-ME?

POR TUDO JÁ PASSEI.
EM MOMENTOS AINDA PRESENTES
TODOS OS FANTASMAS ME CERCAM.

CONCLUO, CONTUDO
NÃO VALER A PENA
ATIRAR-ME DA JANELA.

SE CULPADA SOU,
ASSIM VOU CONTINUAR
ATÉ AO DIA EM QUE ACABAR
A HISTÓRIA QUE ENCANTA
MAS NÃO É DE ENCANTAR.

NÃO VALE A PENA A TORTURA.
VOU AMÁ-LO
ATÉ A LUA
PERDER A LUZ.
O CANSAÇO ME VENCER
OU SURGIR ALGUÉM
QUE ME ILUMINE
TODO O DIA,
SEM QUE HAJA NOITE
EM MIM
E VIVER
SEJA UM POUCO
DE UM POEMA
QUE SE SABE DE COR
E SE DECLAMA
ENTRE OS AMANTES.

POR AGORA,
NÃO POSSO PEDIR MAIS.
APESAR DE TUDO
O QUE ESTÁ ERRADO,
CONSIGO VIVER EM PAZ.
E A ELE
CONSEGUI ENSINAR-LHE
QUE O ÓDIO QUE O MATAVA
SE APAGOU
NA LUZ QUE LHE TRANSMITI
E FEZ NASCER
UM NOVO E BOM HOMEM.
SÓ POR ISSO VALEU
A PENA
TÊ-LO RESGATADO DO MAL
QUE O CERCAVA,
ENLOUQUECIA
E ESTAVA
PRESTES A TIRAR-LHE A VIDA.

PELO BEM QUE LHE FAÇO,
ME ALEGRO EM MEU ERRO,
FELICIDADE LHE DOU,
AMOR SINTO
COMO CHAMA
QUE DELE VEM.
SINTO A SUA GRATIDÃO TOTAL.
A SUA LUCIDEZ,
SUA PREOCUPAÇÃO.

QUE FAZER
PERANTE UM AMOR
(PER)FEITO
MAS QUE NÃO PODE CAMINHAR
AO LUAR,
LIVRE, SOLTO,
A RIR
E SEM LIBERDADE?

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

AMOR ADORMECIDO

AMOR ADORMECIDO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Deixei o amor adormecido
Onde quer que este sobreviva
Seja no meu coracao embravecido
Festejando na noite festiva

Deixei o amor bem distante
Onde nao possa me ferir jamais
Seja atras da linha do horizonte
Onde meus olhos descobrem a paz

Deixei o amor que dormiu
Dormir para sempre
So quem ja o sentiu
Sabe que e bom enquanto dura
Mas quando finda e cruel tortura
Que enlouquece a mente
De quem nao o resistiu

Ai tem gente que se mata
Tem gente que so chora
Tem gente que faz serenata
Tem gente que se apavora

Tem gente que briga
Tem gente que procura outra terra
Tem gente que logo se amiga
Mas mais uma vez erra

Deixei o amor morrer pouco a pouco
Na minha longa jornada
Que ele encontre outro louco
Que lhe deixe a porta escancarada

Deixei o amor adormecido
E por fim ele fugiu do meu peito
O coracao ficou mais fortalecido
E ja posso descansar no meu leito

(c) 2011 Islo Nantes Music

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de Carmen Vervloet

Homenagem a Carlos Drummond de Andrade - O Mágico das Palavras

O menino de Itabira,
filho de dona Julieta,
sonhos cor de safira
arrebatado tão jovem
ao encantado mundo das letras.

Entregou-se tão criança
à sedução das palavras
e entre rimas e versos
foi criando um particular
e rico universo.

Aos treze anos de idade
causando perplexidade
começou a realizar conferências
e na sua sapiência
foi criando seu estilo.

Desafiando as palavras,
aceitando seu combate,
do embate não guardando sigilo
fez-se escravo e general.

E neste mundo abissal
sangrou profundamente o vernáculo,
vencendo seus obstáculos,
antecipando o gozo,
guerreiro sem repouso,
deste seu deleite e tortura.

E assim foi descobrindo
das palavras o mistério,
o desdém, o anseio...
Colhendo-as de sua infinita lavra
com até exagerado critério.

Uma essência capitada
com sutil prazer e queixume.
Sua sensibilidade o lume
que o fez crescer... crescer... crescer...
E brilhar!... E pode crer...
Drummond tornou-se das letras referência
e da poesia excelência!

E eu pergunto:
E agora, Drummond?
Como encontrarei a palavra mágica,
a senha dos versos,
para declarar para todo o universo
como é grande minha admiração por você?

Foto de gustav

Vida Falaciosa

Vida falaciosa

cubiculos, botoes e ordens
reguladores de espressoes dos homens
padroes dfinidos por um soberano
onde girando a cadeira eu me engano

penso no pensar
será q eles leem minha mente
como devo me comportar
n se atreva a ser diferente

o calor da armadura me fere
queima e fura minha pele
o barulho do refrigerador tortura
a cada segundo aumenta minha loucura

o idioma do escravo
bom dia, boa noite e bom trabalho
sinais c a cabeça dizem tdo
a tensao q sentimos já nos deixa mudo

mentira , vida mentirosa
eu n quero afundar
c essa vida desastrosa

Foto de Paulo Master

Tortura Dissimulada

Ao entrar em cena, meu carrasco me aguarda, somos atração principal e compartilhamos dos mesmos sentimentos, porém, meu asco se derrama contra ele. No entanto, já me encontro ferido, machucado, açoitado e condenado. Mesmo sendo inocente, meu corpo foi marcado com caráter vil, meu sangue fenece jorrando na areia da arena em decorrência dos ferimentos causados pelas Bandarilhas, “alegremente” coloridas, disfarçam a ferragem que me causa dor e hemorragia mortal. Os poucos que torcem pela minha vida estão a protestar, como eu, pelo fim dessa terrível tradição: “arte tauromáquica”, denominam arte e cultura, o que não passa realmente de tortura dissimulada e sem precedentes. Contudo, estou certo do meu trágico fim. Meu grunhido de dor, angústia e lamento, está em ver meus últimos momentos de agonia nas mãos de um destino tão cruel. Àqueles que fomentam meu sofrimento e se divertem com minha dor, resta-me apenas lamentar a falta de sensibilidade e compaixão. Embora não seja humano, sinto as mesmas dores que eles, os mesmos medos e o temor ao deparar-me enfraquecido diante da figura do carrasco. No desespero em manter os sentidos, serei engolido pelo inconsciente através de um único golpe e agonizante, mergulharei na escuridão profunda.

Foto de Delusa

Desilusão

Quanta será a tortura
De quem saíu à procura
E por lá nada viu
Porque tudo o que procurava
Tudo apenas se encontrava
No lugar onde saíu

Quantas lágrimas de desgosto
Lhe hão-de correr no rosto
Quando a verdade encontrar
E então se sentir sozinho
E não encontrar o caminho
Para poder regressar

Cansado cai a chorar
E ergue-se sem poder andar
Pela mão que alguém lhe deu
Depois de percorrer o mundo
Procurando o que no fundo
Era aquilo que perdeu

Delusa

Foto de Delusa

Envolta em chamas a arder

Sinto-me envolvida em chamas,
Estou a arder,
Com saudades de te ver.
O meu coração arde de desejo,
E sofre a tortura da sede,
Com a falta do teu beijo.

Até as pontas dos meus dedos ardem,
É um facto,
Por sentirem a falta do teu contacto.
Este fogo ateia-se mais ainda,
Com o teu olhar,
Mas num instante,
Os teus lábios o podem apagar.

Oh, gota brilhante,
Seiva orvalhada de paixão,
Desprende-te dos lábios dele,
E caí nos meus,
Apaga este vulcão!

Quando me dói a saudade,
Sinto tão meiga a dor,
É um doer tão suave,
Que só existe no verdadeiro amor.

Envolta em chamas a arder,
Chamas que não são lume,
É tão bom este doer,
Que morro sem um queixume!

Delusa

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