Tufões

Foto de Carmen Vervloet

NOSSO TEMPO

O tempo pressentido precipita-se sobre nós.
Tempo antecipado pela nossa assassina mão,
costurado pelas linhas do mesmo retrós...
Pecado, cometido pelo homem, sem absolvição.

Outrora o tempo era de paz, sabedoria e harmonia!
Tempo de águas limpas, de nascentes cristalinas...
Hoje o coração pulsa no ritmo de sentida agonia,
vendo a vida se acabar entre motos-serras e toxinas.

Lixo, agrotóxicos, dióxido de carbono poluem o planeta.
Aterros, desmatamentos, pedreiras explodidas sangram a natureza!
A esperança esconde-se entre densa fumaça preta,
sinal de tantos medos e de plúmbeas incertezas.

Ontem, tsunami era coisa apenas do oriente,
do outro lado do mundo, tão distante da gente!
Hoje todo o planeta reage com intensa valentia
à agressão do mais egoísta ser vivo que o fere e asfixia..

Por que agredir quem sustenta tão fartamente
as bocas que sugam da terra frutas, verduras, sementes?
Por que matar lentamente quem gratuitamente nos dá a vida?
Por que contaminar e exterminar a nossa própria comida?

Nenhum governo deveria autorizar tão ignóbeis atos!
Lesões irreversíveis que vão afetar a saúde das espécies e do planeta...
Mas a avidez não dispensa luxos e seus respectivos aparatos,
só mesmo Deus para nos livrar das mãos que empunham tão pesada marreta!

Hoje é tempo de efeito estufa aumentando a temperatura do planeta,
é tempo de chuvas ácidas que matam e destroem...
É tempo de mudanças climáticas, é tempo de pouca colheita,
é tempo de alagamentos, maremotos e tufões,
mas, sobretudo é tempo de muita reflexão e orações!

Carmen Vervloet

Foto de Fernanda Queiroz

Silêncio da alma

Não posso falar
Dentro de mim ruge a fúria da dor.
Preciso deixar que este som ensurdecedor
torne um sussurro,
que não faça eco,
que não se expanda,
que em minha face
não jorre como lavras abrasadoras.

Não posso falar
Ciclones e tufões ornamentam meu mundo.
Faz um vendaval profundo.
Preciso esperara tempestade passar,
que a brisa seja branda
de toque suave
que ao brincar com meus cabelos
leve embora meu medo.

Preciso ficar aqui,
neste momento,
sou fragmento,
de lugar nenhum.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados.

Foto de Fernanda Queiroz

Tempo de espera

Não posso falar
Dentro de mim ruge a fúria da dor.
Preciso deixar que este som ensurdecedor
torne um sussurro,
que não faça eco,
que não se expanda,
que em minha face
não jorre lavras abrasadoras.

Não posso falar
Ciclones e tufões ornamentam meu mundo.
Faz um vendaval profundo.
Preciso esperar a tempestade passar,
que a brisa seja branda
de toque suave
que ao brincar com meus cabelos
leve embora meu medo.

Preciso ficar aqui,
neste momento,
sou fragmento,
de lugar nenhum.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados.

Foto de Carmen Vervloet

Oceanos Profundos

Oceanos Profundos

Quanto mais sofro
Mais me fortaleço
E esta força não tem preço
Por ela a Deus agradeço!

Nasce no coração
Regada por lágrimas,
Fertilizada por dor...

É uma força que vem
De espaços fecundos
Dos oceanos profundos
Do meu ser...

Sobrevive a terremotos,
Vence maremotos,
Tsunamis e tufões...
Detém vulcões...

E quando surge a bonança
Estou forte, sou esperança,
Festejo o deleite da luz
Que produz
Uma energia cor-de-rosa
Que me faz generosa,
Batizada pelo orvalho,
Serva fiel do Senhor,
Mensageira do amor!

Carmen Vervloet

Foto de Rosinéri

TEMPESTADES NO INTIMO

Quantas vezes nos sentimos perdidos
Num mar de amargura.
Muitas são as vezes que as pessoas
Que nos cercam de forma afetiva
Fere-nos de forma imperceptível
E não temos coragem de falar
Quantas vezes não aceitamos a vontade
Do próximo, e ao menor gesto desmorona
Todas as nossas forças e autocontrole
Quando a angústia oprime nossos corações
Podemos assemelhar nosso intimo como grandes tufões
Amedrontadores, ou com imensos terremotos, ou
Ainda com a calamidade das grandes enchentes, e
Como todos eles a de vastidão é total, o vazio
Que resta transporta-nos ao desespero.
E como nos tufões, nos terremotos ou nas
Enchentes, o tempo se encarrega de reconstruir tudo
Mas, no entanto muita das vezes resta vestígios
que nada e nunca conseguirá apagá-las.

Foto de Bruno Miguel Resende

Sacrificações

Uma eternidade passou,
desde que bradei aos céus o teu nome,
dilacerado em tempestades e ciclones,
nunca a tua voz ecoou,
semeio a revolta e os turbilhões,
o caos e os tufões,
nada em mim se preserva,
o que nunca foi meu nunca o será,
a minha vida já não se conserva,
golpeio e lincho as emoções,
salpica sangue das minhas sacrificações.

Uma eternidade passou,
desde que clamei aos ventos o teu perfume,
as tuas fragrâncias nunca estiveram em mim,
lacrimejei e gritei no tormento que se instalou,
promovo genocídios e frustrações,
a demência das dilacerações,
não me sinto em vivência,
o que nunca foi meu nunca o será,
anseio a destruição da minha essência,
abafo e mortifico as minhas sensações,
esguicha sangue das minhas sacrificações.

Tormentos que chegaram,
e para sempre ficaram.

Aflições que corroem,
e para sempre me destroem.

Suicídio que finda o meu suplicio,
derrama sangue do meu sacrifício.

Foto de Carmen Vervloet

Terceiro Ensejo da Criança (Aquecimento Global)

Terceiro Ensejo da Criança
(Aquecimento Global)

Passaram-se alguns anos...
Já não posso chorar tantos enganos...
Minhas lágrimas se evaporaram...
Junto à terra, secaram...
Tudo virou deserto... Dias incertos...
Estou perplexo!...
O mar aumentou seu volume
E revoltado devorou
O que o homem dele roubou.
As cidades litorâneas desapareceram
Em meio a sustos e desalento...
Já não existe encantamento...
Já não reconheço o verde das florestas...
Hoje tudo é cinza...
O fogo brota da terra
Num clima de guerra!
A minha luz se apagou...
Voou com a esperança da minha criança
Junto à água potável que se esgotou...
Estamos morrendo à míngua!...
Fracos... Magros... Desidratados...
Maltratados... Famintos...
E tudo o que sinto
É um imenso desespero
Entre dor, revolta, destempero!...
Nós as crianças de ontem...
Seu neto... Bisneto... Filha...
Caídos nesta armadilha
Nesta desértica ilha!...
Sem alimento... Sem ação...
Sem água... Sem solução...
Só dor... Sem cor...
Já não me lembro da flor...
Do seu perfume...
Tudo cheira a estrume...
Esqueci qual foi meu derradeiro banho...
E o meu último sonho...
Brigo por um copo de água...
Dentro de mim só medo e mágoa...
Terremotos... Maremotos...
Ciclones... Tufões...
E a sede que me consome!...
Hoje só me resta o verso do poeta
Que num grito de alerta
Profetizou o fim
Que eu jamais escolheria para mim!...

Carmen Vervloet

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