Vagas

Foto de TrabisDeMentia

Castelo de sonhos

Num castelo que de sonhos construímos
Empunhámos nosso amor e resistimos
À inveja vinda em vagas na maré

Condoído por haver desigualdade
O ciúme se formou em tempestade
E tentou soprar para longe a nossa fé

Então Deus indignado reuniu
A humanidade e num decreto proibiu
Que alguém amasse mais que ele até

E não fosse o teu amor por mim tão forte
Não tivesse Deus te condenado à morte
Ainda hoje o castelo estaria em pé

Foto de cathy correia

Sou palhaço

Sou palhaço
Disse o homem
Que tinha na cara
Uma máscara de aço!
Faço riso
Onde é preciso
Planto alegria
Para todo o dia.
Sou palhaço
Nas horas vagas
Dou alimento
E faço mais pequenas
As horas amargas.
Sou palhaço
Disse com o riso no olhar
Na boca
A promessa calada
De histórias de sonho e de luar!

Foto de Damien

Ausência adquirida

Entre dor e anseios
entre discórida e devaneios
entre amor e ódio eu vejo,
que pra mim se faz desejo

Não diga vagas palavras
que juz delas não faz,
do inferno que se tornou a honra
faz-se a glória de Satanás

De seus desejos não quero ser exilado
que em sua memória morto nao me faça
Como um pútrido túmulo violado
ficaria minha pústula vida nefasta

Cortar a carne não é preciso
não voltarás o pulso a sangrar
se dor tens em seu peito pálido
retirarei o câncer que vim a me tornar

Fazendo isto ficarás salva
dentre tantos, o melhor amigo
para mim sobrará angústia
pois viver sem você não consigo.

Foto de MARTE

NAS VAGAS DESTE MAR!

Hoje quero poder alcançar,
O meu sentido de vida,
A minha forma de amar,
De uma forma sentida!
Momentos em que me guardo,
Desligo-me da vida terrena,
Vou pintando um quadro,
Um olhar que me acena!
Numa madrugada escura,
Por vezes sombria,
Sai uma verdade bem dura,
Que torna a noite bem fria!
Fico com vontade,
De mover montanhas,
Dizer toda a verdade,
Escondida nas entranhas!
Olhando para o horizonte,
Sinto um certo olhar,
Uma onda que é a minha fonte,
Nas vagas deste imenso mar!
Procurando um poiso,
Uma certa paragem,
Vou escutando uma melodia,
Outros mermúrios que oiço,
Trazidos por uma certa aragem,
Que tornam as madrugadas em magia!
São simplesmente teus,
Os olhos que eu vejo,
No reflexo do luar,
Que eu sinto meus,
Num rosto que eu desejo,
Neste meu caminhar!
(11/10/2006)

Foto de iDinho

Em cena, um amor


Ah!
Meu coração ainda bate.
Num pedaço insano que passo de momento
A fé dá lugar a vagas gostas deste mal.
O silêncio.

Puro encanta os que hoje me assistem.
Singelo destaca a brancura do salão.
Ingênuo aceita o que todos pensam de si.
Inconformado culpa a ânsia de minha dor.
Mórbido vem curar tuas chagas.

A ferida se fecha.
Num instante vago,
A luz que transpassa a barreira imposta pela dor
Que o amor sofrido traz-te de tempos
Recompõe-te enfim, da vida, a esperança de um novo começo.

Não a feche. Abra.
As cortinas que indicavam em outros tempos
O fim de mais um show, hoje à platéia dá novo sentido.
É meu fim. O palhaço velho, um dia novo, neste antro,
Bem-vindo parece já não mais ser.

O bom ator sabe quando o texto acaba.
A menina moça, que fantasiava o amor perfeito,
Esquece-se do relicário no qual sua vida apostara.
E mais uma vez, no final do ato,
A beleza deste palhaço renega a si mesma.

E como uma história sem fim,
Um beco sem saída põe-se diante da fala esquecida.
- Mas pago-te para isso, palhaço!
- Anime-me.
Uma criança mimada grita do colo do pai.

- Maria!
Aquele homem sua atenção chama.
Mas para quê?
Um segundo inútil vive este amor.
Sua graça já não é a mesma.

Quebro-me em mil pedaços.
O silêncio que toma o lugar à minha mente faz latejar.
Faria bem ir embora, mas algo me segura.
A vinda de um próximo ato, por fim,
Mostra que a vida é bela.

A alegria do palhaço ao rosto dos expectadores emplaca
Um sorriso que ultimamente não via.
E o silêncio então que em poucos detalhes
Esconde-se atrás de uma gargalhada como se na verdade não existisse
Dá lugar à esperança de um momento belo à vida deste coitado.

Quero descansar.
Não bate mais aqui um coração.
Aprendi a viver sozinho, e às críticas elogiar.
O amor da menina que a mim reclamara
A faz esquecer hoje depois de tempos que um dia neste coração um amor fez brotar.

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Que próperos oh amada sejam os dias que contigo
de cinco em cinco anos venha a me casar.

A você Anna. Com amor,
dinho.

Foto de ruthh

CARTA PARA O MEU AMOR/O HOMEM QUE AMEI

Gatinho, como carinhosamente te chamo por teres olhos tão lindos como os de um gato. No momento em que escrevo esta carta, to com muita saudade e a imaginar um monte de coisa que estaria a fazer se perto de mim estivesses.

Agora que escrevo, as ideias me fogem mas tu ficas no meu pensamento e meu coração pula só de pensar em ti. É tanto o amor que tenho para te dar e é tanto o que quero receber de ti.

Quando a gente está perto e junto, o tempo voa e nem notamos que passou mas, quando estamos longe, o relógio parece parar no tempo a espera que o outro dia chegue depois do outro.

Onde estás? Que é feito de ti? Quem ta a tomar conta de ti? Será que estas a tomar conta de ti direitinho?

Quando a noite chega e a lua espreita, a tristeza toma conta de mim mas, eu me agarro nas boas lembranças que tenho de nós dois e, por instantes ela some, mas volta e aí nem as boas nem as más lembranças que tenho de nós dois me consolam.

Mas, a Dona lágrima, essa, ta sempre a espeitar no cantinho dos meus olhos, por instantes tento conte-las e deixa-las no seu canto e de repente dou comigo a limpá-las porque por distração as deixo cair e então penso que é o fim. Será? Que fim? Porque? Se o meu amor ta sempre comigo, onde vou o levo junto, então me pergunto:

Amar é sofrer por quem se ama? E a distância, quem inventou para te separar de mim? Porque? A saudade o que e porque a sentimos? Mil e uma pertguntas me faço e não tenho respostas, busco em tudo que seja possível me responder, mas, são vagas as respostas.

Então que bicho é esse chamado Amor? Tambem o sentes?

Te amo Manuel Ferreira

Foto de paulobocaslobito

Um dia à toa a beira mar

Não vedes que do mar
Surgem errantes
Trinta e cinco mil feirantes
E a lua que há de vir
Traz bonança e bom provir,
Vento quente
E sol a monte
Mais quatro cantos de gente.
Tanta
Que nos castos
Muito contentes
São sandes raras
Em mil pacotes
De simples ostras
Desmesuradas e desnudadas,
Nas praias muas e amadas
Onde se amorenam
Ao sol.
Ah o sol
Que, fero e bravo;
O sol das lâmpadas
Que aos poetas faz brilhar
De mãos postas à janela
Com cintas cingidas
Às canelas
E, as mãos nos seios
Da mulher amada
Na luz da lua sentinela.

Ei-las ao longe
Ás portas do castelo
Na sombra do malogrado Otelo,
Como um Romeu que beija a alma:
... Que linda és!

Ao longe atende a calma
Que até sabe bem.
E, ai de Cristo
Aristo
Que se meta
Em maus apuros,
Ai de Cristo...

Terá então mais três furos
Senão se render ao mar
E calar
No seu vulto
Com fragor
Onde virá desabrochar
Uma flor.

Oh na espuma sussurram doces vozes.
São as donzelas
Do mar atrozes
Que singelas vieram
Como raparigas
Em belas vagas
No branco vestidos floridos
Que cheiros brotam da maresia
Odorando pelas avenidas
Na aventura tomadas
Indo-se emancipadas
Aos seus amantes beijarem.

É doce o verão
No mar tomado
Que as gentes em si
Andam buscando
E há de dar vaia
A quem não mora
Ao pé da praia,
É doce o verão

Há de saber da lua
E de seus amores
E nas ruas de centos de cores
Surgirá o vento engalanado
A cem por cento, invejoso.

O vento do verão
Que nas noites quentes
Te estarão esperando
Nas ruelas para te encontrarem
... Perdida.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Sem resposta

Na solidão do meu recanto sinto a inércia das horas vagas, que navegam-me pela mente inconsciente, do nada poder fazer, dizer nem saber.
Queimam-se-me as entranhas vomitadas de insolência, e quero chorar.
Passou tanto tempo neste estado vegetativo, que me esqueci dos dias felizes, para se tornarem em negrumosas e calamitosas tempestades do meu ser enervadamente raivoso, no qual navego p'lás memórias e me finjo não existir...

Tenho medo do que me está a acontecer, tenho medo de me perder... Mas não será já esse o meu estado?

Passou-se tanto tempo, que já não sei se existi realmente. Passaram-se tantos minutos... muitos, que já não sei se as horas estão certas.
Não tenho consciencia dos meus limites intemporais; estou gelado!

A dor é uma coisa misera que sentimos por insatisfação, e vogamos nela embalados por obte-la.
Navegamos nesse marasmo de protuberância, onde as chagas aplainam a alma e nos dilaceram as imagens, toldando-nos a visão, "irracionalizando-nos", os sentidos.

Sei, que hoje não existo, que estou perdido e que nada disto faz sentido...
Sei que tenho que continuar, para não apodrecer, para não minguar.
Tenho que continuar porque devo... Inconscientemente devo.
Mas, se me perguntarem: - Para onde?
Claro que não tenho resposta!!!

Paulo Martins

Foto de Marcelo Souza

Fim de tarde

Fim de tarde; quanta alegria deveria haver em mim?
Horas vagas, dever cumprido, retorno ao lar; quanta alegria deveria haver em mim?
Quanta alegria? E o que é alegria?
És tu procurada alegria?
Pois tu a carrega como um manto me cobrindo ao chegar e junta-me quando ausente.
Quanta alegria devo sentir?
Fim de tarde e não sou eu ao teu lado, amarga carruagem de duas rodas, prateada e rápida como os trovões ao te levar para longe de mim.
Que alegria ainda devo sentir, que paz ainda pode haver?
Duvida...
O que há em mim que te afasta e o que há em ti que tanto me atrai?
Fim de tarde...E como tantas é fria e inerte, cruel como cada instante que a precede; os segundos que passam no relógio como meu carrasco que afia o machado antes da execução.
Que alegria devo sentir? Se minha alegria é você e se em pleno desespero meus olhos te buscam e de mão vazias voltam ao poço de lagrimas que é seu habitat natural
Fim de tarde, como o fim de tudo.
Fim de tarde, um dos muitos que se foram, e um dos muitos que sei que virão.
Fim de tarde; quanta alegria deverá haver?
Enfim te revejo...
Esperança, pois agora estou ao teu lado.
Esperança...
Inicio da manhã, a doce alegria voltou.

Foto de Rodrigo obelar

Nação sem Esperança

Sangra vinho
No centro do mundo,
Sangra nos olhos da pátria,
A bandeira que um dia
A bravura pintou com cores,
Um Brasil varonil.

O verde que semeava a esperança,
Perde-se para a cor da morte,
O amarelo da fortuna,
Escorre como o coração do povo,
Em eterno sofrimento,
A formosa ordem, cria tumulto __
Perde-se no tempo o progresso.

“transparecem sentidos,
no mundo que não se vê”.

Invisíveis lâminas de arrogância,
Cruzam horizontes,
Acaba os batimentos, inconsciência.
O ventilador do mundo
Espana sabedoria sobre
Pedras sem raciocínio,
Como pessoas que não falam,
Somente existem__
Divido continentes,
Laço rios com margens,
Ironizo o mundo perdido.

“A ilusão do mundo,
Mantém a esperança viva,
E adormece a dor do povo”

O solavanco da terra,
Agita as misturas de raças__
Flutuo no vácuo da ignorância.
O racismo, preconceito,
São opiniões sentidas
Na profundeza da carne,
Na decisão da lágrima...
A sabedoria da alma,
Cicatriza a agonia,
Amarguras de indiferenças.

“Um mundo que não é feliz,
Se perde para a carne crua,
Da solidão”

Banho-me no pacífico,
Pacifismo paleado,
Contraio vagas idéias,
Procrio sentimentos de cor,
Quebro barreiras flamantes
Da humildade__
Queima a brasa da incompreensão.

“Um mundo que chora”,
Apodrece o coração da nação

Peço em lágrimas integridade
aos filhos do mundo,
Coagulam em minhas veias
O choro da humanidade.
Crava flechas no peito
Da pátria mãe gentil,
Ó insolente julgamento.
Sem notas
Canto o hino nacional,
Dor em meu corpo,
Sangue injusto derramo.

“Medalhas de um mundo sem paz,
Apedreja a ordem, feridas em um progresso”

Mancho com gotas de dor
A bandeira que o vento balança,
Sacode a infelicidade que
Arde nos olhos do povo,
Morro eu a esperança,
A essência da vida,
Que grita do útero do mundo:
Morte sem independência.

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