Valor

Foto de Osmar Fernandes

É muito fácil ser bandido, difícil mesmo, é ser gente!

O planeta está repleto do que não presta.

Muito corpo sem cabeça virou lixo.

Afinal, o que nos resta?

Tornar-nos um ermitão?

Ficarmos à mercê do inimigo?

Ovacionarmos esse mundo de trevas?

Ou combatermos essa tribo do cão?

É muito fácil ser bandido,

Difícil mesmo, é ser gente!

Difícil, é ir e vir contente.

Fácil é tropeçar e cair no buraco

Negro do abismo maldito.

Onde achar a saída é esperança quase morta.

Onde esse destino é uma chave sem porta.

Eu não consigo entender o prazer bandido...

Onde matar ou morrer é apenas correr mais um risco.

Onde o sangue inocente não tem nenhum valor.

Não entendo esse mundo em vão!

Onde a falta de amor sufoca e sepulta um irmão.

Onde o homem torna-se um animal mesquinho.

Onde a falta de Igreja o transforma num deus de dor.

É sórdido não ter compromisso com a História.

Ficar esquecido numa cova como um cão sem dono.

Vegetar no mural do desengano.

Morrer sem deixar memória.

Anular sua alma e desistir de si mesmo.

Coisa de quem nunca teve carinho de berço...

É ter como selo na testa a digital da besta.

É fácil pôr a culpa dos seus fracassos em alguém.

Difícil é ter vergonha na cara e enfrentar o problema.

É muito fácil mergulhar na lama!

Difícil, é ter a vontade de livrar-se dessa sujeira.

De se libertar do inferno que é prisioneiro.

De impar a alma desse chiqueiro...

e acordar para sempre desse coma.

Foto de Mabel

Meu amor...

Nossos sonhos foram desfeitos, por caprichos, por ter pessoas que só sabem dar valor a si mesmo, estou me separando de você, mas com muita tristeza no coração, estou indo para o lugar desconhecido,
Levarei comigo as lembranças de nossos momentos felizes, de momentos que vivi junto com você, independente de qualquer coisa , sinto por meu muito ter sido pouco para você, mas sei que fiz de tudo para te ver feliz, para que você não deixasse nada nem ninguém tirar o seu direito de ser você, mas nem tudo pude fazer , houve limites , que não poderiam haver, mas chegou um momento que você não me entendeu, talvez por pensar que eu não queria sua felicidade. Pense em mim como um alguém que quis te dar muito amor, te cuidar com todo
carinho, queria que você sentisse que havia alguém que estava de seu lado, mas chegou o momento triste, tudo que te quis eu também queria ter de você e me vi só....Agora estamos assim nos despedindo no dia a dia, eu sairei de sua vida, choro por pensar em como será sem você, quando posso falo com você de tudo que sinto, mas você não fala muito,as perguntas são sem respostas,te vejo chorar,que vontade poder te abraçar e
Juntos acordar
desse pesadelo que esta sendo para nós dois,que estamos conseguindo vencer as etapas da vida,que não nos derrotaram porque há amor em nossos corações.
Mas a realidade é mais triste do que eu poderia sequer imaginar, você esta sem atitudes, não sabe o porque, mas não há nada que faça você enxergar que é nossos sentimentos que estão sendo deixado de lado por caprichos, por falta de amor ao próximo....
Mesmo que nossos lábios não se cruzem novamente, posso dizer em silêncio tudo aquilo que ficou escondido para sempre. Haverá momentos em que nossos pensamentos se encontrarão no espaço, e assim, sentiremos falta de estarmos juntos novamente.

Foto de Osmar Fernandes

Você se já se viu no espelho?

Você já se viu no espelho?

Tem gente que, ao se olhar no espelho, humilha-se... Ou porque é alto ou baixo, gordo ou magro, branco ou negro, comum ou diferente... Você já se viu no espelho?

Já agradeceu a Deus por ter conquistado a sua maior vitória, a vida? Já O agradeceu por ter nascido fisicamente perfeito? Tem gente que tem vergonha da própria imagem, evita o espelho e a balança a qualquer preço. Esse sentimento negativo pode levar qualquer pessoa ao precipício do estresse, e até a morte. “Se eu me odiar, quem vai me amar? Se eu me achar feio, quem vai me achar bonito? Se eu me depreciar, quem vai me valorizar?”

Um cego de nascença nunca se viu no espelho. Jamais discernirá o belo do feio...Nunca poderá ver a beleza do pôr-do-sol, nem as cores irradiantes do arco-íris... Jamais viu o rosto da mulher amada e a face do filho querido... Mas consegue enxergar a vida com os olhos da alma. Agradece ao Todo Poderoso por ter nascido. É feliz assim.Você já pensou nisso alguma vez?

Um surdo-mudo, vive num planeta construído e preparado para os fisicamente perfeitos. A todo instante tem que enfrentar barreiras e vencê-las ou adaptar-se a elas. A cada conquista agradece a Deus... É um guerreiro vencedor. Estuda ferozmente cada passo do mundo, adquirindo conhecimento e sociabilizando-se para entender a linguagem e a política da sociedade em que vive.

Um ser humano sem pernas e sem braços, para ir ao banheiro fazer suas necessidades fisiológicas, precisa da ajuda eterna de uma pessoa qualquer. Alguém tem que levá-lo nos braços, despi-lo (nunca vai poder manter sua vergonha em secreto). Depois, sentá-lo no vaso, segurá-lo (pois não tem ponto de apoio), e após defecar, necessita que este alguém limpe o seu bumbum e suas genitálias. Ele vive sua vida dependente vinte e quatro horas por dia. Como você viveria numa situação dessas?

Um deficiente vive desafiando o seu limite a todo o momento. Busca forças inimagináveis para a realização do seu objetivo. Trava batalhas de vida e morte na superação de uma tarefa, seja ela qual for. Ter nascido é a sua maior vitória, é o seu pódio, sua medalha de ouro. Aceita seu corpo, como é. Estar vivo é sua felicidade sem preconceitos, seu presente, ele agradece ao céu por isso.

Se você nunca se viu no espelho, veja-se agora. Nunca é tarde demais para nascer de novo. Ninguém está isento de se tornar um deficiente. Em verdade, digo que o verdadeiro pobre coitado é o pobre de espírito; que o pior assassino não é aquele que mata o inimigo: é aquele que mata a si mesmo, o próprio sonho. Enfim, é aquele que só carrega o ódio no coração e morre de inveja dos perfeitamente felizes.

Você realmente já se viu no espelho?!!!

Para alguém muito deprimido, estressado, tenho dito: Antes de fugir de si mesmo, cometer qualquer bobagem ou até pensar em suicídio – visite uma APAE, UM ASILO, UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO, UM LIXÃO, UM PRESÍDIO, UM ORFANATO, UMA IGREJA, UM CEMITÉRIO OU UM HOSPITAL QUALQUER...e seja voluntário por um dia. Tenho certeza que vai sair de lá com vergonha do seu problema, e vai agradecer a Deus pelo seu livre arbítrio, por ver, ouvir, falar, andar, amar e ser amado. Vai redescobrir o valor incalculável de viver. Vai reaprender a ter respeito, humildade e o amor por si mesmo; tornar-se-á um ser humano espiritualizado a tal ponto que voltará a sorrir de novo e a ver nas pequenas coisas o verdadeiro sentido da vida – a dádiva de Deus

Foto de casper

Valor do amor.

Tuas feições harmoniosas eu anseio tocar,
um carinho profundo procuro no teu olhar.

Felicidade que sobeja na hora de te ver,
e na hora de te deixar sentir o olhar entristecer.

Pelo meu pensamento toda a hora passeias,
toda tu no meu eu sempre vagueias.

A ti te dou todo o meu valor,
fizeste-me descobrir o que é o verdadeiro amor.

(ricardo vilela)

Foto de ...Ju...

Meus grandes pensamentos..

!!! Vivo num Mundo de Fantasias Onde Só Vejo Vc Só Penso Em Você Poriço diGo...EI TE AMO MUITO !!!

!!!!! Sonhar é estar num conto de fadas viver é estar numa realidade que pode ser alternativa!!!

!!!! Buscai Por Felicidade Não Importando Aonde Esteja Pois Nos Mais Longes Pikos Do Mundo Eu Posso Ti Encontrar No Mais Profundo Abismo Eu Sei Onde Estara E Nesse Momento Saberei Dizer O Quanto Ti Amarei O Quanto És Importante Pro Meu Ser!!!!

!!! Flutuar é agir sobre cautela é tentar sobreviver sem ter ela !!! Mesmo sabendo que isso só acontece depois que sua alma se perde e sua vida numca mais tera valor onde nem a morte é capaz de mudar sentimentos!!!!

!!! Palavras são escritas com carinho e emoção não um simples dizer é ter em quem pensar e ter a inspiração para poder dizer e escrever tudo que quer espressar !!! Palavras São Carinho São Emoção!!!!

!!!!! Nem sempre um caminhar vem sobre luzes caminhar é percorrer caminhos obscuros da felicidade da sua vida é saber onde esta o que procura e por mais dificil que seja numca desistir!!!!

!!!Tocar é saber dizer por que ti quero!!! por que ti amo !!! você pra sempre aki!!!

!!! Sonhar sempre foi alegria de pobre mas realizalos numca foi sua grande virtude!!!!

!!! Dizem corrão atras de seus sonhos e muitas vezes acontece que seu sonho é um abismo sem fim *CUIDADO* viver de sonhos nem sempre é viver pra sempre mas é saber que por alguns instantes viveu feliz !!!!

!!!! Realidade de um sonho esta nos olhos de quem ve quem sente quem sofreu por els!!!

Foto de Osmar Fernandes

Jovens e Velhos

A juventude fica preponderante
a cada dia que passa.
Tudo em torno de um aconchego brilhante
que se firma em cada mente.
Se hoje você é jovem que corre, dança,
pratica esportes e gosta de perigo,
é porque são momentos de sua época,
sua gestão na juventude.
Mas, e o velho?
Sim! Aquele que passou por tudo o que
você passa...
Curtiu sua mocidade, teve glórias, teve graças;
foi às vitórias, enfim.
E, hoje? Hoje é simplesmente um corpo
amadurecido pelo tempo...
Mudou sua face, seu movimento tornou-se
lento, o estafante lhe vem mais súbito.
Mas, nem com isso, você, velho, é esquecido.
Você brilhará eternamente na história...
Sempre terá alguém que nunca o esquecerá.
Não o deixará sozinho um só instante.
Que o vê e o guia em todos os momentos.
Esse ser chama-se Deus.
Porque para Ele, você terá sempre o mesmo valor.
Para Ele, você não é velho.
Velho, meu jovem!
Velho é o carro que já não funciona.
É a bicicleta que já não pedala.
É a máquina que não mais constrói.
Velho!!! Velho é o jovem viciado em drogas,
que lhe domina o corpo, que lhe fere a alma,
e o torna morto...
Isso sim é ser velho, meu jovem.

Foto de Dirceu Marcelino

ESTÓRIAS QUE SE REPETEM

“ESTÓRIAS QUE SE REPETEM”.

Este conto se baseia na estória de “Eros” e “Lara” e de “Marcílio”, os dois primeiro personagens fictícios de nossa poesia denominada Súplica.
As estórias de “Eros” e “Marcílio” podem ser comparadas a do francês Jean Genet .
Sabe-se que “Genet nasceu de uma união ilegal. Sua mãe abandonou-o na primeira infância, tendo sido criado até a adolescência por uma família substituta e depois teria passado alguns anos em orfanato do governo, em Paris. Sempre se sentiu ‘um enjeitado’, pois seus irmãos adotivos o chamavam de ‘bastardo’, consideravam-no “ovelha negra” da família, a quem imputavam os atos mal feitos que fizessem e consta até que fora vítima de violência sexual”.
Aos poucos até os demais membros da pequena comunidade passaram a lançar-lhe a responsabilidade de todos os atos anti-sociais que aconteciam na localidade e passaram a chamá-lo de “ladrão” e “homossexual”. Desse modo, não tendo pai, não mantendo contatos com a mãe, sem ninguém com quem se identificar, foi assumindo a única identidade que poderia internalizar.
Porém, nosso personagem “Eros”, apesar de ter estória muito parecida com a de Genet, ao contrário, tinha pais e vários irmãos. Aliás, estes se destacavam no pequeno vilarejo em que moravam por serem trabalhadores, construtores de “calçadas de pedrinhas”. Eram muito requisitados para fazer seus serviços e “Eros”, com cerca de quatorze de idade podia ser visto acompanhando-os quase todos os dias pela manhã quando a família saia para o serviço diário e só à tardezinha retornava para casa.
Ao entardecer observa-se que “Eros” se associava ao grupo de adolescentes do bairro, pequeno grupo da vizinhança, grupo de amigos, autênticos. Passava a gozar dos folguedos juvenis típicos daquela região e sempre terminavam as brincadeiras em “peladas de futebol”. Após as mesmas, permaneciam por algumas horas conversando, raramente seu grupo mantinha contatos com meninas, apesar de que nas proximidades e no mesmo horário formar-se outro grupo de moças.
O primeiro dos adolescentes que passou a se associar com as moças foi “Eros”, que logo começou a namorar uma delas, a mais bonita por sinal – “Lara”. Esta aos dezesseis anos se destacava por sua beleza. “Eros” também era um rapaz bonito e logo começou a namorar “Lara”, um casal lindo de namorados e inseparáveis. “Lara” engravidou e apressou-se o casamento que sequer havia sido programado. Casaram-se e passaram a morar em uma casa doada pelos irmãos de “Eros”. Tiveram um casal de filhos, duas crianças que se destacavam por sua beleza e gentileza.
No mesmo período em outra pequena cidade vizinha eis que surge - “Marcílio”. Também, ao contrário de GENET, tinha pais. Mas eram ambos sexagenários. Alguns dizem que essa é uma grande dificuldade de pais que concebem muito tardiamente, pois quando alcançam a terceira idade já não tem energia suficiente para cuidar dos filhos adolescentes e acompanhá-los nos primeiros anos e após atingirem a maioridade. Parece-nos que foi o que aconteceu com “Marcílio”. Não teve o privilegio de ser assistido por seus pais já idosos, na sua infância e adolescência.
Mesmo sendo um belo rapaz, ao contrário de “Eros”, não se interessou por namoradas. Ao contrário, diziam que se interessava por rapazes. Apesar desses comentários na realidade nunca ninguém comprovara tal fato. Destacava-se no colégio onde estudava por ser inteligente e vivaz. Logo começou a ser chamado pelos colegas adolescentes de “Marcília”. Percebeu-se que não se preocupava com essas difamações, e aos poucos foi assumindo essa “identificação diferencial”. Como Genet assumiu a identificação de homossexual.
Porém, mais grave do que a assunção dessa identidade foi o fato de “Marcílio”, num mecanismo de fuga e evasão, passar a fazer parte de outro grupo pernicioso, uma “gangue” de usuários de drogas.
Talvez, tenha passado a associar-se a este grupo inconscientemente, induzido pelo casal que praticamente o adotou, fazendo-nos lembrar do slogan que hoje vemos afixados nas traseiras de ônibus caminhões e em alguns locais públicos:

“Adote seu filho, antes que ele seja adotado”.

“Marcílio” após ser adotado pelo casal, de alguma forma começou a se relacionar com outros jovens, pessoas de outra cidade, maior e próxima, e prosseguindo naquele mecanismo de busca de identificação, e de evasão, passou a fazer parte de um grupo formado por pessoas de fora do circulo familiar e da comunidade local, membros clandestinos, ocultos, que compareciam à pequena cidade para adquirir alguma coisa que só o “respeitável casal” comercializava muito livremente, pois além de vendedores de roupas – mascates – também eram respeitáveis no círculo dos ricos, dos mais abastados, pois moravam em uma das mais belas casas da pequena cidade e assim seus relacionamentos se estendiam aos altos círculos sociais.
Provavelmente, os pais legítimos de “Marcílio” gostaram do interesse do casal por seu filho, mesmo porque além de morar bem, do aparente sucesso material o varão exercia respeitável cargo público.
Com bom grado deixaram que “Marcílio” com eles permanecesse, trabalhasse, até morasse. Pensavam que ele trabalharia no bar, dormiria na casa do casal, mas na realidade o jovem passava os dias no bar, no recinto de jogo e à noite passava ao relento a perambular pela outra cidade vizinha, a “trotoir” pela praça e pelas ruas quase desertas até o amanhecer.
Ainda que se resumisse à jogatina ou a promiscuidade sexual o casal de velhos não teria muito com o que se preocupar. O problema era ainda mais grave. “Não percebia o velho casal que seu filho passava por problemas individuais que ‘induzia-o’ à fuga e ao refúgio no consumo de estupefacientes e ao cometimento de infrações conexas”
Aos poucos o respeitável casal que o “adotou” começou a utilizar “Marcílio”, para outros comércios que faziam além das vendas de roupas, que ofereciam para seus clientes de casa em casa.
Percebeu-se então que era um comércio clandestino e ilegal quando alguns cheques emitidos pelo casal foram objetos de registro de boletim de ocorrência na delegacia de polícia local e nas investigações procedidas constatou-se que apenas a assinatura era verdadeira, as demais escritas eram todas falsificadas. O casal dono do cheque, mesmo prejudicado desejava apenas resgatá-los, mas de forma alguma queriam que fosse aberto inquérito. Pois diziam que não pretendiam responsabilizar o adulterador, pois este era “Marcílio” “seu filho adotado” que já tinha naquela ocasião algumas passagens nesta mesma delegacia, por pequenos furtos e não pretendiam prejudicá-lo ainda mais. Por que será?
Ninguém sabia o que estava acontecendo, pois, geralmente, esses atos anti-sociais são imperceptíveis aos que não conhece a subcultura da localidade.
No seio dos grupos secundários que se interligam de modo imperceptível, através de um mecanismo de “transmissão cultural”, “alimentam uma tradição delinqüente com o seu peculiar sistema de valores anti-sociais, que se transmite de uma geração de residentes à seguinte”.
Na realidade “Marcílio”, não era apenas um pequeno delinqüente, hoje reconhecemos, também era vítima. Vítima tão culpada quanto aos delinqüentes traficantes de drogas. Durante as investigações dos estelionatos praticados por “Marcílio”, percebe-se que ele usava apenas camisas de mangas longas, com o propósito de esconder as inúmeras marcas de picadas intravenosas nas dobras dos cotovelos.
Mas como de fato cometera delito de estelionato, foi indiciado em Inquérito Policial e respondeu ao respectivo processo criminal.
“Marcílio” até então conhecido como “homossexual”, agora, também, passou a ser considerado “toxicômano” e “ladrão”. Embora a comunidade local o rejeitasse como sempre, surgem não se sabe como, pessoas abnegadas que espontaneamente oferecem ajuda nas horas de desespero e assim com colaboração de representantes de uma grande indústria local, conseguiu-se sua internação na instituição especializada na recuperação de toxicômanos.
Lá permaneceu por algum tempo nesta instituição, esperando o julgamento do mesmo processo a que respondeu, sendo condenado, foi recolhido à Cadeia Pública da Comarca, para cumprimento da pena de um ano e quatro meses de reclusão. Permaneceu recolhido no regime fechado até ser beneficiado com progressão para o regime de prisão albergue e passou a pernoitar na casa de albergado.
A Casa de Albergado era uma das poucas existentes, que pouco a pouco foi desativada, como as demais.
No mesmo período em que “Marcílio” permanecia internado, o “respeitável casal” que o adotara, também, foi preso, em flagrante por tráfico de entorpecente e ao final condenados as penas de três anos.
A “Respeitável Senhora” depois de um mês de reclusão na cadeia local foi transferida para uma Penitenciária Feminina do Estado. Lá teve algumas dificuldades de relacionamento com as demais reclusas, em face de ser esposa de funcionário público. Porém, com apenas nove meses de reclusão ela foi beneficiada com prisão albergue domiciliar e retornou para sua casa.
O “respeitável Senhor”, também, beneficiado com prisão albergue domiciliar, permaneceu preso apenas por um ano e dois meses.
Atualmente, ambos vivem felizes na mesma casa e continuam a ser respeitados na pequena comunidade. Consta que não reincidiram.
Ocorreu que, enquanto o respeitável casal saía do sistema prisional, logo depois, “Marcílio” ingressava, justamente, em razão daquele cheque adulterado cuja vítima era a “Respeitável Senhora”, pois fora condenado por estelionato.
Neste mesmo período Eros deu entrada na mesma cadeia em que estava recluso Marcílio, chegando a morar por pouco tempo juntos na mesma cela. Em razão disso saberemos a seguir o que acontecera com Eros.
“Eros” e sua bela mulher, também eram fregueses do respeitável casal e, provavelmente, além de roupas compravam outras “mercadorias”.
Logo a toxicomania de “Eros” o subjugou.
Inicialmente, por não conseguir acompanhar seus irmãos no trabalho de construção de calçadas, passou a ter dificuldades financeiras para suprir as necessidades da família e, provavelmente, para adquirir as substâncias entorpecentes de que necessitava, então passou a praticar pequenos furtos. Logo foi indiciado em inquérito. Mas sua primeira prisão ocorreu por porte de entorpecente. Tal infração era afiançável, porém, como nenhum de seus familiares se prontificou a pagar o valor arbitrado, chegou a ser recolhido à cadeia pública.
Consta que nessa oportunidade um dos presos, também oriundo da mesma comunidade, tentou seviciá-lo sexualmente e por resistir com afinco aquele não conseguiu seus intentos. Saiu da cadeia, invicto, mas marcado por uma das mazelas da prisão. Ainda dizem que a cadeia regenera, não foi essa primeira experiência de “Eros” o suficiente para ele.
Pouco dias depois, novamente ”Eros” foi preso por violação de domicílio. Desta vez, consta que o presidiário “Bárbaro” investiu sobre ele com intenções inconfessáveis e para resistir ele fingiu que estava tendo um ataque convulsivo, inclusive, espumando pela boca. Nesse estado foi socorrido e de alguma forma separado de ala da pequena cadeia, onde não poderia ser alcançado por seu algoz.
Ao saberem do sucedido seus irmãos e esposa fizeram esforços para pagar advogado e libertá-lo. Porém, consta que sua bela esposa inconformada do ocorrido, ou seja, com as constantes tentativas de sevícia a que o marido sofria, ameaçava-o abandoná-lo, caso não se corrigisse e retornasse à cadeia.
Foi o que ocorreu, pois decorridos mais alguns meses, outra vez “Eros” foi preso em flagrante por furto. Neste terceiro período consta que, totalmente, subjugado foi presa fácil de “Bárbaro”. Pior do que isso ao saber do ocorrido, sua esposa, o abandonou de vez. Logo arrumou outro companheiro.
“Eros” não foi abandonado apenas por ela, mas também, por seus irmãos e pais. Abandonado, não tendo trabalho e condição de comprar drogas, tornou-se um verdadeiro alcoólatra “bêbado de rua” e nos quatro ou cinco anos que se seguiram, retornou à prisão por flagrantes e condenações por furtos e uso de substância entorpecente.
Este foi o relato de “Marcílio” do ocorrido com Eros, porém, reservou-se a contar se “Bárbaro” tentara alguma coisa contra si. Chegou a dar a entender, que, o que importava saber sobre isso, se ele já era conhecido como “homossexual”.
Infelizmente, não foi longo o período de observação de “Marcílio”, pois ele que era conhecido como “alcagüete”, algum tempo após revelar esses casos que segundo a subcultura carcerária deveria permanecer oculto, e ainda por dar informações sobre outros delitos praticados na região, principalmente os relacionados ao tráfico de entorpecente, em certa data ao ausentar-se, descumprindo o horário de entrada na casa de albergado, foi morto num bairro de uma grande cidade próxima.
“Marcílio” morreu por “over-dose’ de cocaína, mas segundo dizem poderia ter sido forçados a tomar uma dose excessiva, ou seja, fora assassinado. Por quem? Não se sabe, pois esta é uma das estratégias do crime organizado.
Casos como o de “Eros” e “Marcílio” nos fazem lembrar e comparam-se com o de Jean Genet, mas agravados por serem estigmatizados, além de ladrões e homossexuais como “toxicômanos”, “alcagüetes” qualidades negativas que não são aceitas na sub-cultura carcerária, colocando-os na última categoria da hierarquia existente entre eles.
Estórias como de “EROS” e “MARCÍLIO” mesmo fictícias comprovam a dura realidade de nossos dias, mas o que é interessante são estórias que se repetem. Repetem...

Foto de elcio josé de moraes

QUERIA TE DESVENDAR.

Eu queria te entender,
Desvendar os teus mistérios,
Como um livro que eu pudesse ler,
E reler até te decorar.

Queria saber o que você pensa,
Em teus minutos de silêncio.
E gostaria muito que fosse,
As mesmas coisas que eu penso.

Sobre a vida, a paz e o amor.
Que a muito eu tenho dado valor,
E é o que tem valorizado a mim.

Que é um sentimento tão puro,
Que a você meu amor eu juro.
Que não tem começo, meio e nem fim.

Escrito por elciomoraes

Foto de NiKKo

Aceite o fim, coração.

Meu coração ela não mais quer saber de você.
Portanto chega de chorar e sofrer.
Chega de lamentos pela distancia que hoje existe.
Não deixe a saudade dela te enlouquecer.

Ela nunca deu a você deu valor que merecia.
Admita que você por ela se deixou enganar.
Chega de passar as noites em claro esperando,
aceite que ela não vai mais te ligar.

Pare de recordar os momentos com ela, vividos.
Deixe de se martirizar pela ausência que é atroz.
Deixe de procurar em outras pessoas o sorriso dela.
Deixe de querer ouvir o som de sua voz.

Procure esquecer meu coração eu te peço,
tente voltar a viver sem fantasia.
Mesmo que você sinta a vida fugindo de você
faça de conta que ainda sente alguma alegria

Não a deixe perceber que você está tão triste,
nem que nossas noites agora são de tristeza e dor.
Não demonstre a ela que nossa vida é um fracasso
ou que no jardim da esperança, não há uma só flor.

Não a deixe descobrir coração, velho amigo
que a alegria que você com ela descobriu,
foi como um rio que secou na terra árida
onde a ausência dela um deserto solitário abriu.

Eu sei que a nossa vida agora é sem sentido.
Sei que você luta para de todos esconder
que sem ela você perdeu o prazer pela própria vida,
que sem ela, tudo o que você deseja é morrer.

Mas coração, por favor, ouça o que eu lhe peço!
Lute, não deixe a tristeza desse jeito te abater.
Entenda coração de uma vez por todas.
aprenda que sem este amor, você tem que sobreviver.

Um dia num futuro não muito distante
Ela, ao ver o quanto você tanto a amou.
coloque em sua lápide uma flor molhada pelo orvalho
em retribuição as lágrimas que por ela, você derramou.

Foto de NuzzyII

Quanto vale...

Quanto vale este sentimento
que corrói meu coração?
Quanto vale cada lágrima
por ti derramada?
Sinceramente não sei se tem preço
amar alguém que ainda não conheço ao usar a razão
Mas o conheço quando sou dominada pela emoção
Quanto vale cada momento
cada segundo sonhando contigo?
Será que há algum valor ?
Quem souber responda por favor...
Nuzzy Mattos

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