Velas

Foto de Daniel Penido

Noite de Natal

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16/12/2011
Em uma noite estrelada o silêncio me confortava,
olhando para o céu observei que uma estrela maior ali brilhava.
Embaçando o vidro da janela com minha respiração,
eis que vejo um vulto no céu e me vem a emoção.

O tilintar de sinos que acompanhavam aquele vulto,
me deixava mais atento e com sentimentos ocultos.
No telhado um barulho ouço acontecer,
fecho a cortina e desfaço o laço do sapato e me ponho a correr.

Correndo para sala vi a árvore de natal,
corri e as velas acendi rapidamente, próximo ao pedestal,
coloco meu sapatinhos com ansiedade sem igual
e preparo o chocolate e os biscoitos para pessoa tão especial.

Corro para cama e com o barulho se aproximando,
fecho os meus olhos e com o sono me embalando,
sabendo que o senhor de barbas brancas ia se adentrando,
deixando o presente e nos biscoitos e chocolate ia se deleitando.

Feliz natal! Ouço susurrar
e para a próxima casa o tilintar está a se distânciar.
No silêncio me pego a dormir,
esperando manhã seguinte para meu presente poder abrir.

Foto de Daniel Penido

Noite de Natal

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*data: 16/12/2011

Em uma noite estrelada o silêncio me confortava,
olhando para o céu observei que uma estrela maior ali brilhava.
Embaçando o vidro da janela com minha respiração,
eis que vejo um vulto no céu e me vem a emoção.

O tilintar de sinos que acompanhavam aquele vulto,
me deixava mais atento e com sentimentos ocultos.
No telhado um barulho ouço acontecer,
fecho a cortina e desfaço o laço do sapato e me ponho a correr.

Correndo para sala vi a árvore de natal,
corri e as velas acendi rapidamente, próximo ao pedestal,
coloco meu sapatinhos com ansiedade sem igual
e preparo o chocolate e os biscoitos para pessoa tão especial.

Corro para cama e com o barulho se aproximando,
fecho os meus olhos e com o sono me embalando,
sabendo que o senhor de barbas brancas ia se adentrando,
deixando o presente e nos biscoitos e chocolate ia se deleitando.

Feliz natal! Ouço susurrar
e para a próxima casa o tilintar está a se distânciar.
No silêncio me pego a dormir,
esperando manhã seguinte para meu presente poder abrir.

Foto de Marilene Anacleto

Ilumina-me!

Vive o homem em um abismo,
Em consumismo e estresse.
Mudanças, inseguranças,
Variadas perdas. Tragédias.

Chega, então, o Natal!
Grinaldas de preces, em igrejas,
Novenas para nossas almas,
Corações de velas acesas.

Corais nos trazem os anjos.
Com eles, nosso Eu Divino
E a emoção de renascer
Em luzes com o Deus Menino.

Ressuscitam em nós o Cristo,
As harpas e os violinos.
Encontro tempo para amar
Entre flautas e pianinhos.

Meu presente, amados, quer dizer:
Te aceito, te amo, te reconheço
Como um lindo Filho de Deus
Desde o início dos tempos.

Mundo de incertezas e esperanças.
Feito aves que perderam o ninho,
Rogam os homens, feito crianças,
Àquele pequeno Menino :
- Preciso seguir novo caminho.
Toma meu coração! Ilumina-me!

Foto de Marilene Anacleto

Finados

Burburinho das visitas, velas acesas em maços,
Saudades em rios de lágrimas. O corpo ali parado

Flores de todas as cores, tudo bem perfumado,
Perfume que o vento traz. E o corpo ali parado

Meninas namoradeiras com seu falar gargalhado,
Os viúvos cabisbaixos. O corpo ali parado.

Ali, onde eles não moram, também vem fazer visita.
Sentir a presença e afeto dos amigos, da família.

Enquanto a mulher soluça a ausência do amado,
Esquece a vida a cercá-la. O corpo ali parado.

Filhos vem afagá-la, tentam ficar ao seu lado.
Ela procura o amor do corpo ali parado.

Mas, espíritos e almas sorriem o afeto das lágrimas,
Abraçam o perfume das flores, gargalham com os namorados.

Foto de hypermodesto

Vinganca de Mulher...!!!

VINGANÇA, SEU NOME É MULHER

Ela passou o primeiro dia empacotando todos os seus pertences em caixas, engradados e malas.
No segundo dia, os homens da transportadora levaram a mudança.
No terceiro dia, ela se sentou pela última vez na bela mesa da sala de jantar, à luz de velas, pôs uma música suave e se deliciou com uns camarões, um pote de caviar e uma garrafa de Chardonnay.
Quando terminou, foi a cada um dos aposentos e colocou alguns pedaços de casca de camarão, besuntados com caviar, nas cavidades dos varais das cortinas. Depois ela limpou a cozinha e se foi.
Quando o marido retornou com a nova namorada, tudo estava um brinco nos primeiros dias. Depois, pouco a pouco, a casa começou a feder. Eles tentaram de tudo: limpando, lavando e arejando a casa.
Todas as aberturas de ventilação foram verificadas à procura de possíveis ratos mortos e os tapetes foram limpos com vapor.
Desodorantes de ar e ambiente foram pendurados em todos os lugares.
A empresa de combate a insetos foi chamada para colocar gás em todos os encanamentos, durante alguns dias, tiveram de sair da casa, e no fim ainda tiveram de pagar para substituir o caríssimo carpete de lã.
Nada funcionou. As pessoas pararam de visitá-los ...
Os funcionários das empresas de consertos se recusavam a trabalhar na casa.. A empregada se demitiu.
Finalmente, eles não suportavam mais o fedor e decidiram se mudar.
Um mês depois, apesar de terem reduzido o valor da casa, eles
não conseguiram um comprador para a casa fedorenta.
A notícia se espalhava e nem mesmo corretores de imóveis locais retornavam as ligações.
Finalmente, eles tiveram de fazer um empréstimo do banco para comprar uma casa nova.
A ex-esposa ligou para o marido e perguntou como andavam as coisas.
Ele disse a ela que estava de mudança, omitindo os problemas.
Ela escutou pacientemente e disse que sentia muitas saudades da casa antiga e que estaria disposta a reduzir a parte que lhe caberia do acordo de separação dos bens em troca pela casa, se houvesse um acordo...
Sabendo que a ex-mulher não tinha idéia de como estava o fedor, ele concordou com um preço que era cerca de 1/5 do que valeria a casa...
Mas só, se ela assinasse os papéis naquele dia mesmo.
Ela concordou e em menos de uma hora, os advogados deles entregavam os documentos.
Uma semana depois, o homem e sua namorada assistiam, com um sorriso malicioso, os homens da mudança empacotando tudo da casa para levar para a sua linda nova casa.......
Incluindo os varais das cortinas...!!!!

Foto de Marilene Anacleto

Na Chegada do Amor

Aqui nesta calma,
Viro e reviro minha alma,
Meus desânimos,
Minhas falhas.

Há muito que procurar,
Nesta vida de tantos papéis.
Reconhecer e dar novo olhar,
Com todas as tintas e pincéis.

O que se viveu não se muda.
Só se transforma em aprendizado
Aquele “não” mal recebido
Ou o projeto rejeitado.

Há tanto a se contemplar
E a vida dura tão pouco...
Vale mais a pena amar
Do que esperar pelo outro.

Que as idéias nos aplaudam,
Que nos aprovem os trajes,
Viver ainda é fantástico.
A dor até fica suave.

Manter o peito aberto,
Singrar leve, feito as velas,
Acolher toda a beleza
Que este paraíso encerra.

E, na chegada do amor
Esquecer-se da rotina
Viajar de flor em flor
Respirar o novo ar
De mãos dadas, inventar
Com coração e magia.

Foto de Joaninhavoa

Cafuné

*
funé
*

Vem me fazer cafuné
funé... funé...
com esse jeito que tu tem

Depois pega minh`as mão
esfrega elas de roldão
vira d`prosaico em girão
grita fundo sei não

E então gira os fusível armados
como velas de combate
em arame farpado
E algemado grita de vez
sei não se o arame está ligado

Vem me fazer cafuné
funé... funé...
com esse jeito que tu tem
ligado ou desligado

Joaninhavoa
(helenafarias)
2011/08/16

Foto de Rute Mesquita

Halloween

Hoje a noite é mais longa que o dia,
é mais que doce ou travessura,
são as almas na sua pior rebeldia,
e é de temer a sua doçura.

Há abóboras por toda a parte,
na verdade são somente elas que iluminam esta devastada
escuridão,
com pequenas velas no seu interior.
Elas riem-se para mim, num riso sarcástico,
estarei eu alucinada?
Não entendo esta distorção….

Elas rodopiam e rodopiam
fechando-me num circulo
com a sua velocidade,
não sei bem se é uma só ou um conjunto
Já estou tonta…
caí num chão negro e os risos assobiam
será um acumulo?
Tanta coisa em adjunto…
Um puzzle infinito que não se monta.

Finalmente o distúrbio parou…
Era apenas uma grande abóbora,
acompanhada de espíritos.
O que quer de mim?
Com uma espécie de calda me agarrou,
os espíritos puxam a minha alma,
e eu só grito ‘isto não fica assim, isto não fica assim’!

Agora pertenço àquela domadora de almas,
despeço-me do meu corpo mole, pálido desarticulado
caído no chão.
E aqui vou eu, manter o Halloween amaldiçoado,
quem sabe não vá à tua porta bater tal danação.

MUAHAHAHAHAHAH
BUU!!!

Foto de Rute Mesquita

Margarida

Margarida,
como me radia a forma como lampejas
os jardins por onde passas.

Margarida,
como a minha ceifa cortejas
com um aroma que dispersas
correndo de pétalas soltas ao vento,
sem medo de tropeçar.
Pedes-me a minha mão,
naquele momento,
e dizes para me a ti juntar,
num tom que transpira entusiasmo,
mas, num olhar consentido e carinhoso.

Eu aceito, minha Margarida,
leva-me, para aqueles jardins cujo pólen
é mágico, inspirador.

Margarida,
como transbordas e doas tanto amor.
Quero ser uma flor como tu,
minha preferida.
Madura, de pétalas vivas,
de caule experiente,
de raízes naturais e belas.
Espero que isto seja um deja vú,
arre! energias negativas,
agora que estou ciente,
à luz das velas,
acabo estes versos dizendo:
Àmen.

Foto de augusto cedric

Saudades do Futuro

No despertar de minha vida,
Verei as mais belas cantigas escritas em meu passado,
Descobrirei que os caminhos mais longos sempre foram os mais seguros,
Sentirei a solidão do amor e o medo da companhia...

No despertar de minha vida,
Sentirei o vento em meu rosto a acalentar o Outono florido,
Sentirei o cheiro de tua paz nas aguas quentes de teus braços....

No despertar de minha vida,
Regressarei aos campos verdejantes de meus sonhos,
Reencontrarei os velhos amigos a quem deixei um breve tardar....

No despertar de minha vida,
Sentirei falta do que nunca consegui realizar,
Das pessoas que nunca conheci,
Das cantigas de roda feita pelos amigos em noites serenas....

Tal vez ao despertar de minha vida,
Verei um sol diferente ou um luar eterno,
Não terei velas, nem gritos pelos bosques,
Não sentirei frio no corpo aquecido pelo frio ártico,
Mas sentirei falta de minha pequenina Letícia Karielly,
Que me trouxe em um doce novembro,
As mais belas verdades e o único sentimento de amor verdadeiro já mais vivido,
O amor incondicional, sem espera nada em troca apena a palavra,
“Papai!”.

Ao despertar de minha vida,
Verei as coisas mais belas de meu caminho,
A bela e amada esposa que tanto repousa ao meu lado tão amada,
A minha parte frágil do crivo espirito...

Quando eu despertar de minha vida,
Sentirei quão perto estamos sempre de DEUS,
O quão sego vivemos pela pressa e pelo medo...
Porem, quando eu despertar não terei, a chance de dizer novamente a minha esposa e filha o quanto o tenho amor por elas.

Quando o meu despertar chegar,
Farei o ultimo pedido aos anjos,
Que ilumine você que dedica um momento para me entender,
E Que para sempre saberá que eu nasci para uma nova vida...

No meu despertar terei que recomeçar...
Desta vez a te olhar pelo caminho.
Que Deus em sua infinita bondade te ilumine minha filha.

Autor: Augusto Cedric
Nascido em 18.12.1982, Recife

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