Vencedores

Foto de teziack

Hollow

Sim, os vencedores nunca desistem!
Oh, renunciados não encontraram o caminho do céu!

Solitário o bastante para querer outro segundo.
O quanto selvagem é preciso ser
Para controlar o corpo vencido, o copo vazio, a longa caminhada até o horizonte?

Oh Senhor veja!
O quanto estou cansado!
Dono do próprio medo!
Nada do que me orgulho.

Oh senhor!
Vencido, algoz do próprio exilo.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 10

Escrever exige uma intensa entrega pessoal e total desprendimento dos preconceitos e convicções. Como eu não tenho amor próprio, faz dez anos que estou nessa. Com gente lendo ou não, faça chuva ou sol, tendo eu dinheiro ou estando duro, para os diplomados e os analfabetos, eu vou fazendo a minha arte, como o Sísifo, me lembra o Camus, vou levando a rocha pro alto do morro e deixando cair todos os dias. Essa é a minha verdade, gente que sou até agora.
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Enquanto o fogo consumia tudo, e as pessoas viviam seus amores, seus valores e seus pecados, Clarisse subia para a cidade em busca de se reconciliar com o seu passado e destruir os insetos que a haviam humilhado ou algo parecido. Ela iria falar com o Luís Maurício, com o Patrício, com o Fabrício, com quem pudesse matar as pessoas e devolvê-las para sua posição de subserviência. Quando ela se levantou, parecia até branca, como se um Feliciano a tivesse abençoado da miscigenação racial e da indivisível respiração coletiva, como se fora brincadeira de roda, memória, o jogo do trabalho na dança das mãos. Ela estava montada. A balada da sociabilidade lhe abria os braços e o coração. Ali era o seu lugar, voltava pra ficar. A luta pelo poder enfim teria o seu final.
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- Calma gente, calma gente!

A voz de Dimas se tornava cada vez menos ativa.

- Vamos ficar em paz!

O que Dimas não entendia, e isso é claro para todos os que ali estavam, é que somos animais. É por isso que não acredito em Rogers, quando ele diz que o ser humano é bom. Pois bem, o ser humano é bom... para ele! É algo natural ser egoísta. O que Sartre não os contou, o que Husserl e Rousseau omitiram descaradamente, bem como os líderes humanitários, é que o amor e a cooperação são alienígenas ao instinto pessoal de se sobreviver e de continuar. Procuramos o que é vantajoso e seguro para a consciência. Isso não é escolher ao mal. Isso é reconhecer uma característica da nossa essência, que na verdade é indiferente para a moral, que foi inventada com o tempo, bem como todos os conceitos psicológicos e existenciais. E então a Torta lhe deu um beijo.
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- Então, eu destruí eles.

- Mas quem te disse que os queríamos destruídos?

Clarisse ruboriza-se ainda mais.

- Os dominados, os engolidores... Eles é que sustentam o nosso modo de vida. Eles são o nosso alimento, o nosso instrumento, sem os nossos escravos, não há como gerar a riqueza. É como imaginar um mundo sem pobres. Alguém sempre acabará subjugado. É a lei natural, Talião, na prática! Se você não tivesse ido para lá eles não estariam envenenados com a sede do poder. Bom, o erro foi nosso. Agora já foi. Não importa. Fique aí e não incomode mais.

A batalha final era enfim preparada.
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O fogo subia os castelos. As espadas faiscavam. As bazucas, os bodoques...

- Toma!

A cobra fumava.

- Morre diabo!

Tudo resplandecia a tragédia, como a velha praça Tahir, como uma Nova Deli, como em uma Hiroshima deflorada, como um Brasil em época de hiperinflação, como o rompimento do namoro de uma adolescente, como a queda de divisão de um time de futebol, um câncer, um escorregão idiota num dia da saudade, a cabeça no meio-fio.

- Burn, motherfucker, burn...
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Dimas subia com os miseráveis a ladeira da cidade. Arrombavam as portas. Alastravam um medo até então desconhecido aos porões dos vencedores, suas famílias funcionais, suas menoridades penais, seu pleno conservadorismo e hipocrisia. Batiam as panelas, ignoravam as balas que lhe atiravam, quebravam as bancas. O saque indignava. O estupro coletivo era feito sem cerimônias prévias.

- Muerte! Muerte!

A bandalha hasteava a bandeira do assistencialismo. Colocavam seus headphones e atendiam o furor da sua maldade. A humilhação acabava, ou assim pensavam. Tinham tomado tudo.
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- Se você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele.

Luís Maurício assim neutralizava a queda da sua Bastilha. Os seres de sangue frio haviam se misturado ao coro sem que se percebesse. Pediram a rendição, um tempo. Patrício, que era o chefe da comunidade até então, degolado, foi dependurado no alto de uma varanda como um pálido estandarte, corno, empalado em uma lança. O líder seria escolhido e Dimas seria o jacobino. A Torta seria a primeira-dama, e Clarisse, sua concubina. Até que ele disse o que não devia.

- Eu vou embora. Vocês conseguiram o que tanto desejavam. Agora não me atormentem mais.

Sequer Zaratustra havia sido tão ousado. Para onde iria Dimas, o santo? Para quarenta dias no deserto? Eu poderia falar no próximo parágrafo, mas não é bem isso o que vou fazer.
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- Esse nome não me serve mais. Revelarei meu nome. Eu sou a discórdia. Eu entreguei o pomo da primeira história. Quem quiser me acompanhe. Quem não quiser, fique aí e seja feliz.

As perguntas que te surgiram serão respondidas mais pra frente.

Foto de carlosmustang

ÂMAGO

Fim, acabou minhas energias
Amei tanto, ate não aguenta
Sobrou restos de emoções passadas
Restos de fundamentos retardados

Marcadores de fracassos, vencedores
Debutando em vida, em ser queridos
De passo em pés, vou vencer, ser aceito
Ate quando errar, e sofrer(fazer sofrer)

E andei, nessa porra
Virei herói por vencer
Sem pedir um único suspiro

Cade a porra da paz pra quem só quer viver
Sem porcaria de troféu eterno pra vencer
Se for pra sofrer futuramente, melhor não fazer

Foto de Jonas Melo

NÃO FUJAS DE MIM

NÃO FUJAS DE MIM...

Não fujas de mim, muito menos de nós;
A fuga jamais irá esquentar nossos encontros, só a solidão de nossos lençóis;

Pra que mentir, dizer que não quer mais, o desejo é visível em seus atos, então encare os fatos;
Deixe que o novo venha iluminando à escuridão da tristeza;
Desnudando assim, a extravagancia da tua beleza.

Não digas que não quer, que não gosta, que é bobagem, pois cada gesto teu, te condena;
Fugir nunca foi estratégia dos vencedores, muito menos dos amantes enamorados;
Por isso, não fujas de mim, muito menos de nós, pois a solidão é quem ditará as regras a nós.

Jonas Melo

Foto de carlosmustang

JOGO DA VIDA

Seria bom andar como gente
Um simples cidadão
Na sua sociedade, sem precedentes
Nem preconceito, só atitude

Respeito pelos direitos e deveres
Sociedade livre, por prazeres
Olhado e Olhado
Como iguais, vencedores...
BANAIS

Amando, sendo Amado
Errando, desejado
Querido, respeitado

Mesmo se descansando debaixo da marquise
Sou uma MULHER ou HOMEM
Independente de raça, cor, condição fisica
financeira, intelectualida, desprovimento
Sou homem, HOMO SAPIENS DESENVOLVIDO
filho de deus

E MEREÇO SER AMADO

Foto de Eddy Firmino

A LÁGRIMA

Podem ser de alegria
Ou senão de tristeza
Expressando agonia
Dor ou incerteza

Elas rolam na partida
Mas às vezes na chegada
Há quem as deixe contida
Numa alma amargurada

Ela vem na emoção
No mundo da fantasia
Brota do coração
Germina na poesia

Há quem a expresse no ódio
No âmago do sentimento
Os vencedores no pódio
E os perdedores no lamento

Acompanha os poderosos
Ou aquele que é mais frágil
Companhia dos pesarosos
Segurá-la não é fácil

Pura, cristalina e tão bela
Na alegria, na dor e na lástima
Não importa o sentimento que revela
Ela é simplesmente: Lágrima

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 6

- Setembro – Capítulo 6

Em certas realidades
Você não pode ouvir
Não pode ver
Não pode sentir o cheiro
Aliás
Não pode sentir
Não pode falar
Não pode pensar
Não pode pensar em falar
E não pode degustar
Não pode encostar
Não pode colocar a mão
E não pode querer ter ou ser
Não pode poder
Não pode nada
Não pode tudo
Não pode proibir
E muito menos pode liberar

Eta realidadezinha besta
Meu Deus...
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No nosso mundo, tudo permanecia como era antes, só que mais cheio. Os meus pares preocupadíssimos com futilidades essenciais mal se davam conta que desperdiçavam suas energias com situações que não os levariam a nada ou os satisfariam. Eram pobres e não tinham simplicidade. Brigavam por entorpecentes, por pequenas posses, orgulhos imbecis. Não que eu ache isso errado, cada um tem sua vida e cuida dela. Mas, vendo os resultados, me sinto intimamente incomodado. Não sei bem o porquê vejo as crianças brincarem no esgoto e fico incomodado. Eu deveria me importar mais comigo e menos com os outros. Como sou desprezível!
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No gueto a vida era muito boa. Os meus colegas de moradia tinham uma moral impecável. Um batia na mulher. Outro estuprava a própria filha. Uma das matriarcas espancava os filhos e os obrigava a catar restos nas lixeiras dos seres de sangue frio. Toda a pureza que de comportamento que eu não encontrava entre os meus senhores sobrava na comunidade que me acolhera. Havia toque de recolher durante a noite. Só ficavam abertos um bar e um prostíbulo para o divertimento dos que podiam pagar. E todos os produtos e serviços eram tributados em favor do nosso líder. Vivíamos em uma paz sem voz, mas ainda uma paz. Em liberdade, sem submetermo-nos às vontades de algum chefe tirano ou aproveitador aventureiro.
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Nosso líder pede a palavra:

- Amigos! É chegada a hora! Vamos enfim fazer valer a força da nossa organização! É hora do tão aguardado momento do ataque! Chega de nos espreitarmos por entre a grama! Pisaremos a cabeça da serpente! Urrem, seremos os vencedores! Nada irá aplacar nossa fúria!

Os aliados explodem em alegria. A comunidade saqueará os homens ricos. Nunca na sua história houve tanta esperança.

Dona Clarisse se mantém serena mesmo diante dos brados ensurdecedores.
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Havia uma mulher torta que não tirava os olhos tortos da minha presença. Muitas vezes era a única que percebia que eu existia e respirava. Ela me incomodava um tanto, essa mulher torta, mas torta que fosse, parecia torta para o meu bem. Já eu não perdia de vista a estranha e bela dona Clarisse. Por algum motivo que eu não sabia apesar de ter sido linchada seu aspecto era o mesmo de antes de ser banida do lado dominante. Os colegas dizem que os seres de sangue frio podem regenerar seus órgãos, igual a um rabo de lagartixa. Dizem também que sou muito azarado por atrair a atenção da mulher mais feia da comunidade. O que eu acho mesmo é que poderiam deixar a gente fazer o próprio pão, ao invés de comprá-lo a preço de ouro.
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A torta me espreitou num corredor. Ela apertou minha mão e me abraçou. Senti nojo. Quando ela olhou para mim, demonstrando uma sensação que eu nunca vi em outra pessoa, me disse algo que não entendi de verdade.

- Nosso líder é um traidor.

Agora compreendo porque dizem que ela é louca.
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O líder assumiu uma tática de guerrilha. A vitória era garantida, segundo suas palavras. Enfim, teríamos alguma chance de subjugar nossos inimigos mortais.

- Os fortes vão bater de frente com os porcos de sangue frio! Podem tacar fogo naqueles bastardos! Já os fracos vão jogar pedras de longe! Mulheres preparem a gasolina! Vamos explodir aqueles malditos!

Ele se senta sobre um escravo e orienta a premeditada baderna.

- Sai da frente, inútil!

O grito era para mim. Fiquei lisonjeado.
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Durante a dura batalha fui escondido dentro de uma caixa. Meus colegas me chutaram com o fim de que eu evitasse problemas. Ao final, tivemos uma honrosa derrota, perdendo apenas metade de nossos homens. Os seres de sangue frio revidaram o ataque com lâminas e arpões. Se nosso líder não tivesse feito um oportuno acordo, que o colocava como chefe de segurança legítimo e remunerado da nossa comunidade, tudo seria muito pior.

Eu continuei na caixa. Ordenaram-me que de lá eu não saísse.

- Então está certo... Nós te daremos os privilégios que você tanto queria sobre aquele lixo... Mas não ouse nos atacar de novo ou exterminaremos essas suas tralhas... Sorte sua ter tamanha fidelidade a nossa realidade...

A voz de Luís Maurício me esclareceu o óbvio.

Nosso líder era mesmo um traidor.

Foto de fabricioadriel

Lute e acredite nos seus sonhos

O tempo passa e vai levando tudo de ruim
vai levando as coisas que não pertencem a mim,
como os medos que nunca pedi
como as coisas que um dia perdi.

Mas que com o tempo conquistei,
pois tive que navegar por mares
que antes não naveguei.

Mas tudo nada foi em vão
nem mesmo o tropeço
pois na vida sempre tem um começo.

E nesse caminho todos são vencedores,
mesmo que nunca tenha sido reconhecido
nunca permita que seus sonhos esteja perdido.

Mesmo que alguém lhe julgue de derrotado
no céu tem um Deus
que sempre estará do ceu lado.

Lute e acredite nos seus sonhos
pois não foram feitos apenas para ser sonhado
mas para ser realizado.

Não seja mais um que desistiu
pelas dificuldades que a vida colocou,
mas vá até o final e conquiste
pois voce é um vencedor.

Foto de JORMAR

Amor de outra vida

Amor de outras vidas que voltam, algo inacabado...
encontros podem acontecer no lugar menos imaginado
em momentos não programados
a pessoa percebe que encontrou alguém que já conhece...
que possui os mesmos gostos... as mesmas afinidades
são as loucas paixões... são desafios do amor e emoção
onde não se pode fugir, apenas se sentir amado
e superar a insegurança da esperar dos resultados
viver a febre do prazer e o êxtase da dor nesse
sentimento avassalador.
não se atemorize com o depois, com o que ainda não viveu
o importante é viver tudo que apostou e venceu
tem que viver o máximo das experiências de plenitude
que só um grande amor pode oferecer,
para não sofrer depois o fato de não poder viver sua grande paixão
viver com a universalidade e ausência de limites, algo maior que a razão
sentimentos intensos do céu ao inferno,
conhecer os limites entre o prazer e a dor
o aconchego do amor, no verão ou no inverno
Mas a paixão quando é descontrolada pode ultrapassar o amor,
se tornar ódio, violência, ciúme doentio, medo da perda, dissabor
e todos os monstros devoradores aparecem
mas na paixão não há vencedores... apenas pessoas que se merecem
só quem vive uma grande paixão tem o privilégio de descobrir os segredos da vida
e o importante não é o tempo em que vivemos uma paixão com quem sonhamos...
Mas sim a intensidade com que amamos.
(Marisa Cruz)

Foto de LordRocha®

Defina Amor...

Amar é contrair a plenitude da lucidez;
Lúcidos nos colocamos na condição inversa;
Buscamos não fazer julgamentos, afinal julgar pra que?
O julgamento sem fins positivos é calúnia é fútil;
Quando estamos lúcidos exercitamos a sabedoria;
Porque buscar um equilíbrio é um ato de sabedoria;
Com sabedoria buscamos perdoar e perdoar é julgar bem;

Amar é desenvolver a plenitude da suprema humildade;
Humildes conseguimos enxergar no erro ou falha do próximo;
A oportunidade de aprender sem ter que passar pela experiência;
Humildes praticamos a caridade e contribuímos para sua correção;
Buscamos agregar com o que faríamos no lugar oposto;
Apoiamos, pois, a condição poderia ser oposta ou recíproca;
Com humildade nos colocamos mais próximos a Deus;

Amar é semear a paz e regá-la com lagrimas de alegria;
Porque amando damos e recebemos paz e paz traz alegria;
Alegria é algo que contagia se reproduz, traz bons frutos;
Com alegria nos iluminamos e onde há luz não há trevas;
Sem trevas destruímos o habitat do mal, destruímos o mal;
Onde não abita o mal abunda o extremo oposto, o Bem;
O Bem é Deus e com ele somos mais que vencedores.

“Amar é viver na plenitude da vida. Amando e sendo amado”.

§corp¥on®
20-Janeiro-2010

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