Vento

Foto de Gaivota

* AZUL DE DOER!

*
*
*

Hoje o céu brilha,
tem aquele azul
de doer,
e dói!
No frágil coração
marinho,
na lágrima,
na boca
rubra
do desejo.
Dói!
Na alma que voa,
na pétala
que desliza,
no vento que sopra,
na concha que esmaguei.
Dói!
No vôo solitário
do dia,
no abraço da
estrela que virá.
Dói!
Na espera do instante.

** Gaivota **

*
*

Foto de Agamenon Troyan

Nayara

Nayara

De: Agamenon Troyan

Meus sentidos não fazem sentido
Estou a vagar em um barco sem leme
A cada dia levado pelas ondas.

Uma voz me desperta...
Fecho os olhos e vejo você.

Cada palavra dita,
Cada sílaba articulada,
Conduz o meu barco para além do horizonte.
Não me atrevo em abrir os olhos,
Pois não quero ficar órfão dessa doce ilusão.

Sinto as horas tocarem-me os olhos,
Tentando de qualquer maneira despertar-me.
Vivo travando esse longo duelo
O qual, por você, luto a cada instante...

A solidão articula sua última cartada:
Oferece-me palavras vis, blasfêmicas e ofensivas.
Desperto-me envolvido numa bruma de desespero
Grito o seu nome... Nayara!
Mas sua voz não responde.

A lembrança de sua ausência me assombra
Ao mar, dediquei o sal do meu pranto,
Aos sonhos, ofereci um banquete de incertezas
Ao vento, lancei esse poema
Para que todos saibam o seu nome...

Foto de Agamenon Troyan

Lágrimas de areia

Lágrimas de areia
Agamenon Troyan

Lá estava ela, triste e taciturna
Testemunha de efêmeros conflitos
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.

Sentia-se solitária; oca.
Os homens admiravam-na
Pelos seus dotes
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!

De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.

E lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali...

O dia começou a desfalecer
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...

Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia!
Em um porto seguro.

Foto de Lou Poulit

Venho Pedir-te Que Ouças

Venho pedir-te que me ouças
com o silêncio de um luar prestante,
que se entranhe nesse nosso instante
e ouça a lágrima penitente e vasta,
que me serve de oceano.

Ouça o vento, a emoção do veleiro,
e o carinho das ondas espalmadas
no chão sulcado do nosso amor pisado,
arrebatado, de fibras tão tesas,
em que se abandonam nossas vilezas
como rolam as folhas de outono maduras.

Ouça o sangue correr na veia tua,
em busca das meiguices e canduras
do poeta, que sobre a terra túmida flutua,
se precipita e se esbate na pepita
plena de inchaço, de ânsia e mormaço...
ouça o esgarço agônico da sua estrela!...
Venho pedir-te por esse nosso resgate,
que lhe sacie tanto toda pertencê-la;
e ao poeta, à sua dor fluída e à sua arte...
Teu coração à vida das suas alvas asas
e ao seu canto de morte... Pois eis que parte.

Ouça tua pele, jardim de frêmitos emancipados,
ainda molhada, mas tão assim sequiosa...
Ouça o perdão pelos poros exalados,
como lhe perdôa os lanhos tua rosa!...

Ouça, Saudade, e pense...
Só a ele o teu sussurrado nome pertence.

(Lou Poulit, Itaipú/2007)

Foto de Vera Silva

Desamor

É crime não me amares como eu te amo,
Não escutares os versos que te declamo…
Ignorares a minha essência de mulher
Madura, que sabe o que quer.

É pecado continuares a agir assim,
Quase zombando de mim,
Que te dedico todo o meu amor,
E que transformas apenas em dor.

É loucura agora a minha vida,
Senti-la assim meia perdida.
Deitar ao vento tanto querer,
E pedir a Deus que acabe com este sofrer.

É uma verdadeira insanidade,
Talvez até pura maldade
Desejar-te tanto mal agora,
Voltar-te as costas e ir embora...

Foto de Ananas

O Burro

Enfim o poeta chora
Esfalece satiríase
Magano sem mora outrora
Sorriria num advento

Pútrido inefável senso
Procela neural no tento
Ser indiferente ao vento
Que sopra a mentira tácita

Belos espécimes torpes
Sois homens parvos na morte
Sem estirpe para ter

O senso traz abjeção
Atônito de mentir
O burro da altercação

Foto de angela lugo

Anjo Meu

Lá estava ele... Como um anjo
Seu rosto pálido...
Seus lábios sem cor...
Quase que transparente

Em uma camisa desabotoada azul...
Que esvoaçava com o vento
Confundindo com o azul do céu
Em uma tarde junto ao mar...

As gaivotas revoavam...
Na busca de seu alimento
Sem perceber que ali...
Pairava um anjo a observá-las

Olhando-te ao longe...
Vejo a magnitude angelical
De beleza indescritível
Resplandecer no horizonte

Vem... Anjo leva-me...
A um vôo ao infinito...
Em suas asas acolhedoras...
Para conhecer-mos o paraíso

Os anjos entoaram...
Uma canção silenciosa
Que somente nós...
Poderemos ouvi-la

Homenageando o nosso amor
Suspira anjo meu... Suspira
Enquanto fazemos este vôo
Rumo ao infinito da felicidade
...
angela lugo

Foto de THOMASOBNETO

Sentimentos da Alma

Sentimentos

Voa pensamento voa!
Deslize pelas sendas dos bosques,
Buscas em um leito solitário...
Uma alma jaz mortificada, em sonhos!

Olhos que se escondem, turbilhões de lágrimas.
Choradas ao frio vento, soluços e sofrimentos!
Momentos que são lenços de despedidas mal acenados...
Fazem rotas indecisas, farrapos de coração apaixonado!

Braços que se alongam em buscas, do nada.
Bocas que beijam o vazio desta vaga existência...
Atributos de loucura a uma frágil alma desiludida!

Alfombras de rosas que não desabrocham,
Luas que não desejam sol, ou noites de estrelas!
Vida que se apagou como uma chama, no candeeiro!

THOMAZ BARONE NETO.

Foto de angela lugo

Vida vazia

Você se foi nada me deixou
Somente saudade do teu amor
Neste dia o vento que soprava calou
O sol aos poucos perdeu seu brilho
A chuva que vinha ficou inibida
E lamentou derramando suas lágrimas
Em meu jardim ressequido pela dor
Dor que maltrata a minha alma
Que me faz infeliz sem ter você
Entristeço... Empalideço ao lembrar
Da ultima vez que estivemos juntos
Tantas alegrias assassinadas em covardia
Não por suas mãos que estavam vazias
Pelo sentimento de rejeição que carregava
Em teu peito sem qualquer razão
Pura tontice imaginar que te traia
Nem mesmo poderia te amava em demasia
E até mesmo esquecia que o amor doía
Minha vida está completamente vazia
Sem você a me fazer galanteios em primazia
Uma parte de mim ficou em ti
Vagueio por entre vidas que não são minhas
Não me conheço mais sem você
A temperança do tempo anda inclemente
Vejo-me envolta num mar de recordações
Sem ti sinto-me como águas gélidas
Nas profundezas do meu coração
Por onde andarás o teu amor
Que um dia pertenceu somente a mim?
O que faz teu coração vibrar sem o meu?
Que juntos formávamos uma sinfonia de amor
Quem o está balançando em meu lugar?
Qual o nome da nova canção que o faz acelerar?
Será que pensando que eu o tivesse traindo
Simplesmente já estava a trair-me há muito tempo
Porque amenizou tão facilmente a minha falta
Esquecendo completamente do nosso amor?
Deixando minha vida completamente sem vida
E um coração vazio sentido dentro do peito

Foto de Neryde

Brisa...

Sou a brisa que se põe
A refrescar seu corpo,
Queimado pelo sol
E marejado pela água do mar.

Como brisa refrescante,
Toco de leve seus cabelos.
Suavemente e com amor,
Passo a lamber seus lábios sedentos.

Em teu dorso nu faço carícias.

E por um momento ,
sou o vento macio.
A sussurrar baixinho,
Palavras de amor e paixão
Em teu ouvido.

Você à soltar gemidos,desejos incontidos.

Agora como brisa calma,
Faço pra ti um ninho.
Enlaçando-te em meus
braços com carinho.
Para que saciado,
descanse relaxado,amado...

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