Vento

Foto de Nina Marina

O que você fez comigo?...

Eu sou vazio,
Eu sou rascunho,
Um projeto mal feito...
Eu sou esboço do que já fui,
Um grito sufocado no peito,
Um coração em pedaços,
Uma ferida aberta, totalmente exposta,
Uma rosa caída, murcha, fétida...
Sou “ser ou não ser”...
Sou metade que não sou eu,
E outra metade que se perdeu...
Sou inteira e não sou nada...
Sou corpo presente... mente ausente...
Um andarilho ao vento e descalço,
O choro angustiado da procissão,
O ar fúnebre da morte,
A dor dilacerada na alma,
Sou desmazelo e pesadelo...
Sou a aflição do aflito,
Desamparo do desamparado,
Loucura do louco e desvairado,
Sou fundo do poço...
Sou apenas nada... e nada sou...

Foto de MARTE

UM SIMPLES OLHAR

Na loucura do amor sentido,
Fico imaginando na madrugada,
Os nossos corpos unidos,
Invadindo o teu espaço perdido,
Fazendo de ti minha amada,
Entre beijos na noite perdidos!
Foi por um simples olhar,
Talvez pelo teu sorriso,
Senti a vida no momento,
Com uma vontade louca de ficar,
Dito num silêncio preciso,
Vivido no tempo num só sentimento!
Momento que ficou marcado,
Neste lugar que será sempre lembrado,
E o sentimento...esse jamais acabado!!
Diante da vastidão do espaço
Na imensidade do tempo,
O mundo é um jardim de amor,
Num abraço em que te enlaço,
Da mesma forma como o vento,
Atiça a chama que nos envolve de calor!
MARTE
JCarvalho

Foto de RuFiAzInHa

][ Espero ][

A vida é longa
E sem ti muito mais
Não sei viver assim,
Sem poder ir ao teu encontro.
Todos nós queremos ter
Alguém na vida que nos ame,
Pois todos queremos saber
O que é ser acarinhado.
Eu hoje não vou lutar!
Vou ficar quieta no meu canto,
Pois não consigo enfrentar
Tudo aquilo que me rodeia.
Vou indo ao sabor do vento
E conforme as marés,
Pois tu decidiste a tua vida
E não sou eu que a vou mudar.
Eu não sei se sou capaz
De enfrentar este sofrimento!
Pois tenho de esconder
O que sinto no meu coração...
Passo por ti e os meus olhos brilham
(Como se o sol me iluminasse)
Pois és a luz da minha vida
És a minha felicidade!
Eu em ti só sei pensar...
Recordando os nossos momentos,
Pois estou à espera do sol,
Da luz para me iluminar.
Eu sem ti não sei viver...
És tu quem amo e mais ninguém...
Fico aqui sentada à espera
De quem já me fez feliz...

Foto de feliz

Minha Alma

Se eu fosse vento
Embalada na chuva
Tomaria montes, vales
Encostas e escarpadas
Só para te encontrar…

Se eu fosse chuva
Cairia sobre tua face
Sentindo o doce toque da tua pele
Sentido o sabor dos teus lábios…

Cada gota, cada sentimento
Seriam ALMA!
Alma eterna, mas vazia…
Alma, que não tem alma,
É feroz,
E sem poesia.

Assim fico eu,
No dia que tomares um barco
Com outro destino…
Ficarei sem alma
Porque a que me resta…
Levarás contigo…

Foto de Carla Trein

O Barco e o Rio

Às vezes parece que estou nas nuvens,
Mas quando me deparo com certos momentos
Percebo que as coisas não são bem assim.

Às vezes parece que é pra sempre,
De repente tudo vira ao avesso;
E nem tudo é tão bom assim.

Queria poder ficar
tão pertinho, quase juntinhos,
um só...
Entende?!
Queria que tudo fosse assim, como normalmente parece ser,
um assim mágico,
que ninguém consegue entender...
E ficar juntinho, assim tão de pertinho,
Quase tão perto que nem poderíamos respirar.
Dançaríamos qualquer música;
Mas na verdade isso não iria importar...

Eu só queria saber:
Porque os peixes vão contra na piracema???
Por que não se deixam carregar???

Tenho minhas dúvidas,
muitas dúvidas
Que nem sei se algum dia, vou saber explicar.

Mas eu quero...
Eu preciso desse rio.
Misterioso rio...
Confesso: Ele me atrai
Me seduz...
Suas margens,
Sua profundidade,
Seu leito calmo e aconchegante,
Sua alma,
Sua intraduzível nitidez,
E seus diversos afluentes a o desencaminhar
Torneando-me
Estonteando-me...

Meu barco é a vela
E muito já tive que assoprar
Mas ele ta lá
Continuando a navegar
Por essas águas tão misteriosas,
Tão turvas...

Eu tenho medo
muito medo, do que ainda possa encontrar.
Mas as diferenças me encantam,
muito que me surpreendem
Tanto que me engrandecem.
Algumas vezes é verdade que entristecem
Mas o rio ta lá
E em alguns momentos
Ele fica tentando dar outro rumo ao barquinho
O desencaminhando de suas oscilantes águas
Repleta de indiferenças e desconfianças com aquele velho e remendado casco a lhe cortar.

Eles estão tão distantes
Mas ao mesmo tempo tão perto...
Tão próximos...
Que quase se pode ouvi-lo chorar
Mas ele cede o seu leito,
E o acaricia com suas irregulares ondas.
Então segue aflito em busca do mar
Onde deverá desembocar
Cheio de sonhos e planos
Em busca da imensidão que lhe espera
Cheias de coisas para se conquistar
Ele não quer muito,
Mas o que quer pode alcançar.

E o barquinho,
Continua a navegar.
Não tem muito aonde ir
Também nem pode ir muito longe
Mas tem um destino a completar.
Então, continua devagar...
E rezo, pra que quando a tempestade chegar ela logo cesse;
Mesmo que a chuva faça parte desse encantado ritual...

Muito me alimento desse rio
Dos peixes que ele me oferece
Da água que me mata a sede
Definitivamente, ele me faz crescer.
...
Será que algum dia o vento que nos carrega vai parar de assoprar?
É...
Eu só sei de uma coisa:
Cada um sabe da dor e da alegria de ser quem é.

Foto de Sirlei Passolongo

A Rosa

A Rosa

Desfolhada

Pétalas murchas

Jogadas ao chão.

A primavera partiu...

Ela não mais sorriu.

Rosa

Sem cor, sem viço

Pétalas secas

Soltas no vento.

A primavera partiu

Ela não mais se abriu.

Quanta semelhança

Entre a rosa e o meu coração.

Assim como a rosa,

Desde que você partiu

Ele não mais sorriu.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de M.Veríssimo

Velho Marinheiro

Fui sombra, velho marinheiro
velejando pelas terras
do mundo, completamente extasiado.
Lágrimas suor e sangue, retornaram
em mais lágrimas suor e sangue,
busquei o sonho nas ondas do mar,
quebrei-as com o casco de meu navio
fui arrogante na força, forte
no espírito.
Mil e uma guerras, lutei,
exausto derrubei meus muros,
meus grilhões, todas as minhas prisões e segui,
segui o vento, as aves e o mar,
companheiros solitários
nesta viagem eterna.
E hoje junto aos meus companheiros
de viagem e credo, os meus ossos
descansam alvos, coral ósseo
no fundo do mar, de orbitas
vazias contemplando
o meu reino.

Foto de Karine K.

Herméticos

O corpo aprisiona os resquícios do pó vespertino
grãos incertos que se vão no vento
e nos cometem fazer parte
em forma de carne

que adoece, deseja, enseja no palco inundado no dilúvio
então, quer de volta suas asas que lhe foram quebradas na descida
ardida

Vaidosas borboletas que choram no espelho
vendo a metamorfose formar seus braços de carne seca
suicídio,
morte,
e sangue de lágrimas

Olhando para si...
olhando para si...
o mundo quase toca
as coisas quase ferem
e quase estamos imunes.

Foto de Ricardo felipe

Loucura

Translúcida é água e nas ladeiras desse suave branda e leve que o vento leve que tudo se releve na relva desta selva vá e me tenha nos planos campos como nos meus sonhos mais estranhos e belos não trema pelo frio da noite não me tema pois nosso amor é meu tema e é pra ti que canto meu poema vá como a água leve qual pena meu amor nos encontraremos na próxima cena lava teus olhos roxos que meu peito seja teu encosto que lindo rosto as razões são canções de sentimento grita geme corre tome seu porre vai te desespera foge tudo você pode morde lambe o sangue do teu amante a morte é sorte pra quem nada pode salvação deste coração seja a visão as palavras a canção minha prece oração loucura ódio prazer raiva desejo fazer ensejo pra tirana vida vai fica minha querida vês que louco sou solto bicho do mato quase morto por dentro meu remédio seu alento vem meu alimento mãe avó e filha e tudo a família brilha nessa trilha do caminho companheiro desatino desespero perca sem eira nem beira de nada só a cascata indecifrável louvável e amável geme treme eu sou teu amor monstro bicho solto filho pai irmão e toldo segura meu rosto que eu estou ficando louco,
Sem você.

Foto de M.Veríssimo

Tua Melodia

Foi-me trazida agora pelo vento,
a tua voz levemente sibilando…
num claro e cálido encantamento,
ao meu ouvido docemente ciciando...!

E contou-me histórias de encantar,
em viagens de sonhos vividos,
contos belos, contos de embalar,
pelas pequenas coisas transmitidos.

A tua melodia assim me envolveu...
fez-me partir, fez-me sonhar...
fui pirata, rei, bobo, ateu,

na musica que os meus sentidos revolveu.
E enfeitiçando-me obrigou-me a cantar,
a tua melodia, que do meu desejo nasceu.

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