Vida

Foto de Bruno Silvano

Amor de Primavera

Primavera, ahhh a primavera... Era meados do mês de setembro, a estação ainda era o inverno, mas os dias passavam de pressa e se aproximava da primavera, as temperaturas eram bastante altas para a época, soava um vento típico da estação, não um vento qualquer, mas daqueles que sopram sem rumo, que são abafado, que nos prendem e trazem uma serie de pensamentos, reflexões. Estava sentado ali em uma rede improvisada em meio a natureza na fazenda de meus pais, tentando a todo custo ler um livro sobre astronomia, mas aquele vento não deixava, foliava as paginas, e me sacudiam na rede, provocando um nó no estomago.
Era apenas um garoto de 15 anos, sonhador, pouco sociável, possuía vários amigos, mas muitas vezes me alta excluía, me sentia diferente por nunca ter “ficado”, com uma garota, não por falta de vontade, sim por muitas vezes ter sido rejeitado, ou talvez não ter feito nada certo, como geralmente acontece.
O vento varria as folhas das arvores, carregava os pássaros mesmo contra sua vontade para o norte, que mesmo sem saber seria o melhor lugar para eles, e o vento me fez refletir sobre todos os meus quinze anos de vida, sobre o que faria de errado de errado, sobre o vazio que sentia dentro de mim, me deixava ainda mais cabisbaixo, não sei de onde tirava forças de passar uma aparência de uma pessoa forte e feliz para os outros. O vento se intensificou e me recolhi para dentro de casa. Estava bastante cansado, o dia seguinte seria bastante corrido, logo fui dormir.
Acordei cedo, com o barulho do carro de som que anunciava sobre um festival de balonismo que aconteceria próximo a cidade na semana seguinte, para marcar o inicio da primavera, fiquei surpreso ao saber que o grupo de voluntários da ONG do hospital poderia entrar de graça. Meus pais já haviam saído para o trabalho, e meu café estava pronto no microondas, comi rápido e parti para o hospital, onde vestido de palhaço faria uma espécie de Standart Comedy em prol de ver ao menos um sorriso de esperança e felicidade e o brilho nos olhos, daquelas pequenas crianças, que faziam tratamento contra o câncer, essa satisfação não tem preço e com certeza era o que me fazia dormir em paz e dava força para continuar sorrindo.
Nunca esperei ser recompensado com meu trabalho, sim eu era sozinho, sentia falta de alguém para abraçar, beijar, mas mesmo assim mesmo entre trancos e barrancos conseguia ser feliz. Muitas vezes ainda chegava em casa e tinha que arranjar ainda mais forças, pois meus pais brigavam constantemente. Pouco sobrava tempo para conversar com meus amigos.
Os dias passavam muito rapidamente e comecei a sofrer com a mesmice da rotina, estava um pouco quanto animado para assistir ao festival, que aconteceria no dia seguinte, mas meus pais não concordaram muito com a idéia, meu pai chegou bêbado em casa e pela primeira vez bateu em minha mãe, fiquei completamente sem saber o que fazer, corri para pedir socorro, mas fui atropelado por uma moto, cai com tudo no chão, meus pais não reparam, apenas se entreolharam quando me viram chegar em casa com a perna quebrada. Nunca me senti tão mal quanto nesse dia..
O dia do festival havia chegado, havia me desanimado um pouco, mas fui convencido por uma amiga a ir.
Era o primeiro dia de primavera e as flores já haviam todos brotadas, eram um espetáculo de cor, perfume e harmonia, é a estação da magia havia chegado e eu ainda não tinha encontrado um par ideal pra mim, uma garota que me quisesse, me amargurei mas logo esqueci com os show que estavam por começar.
Não era muito bom em detectar cheiros, parecia uma rosa misturada com uma dama da noite, era um perfume irresistível, não percebi que vinha de um garota que estava atrás de mim, até esbarra-la. Estava vestindo a camisa do Criciúma, o maior time de SC, as cores davam ainda mais ênfase a sua beleza, não consegui falar nada, tinha medo de fazer tudo errado como de todas as outras vezes e deixar aquela guria espantada, o silencio foi quebrado por minha amiga, que nos apresentou.
Seu nome era Júlia, para mim a mais formosa flor do campo, tinha cabelos pretos, media perto de 1,60m, não era da cidade, mas também se fascinava por espetáculos. Seus olhos brilhantes me hipnotizavam, me chamavam a atenção. Não era perfeita, mas era a Garota ideal para qualquer garoto, esperta, cheirosa, linda, e ainda acima de tudo torcia para o Criciúma.
O dia foi passando e ficava cada vez mais encantado, não consegui para-la de olhar, de conversar, o papo se estendeu até o fim da tarde. Já temia me despedir e nunca mais vê-la.
O sol estava se pondo e deixava o céu cada vez mais tricolor, que se entrelaçavam com Júlia, o sol com seu sorriso, seu olhar, e o amarelo e preto com sua camiseta. Me considerei o cara de mais sorte do mundo, por ter passado ao menos um pôr-do-sol com ela, fiquemos bem agarradinhos, fiquei com medo de beija-la.. Não sei se terei outra oportunidade, mas rezo para que ano quer vem ela apareça nesse festival novamente.

Foto de Anderson Maciel

EM MOMENTO DE AFLIÇÃO

Em meus frios momentos de aflição minha pele já pálida demonstra o quanto eu estou em meu leito sofrendo solitário, mas com a certeza de que tudo isso me faz seguir em frente nessa curta jornada que me resta. A solidão tem sido minha companheira por todo esse tempo e tem me mostrado o quão bom é lembrar-se das tristezas, das ilusões e de tantas outras coisas tristes, afinal é graças a ela que vou me sentindo mais forte por pensar em sempre querer me aperfeiçoar vencendo dia após dia esse sentimento insano que corroí meu pequenino e finito ser... Minha vida tem sido sempre assim, os dias da semana todos tão iguais, pessoas tão idênticas em seus costumes e gestos que já não presencio mais a doçura de algo perpétuo e tão bom, porém contínuo seguindo e lá no fim vencerei a morte, pois ela não deve jamais ser vivida e sim vencida. Anderson Poeta

Foto de ushihaxandre

O CASAMENTO DE ADÃO E EVA

"Existem certas pessoas carentes de entendimento
Que acham que não foi Deus que criou o casamento
A principio lhes parece que não foi conveniente
Unir dois seres avessos, de fato bem diferentes
Mas nós que somos cristãos e temos boa memória
Conhecemos muito bem como surgiu essa história
Adão andava ocupado trabalhando com capricho
Se esforçando o dia inteiro pensando em nome de bicho
Era tigre, porco, tatu, macaco, alce, leão
Adão andava inspirado e foi mesmo abençoado com tanta imaginação
E é possível que o sujeito também tenha reparado
Que todo animal macho tinha uma fêmea do lado
E o Senhor demais atento sondando-lhe o coração
Sentiu que era preciso dar um fim a solidão e disse:
'Adão, filho querido, não quero te ver tão só. Far-lhe-ei uma companheira,
uma jóia de primeira, da costela e não do pó.'
E pondo Deus em ação aquilo que pretendia
Nocauteou o nosso Adão dando ínicio a cirugia
E Deus cerrou-lhe a costela pondo carne no lugar
E assim fez a princesa esperando ele acordar
Quando o varão despertou daquele sono pesado
O corte da cirurgia já tinha cicatrizado
Então, Deus trouxe a varoa e entregando a Adão
Ouviu um brado de glória e a seguinte exclamação:
'Ela é a carne da minha carne, ela é osso do meu osso'
E Adão foi prá galera e fez aquele alvoroço
A partir daquele dia o homem bem mais ocupado
Deixou pra trás muito bicho sem nome catalogado
E até hoje rola um papo machista e bem corriqueiro
Que o homem é mais importante porque foi feito primeiro
Algumas mulheres se irritam e afimam de arma em punho
Que a vida da obra prima vem sempre após o rascunho
Mas há também homens que falem e há quem acredite
Que Deus fez Adão primeiro para Eva não dar palpite
Mas isso é irrelevante para o sucesso da vida a dois
Para ser feliz não importa quem veio antes ou depois
Porque Deus fez tudo perfeito e discorde quem quiser
Mas o melhor da mulher é o homem e o melhor do homem a mulher.

AUTOR Pastor Claudio Duarte
ALEXANDRE FERNANDES

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 18

Essa lei que vocês inventaram e não seguem, essa lei que lhes dá armas e munições, essa lei que protege o próprio e individualiza o público, que generaliza, que almiranta, que inflaciona os narizes cheio que vocês desfilam madrugada afora, essa lei que discrimina em se fazer de vítima aquele que destrói, aquele que é doente em ser doente, aquele que faz sentido e coloca o alheio na reta, que suga os farelos e lambe os escapamentos, essa lei que obriga o vício, o sevicio, a democracia obrigatória e militante, a ditadura dos costumes, das repetições, de cada garrafa e cada cilindro, e cada pino ou pavio, conforme o seu vapor conformista, mutante continuísmo, egoísta, fascista em se olhar em espelhos que nunca se quebram mesmo sendo de vidro, a sua cocaína e as suas igrejas universais não me convencem do contrário, que vocês insistem em alegar favorável, eu não vou comprar um lugar nos seus camarotes, não vou recrutar mais meninos para a morte precoce, de não aproveitar a vida de forma simplória, descarregada, desencanada, desembriagada, a vida simplória de se saber que não é necessário encará-la dopado, que seu desempenho é o seu melhor, sem broxantes olimpíadas de masturbação coletiva, sem coleira e cartões de crédito, sem importâncias, sem barreiras para mostrar quem é certo e quem é errado.

Eis aqui minha plenitude.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Segredo

Se um dia me perguntarem
Se a vida tem um segredo
Responderei sem medo
Assim que eles se calarem:
O segredo é viver cada segundo
Como se fosse o primeiro
E tratar cada terceiro
Como se fosse o mundo

Foto de Anderson Maciel

DORES DA VIDA

Entre tantas dores da vida
vou tentando caminhar
nessa estrada perdida
querendo me encontrar

Junto a felicidade
carente pela saudade
desejo ser alegre
pelo poder da eternidade

Deixando assim a tristeza
que forte assola meu ser
me fazendo um menino
sem saber o que é viver. Anderson Poeta

Foto de Maria silvania dos santos

Quem sabe um dia eu possa me desperta!

Quem sabe um dia eu possa me desperta!

_ Hoje, muitas das vezes me decepciono por não ter o que desejo.
Mas quem sabe um dia eu aprenda que nem tudo na vida é como e quando desejamos...
_ Quem sabe um dia eu aprenda que as ilusões faz parte do que queremos, mas que nem sempre o recebemos e pode ser que a transforma de ilusões para desilusões...
_ Quem sabe um dia eu aprenda que as desilusões é conseqüências de nossos erros, e que não devemos neles persistir...
E quem sabe as conseqüências desistis erros, possa me fazer refletir e os mesmos não repetir, e que eu procure corrigi-los...
_ Quem sabe estas conseqüências sirvam de lissão e eu possa dar mais valor o que tenho hoje e não o que o outro tem,... Com elas eu possa perceber que o que hoje eu não tenho amanhã eu posso o ter, e que se eu não o ter é porque não é o meu merecer, mas que depois de amanhã quem sabe eu posso o ter...
_ Quem sabe um dia eu percebo que em tudo é primeiro a ação e depois a reação...
_ Que primeiro devo reagir e depois irei conseguir...
Mas que primeiro devo pensar como agir pois em conjunto virá a conseqüência...
_ Quem sabe um dia eu possa me desperta e começo agir como devo prosseguir?

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Diario de uma bruxa

Prisioneira de meus sentimentos

Sou prisioneira dos sentimentos,
aqueles do qual eu oculto em meu coração.
Tenho medo da saudade do tempo que terminou.
Muitas lembranças não me fazem bem, essas eu prefiro
esconde-las, ninguém precisa ouvi-las, delas sou prisioneira
e assim serei por toda vida.

Deby N. M. (Poema as Bruxas)

Foto de EsperancaVaz

EU...

Quero dos teus olhos
O espetáculo da alma
O ruminar da aurora
Do amor eterna flora
Ânsia dos suaves carinhos
Doces beijos em desalinho
Fogo, não de paixão
Que acaba em ilusão
Mas, o abraço verdadeiro
Afago de puro amor
Encontro de sonho dourado
Desejo que transpira calor
Traz ao meu colo vida
Em Deus teremos acolhida

03/09/2012.
poesia registrada
(Esperança Vaz)

Foto de EsperancaVaz

NÓS DOIS!

Igual a você sinto-me solitária
Navegando em cada linha imaginária
Sofro, perdida em cada noite
A vida virou arreio, é açoite

Apanho dos dias, das horas
Chicoteia-me o tempo sem demora
O pensamento dispersa no vento
Malho um coração de tormento

Espedaça a alma de agonia
Solidão fere, cria uma fantasia
Assombra os passos da poesia
Vivendo um destino certa ironia

Tão solitária tingida pela dor
Adormecida esperando terno amor

03/09/2012.
poesia registrada
(Esperança Vaz)

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