Vinte

Foto de TATIANE BERNARDES

EM POUCO MAIS DE VINTE QUATRO HORAS

EM POUCO MAIS DE VINTE QUATRO HORAS

Poucas foram as hora...
Em que sentimentos explodiram
Em que meu coraçao tentou se distanciar
Que te pedi pra sair da minha vida
E depois arrependida, ao amanhecer do dia seguinte, vislumbrei você deitado na minha cama...
E com um abraço apertado, ao seu lado, pedi em silencio, que ficasse ali e me fizesse feliz...
Em pouco mais de vinte quatro horas...
Provaste como você me quer...
E me fez entender...como eu quero tudo com você...

Como brincar de casinha, virou coisa seria...
No momento em que me peguei sentindo seu perfume na camisa esquecida...
E principalmente quando a minha cama ficou grande, vazia, sozinha...sem você...

Quando cada pedaçinho do meu corpo grita desesperadamente por uma caricia sua...
Quando esses dias, após momentos maravilhosos com você...me fizeram mimada e dependente do seu carinho...
Quando percebi que um fim de semana é pouco...pra matar, ou melhor pra viver tudo isso aqui estacionado...
E que se traduz em apenas uma palavra...Saudade...

Tatiane Coelho bernardes

Foto de José Manuel Brazão

Poesia e Paixão


Grande parte desta minha Vida tenho analisado o Amor em todas as suas vertentes!

Desde há vinte anos entrego-me ao próximo (ajudando quem quer ser ajudado), vivendo com paixão a todas as causas onde possa ser útil!

Existe ainda em mim o meu coração brotar amor por todos os que me são queridos!

O meu Amor é com luta, sofrido até à conquista!

Há poucos anos nasceu-me a Poesia e durante este tempo, no meu estilo simples mas autêntico escrevo as minhas preocupações, os meus sentimentos de paixão e amor, as angústias, as tristezas e os momentos felizes!

Tudo duma forma que quem me leia, se reveja nas minhas palavras, porque todos os textos contêm casos da vida de cada um de nós!

Na Poesia, a minha existe e por isso escrevi que as coisas eternas em mim
serão o Amor e a Poesia!

José Manuel Brazão

Foto de silviaraujomotta

1732-DEUSDEDIT ARAÚJO E MOTTA, Filho Amado aos 20 anos. Soneto clássico-decassílabo-sáfico-heróico-didático

1732-DEUSDEDIT ARAÚJO E MOTTA, Filho Amado aos 20 anos.

Soneto clássico-decassílabo-sáfico-heróico-didático
Por Sílvia Araújo Motta

Filho Deus(de)dit, em (ju)lho (vi) nas(cer!)
No dia (se)te um (brin)de o (faz) fe(liz!)
É inteli(gen)te, em (tu)do (vê) pra(zer)
Sabe o que (quer) e à (vi)da (só) ben(diz.)

Divino (Mes)tre, (que)ro (ver) cres(cer)
Toda a espe(ran)ça (que e)le (sem)pre (diz,)
Manter a (fé) que (vem) na (dor) faz (crer)
Na cari(da)de ao (ou)tro (tem) ra(iz.)

Estudi(o)so, a(mi)go, (bem)-a(ma)do,
Na Engenha(ri)a (cum)pre (car)ga ho(rá)ria
Vinte anos (con)tam (cer)tos, bom passado.

Bem promis(sor) fu(tu)ro es(tá a es)pe(rar,)
Feliz na (lu)ta, en(con)tra a (luz) do (di)a
No cora(ção,) so(men)te a(mor) pra (dar.)
-

Foto de silviaraujomotta

ENVELHECI SEM NOTAR (POEMA 1582) By Silvia Araujo Motta

ENVELHECI SEM NOTAR (POEMA 1582)

By Silvia Araujo Motta

Vejo nas folhas que caem
que o inverno vai chegar,
Nas estrelas que se apagam,
meu tempo de descansar.
Relógio?Desnecessário.
Valorizo minha hora,
no segundo extraordinário,
vivo pensando no “agora”.
Meio século de vida
e os sete cumpro a somar...
na música, amor, poesia,
Trago a missão bem cumprida
com metas, planos de um dia...
Nos sonhos e fantasias,
um trabalho útil, honroso
de incontáveis alegrias,
fez-me o mundo prazeroso.
Valores transcendentais
aos minutos cultivados
a buscar cada vez mais
espíritos elevados...
Ficarei “sex”? Pois sim!
Com perfeita lucidez?
SEXagenária? Ah! Sim...
Daqui a pouco é minha vez!
SEXOxigenada nos cabelos...
Mais adolescente, talvez...
A história de cada saudade
dos momentos e pessoas...
Olhos miúdos!!!!!Verdade!
Muito para recordar!
Tantos fatos! Coisas boas!
Na infância e maturidade!
Meus quinze ou vinte anos!
Milagres! Maturidade!
Recebi e dei nos carinhos,
amor, atenção, compreensão!
Trabalhei com inteligência,
para gostar do que fazia!
Filhos amados!...Meus amores!
Até netos... quem diria!
Lutei pra ter paciência!
Enfrentei tantos problemas!
Alguns conseguir vencer
pela Fé que me carrega.
Meu espelho interior
Diz-me até...que já cresci!
Da gravidez... na balança,
faço o parto da alegria...
Agradeço todo dia
a Deus, pelo meu talento,
pelo amor, pela alegria
e pelo conhecimento.
O sol nasce acima das nuvens
e a lua inteira brilha no lago
porque alta vive, a cada dia!
Envelheci e não vi...por isso,
começaria tudo outra vez.
Envelheci sem notar...

Foto de Kira

AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ?

AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ...?

Tormento...
As lágrimas correm soltas no seu rosto e misturam-se com a água do chuveiro.
Ela pode chorar; ali, os soluços abafados pelo barulho da água que caí e escorre pelo seu corpo, não são percebidos e quando sai do banho, ninguém nem sequer nota que chorou; se percebe, dissimula...
Um casamento de vinte e cinco anos...
Maristela recorda-se de quantas vêzes tentou sair deste casamento; sempre impedida por chantagens emocionais. Mais tarde vieram os filhos, o que dificultou mais esta atitude, embora ela tenha tentado pelo menos duas vêzes a separação depois dos filhos; a chantagem e a cobrança agora eram pior.
Viveu sua vida, criou os filhos, agora adolescentes, tentou reestruturar seu casamento... sem sucesso.
O tempo passou, a juventude ficou em algum lugar no passado.
Ela ainda quer ser feliz... Não quer magoar, não quer ser indelicada, mas não suporta a idéia de ter que sair do banho, pois alguém a espera afoito para tocar-lhe o corpo. Toque que machuca, toque que entristece...
Ela já conversou várias vêzes, expôs-se mas ele não quer entender... Isso a deixa mal.
Maristela...
Poderia ser Angela, Maria, Fátima... quantas mulheres não vivem esta realidade?
E não é por serem fracas, ou não terem coragem, muitas vêzes alguém pode dizer:” é só dar um basta!”
Não é tão simples!
A mulher digna, que quer manter sua dignidade, no mínimo muitas vêzes sem um emprego em que possa sustentar-se, quer ao menos ter como se “autosustentar”... pois no trajeto de sua vida, muitas vêzes deixou sua vida profissional para cuidar dos filhos...
Maristela é um destes casos.
Mulher bonita e atraente, teve a benção do Pai Tempo e da Mãe Natureza, não aparenta a idade, tem rosto e menina, corpo de adolescente...não quer sair para depender de outro ser que possa vir a ser seu novo “algoz”...
Quer ser livre, não para vadiar, mas para respirar livre, dormir tranquila... e se a vida a abençoar com um amor verdadeiro, poder desta vez ser feliz.
Maristela volta a sua realidade... antes de sair, faz uma prece, para que tenha forças para continuar e pede a Deus uma oportunidade na sua vida.

Kira, Penha Gonçales

Foto de TATIANE BERNARDES

EM POUCO MAIS DE VINTE QUATRO HORAS

Poucas foram as hora...
Em que sentimentos explodiram
Em que meu coração tentou se distanciar
Que te pedi pra sair da minha vida
E depois arrependida, ao amanhecer do dia seguinte, vislumbrei você deitado na minha cama...
E com um abraço apertado, ao seu lado, pedi em silencio, que ficasse ali e me fizesse feliz...
Em pouco mais de vinte quatro horas...
Provaste como você me quer...
E me fez entender...como eu quero tudo com você...

Como brincar de casinha, virou coisa seria...
No momento em que me peguei sentindo seu perfume na camisa esquecida...
E principalmente quando a minha cama ficou grande, vazia, sozinha...sem você...

Quando cada pedacinho do meu corpo grita desesperadamente por uma caricia sua...
Quando esses dias, após momentos maravilhosos com você...me fizeram mimada e dependente do seu carinho...
Quando percebi que um fim de semana é pouco...pra matar, ou melhor pra viver tudo isso aqui estacionado...
E que se traduz em apenas uma palavra...Saudade...

Foto de Osmar Fernandes

Aparição do Capeta

Certo dia, noite escura, num terreno baldio, próximo da Igreja Católica, três moleques levados pegaram uma abóbora e fizeram dela uma caveira... Fixaram uma vela acesa em cima de um toco e a puseram por cima. Ficou parecendo o demo, o capeta mesmo!
A missa acabaria às vinte horas. Os fiéis que passariam por ali, a pé, certamente a veria. A caveira ficou num ponto estratégico, bem na esquina.
O pessoal ao sair da missa, ao vê-la, gritou: “Valha-me Deus! Jesus tende piedade! Minha Nossa Senhora da Aparecida! Salve-me Senhor!
Foi gente pra todo lado... Os três capetas caíram na gargalhada... Quando o local esvaziou, saíram da moita e se depararam com um corpo estendido no meio da rua. Joãozinho, o nanico, gritou: “É dona Julieta! Ela tá mortinha da silva! E agora?! Estamos fritos!!!” Pedrinho, o gago, disse: “Vixe, agora lascou tudo!!! Vou deitar o cabelo!!!” Luquinha, o mala, disse-lhes: “Calma aí seus frouxos, ninguém viu a gente! Não vai nos acontecer nada!!! Ela morreu de susto! E daí?!... Vamos tirar a caveira dali e vamos embora.”
Feito leopardos esconderam os apetrechos do Demo e deitaram o cabelo...
Não demorou muito e a polícia chegou ao local. D. Julieta foi levada ao hospital, acordou do susto, foi medicada e falou: “Meu Deus o que era aquilo?! Eu preciso falar com o Padre Bento!... Era o Demo! Valha-me Deus!!!”
O médico e a enfermeira diziam para ela ficar calma porque na idade dela era normal ver coisa que não existe... Deram-lhe um calmante e a fizeram dormir até o dia seguinte.
A notícia ganhou a cidade que Dona Julieta tinha batido as botas... Os três capetas estavam assustados e escondidos nas suas casas.
O pai do Joãozinho disse para esposa: “Bem, Dona Julieta viu o capeta e morreu! Estão falando que o Demo veio buscá-la. Faladeira como é, não duvido nada... Amor, toma cuidado, viu!
- Tá louco, homem, eu não falo da vida de ninguém não!
O marido deu uma risadinha maliciosa e foi trabalhar.
O investigador de polícia fazia uma busca no local do crime e achou um chinelo de tamanho trinta três. Era a pista que tinha em mãos.
Chegou na delegacia e disse ao Delegado:
- Senhor, aqui está à prova do crime!
Dr. Clécio riu, e lhe disse:
- Quer dizer que o capeta esqueceu um chinelo e saiu correndo pro inferno! KAKAKAKAKAKAK (RIU TANTO QUE SE ENGASGOU...). Vá amolar outro, Cido! Tenho mais o que fazer nariz de Pinóquio! Cada uma que me aparece! Você não percebe que essa cidade está de perna pro ar... Se esse povo não melhorar Deus vai aniquilá-la assim como fez a Sodoma e a Gomorra.
O Investigador abaixou a cabeça e saiu chateado e pesou: “Vou pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó... Ateu eu não sou não, mas acreditar que isso é obra do Demo já é demais para minha inteligência.”
O Padre Bento assim que soube do acontecido entrou no terreno baldio e fez uma devassa, procurou por todo lado e achou a cabeça de mamão e a vela jogados debaixo dum pé-de-mato, e disse a si: “Eu sabia que não tinha diabo nenhum nessa história! Esse meu povo inventa cada uma! Perdoai-os ó Deus!!!”
Com a notícia da aparição do capeta a Igreja superlotou e o dízimo aumentou sobremaneira e o Padre ficou pensando se dizia ou não, no sermão, sobre a cabeça de mamão... Pensou... E, calou-se.
Os três capetas se reuniram e Luquinha disse:
- A velha não morreu... Com o susto desmaiou. Dona Julieta sairá do hospital hoje à tarde.
Pedrinho, o gaguinho, disse:
- Mas a polícia está investigando. O que nós fizemos é crime. Se a polícia descobrir quem fez isso, a cidade toda ficará sabendo... Nós vamos ser linchados!
Joãozinho, o nanico, disse:
- Eu sou coroinha, vou me confessar com o Padre Bento e vou lhe contar tudo. Se o meu pai souber disso vou levar uma peia, uma surra daquelas de tirar o coro.
Os dois amigos disseram juntos:
- Você não tá nem doido! O Padre nos mata!
Joãozinho:
- Eu tô com medo!
Os três amigos fizeram um pacto: “Nunca contariam sobre a caveira pra ninguém, levariam esse segredo para o túmulo.”
Joãozinho confidenciou: “Perdi um pé do meu chinelo, presente do meu pai, fui na data procurar e não achei. Temos que achar o chinelo logo.”
Os amigos não deram importância nisso e foram embora.
O investigador conhecia todo mundo da cidade, saiu de casa em casa perguntando se aquele chinelo pertencia a alguém daquela residência.
Luquinha ficou com os olhos estatelados ao vê-lo em sua casa perguntando à sua mãe se ela não tinha dado falta de um pé de chinelo.
Luquinha reuniu seu bando imediatamente e disse:
- Vamos roubar aquele pé de chinelo hoje à noite. Cido vai sempre jogar no Tunguete... Vamos aproveitar esse momento e vamos em sua casa buscar o pé de chinelo. Não tem outro jeito. Ou fazemos isso ou esse sujeito vai descobrir tudo.
O Delegado foi à Igreja e logo após a missa disse ao Padre Bento: “Padre o meu investigador tem uma prova cabal do malfeitor... Creio que dentro de poucas horas iremos elucidar o caso.”
- Meu filho, que prova é essa?
- Respeito-lhe demasiadamente Reverendo, mas isso é segredo de Estado, não posso dizer de jeito nenhum.
- Mas meu filho, eu sou o Pároco, pode me falar, vou guardar segredo... Quantas vezes você já se confessou comigo?!
- Padre Bento isso não é um pecado, é segredo profissional.
- Meu filho, eu lhe vi nascer, lhe batizei, lhe crismei, foi meu coroinha... Vai ter coragem de fazer isso comigo? Conta-me logo que prova é essa?!
- Conto não! Não posso!... O senhor pode falar sobre as confissões dos fiéis?
- Claro que não! Você tá doido, perdeu a cabeça. Jamais violarei o segredo do Confessionário. Exerço minha função com a fé em Deus e obedeço piamente com o que preceitua no CANON 1388 (1), que diz: O confessor que viola diretamente o sigilo da confissão incorre um sententiae (automática latae) excomunhão reservada à Sé Apostólica.
- Eu também não posso falar sobre essa prova! Não posso violar a confiança do meu investigador, estaria cometendo um crime.
O Delegado foi embora com a pulga atrás da orelha e pensou: “Por que tanto interesse do Padre nessa prova?!”
Paulinho viu seu filho descalço e lhe disse:
- Joãozinho, cadê seu chinelo? Já lhe dei de presente para não ver você descalço... Não ande descalço menino! Vá calçar o chinelo agora!!!
Joãozinho correu na casa do amigo e lhe pediu o chinelo emprestado, e Carlos lhe disse: “Mas você tem que me devolver logo, senão meu pai me dá uma surra se me ver descalço também.”
Pedrinho era muito religioso e naquele dia às dezessete horas resolveu se confessar com o Padre... Contou tudo e admitiu que estava com medo do investigador descobrir toda a história, porque seu amigo tinha perdido um pé do chinelo que ganhara de presente do pai.
Padre Bento pensou: “Mas Cido é ateu... Tenho que dar um jeito de calar a sua boca...”
O Padre arquitetou um plano e mandou o seu Sacristão chamá-lo, urgentemente... Rubens, o puxa-saco do Padre Bento foi à casa do investigador e disse-lhe:
- Cido, o padre Bento quer vê-lo, agora, já. Ele disse pra você ir lá, correndo, imediatamente, agora mesmo!
- Mas, que diabos o padre quer comigo? Num devo nada para Igreja... Nem em Deus não sei se acredito?!
- Não fala assim não rapaz! Deus é tudo e tudo é amor. O padre não tem diabo nem um. Vai logo e saberá. Quando o padre chama é como se fosse Deus nos chamando, né?!
- Fala pra ele que mais tarde eu passo por lá.
Dona Julieta visita o padre Bento e lhe diz: “Padre, eu nunca vi bicho mais feito no mundo que aquele. Era o Demo, o Demônio em pessoa!... Minha Nossa Senhora da Aparecida! Eu fiquei frente a frente com o Demo, Padre!... Eu já preparei uma novena. Vamos começar amanhã cedo... Padre, eu disse para os que me visitaram no hospital que se o Demo está nos visitando é porque estamos sem fé, é um sinal dos céus. Por isso vamos fazer a novena!”
Aquele acontecimento abalou a cidade. Nas ruas, nos bares, nas casas, nas roças, nas Igrejas, em todo lugar o boato corria solto: “O Demo está fazendo tocaia na nossa cidade!”
O Padre Bento ficou com a consciência pesada e pensou “Será que devo falar sobre essa história hoje na hora do sermão? Será que devo levar o assunto ao Bispo?!”
Dona Julieta foi rezar e depois foi para sua casa...
As Igrejas protestantes começaram a fazer cultos durante o dia todo. Até os ateus temeram... A cidadezinha pacata acordou... Era gente acendendo velas no Cruzeiro do Cemitério... Despachos nas encruzilhadas... Novenas... Enfim, os religiosos se mexeram de forma jamais vista naquele lugar. Em todas as Igrejas as oferendas aumentaram significativamente. O comércio de produtos religiosos vendia como nunca.
A palavra numa das Igrejas Protestantes era brilhante e dizia:

Ezequiel [Capítulo 28:13-18]

Tu estiveste no Éden, jardim de Deus ;cobriste de toda pedra preciosa: A cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até o dia em que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.

Mateus [Capítulo 4:1-11]

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então lhe ordenou Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram

E o pastor encerrava seu sermão dizendo: “Na casa do senhor não existe satanás, Xô satanás! xô satanás!”

O Investigador chegou à Casa Paroquial, adentrou, foi imediatamente atendido pelo Padre Bento que o levou ao seu escritório e lhe disse:
- Meu filho, eu lhe peço encarecidamente que pare com a investigação sobre a aparição do Capeta.
- Padre o senhor está me pedindo algo que não posso atender.
- Por que meu filho?
- Padre, eu quero pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó. Ela quase bateu as botas... Tenho certeza que não tem nada a ver com coisa doutro mundo. Isso foi coisa de moleque, de vândalo; brincadeira de mau gosto... Se não fizermos alguma coisa para punirmos esse tipo de “brincadeira boba, idiota”, ainda vamos perder um ente querido. O senhor não acha?
- Meu filho, nem tudo parece o que é. Deus tem desígnios que só pertence a Ele. Veja o movimento da nossa cidade!... O povo voltou à igreja, voltou a ter medo dos castigos de Deus. Isso vai fazer a criminalidade zerar. Nunca se viu tanta reza por aqui. O povo voltou a temer a Deus! Os meninos e as meninas voltaram para o catecismo. O fervor da fé voltou a tomar conta da nossa cidade... Nunca vi você na missa. Falam que é ateu... Mas, pare com essa investigação?
- Padre Bento, eu sou agnóstico... Não estou lhe entendo! O que tem a ver uma coisa com a outra?
- Meu filho, eu sei que você é um exímio Investigador de Polícia, mas essa história não pode ir adiante. Pare de investigar... Essa história acabou fazendo um milagre por aqui. O povo voltou a ter Deus no coração. Isso não é bom?
- Padre, eu acho que o senhor está sabendo demais... Já descobriu a verdade?
- Não!!! Vieram me dizer que você anda perguntando nas casas se alguém deu por falta de um pé de chinelo.
- É verdade! Eu achei um pé de chinelo novinho em folha naquele matagal, local do medo. Vi muitos pisados por lá... De pés pequenos... E, cheguei à conclusão que tem mais de um moleque envolvido nessa tramóia. Padre, eu vou achar o criminoso que quase matou minha avó, custe o que custar!
O Padre franziu a testa, várias vezes, e pensou: “Vou ter que falar com o superior desse traste e pedir para que o transfira daqui.”
O Investigador foi embora e não hesitou em dizer para o delegado sobre a sua visita na Casa do Padre:
- Doutor, eu estou vindo da casa do padre...
- Que diabos você estava fazendo na casa do Bento?!
- Eu fui lá porque ele mandou me chamar... Estranhei, mas... O senhor sabe, Padre é Padre, enfim.
- E o que a Igreja queria contigo?
- Só faltou se ajoelhar pra mim Doutor... Implorou para eu parar com as investigações sobre a aparição do capeta.
O Delegado coçou seus poucos cabelos da cabeça e disse: “Aí tem coisa!” E disse ao Cido:
- Você me traga o pé de chinelo e me entrega ainda hoje.
- Doutor ele está aqui na minha mochila, pega!
- Então essa é a prova que temos?... Pois é, a partir de hoje em diante essa investigação é minha. Você está fora desse caso. Vai cuidar de descobrir quem roubou o Jumento do Zé, que ele está me enchendo o saco e até hoje você não descobriu nada.
O Investigador de Polícia sem ter o que dizer, simplesmente obedeceu seu superior e saiu à procura do ladrão do Jumento...
O Doutor Clécio foi ter com o Padre Bento cinco dias depois e disse:
- Padre eu tenho a prova do crime aqui em minhas mãos e já descobri tudo. Vou prender quem fez isso.
- Doutor Delegado o senhor tem o quê em mãos?
- Eu tenho o pé de chinelo.
- Pé de chinelo!!! O que isso tem a ver com a aparição do Capeta?
Padre, isso tem tudo a ver! É a prova que não existe Capeta nenhum, isso provavelmente foi armação de quem não tem o que fazer na vida e fica assustando as pessoas de bem.
- Esse chinelo não prova nada. Qualquer pessoa pode ter ido naquele matagal e o esquecido.
- Será Padre?!
- Claro meu filho!
Padre, o senhor está muito interessado no encerramento dessa investigação, por quê?
- Não meu filho, eu não estou não! Mas, se você pensar bem, depois que viram o Capeta, a cidade melhorou muito. A Igreja não cabe de tanta gente nas missas. Não se falou mais de roubos, mortes, vadiagem, etc. Nunca vendeu tanto produto religioso como agora. Pense no sossego que nossa cidade vive hoje!
- É Padre Bento, pensado por esse lado o senhor está coberto de razão. Minha delegacia está um deserto, nem um B.O, nem de briga de casal. Nunca vi tanta calmaria em nosso Município.
- Então, pra quê elucidar esse episódio? Deixa o povo pensar que o Diabo está de olho bem aberto e bem pertinho de cada um.
- Mas, Padre Bento, o Capeta não anda de olhos arregalados pra todo mundo mesmo, doido para tomar conta da nossa alma?!
- Sim... Mas essa já é outra história...
O Delegado deu o pé de chinelo para o Padre e deu o caso por encerrado.
O Padre chamou Joãozinho e lhe deu o pé de chinelo e lhe disse: “Vê se não o perde mais...”
Os três capetinhas voltaram a participar assiduamente de todas as missas e a ajudar o Padre no catecismo.
Toda vez que o povo fraquejava, desanimava, deixava de ir à missa, a aparição do Capeta era automática.

Osmar Soares Fernandes

Foto de LU SANCHES

Ainda me lembro

Como você cresceu
Ainda me lembro
O dia em que nasceu

O mês era abriu
Domingo vinte e oito
Hora, foi as oito

Na infância que locura
Mas, qual criança
Que não faz travessura!

Hoje é uma mulher
Sabe bem o que quer
Como toda mulher

Seus olhos são verdes
Cor da esperança
Como sinto saudade
De quando Eu era criança

Essa sou Eu - Luciana Sanches!!

Foto de Felipe Ricardo

Dor

Sublime sensação que tu me
Propociona, me lembra um enorme
Apero em minha vida e essencia
Que em certos momentos faz meu

Cansado coração para e ficar
Morto na imensa dor que logo
Depois de instantes de forma
Terna e anestesica fico calmo
E espero por ultima lamina que
De maneira lenta e doloroza
Dilacera mi'alma e estilhasan-do-a
Em tantos pedaços que nem

Por vinte e tres vidas poderia me
Fazer completo novamente, pois
Minha dor se unta a minha nova
Vida e logo logo te vejo, minha dor [...]

Foto de Felipe Ricardo

Vinlancete Vinte e Tres

Por vinte e tres luas estive preso
Por vinte e tres palavras ditas
Por vinte e tres anjos que
Por vinte e tres versos tentei viver

Em vinte e tres versos vivi
Em vinte e tres vida comuns
De vinte e tres amores provei
De vinte e tres labios tirei
As vinte e tres vidas outra vez
As vinte e tres vidas me saudaram
E vinte e tres amores aqui deixei
E vinte e tres lagrimas derramei

Por vinte e tres minutos conversei
Por vinte e tres noites sonhei
Por vinte e tres luas te esperei
Por vinte e tres vidas te amarei

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