Xadrez

Foto de Zedio Alvarez

Xadrez é vocação...

Quando jogo uma partida de xadrez,
Transporto a minha vida para o tabuleiro,
Procuro tomar decisões a cada momento,
E que o meu erro seja sempre o derradeiro.

Mesmo que esteja errado
E o destino me leve ao Xeque Mate,
A minha vida dará oportunidade,
De redimir dos meus pecados.

O tabuleiro tem caminhos e variantes
Onde a cada partida ganho mais vida.
Mesmo com ela em xeque!
É só mais uma partida...

Nas situações momentâneas do jogo,
Temos que escolher um caminho a seguir,
Provocando a quebra de paradigmas,
Que na minha própria vida vou conseguir

Foto de Francisca Lucas

:. Despautério da Paixão .:

Que vontade louca
De te encontrar e te confessar
Todos os meus segredos
Falar dos meus sentimentos
Fazer todas as minhas revelações
Sem medo de censura e condenações

Tenho medo de falar
Deste sentimento
Sem o consentimento
Do meu 'bom-senso...

Pois acredito que falar de si
É como se despir...
E aí, tenho medo de não resistir
E me entregar sem você insistir.

Tenho medo de fazer
De ti o delegado da minha vida
E depois ter que aceitar
Você me dar voz de prisão
Abusando do seu poder
Dizendo ser dono do meu querer
Algemando estê impetuoso coração
Me jogando atrás das grades
Do teu poderoso comando.
Me sujeitando as migalhas
Deste teu amor bandido
Sem direito a visitas
Exceto algumas vezes aceitar
Tomar contigo um copo de vinho
Fazendo um daqueles joguinhos
Programado por ti,
Me fazendo presa fácil:

De joelhos aos teus pés,
De boca aberta
Toda sedenta
Na mira do teu revólver,
Recebendo assim um xeque-mate
No xadrez das tuas fantasias.

Foto de Zedio Alvarez

Sarau dos Poetas

Chamaram-me para uma festa
Onde só tinha figuras ilustres
Fui a todos, apresentado
Fiquei feliz por ter sido convidado

Castro Alves me chamou para ir ao cais
Bradou!: “Navios Negreiros” ainda existe e vai chegar
Monteiro Lobato me fez um convite:
Vá ao "Sítio" me visitar

Vi José de Alencar
Com sua linda “Índia Poty”
Ele pediu a Carlos Gomes
Para entoar “O Guarany”

Machado de Assis, falou: Alvarez!
Vamos jogar uma partida de xadrez
Cecília Meireles perguntou:
Porque escreves tanto sobre amor?

Julio Ribeiro se explicou
Da realidade da “Carne”
Vinicius de Moraes, me interpelou
Itapoan ainda tem tarde?

Gonçalves Dias trouxe um vídeo
Mostrando uma floresta com palmeiras.
Ouvindo os cantos dos sabiás
Há! que saudades dos tempos de lá

Encontrei-me com Cora Coralina
Ela sempre sorridente
Ficou muito emocianada quando confidenciei
Que era filho de Petrolina

Olavo Bilac, dando autógrafos, recitou:
“Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício”

Quando terminou o sarau
Todos vieram me cumprimentar
Falaram que já iam voltar para o além
Convidaram-me para ir também

Subitamente acordei,,,
Conectei “Poemas de Amor”
Na página principal tinha uma mensagem
Dos nossos mestres Junior e Fernanda , que dizia:
“Continue entre nós falando da arte do amor”

Foto de Zedio Alvarez

É o Xadrez!

Comparar xadrez com jogo
É afirmar que o amor existe
É dizer que amo você
É lutar pra sobreviver

A vida é um xadrez
Agente joga de quando em vez
Temos que seguir um caminho
Mesmo que contenha espinho

Xadrez é uma ciência
Disso tenho certeza
Pois envolve estudo
Tem que ter destreza

Como na música, xadrez é sintonia
Tem que haver harmonia
O plano é elaborado
O resultado é comemorado

Dou show dentro dele
Que até a Deusa duvida
Xadrez é uma arte
Mas não sou um Mártir

Por favor! Aprenda xadrez!
Você não será um solitário
Pois fiquei sozinho um dia
E a rainha me fez companhia

Sou professor de xadrez
Direciono crianças pra lida
Jogo sempre com altivez
Só não posso virar freguês

Xadrez é parte de minha vida
Sempre encontro uma saída
Acredite em mim pessoal
Tudo que escrevo é real

Foto de Zedio Alvarez

Amor no Xadrez

Jogo xadrez há muito tempo
Tenho uma estória pra contar
Sei que todos vão duvidar
Mas o importante é que eu estava lá

Certa vez jogando xadrez
A dama tomou forma humana
Convidou-me para jogar
E de cara aceitei para lutar

Confesso que nunca vi nada igual
Estaria eu no espaço sideral?
Temos que sempre considerar
Que a mulher pode nos derrotar

A vitória é normal
A derrota é anormal
Poderíamos empatar
Não ficaríamos tão mal

Quando a batalha começou
Não é que ela me beijou
E a guerra continuou
Propus um empate, ela aceitou

Começamos outra partida
Desta vez no castelo do amor
Dentro de um principado
Eu sendo o rei daquele mundo encantado

A esta hora da noite
Tinha que estar em casa
Junto com a minha esposa
Devia estar preocupada

Olhei pro relógio, e falei
O que estou fazendo aqui?
Ela então me respondeu, o destino quis assim
Dê xeque mate em mim!

Continuamos jogando
Num tabuleiro de almofada
A briga foi acirrada
Até a alta madrugada

Ao amanhecer cheguei em casa
A digníssima me interpelou
Dormindo fora de casa outra vez???
Respondi: “Estava jogando xadrez”

Não é que fiquei viciado
Todo tarde de sábado
Com um calor escaldante
Jogo sempre com a minha amante

Foto de Samoel Bianeck

A Montanha

I
Na frente o mar; dos lados vou nadar - sair e a montanha olhar.
Quero abraçar, alta o céu vai arranhar - a mim abençoar.
Lá vou chegar, montanha sei te amar - teu cume quero alcançar.
Com um véu te coroar, Cristo não mais crucificar - lá vou rezar.
Alguém acompanhar, ninguém desolar - e talvez desposar.
II
Fugir da maldição, ganhar saúde no coração - gritar para o irmão.
Na montanha tem o leão, o tigrão - lá no alto frutas e limão.
Me erguerei em ascensão, terei o céu na mão - para Eva serei Adão.
Com ela jogarei xadrez e gamão, esquecerei o pão - serei um bebesão.
Nasce no coração, amor uma boa aflição - não pare quero continuação.
III
Me cobri com seu manto, senti seu pranto - no entanto.
Não almoço mas janto, esqueci o desencanto - ficarei não sei até quando.
Para chegar esperei tanto, agora da manhã levanto - olho sem espanto.
Não mais tenho quebranto, rezei já sou santo, posso voar - até canto.
Repouso no recanto, aqui falo esperanto, árvores me entendem - é um encanto.
IV
Montanha faça jus, mostra tua verde luz - para o alto me conduz.
Tua força me induz, sonhos que produz - já não sou avestruz.
Fez leve minha cruz, não uso capuz; saro com ervas - há mentruz.
Subo a pé sem bus, não tenho status - até vivo com os jacus.
Oro a Jesus, no alto há uma luz - só o bem se traduz.
V
Montanha, você sempre me apanha - a fé é tamanha.
Sem artimanha, acolhe a pomba e a aranha - lá tem castanha.
Água pura é champanha, não se faz barganha - tudo é façanha.
Canto, ouço a Betanha, a garganta não aranha - nem a voz fica fanha.
Eu vou, alguém me acompanha? Ela vem e me ganha - meu braço apanha.
VI
Sempre jovem menina, dentro guarda uma mina, fora - muita adrenalina.
Tua cor ilumina, tem verde e albina - ser sábio me ensina.
Não tem dor nem angina, és nua sem batina - não usa gás ou benzina.
Parada é bailarina, sem sapato ou botina - não é santa nem cafetina.
Parece pequenina, mas é sábia e divina - tem uma lá na esquina..

VII
Inicia a jornada, lá em cima ela fica amedrontada - está paralisada.
No meus braços se vê abrigada, quieto, não digo nada - está gelada.
Tonta e assustada; mas olha apaixonada - se sente desarmada.
Presa fácil será atacada, parece machucada - vai ser desnudada.
Não quero mais nada, estás nua quase pelada - vai ser amada.
VIII
Sou o Maomé que vai, a faço tremer mas não cai - feliz grito "ái".
Outros gritam "uái", ela grita mas não sai - no Japão a gueixa e o samurai.
Filho onde vai? A procura de Adonai, peça por mim – pode ir que não cai.
Lá de cima gritai, ou como um pai - com voz suave falai.
Sobe num bonsai, assim você não cai, mas deste lugar - vê se sai.
IX
Teu solo é sagrado, lá Ele foi crucificado - mas não ficou calado.
Teu semblante abalado, deve ao alto ser lavado - bons ares respirado.
Lá não tem dor nem machucado, ninguém é magoado - o espírito é elevado.
Vai; seja abusado, só ou acompanhado, não seja Maomé - nem enjoado.
Não fique parado, te cuidada no cerrado, nem sempre - abra o cadeado.
X
Subir é lendário, suave calvário - lá terás o imaginário.
É um grande cenário, onde tudo é voluntário - nada arbitrário.
Saia do armário, você é o beneficiário - libere o peixe do aquário.
Pobre ou bilionário, esqueça o calendário - ou o crediário.
Ele não vai; deixe o otário; o livro, o dicionário, a escola – e o secundário.
XI
Tem perfume de flor; muito gosto e sabor - lá nasce o amor.
Ele é seu admirador, ela só quer amor, respirem - não tem filmador.
Seja na terra nadador, a seus pés um orador, escute - só faça amor.
De paquerador vira professor, o surdo ouvidor - adeus falso pudor.
O retrógrado vira inovador, o desiludido sonhador - o fraco tem vigor.
XII
Vem cá, traga um parente, aqui não é frio nem quente – só passe um pente.
É verdade, há quem não agüente, K2 não é para gente – mas não invente.
Do sofá levante, tome coragem e vai avante – da altura não se espante.
São amigos, ratos e elefantes, tem mais velho e infantes – nada é oxidante.
Pega um barbante, coloca um pisante – esqueça tudo dantes.

XIII
Esqueço a monotonia, trago uma companhia – na rede vivo uma poesia.
Tenho tudo que queria, fugi do que é fria – abandono quem me angustia.
O som não tem cacofonia, foi embora a azia – tirei uma radiografia.
Muito de bom não conhecia, agora estudei geologia – sem querer teologia.
Antes, todo dia, acho que um pouco morria – por muito pouco sofria.
XIV
Da montanha vejo o sul e o norte, não se pensa na morte – me sinto muito forte.
Toda hora é um esporte, nada que muito importe – acho que tive muita sorte.
Às vezes recebo um reporte, vem de aerotransporte – pede palavras que conforte.
Pode vir quero passaporte, carrego faca de corte – tenho um braço de porte.
Montanhismo é esporte, escalar é pra forte - difícil é o vento do norte.
XV
Sou lobo da montanha, só uma loba me ganha – um poeta da montanha.
Segui a sermão da montanha, fugi da maldição da montanha
– e senti a tentação da montanha.
Como lasanha, as vezes piranha – só quando me assanha.
Ganhei muita manha, agora picanha - só sem banha.
Tua imagem a terra banha, a sombra te apanha – vem pra montanha.
Esta é a manha; passar 40 dias e 40 noite no alto da montanha e...
– aceitar a tentação da montanha.

Foto de Graça-da-Praia-das-Flechas

JOGO DE XADREZ

Pouco me importa se te importas,
Se estás a procurar,
Uma fêmea diferente,
Para teus desejos satisfazer...
Pois Amar tu não conheces,
Tu apenas estabeleces,
De qual mulher chegou a vez,
Para mentir e envolver,
Esteja ela em qualquer lugar...
Tens uma alma leviana,
E vives a proclamar,
Desejos pérfidos,
Para qualquer mulher...
A que cair em tua trama,
Desta eu tenho pena,
Irá sofrer mais,
Que Maria Madalena,
Que na Bíblia Sagrada,
Foi considerada Prostituta,
Chamada por todos,de puta...
A mim não pegas mais,
Teus truques, conheço todos,
Me nego a fazer parte,
Deste teu ridículo jogo...
Não sou peça de xadrez,
Que garanto não sabes jogar,
Pois senão entenderias,
Como à Rainha, manipular...
Fiques então,
Com a mulher dama,
Prostituindo tua cama,
Eu vou seguindo em frente,
Procurando um homem sem alarde,
Que tenha objetivos em mente,
E seja um macho de verdade...
Sou mulher guerreira,
Tenho medo de luta não,
Venha ela de um ratinho,
Ou mesmo de algum LEÃO !!!
Sou do signo do FOGO,
Estou sempre ardendo, em chamas,
Mas, nego-me a ficar de novo,
Contigo em tua cama...
Desça minha Lua Feiticeira,
Derrame sua luz prateada,
Sobre esta mulher faceira,
Purifique-me de todos os pecados,
Que fiz, com este homem matreiro...
Nasci para reinar,
Ter poder absoluto,
E não para ser serva,
De um homem dissoluto...

Direitos autorais Reservados

NITERÓI - RJ

Foto de hanjo

O que fazer...(Hugo Christiano)



Uma reflexão sobre o amor.

Como pode uma coisa ser tão extremista quanto a paixão? Em um momento você se sente hipnotizado, diz coisas bonitas, que saem realmente do seu coração. Em outros sente que se comportou como um típico idiota. Não consegue comer, não consegue dormir, porém sente-se tão fraco que a cama se torna sua companhia. O que ontem te fazia divertir, o que te trazia conforto e o que não era importante, são as coisas que não te atraem, que te traz dor e que se tornaram sua vida. De uma hora para outra você se torna um vegetal, sem consciência da realidade, imóvel, viajando a mil lugares, imaginando mil situações, e pensando em uma só pessoa. Se pelo menos soubéssemos o que fazer, e como fazer. O cérebro cultiva um misto de auto-estima com insegurança verdadeiramente infernal. O que se passa pela mente dela? Será que em um ínfimo lugar nos seus pensamentos destina-se a mim? Será que ao menos sente um milionésimo do que há em um milionésimo do meu coração? Ah certamente que não, seria sentimento demais, suficiente para trazer lúcifer de volta a Deus, ou fazer com que este desça para beijar seu anjo outrora mais amado. Minha cabeça roda, roda, roda, e não consegue sequer saber o que expressar quando na presença dela. Quanto mais saber como ter a presença dela... É como se sentir um desarmador de bombas, um pequeno erro e tudo pode ir por água abaixo. E como eu erro, se pudesse refazer minhas palavras mil vezes, ainda acharia que a estupidez estaria do meu lado. Eis que surge em sua frente a solução. Veja-a ao seu lado, linda, efêmera, com os olhos de estrelas e o brilho do luar. Veja-a com sua pele de veludo, seu toque de pluma e jeito encantador. Veja-a com seu beijo que traz luz e salvação, traz esperança e principalmente amor. Veja-a e seus pensamentos se tornarão tão claros quanto a teoria da gravidade, você cairá de amor. A sua vida vai finalmente parecer ter um sentido, uma finalidade, a esperança inunda as expectativas de seus dias tristes, e a felicidade a comemoração de dias alegres. Mas por que eu escrevo isso? Por que não posso falar, ou não consigo. Como numa jogada de xadrez você não mais sente nada do mundo externo, suas emoções se interiorizam e se ganham uma magnitude fora de seu controle. Meu sistema nervoso é incontrolável perto dela. Suas mãos, seus pés, perdem seus lugares característicos. Meus olhos dizem o que não ouso dizer, e minha boca somente pronuncia palavras desgarradas sem sentido, e sem essa carta, não conseguiria me expressar. Amanhã? O amanhã a ela pertence, amanhã eu posso estar curado, ou em estado terminal, dessa doença que se chama amor. Mas convenhamos, como eu queria morrer de amor...

Hugo Christiano

Foto de Patrícia

Pragas se orar mais por uma dama cruel (D. Tomás de Noronha)

Não sossegue eu mais que um bonifrate,

De urina sobre mim se vaze um pote,

As galas, que eu vestir, sejam picote,

Com sede me dêem água em açafate.


Se jogar o xadrez, me dêem um mate,

E jogando

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