4º concurso

Foto de Carmen Lúcia

"Minha rua"

Lá na minha rua eu podia ser tudo...
Bandida, mocinha, princesa, rainha...
E quando vencia qualquer brincadeira,
Eu era aclamada de "a heroína"!

Lá na minha rua eu podia ser tudo
Ter asas, voar, ser um passarinho...
Em árvores pousar, construir o meu ninho,
Cair, machucar e voltar a sonhar.

Ser bruxa malvada, uma feiticeira,
Pular e gritar ao redor da caldeira
Ver olhos de espanto de uma criançada,
Fugindo correndo da tal caldeirada.

Lá da minha rua eu podia ver tudo,
Um céu pintadinho de estrelas-cadentes,
A lua pertinho do final da rua,
Piscando, sorrindo, mostrando-se nua.

Lá na minha rua deixei registrada
Uma infância feliz, onde podia tudo,
Rua de pedrinhas, de luz, de brilhantes...
Rua dos meus sonhos, meu marco, meu mundo!!!

Foto de carlosmustang

"ESTAVA VIVO..."

Levantei-me bem cedo,
Ao primeiro passo um desejo,
De chegar ao meu destino
E tocar o meu caminho...

Porque minha rede é comôda
E eu posso usufrui-la
Até quando quiser
Os tempos não me afetam!

Mas de "papo pro ar"
Não deu muito certo
Precisei levantar...

E tudo que não construi...
Acabou-se meus sonhos
E ali, terminou-se.

Foto de NiKKo

Lamento

Estou tentando sobreviver sem você,
mas o vazio que você deixou, me machuca.
Busco no dia a dia motivos para viver,
e confesso que encontrar motivos para sorrir, é minha luta.

Mesmo entre amigos eu me sinto só.
Embora eu finja para todos que consegui te esquecer,
mas quando me vejo sozinha, em meu quarto, eu choro,
minha vida sem você, para mim não é viver.

Por recordar os momentos felizes que tivemos,
muitas vezes eu passo a noite sem poder dormir.
E na minha insônia recordo cada segundo ao seu lado
e na minha angustia a sua voz eu queria ouvir.

Muitas vezes eu me vejo com o telefone na mão,
e disco seu numero embora saiba que não vou esperar,
sei que vou desligar antes que você atenda,
afinal eu não saberia nem mesmo o que falar.

Eu poderia lhe dizer: Estou com saudade!
Quem sabe falar da falta que você me faz,
mas tudo isso seria inútil eu reconheço.
Sua decisão já foi tomada, você não iria voltar atrás.

Por isso só nas poesias eu admito que sofro,
porque através delas, eu sei que você vai entender,
que nas entrelinhas de meus versos e minhas rimas,
é para você que eu digo: Não consegui te esquecer.

Desta forma eu me exponho e me revelo,
como um coração que não renega seu bem querer.
Sofro porque te amo e sinto sua falta,
e embora distante, amor, eu não consigo te esquecer.

Sei que muitos irão ler esse meu lamento
e dirão: Todo poeta escreve poesias falando de dor.
Mas a angustia que fere meu coração, cala a minha voz.
Sangrando no papel, e traduz em palavras, o meu amor.

Foto de NiKKo

A historia do vento.

Meus amigos prestem atenção nessa história
Que um dia um Bobo da Corte contou
Ele dizia que era o preferido da Rainha
E que iludido, por ela se apaixonou.

Esse Bobo da Corte cantou versos de amor por ela
Fez poemas que onde falava de sua grande paixão
Todos riam dele e o pobre coitado nem notava
Que para a Rainha ele era apenas diversão.

Em sua fantasia o Bobo da Corte nunca esperava
Que a Rainha, com seus sentimentos estivesse a brincar.
Afinal ele era puro e inocente nas coisas do coração
Que tudo era mentira, o coitado não podia imaginar.

E quando a Rainha se cansou da brincadeira
E disse que o Bobo da Corte este era pretensioso ao supor
Que uma Rainha tão bela, carismática e faceira.
Fosse realmente dar a ele o seu amor.

O Bobo da Corte não acreditou e chorando,
Fugiu do reino levando consigo marcas de seu tormento
E nas noites ao longe todo o reino ouvia
Um cântico dolorido que mais parecia um lamento.

Depois desse dia ninguém mais viu o Bobo da Corte
Embora nas noites escuras sua voz pudesse ser ouvida
Que sendo levada pelo vento, atravessou mundos distantes,
Indo acordar uma Fada que de saudade vivia adormecida.

Essa Fada se apaixonou por aquela voz tão triste
Que saiu voando em sua direção para encontrá-la
E quando se deparou com o Bobo da Corte se fez a mágica
Pois o Bobo da Corte ficou apaixonado ao olhá-la.

Assim ele pediu a Fada que lhe concedesse um desejo
E que transformasse sua dor e seu lamento,
Em algo que lembrasse a todos sua dor
E ela o transformou em brisa... em vento.

Assim hoje quando ouço o vento lá fora
Eu me deixo por ele ser acariciada
Pois sei que essa é uma história como a minha
De alguém que muito amou, mas não foi amada.

Foto de Maria Goreti

Despertar em Si Bemol

Despertar em Si bemol,
Ao som do saxofone,
Vontade de dormir,
Solfejar Dó, Ré, Mi, Fá Sol, Lá, Si.

Depois, no Boteco da Lalá,
Tomar uma cervejinha,
Comprar limão e cachaça,
Para fazer caipirinha.

Aranha
No telhado
Tece suas teias.
Perfeita fiandeira!

Borboletas no jardim,
De cores bem variadas,
O canto do Bem-te-vi,
No findar da madrugada.

Nada é mais emocionante,
Como ao som de alto-falante,
Solfejar Dó, Si, Lá, Sol
E despertar em Si bemol!

©Maria Goreti Rocha
Bragança/Santa Leopoldina/ES - 28/02/06

Foto de Maria Goreti

ELE SE FOI...

A poesia bateu asas, voou.
Meu poeta foi-se embora...
Está poetando por aí.
E eu...
Olho o céu...
Busco encontrá-lo,
Além do infinito.
Quem sabe, um dia,
Nossas asas se tocam?
E nesse dia,
Gotas de amor
Pingarão sobre a Terra,
Salpicando de estrelas
Vastos campos
Em flor.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 28/06/07

Foto de jlp

Não sei ser sem ti.

Não sei ser sem ti.
Não consigo existir em ti.
Odeio-te
Na inquietação de mim,
Adoro-te
Na complexidade que atenuas.
Estou em ti
Quando me sinto
Na distancia de ti
Infinito que sou
Presente que transporto
Num tempo sempre longe
Que procuro destruir.
Medo, distancia, incompreensão
Nego ou assumo
Mágoa
Descodifica-me em ti.

Foto de Pagan_poetry

Corpo esquecido

Corpo esquecido

Libertem-me
Desta liberdade estigmatizada
Que apregoa nas esquinas
Um corpo que se vende
A uma prostituição
De vícios perniciosos.
Saciam a vontade
Da insatisfação prematura
De quem não encontra
Aquilo que procura.
O infortúnio encosta-se
Em bustos maquilhados
Que disfarçam
Os brutais bocados
Dissimula-se o prazer
Em busca de uns cambiados.
A rotina repete-se
O corpo embranquece
Fecham-se as portas
Já ninguém se lembra dela
Naquele sobe e desce
Onde o cheiro da podridão
Explora o sadismo
Dos vagidos promíscuos
Das corjas da solidão...

Foto de Carmen Lúcia

Mulher de Malandro

Já chega!
Cansei-me de tuas mutretas
Enfáticas ladainhas:
“-Oh, minha princesa!
-Ah, minha rainha!”
Basta de enrolação,
Do harém és sultão
E dizes que sou a única!

Tô farta de tuas escapadas,
Tuas derrapadas,
Desculpas esfarrapadas...
Tu juras que andas “na linha”
Sei das “entrelinhas”,
Que ficaram marcadas.

Ainda sinto aquele desejo
Que entre “tapas e beijos”
Tentei sufocar...
Talvez, mesmo sendo enganada,
Ainda esteja apaixonada
Tendo que disfarçar...

Fartei-me de tuas facetas
Palavras fajutas
Juradas em vão...
Tô fora!Desistindo da luta,
Já tô indo embora...
Pra mulher de malandro
Não tenho vocação!

Foto de NiKKo

Uma confissão.. um pedido.

Volto aqui após tanto tempo ter passado,
confesso que nas estradas que eu passei eu senti
que mesmo tentando te esquecer você estava tão presente
que era inútil eu tentar para todos mentir.

Eu vaguei por caminhos incertos e escuros,
confesso que a solidão era a minha companheira fiel.
Que muitas vezes eu me peguei soluçando teu nome,
porquê na minha alma o vazio que eu sentia era cruel.

E hoje volto aqui contando meus passos,
trago meu corpo cansado e o rosto mais envelhecido.
Mas meu coração reencontrou uma antiga calma,
talvez por ter aceitado que eu não tinha lhe esquecido.

Eu confesso que entreguei meu corpo sem paixão,
que por vezes me deixei levar por falsas promessas de amor.
Pois buscava em corpos estranhos matar em mim o desejo
que fazia sentir meu coração vazio de alegrias e cheio de dor.

Eu busquei em vão trilhar minha estrada solitária
em meu vôo vi terras e mares distantes e belos.
Mas as belezas lá não tinham nenhum significado pra mim,
afinal aqui está tudo o que sonho e o que mais quero.

Por isso eu estou aqui na sua frente e me confesso
tal qual um pecador carente de consolo e perdão,
confesso-te que sem você sou menos que nada.
sem você não tenho rumo, norte ou chão.

Por isso mesmo que você não me queira,
eu não vou esconder o amor que sinto em mim.
Confesso que estou aqui por te amar demais
e para te pedir....... volte amor..... volte pra mim.

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