Poemas Inéditos para Colectâneas

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BELEZA

BELEZA
Coração, estás tão quieto, tão calado!
Indiferente à vida, à emoção!
Não exultas com a beleza que há nas flores,
Não enxergas o mundo e suas cores,
Por que tanta tristeza, coração?

Se o amor já se foi, tu estás vivo.
Procurando tu encontrarás motivo,
Para sorrir, para viver, para pulsar.
Amor? teremos outro, eu te garanto!
Sorria para a vida, seca esse pranto
Que meus olhos estão cansados de chorar.

Sabe, coração, eu acredito
Que o amor que se foi, foi tão bonito
Não merece ser lembrado com tristeza.
É normal sofrer um pouco, ter saudade,
Mas um amor que só viveu felicidade,
Tem que ser eternizado com beleza.

MARSOALEX

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SE EU MORRER AMANHÃ

SE EU MORRER AMANHÃ
O que acontecerá se eu morrer amanhã?
Será que o mundo sentirá a minha falta?
Eu não sou famosa,
Sou totalmente desconhecida pela maioria,
Mas tenho certeza
Que não sou insignificante.

Sei que serei chorada,
Lembrada e nunca esquecida.
A vida continuará para todos,
Mas o meu lugar no mundo
Ficará vazio,
Porque ninguém poderá me substituir.
Eu continuarei aqui
Na lembrança daqueles que me amaram.

Não tenho medo da morte,
Ela é inevitável.
A minha única certeza,
A estrada que terei que percorrer sozinha.
Todos que eu amo, todos que me amam
Terão que ficar, enquanto eu irei
Para a minha última morada,
Lá, além do que eu posso imaginar...

MARSOALEX

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ESPERA

ESPERA
Espera...
Deixa o tempo passar
Que no passar do tempo
As coisas se alinham,
As dúvidas se dissipam,
A verdade aparece,
Tudo se esclerece.

Espera...
Não existe crescimento sem tempo.
Tudo tem sua hora certa,
Seu momento exato
E a vida converge para o insight.

Espera...
Para que correr?
Deixa que a vida corra,
Que o mundo corra,
Que o tempo corra,
Pois, se correres adiante da vida,
Do mundo e do tempo,
Nada aprenderás!

Estarás tão compenetrado
Em chegar a algum lugar,
Que não verás o caminho percorrido,
As lições ao longo da estrada,
A importância dos percalços,
Ou as indecisões das encruzilhadas.

E no final da história
Não terás aprendido a viver,
Porque na pressa pela busca do amanhã
Não viverás a beleza do hoje.
Desse hoje que
Nunca mais poderá ser revivido
Espera...

MARSOALEX

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CONVENÇÕES

CONVENÇÕES
Como é difícil para certas pessoas, se abrirem para o amor sem rótulos, sem lugar específico, sem sentimento de posse. Um amor que não tenha um lugar comum numa concreta vida a dois. Para estas pessoas, o amor tem que ser tecido num altar com a "benção de Deus" e a "aprovação dos homens", ou então, mesmo sem essas coisas, ele precisa do apoio de uma vida cotidiana,onde se possa dizer meu marido/minha mulher, meu amante/minha amante, algo onde esse sentimento de posse seja personificado e vivenciado numa vida em comum, estável, aceita por todos para que possa ser aceita por ela mesma.
Essas pessoas não abrem mão desta estabilidade e se negam a amar fora desta condição, porque se fazem de cegas para as evidência e de surdas para aos apelos do amor, por não acreditarem que o amor possa viver independente do aconchego do abraço na hora de dormir, do calor do corpo na volúpia do sexo no afã do desejo, e sem essa estabilidade de ser um casal, um par, amantes, com direito a filhos e a certeza do dia seguinte. Embora elas saíbam que o amor tem laços invisíveis, que se tecem sozinhos independente de nossa vontade, elas não sabem ( ou fingem não saber) que ele não precisa de uma situação, de uma condição específica, para viver muito além de um rótulo e do muro de uma vida cotidiana. Porque o amor não é uma condição que a sociedade impõe, mas um sentimento que não se submete a nenhuma condição a não ser a condição de amar.
E assim, essas pessoas por medo de se prenderem ou de sofrerem, perdem a única condição de se tornarem livres: amar. Talvez, por não compreenderem ou não aceitarem que quando o amor é verdadeiro, não é necessário ter essa condição convencional, para afirmar ao mundo dizendo: minha namorada/meu namorado, meu marido/minha mulher/, meu amante/minha amante, quando dizer para si mesmo simplesmente o homem/a mulher que eu amo, é suficiente.

MARSOALEX

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COMO SEMPRE

COMO SEMPRE

Quando vim para a tua vida, não vim com a condção de ficar nem de ir embora, vim como sempre faço, só com a condição de amar.
Quando cheguei não te pedi nem perguntei nada, ouvi o teu coração e sabendo o que ele queria ouvir, simplesmente, como sempre faço, disse que te amava.
E tu, como sempre fazes, tiraste todo e qualquer obstáculo que existia entre nós dois, abriste as portas de teu coração e da tua vida e mandaste-me entrar.
Não houve reservas, segredos, cantos escondidos, verdades disfarçadas.
E, como sempre acontece, entramos em comuuhão, falando a mesma linguagem, nos confessamos um ao outro, de nós, da vida, da distância, do destino, da saudade,enfim, de tudo que nos mantinha distantes, mas unidos, separados, mas juntos.
Às vezes, a nossa comunhão era tanta que, quando ia te dizer alguma coisa já sabias, quando vinhas me dizer alguma coisa, eu a adivinhava antes. Os nossos pensamentos estavam ligados quase que telepaticamente. Éramos uma só pessoa, um só coração, uma única vida. Éramos o amor em carne e osso.
Ainda ssim, era pouco. E como sempre acontece, querias mais.
Não te bastava me ouvir dizer que te amava,era preciso que outros também soubessem o quanto eras amado por mim. E outros souberam. Era preciso que eu falasse que te amava de outra forma. E eu te escrevi poemas que, também, outros leram.
E eu te fiz todas as vontades: acariciei o ego do adulto; papariquei a criança dando-lhe todos os mimos e aguentando as suas pirraças; ouvi tuas queixas; compreendi teus conflitos; te dei o meu colo materno e o meu ombro amigo. E como sempre faço, nada te pedi em troca do muito que te dava. Porque só de olhar no brilho dos teus olhos e de ver a alegria estampada no teu rosto, qualquer recompensa não seria maior do que a de saber que, de alguma forma, mesmo que por algum tempo, eu conseguia te ver feliz. Isto valeria por qualquer preço que eu tivesse que pagar depois. E eu sabia que pagaria.
Mas, como ás vezes, vida e viver não são a mesma coisa, dormiste a tua vida e acordaste para viver uma realidade que tendo o amor como suporte, te dava asas para voar num sonho presente e concreto. E voaste.
E como sepre fazes, começaste a ter medo do que estavas sentindo. Temias ficar a mercê dos teus próprios sentimento e emoções, refém não do meu amor, mas de teu amor. E não estando acostumado a viver, a amar, o amor te assustava.
Viver te assusta principalmente quando te sentes inseguro diante da segurança do outro. E assustado, atacas como defesa. E como sempre, eu fui o alvo.
Eu sendo o alvo, atingias duas metas: descarregavas as tuas culpas, os teus medos, e testavas não só a sinceridade de meu amor, como também a fortaleza do mesmo e a minha própria resistência, persistência e coragem.
E vieram os testes/retestes. A falta de consideração e de respeito, nas longas esperas por encontros aos quis não ias. Os deboches e ridicularização dos meus sentimentos sem a preocupação de me mogoar, me ferir. Enfim, todo o processo ao qual estou acostumada, que se repete toda a vez que a minha vida e a tua se cruzam, que não me surpreende e eu até sei quando começa e em quantas fases ele se desenvolve.
Só que desta vez eu não vim para ficar e nem para ir embora, vim para deixar as coisas acontecerem por elas mesmas.
É engraçado que, às vezes, te comportas como se eu fosse completamente louca e tivesse te envolvido numa história de amor fictícia da qual nada sabes e tentas fugir das armadilhas que, em minha loucura, eu te armo.
De outras vezes, eu apenas sou alguém de teu passado por quem hoje nada sentes, mas se sente culpado pela "passividade"diante de ninha "ousadia". E mesmo não desejando, me beijas porque eu quero ser beijada por ti, quando na verdade sabes que eu sou apenas uma reação de tua ação, umaa resposta ao teu estímulo,um efeito de tua causa, ou, uma extensão daquilo que és.
Talvez tu nnca entendas a minha forma de amar, já que, para ti, o amor é uma troca. Por isso, não tens como entender um amor-doação.Um amor que nada pede, que nada espera, que não quer um rótulo, um lugar específico,que não precisa ser dono de um corpo, ter uma vida em comum, porque já viveu e sofreu o suficiente para encontrar força em si mesmo para crescer, se fortalecer, para ser o que é, independente da vida que eu leve ou da vida que tenhas.
Hoje, ele não precisa de muito porque aprendeu a ver além do que lhe é mostrado e me ensinou a ver além do que estou vendo.
Tem vezes que enquanto os meus ouvidos ouvem um monte de besteiras e absurdos, os meus olhos escutam a verdade que o meu coração está vendo. Ou seja, a verdade que está além das palavras, entre um dizer e outro, ou no não dito.
E podes ficar certo de que, os meus olhos ouvem melhor do que os meus ouvidos, e o meu coração ver melhor do que os meus olhos. Se assim não fosse, a tua imagem não passaria de um borrão mal feito, desenhado pelas tuas palavras, e as minhas lembranças de ti, não passariam de pedras esculpidas pelos teus atos das quais eu já teria me livrado a muito tempo.

MARSOALEX

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HISTÓRIA

HISTÓRIA
Uma história
Que a vida não contou.
Um sonho
Que o tempo destruiu.
Um amor
Que a saudade não matou,
Que sofreu, que lutou,
Não desistiu.

A história de um amor
Que foi um sonho,
Mas que a vida
Transformou em realidade.
Foi tão forte, tão valente,
E importante
Que o tempo admitiu sua verdade.

A história continua
Sendo escrita,
O destino vai traçando
A trajetória
Desse amor que é um marco,
Uma conquista,
E um mundo, uma vida,
Uma história.

MARSOALEX

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MISTURA

MISTURA
Misturei eu e você
A soma deu emoção,
Nomes, vidas, sentimentos
Unidos na divisão,
Expressão do pensamento,
Linguagem do coração.

Estamos equacionados

Somos além de um querer.
O que existe em mim,
Começa e finda em você,
O que eu quero da vida
Resumi-se em te viver
Restringi-se em te amar
Ou apenas em te ser.

Somados pelo destino
O eterno jogador,
Cometendendo desatinos
O que adiu, separou,
Rompeu, não subtraiu,
Riscou e não apagou.
O amor venceu o tempo

E se evadiu do passado,

Mostrando que era mais forte,
Amou e se fez amado,
Naturalizou-se presente,
Uniu-se ao ontem, memória,
E livre, se fez permanente,
Lendário fez sua história.

MARSOALEX

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NÓS

NÓS
Estamos assim:
Distantes e perto,
Errados e certos,
Abstratos e concretos,
Sentidos, partidos,
E sós...

Nós somos assim:
Adultos, maduros,
Crianças, tão puros,
Confusos, seguros,
Vividos, sofridos,
E sós...

Viemos do passado,
De um sonho naufragado,
De um filme reprisado
Que a vida não mostrou.

Estamos separados,
Mas presos, acorrentados,
Contidos, ancorados
Ao muito que restou.

E vamos assim:
Distantes e perto,
Errados e certos,
Abstratos e concretos,
partidos, inteiros,
Mas nós...

MARSOALEX

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EU

EU
Eu sou como sou,
Não tenho fronteiras,
Não tenho limites,
Eu amo me ser.
Me vivo, me aceito,
Me orgulho de mim,
Por ter aprendido
A me conhecer.

Perco-me, às vezes,
Nos meus desencantos,
Nas minhas incertezas,
Nos meus medos vãos.
Mas quando me busco,
Me encontro inteira
Lá no meu passado,
Aqui no presente,
Ou nos amanhãs.

Sorrindo ou chorando,
Estou sempre comigo
Entrego-me a tristeza,
Entrego-me a alegria.
Entrego-me a vida
Sem medo dos sonhos,
Sem medo do amor
Ou da fantasia.

E deixo que a vida
Leve-me em seu curso,
Sem perguntar-me
Quando vou morrer.
Eu tenho passado,
Eu tenho presente,
Eu tenho futuro
E isto é viver!

MARSOALEX

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ROSAS E ESPINHOS

ROSAS E ESPINHOS

Um dia tu me deste uma rosa
Frágil, tenra, para ser cuidada.
Em troca eu te dei uma roseira
Firme, forte, bastava ser regada.

Plantei a minha rosa com cuidado,
Adubéi-a com carinho e atenção.
Diariamente a regava emocionada
E a guardava na estufa, coração.

Passou o tempo e a rosa que me deste
Multiplicou-se, transformou-se num jardim.
Por mais rosas que eu colhesse, que eu desse,
Mais rosas sobravam para mim.

Eu facava imaginando que, se uma rosa
Me fizera dona de um roseiral.
A roseira que te dei, que era viçosa
Devia ser um jardim, sem outro igual.

A vida e as rosas me fizeram jardineiro
Dedicado, entregue ao que fazia.
Apaixonado, amando a quem primeiro
Me dera uma rosa, um certo dia.

Houve um fusão na minha vida
Entre jardineiro, rosa e jardim.
E eu era muito mais quem me deu vida
Aquele que deu a rosa para mim.

E ele, onde estava? O que fazia?
E a roseira que eu lhe dera pra cuidar?
Eu iria vê-lo algum dia?
Eu tinha tantas rosas pra lhe dar...

O destino promoveu o nosso encontro
Fui com as minha rosas, cheia de alegria.
Nos olhos dele havia o mesmo encanto,
Mas as suas mãos estavam tão vazias...

A roseira que eu lhe dera pra cuidar
Ele a guardou e sufocadas, sem carinho,
As rosas se debateram até murchar,
Da roseira só sobraram os espinhos.

MARSOALEX

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