Poemas

Foto de Lucianeapv

RENASCIMENTO DE FÊNIX

RENASCIMENTO DE FENIX...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Já não entendo mais
A virtude do amor
Pois ele se esvai de repente
Sem deixar, em si,
Algo de bom...
Se instaura a defesa da alma e
A incerteza do destino...
Sou fogo a deixar de arder...
Sou terra e nela mergulho
Minha fera...
Sou ar a bafejar tristezas tais
Que ao vento
Não se desfaz...
Sou lava a escaldar o espírito
E a água a resfriá-la,
Juntamente com a brisa fria
Da noite no deserto...
Enfim: sou Fênix a renascer
Das cinzas de meu
Estranho viver
Onde a violência se instaura
E o medo se perverte...
E a vida pede um novo renascer...
Sem um novo querer...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Foto de Eddy Firmino

MYSELF

Quem sou eu?
Já nem sei
Talvez uma exalação
Sou a mágoa
Sou a própria emoção

Sou o sol, a chuva a primavera
O porto seguro
Sou eu a própria espera

O analítico
O sintético
Perplexo
Ou simplesmente poético

O levantar
O deitar
Eu sou o despertar

O universo, a fantasia
Talvez seja eu
A inspiração da poesia

Quem sabe a insanidade
Ou aquele que procura
O intangível
Serei eu a própria loucura?

Pode ser que eu seja apenas
O olho que te vê
Talvez nem seja eu mesmo
Sou simplesmente Você

Foto de Moisés Oliveira

Adeus

Espantei mil fantasmas que você deixou,
quarto, sala, jardim; o dia mal começou.

Queria encontrar uma forma de te ver partir,
mas com você distante não sei mais pra onde ir.

Aqui chega ao fim nosso lindo poema,
leve consigo a culpa e não se arrependa.

Não sei se um dia as lágrimas vão secar,
mergulho fundo nelas, esse é o meu lugar.

E se um dia doer a falta do meu amor,
não me diga nada, já provei esse sabor.

Foto de Carmen Lúcia

Reconstruindo a vida

Venho

lá do fim do mundo
onde manhãs são estrelas
riscando o céu de dia,
luzindo sobre o orvalho e a neblina
onde a lua redonda se declina
e lança o seu brilho mais profundo.

Onde o sol da meia noite
é rei vestido de ouro,
silvo do açoite que arrebata
e desvenda o tesouro,
deus irreal, imortal,
luz que nunca se acaba
dourando a Terra adormecida
que a seus pés se deita, vencida
e a paz do infinito surge de um portal.

Venho
dos prados mais distantes,
campinas e flores exuberantes,
matizes, cores em gradações
que encantam olhos já pesados,
acariciam a relva e os pés cansados,
as caminhadas e tribulações.

Venho
e trago a paisagem mais bela
mesclada com tons d’ aquarela
ceifando rancores, mazelas
sobre o andor da devoção
regado à imensa emoção...

Onde o profano desfia o rosário,
o cético se ajoelha ao sacrário
e o sagrado é mais que uma oração.
É um pedido proclamado em homilia,
é a vontade de gritar que ainda é dia,
que hoje e sempre é dia de reconstrução.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Quero

Quero...
Ser o elo entre o mundo e a paz,
a vida simples de quem é capaz
de unir humildade e grandeza,
sabedoria e beleza
com a mansidão de um barco
aportando o cais...

Quero...
Ser rio que chega ao mar
vencendo as batalhas de seu fluxo
ao tornear pedras , colidir em rochas,
modelar-se à opressão das margens,
nortear as águas durante seu percurso,
único recurso para estancar a sede.

Quero...
ser o filme dos instantes felizes,
o ancoradouro das melhores lembranças,
a saudade que faz companhia
quando a ausência marca triste mudança
e a vida mostra o outro lado da face,
um lado sombrio, que se desconhecia.

Quero...
ser a frágil bailarina,
girar o corpo ao redor da rima,
de seu interior ouvir a melodia
inspirada na arte que combina
passos , compassos, coreografia ,
todo espaço irreal, sua geografia
sendo transformada em poesia.

Quero...
ser a tarde e sua nostalgia,
cores indecifráveis a findar o dia
num céu que rouba toda a magia
na transição de fim e recomeço,
reverenciando a noite, o luar,
as constelações do espaço estelar
preparando mais uma manhã.

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Gondim

Dependência

Dependência
Paulo Gondim
20/09/2013

Meu sorriso já não te encanta mais
Perdeu o brilho
E ficou opaco o meu olhar
Meu canto já não tem estilo
Acho que nem sei mais cantar

E o tempo passa e me avisa
Esperar por ti é minha sina
E nesse infortúnio fatal
Tua ausência já virou rotina
Já nem sei se me fazes bem ou mal.

Minha dor não te comove mais
Nem meu sofrer ainda te aflige
E, assim, te fazes indiferente
Embora, relute ao que tua vontade exige
Cá, fico eu dela dependente

Foto de Paulo Gondim

Mutismo

Mutismo
Paulo Gondim
20/09/2013

Eu gostaria de te dizer muito
E como não sei dizer
Fico mudo
Meu silêncio diz tudo

Foto de carlosmustang

ARRASTAMENTOS

...Vou pisando numa ponte infinita...até você ir
Entrando num mundo, egoísta, de DÓ....
Vivendo a cada dia, porque O Mestre se foi
Mas a inverosímel vontade de estar aqui

Eu quero andar nesse mundo
Mesmo capenga, no absurdo
Amo viver vendo oque acontecer(na hora certa)
É que ti amo, até tudo terminar

Não num caminho triste
Sem esperança, sem acontecer
Só você, você e Deus

Todo tempo continuo de viagem
Sobrevivencia, emoção de ser
Marcando a passagem em existir...

Foto de Rosamares da Maia

Réquiem a Dom Quixote

Réquiem a Dom Quixote.

Quem és tu Cavaleiro e nobre Senhor?
Sob o manto da triste figura de cavalheiro andante,
Vagas no deserto da razão entre as lufadas do vento,
Combates os gigantes dos moinhos em delírio errante.

Quem és Cide de alma nobre? Que riqueza aspira?
Combates pela prenda de uma formosa dama?
Por ela enlouquecestes em bravatas sem sentido.
E perpetuas histórias de quem sem sentido ama.

Sob a jocosa razão de teu fiel escudeiro fustigas a fera.
Desvario entre sentido e visões dos moinhos de letras.
Ensandecendo enquanto em seu amor reconstrói a glória.
Veste a grotesca armadura e empunha a espada da quimera.

Parte e recompõe a dignidade trazida do baú da memória.
Manda sempre notícias dos feitos e conquistas a tua amada.
De cada um deles lhe dá conta, para que honre a tua vitória.
Pois é ela e somente ela a razão desta tua insensata jornada.

E um dia, finalmente, quando a tua consciência renascer,
Tendo o teu fiel Sancho encarnado a tua triste figura,
Vagando dentre os ventos dos moinhos em trilha inglória.
Deita na tua cama pobre o corpo cansado para morrer

Sobe aos céus no cortejo fúnebre de guerreiros gigantes.
Com todo o coral de mouros e anjos a te reverenciar.
Repousa o teu corpo magro e gasto em carruagem celeste.
Deixa a dama de Toboso te perfumar em branca veste
Pois hoje, finalmente, ela sabe e está pronta para te amar.

05 de setembro de 2013.
Rosamares da Maia

Foto de Paulo Gondim

Ser humano

SER HUMANO
Paulo Gondim
15/09/2013

Nasci numa terra seca
Tão hostil e tão cruel
E disputava o sustento
Da boca da cascavel

Ali, quase nada tinha
E do pouco que havia
Só se tinha uma certeza:
Que logo das mãos saia
E do mais que se buscava
Pouca coisa ali restava
Só a fé por garantia

Da série: “Era assim, no Sertão”

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