Poemas

Foto de paulobocaslobito

Irei

Irei daqui para onde os ventos gelados sopram
E tremerei toda a noite
Sem limites para te esquecer.

Quem me dera
Poder comer o teu cancro
Durante uma semana inteira
Onde atraido pela tua armadilha
Ficaria lembrado
No que vi horrorizado.

Irei para onde os ventos sopram
E tremendo toda a noite
Vou-me lembrar
Do que vi correndo.

E o sangue a subir
E as veias a latirem
E tu morrendo aos poucos
... E tu morrendo aos poucos.

Irei daqui para onde os ventos gelados sopram
E tremerei toda a noite
Sem limites para te esquecer.

Paulo Martins

Foto de Fernanda Queiroz

Uma história de amor

A noite cai suavemente, o sono não vem, Porque uns dias são mais difíceis que outros?
Tentei ocupar minha mente em vão, teu rosto sobrepôs e depôs as tentativas, pensei que a noite calaria meu pranto, que a maciez dos lençóis embalasse meu corpo cansado mutilando meus pensamentos, mas não houve trégua.
Não preciso ir até a cômoda onde guardo minhas relíquias para rever tua foto, teu rosto esta cravado em minha mente, de uma forma tão presente que ás vezes sinto poder tocá-lo , minhas mãos tateiam sozinhas como se procurassem as tuas, mas não as encontro, parecem tatear na pedra negras de meu desespero.

Letra da canção do Filme Love Story sopra em meus ouvidos”Quando eu te encontrei, eu não pensei que um grande amor eu fosse ter, eu que só tinha amargura em meu viver e que já estava tão cansada de sofrer, vivendo só.”
Nada nunca me soou tão verdadeiro, você despontou em minha vida como um raio de sol, trazendo todas as cores da natureza, sons e belezas. Era um acordar exaltado, uma sorriso velado um trabalho apressado e encontros marcados onde o relógio pulsava tão rápido como nossos corações e o tempo se ia, o dia amanhecia trazendo alegria e se as lágrimas brotassem você as secava, se o sofrimento jorrasse, você o estancaria com tua suave melodia impondo curas as amarguras.

“Quando eu te encontrei, lendo em teus olhos eu fiquei a imaginar, que o meu mundo tu virias alegrar, que eras tudo que eu queria encontrar”
E foi assim... mágico... verdadeiro... a risada brotava sem que eu pudesse impedir, os olhos negros como a noite tinha o brilho das estrelas o andar parecia um embalo ritmado pela nossa coletânea, cabelos soltos ao vento que ao reclinar nas grandes colinas calçada de patins, parecia uma bandeira em haste, blusa gotejada de sorvete e boca lambuzada, sabor de chocolate, sabor de teus beijos ansiados.

“Meu coração.... eu te entreguei, me deste a vida enfim... me deste amor.... me deste a razão para viver... me desde paz ....”
Preencheste tudo, intensa e completamente.... pensamentos..atos.. ações.... despertou todos os sonhos postados, toda alegria não vivida de uma alma sofrida, entrou como um furacão não usando tua força em estragos, mas para cravar profundos alicerces que desafia a força do Sanção, brotou sementes que produziriam nas mais engrene rochas, calçou de sonhos minha alma peregrina, vestiu de branco meu corpo moreno, relutante em se entregas as emoções entorpecentes dos pensamentos, fez-me correr para o eco do penhasco onde gritar teu nome e ouvi-lo de volta era a certeza que você existia.

“E onde quer que eu vá irás comigo... nos sonhos meus... na minha mente... eu não irei só... comigo irás também....”
Não há como medir um grande amor.... um sentimento de paixão.... todas as raízes que escravizam nosso coração... é assim que eu sei te amar... nem meios ou mais...intensamente e completamente.
A música do filme Love Story , é como acordes agudos que tocam em meu coração, sem piedade ou ilusão.

Diga-me.... como esquecer alguém que gosta de flauta.... de me olhar como se tivesse me inventado....e de mim......

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de paulobocaslobito

O perdão que devo aos amigos

Quantas vezes nos sentimos tristes por não sermos compreendidos?
Porque aquilo que se disse, se escreveu ou se pensou, afectou profundamente os sentimentos desses ou dessas pessoas em causa...
Quantas vezes desejamos pedir desculpas, sem nos escusarmos de lamentar todos os nossos erros ditos, cometidos, sentidos, pensados ou não.
Quantas vezes deveriamos lamentar sermos tão arrogantes, para nos desculpar-mos e assumir-mos a nossa cota parte da "culpa"? Se é que nos julgamos culpados de algo!
Lamentamos, porque é muito mais fácil lamentar. Lamentamos, porque é mais simples não assumir. Lamentamos, porque desejamos fugir. Lamentamos, por falta de coragem. Lamentamos, por tudo e por nada. Lamentamos da vida, das pessoas e de nós.
Mas, não lamentamos mudar; não lamentamos mudar porque nos é bem mais difícil. Porque nos falta vontade; sendo: perdemos os amigos e as amizades, e a vida.

Sinto-me triste muitas vezes, porque não me compreendem, sinto-me triste porque me engano e principalmente, porque os meus pontos de vista não são de modo nenhum uma tirania. Pois que todos têm o direito deles objectar ou vetar; assim como outros têm o direito de ou não os elogiar ou votarem neles.
Sinto-me triste muitas vezes, porque as palavras têm dois sentidos e milhares de interpretações; mas a culpa delas só a mim me cabe defenir.

Aquilo que se faz, diz ou se escreve, pode sempre ter dois sentidos; sendo: deveriamos também pensar nesse sentido...

Uma dúvida dissipa-se discutindo, e abolindo-se o "não verdade", desvanece-se ao podermos pedir desculpas pelos nossos enganos ou desenganos, esbate-se por nos entendermos.
Não nos adianta de nada colocar-mo-nos em "offline", cada vez que acessamos o "msn", não nos adianta nada não respondermos as mensagens que nos enviam, não nos adianta de nada fugirmos de portas trancadas e escondidas do mundo lá fora; isso chama-se: Covardia!

Sei que sou também culpado por coisas que assim acontecem... algumas porque a vida te impõe, outras por falta de tempo ( que desculpa! ), outras porque não tens resposta e outras por seres imbecil!
Então, só me resta ser submisso dos meus próprios erros, mesmo que eles traduzam dois significados pois há sempre um lugar na Terra para nos arrependermos e para nos entendermos; há sempre uma hora em que tudo o que somos, somos por dizermos e desculparmos, e, se não o fizermos, podemos nunca sermos felizes.
Não custa nada pedir-te desculpas pelos meus actos e as minhas ideias impostas, não custa nada pedir-te desculpas por não ter atendido aos teus chamamentos e mensagens e ou ter discordado de ti.
Não custa nada mudar desde que nos sintamos capazes de querer.
Não custa nada, porque sinto vergonha, porque não te quero perder, porque em algum momento da minha vida, o que fizeste, disseste, escreveste ou me levaste a sentir; não me mereces que te perca.
Por isso te peço perdão, nem que seja como amigo ou simplesmente como és e pelo que és...

Paulo Martins

Foto de Amynthas

Poesias em um Navio

O Grande Amor da Minha Vida

Quando cheguei a pensar que jamais amaria novamente,
Você surgiu em minha vida.
Mansamente foi entrando em meu coração
E com seu jeitinho meigo e sensível prendeu minha atenção,
Despertando em mim uma vontade louca de amar.
Você fora como uma bomba poderosa
Implodindo o muro que eu havia construído em torno do meu coração.
Como um pássaro frágil e indefeso caí em sua armadilha;
Submisso aos seus caprichos,
Indefeso diante dos seus desejos;
Meu corpo foi seu porto onde desembarcavas seus sonhos e fantasias,
Meus lábios saciaram sua fome
E os meus sentimentos o seu prazer.
Ao seu lado pude aprender
O quanto ainda sou pequeno diante de minhas emoções;
E hoje posso com muita certeza afirmar
Que você é e sempre será
O grande amor da minha vida...

Te Quero

Quero teus braços afagando minha pele...
Teus cabelos cobrindo minha face...
Quero teus carinhos para calar minha tristeza...
Teus lábios para tocarem meus olhos e minha boca...
Quero teu colo para me deitar,
Esquecer o mundo e as tempestades...
Tuas mãos quentes e macias,
Suavemente passeando por meus cabelos e pensamentos...
Quero como nunca, tua alegria e teu sorriso
Para conter e acalmar as lágrimas que fogem de meu controle...
Quero e quero muito com a intensidade de meu ser,
Estar o tempo todo ao teu lado,
Eu quero com todas as forças estar sempre contigo,
Amor

Um dia

Se um dia pudesse voltar
Retornar a tempos atrás
Voltaria sem hesitar
E um grande amor poder encontrar
Não viver mais na escuridão
Com incertezas e sem paixão
Entre mentiras e insatisfação
Poder sorrir de novo queria
Sentir na face toda a alegria
De amar e ser amado
Não ser traído nem usado
Que sempre invade meu coração
A destruir todos os sonhos
Os encantos, a emoção
Poder sentir de novo o prazer
A invadir todo o meu ser
Sentir o amor, poder perceber
A solidão e a tristeza esquecer
Pois teu amor, se for sincero e verdadeiro
É o único que me fará crescer
E todas angustias de mim afastar
Para que eu possa sobreviver

Vida Bandida

Vida, oh vida bandida, sofrida, querida
Tantos dissabores, tormentos, oh vida
Porque me trazes tantas tristezas
Deixar a solidão invadir com certeza
Este coração sofrido, vagando na incerteza
De que adianta um amor que não vejo
Se não sinto em tua voz o desejo
Queria amar e ser amado
Poder de verdade ser desejado
Sentir o calor das tuas mãos
Do teu corpo sentir a emoção
Poder ouvir forte o teu coração
Com alegria me dizendo
Sou tua, toda tua de verdade
Sinceridade nua e crua
Vamos viver a realidade
Se amar com intensidade
E nunca mais ter que chorar
De tristeza, solidão e saudade
E para toda a eternidade
Ter você a me amar

Foto de paulobocaslobito

O grito da aflição

... Nem é má...
Nem é...
Esta ideia surgiu...
E abandonou-me.

Parou de chover...
Abriram-se os caminhos das cheias
Chegou a vitória
E as gentes cruzadas.

Perguntei-lhes nas barricadas
Se nas férreas-vias
Crescera erva daninha
Vicios e maldicência?

Ah
Mas todos partiram
Sem de mim ligarem
Se calhar
Tiveram medo
Medo!

E...
Assim me quedei
Morto nas horas do sul
Os meus restos falam
E os meus sonhos calam.

Sou a angustia
Que dói de ver
Sou soldado
Ao abandono.

Ninguem me ergue o olhar
De si
Nesta paisagem...
Todos fogem
De mim...

Choro
Ó choro
Choro por que me afliges
Porque partes a minha alma
Porque quebras a minha luz.

Porque me afliges assim?

Sou a angustia
Que dói de ver
E não mais te assim verei
Nas brisas fortuitas
Nem nas brisas prostituas
Dos meus sonhos.

Não...
Nem nas minhas ânsias
Proque me aflijo
Se partes?

Veio o sol
E o teu silencio
Embala-me.

A tua voz
É em mim
Uma ideia fingida
E faz-me navegar
Como um Apolo
Numa imensa lira de soar.

A tua voz
É a imensidão das sombras
Tristonhas
Que choram
Entre os prados
Murchos de cansar
Onde secou o teu olhar
E morreu o meu olhar.

Ah esta ideia aflitiva
De ver portos vazios
E sem navios...
Priva-me da razão
Que se acha finda.

Eis finda!
A calma ergue-se de novo
Sobre a saudade
E no abismo
Do alheamento
Os teus gestos
Não se apagam.

Não se apagam
Na minha alma ainda quente
Sou a angustia
Que dói de ver.

Ah o teu silencio
No meus seios oprimidos
E sem sentido.

Ah o teu silencio
No sonho de sermos
E não nos sermos mais.

Oh repiques de sinetas
De mim em delírios
Oh sinos
De mim aos desatinos.

O teu silencio é cego
É o sonho de te saber
... Tenho medo.

É medonho o teu silencio
De dito pelo fito
Do norte
Do sul
Da chuva
Do frio
Do destino
E da sorte...
Tenho medo.

És o meu desespero
Que não ignoro
Para não perde-lo
Porque no mundo
Assim aos sobressaltos
Me alevanto e caminho
Eu
Soldado ao abandono.

O teu silencio
É a minha cegueira
O meu sonho inerte
... Que aberto
Seria o mais belo
... Tão belo
Tão belo.

Não reparei nas horas
Que ainda cá estou
Nem o tempo que cá fiquei...
Calaram-se as tuas mãos
Sobre o meu peito
Murcharam os silencios de nós eleitos
E os meus sonhos
Não têm fim.

No ar os sorrisos gozam
O teu tédio
De me seres loucamente infinita
Ó soubessem
Soubessem nesse teu pueril horizonte
Quantas virtudes guardas
Ó soubessem!

Soubessem eles
No alheamento
E à força
Que em ti se erguem
Gementes
Crisântemos perfumados...
Soubessem!

Como me confunde o teu silencio
Como me desalegra
E ao mesmo tempo
Não existem no mesmo mundo
Sorrisos como os teus.

Ó é tarde
E a noite espreita
Arriscando-se a entrar.

Já não chove
E o céu
É imperfeito.

O céu bordado de nuvens
Anuncia mais um vendaval...

Estou triste!
A minha consciência está triste
Que raios é a minha consciência?
Que raios é
Se de ti não oiço preces
De amor
E és uma flor murcha
No meu pensamento
No meu peito
Que raios é a consciência?

Ah se fossemos um só...
Que tortura...
Sou medonho
Funesto nesta dor
Nesta unica dor
Que me dói!

Sou o cansaço
O meu ódio
Sem forças
Para te chorar.

O meu ódio corrompe a alma
De sentimentalismos
Como se uma nau desgovernada
Não achasse um bom porto
Para se acalmar
Para gritar
Berrar
Uma glória
Numa só bandeira
Duma só bandeira...
Vitória!

Ah mas eu sou a própria alma
Para além dos sonhos
Num porto
Sem navios.
E não sei se sou do norte
Ou do sul...

O teu silencio faz-me chorar
E gozam as virgens o meu tédio
Ó soubessem elas!

Soubessem elas a tua morte
..... Sim.......
..... Salva-me meu amor...
Da furia da minha ira.

Salva-me
Dos homens
Da dor
Da fome e da guerra
Leva-me contigo
Não sei viver sem ti
Minha amada.
Mostra-me o caminho
Que farei sozinho
... Salva-me.

Não me abandones nesse teu silencio
Que na hora da morte
... É morto
E eu já não sou quem era
Salva-me.

Soubessem elas
Não
Não, não
Não...................................
........................................
........................................
Porquê?
Que estranha é a alma.

Esse teu silencio
Deposto em meu peito
De sonhos aflitivo
E é morto
No infinito
E é sombrio
E é o sonho
Que se ergue
Como um muro
Na calma
Por dentro da alma
Que no fundo
Arde
Na vida que passa
E não sei quem eu sonho
Mas a vida passa.

E entra em mim
E passa
E ilumina-se
Em cada vela acesa
Purissima como o fogo
Que bate e aquece a vidraça
Para logo ouvir a chuva
Da chuva em vida
E no seu esplendor.

Que pena não poder
Através da janela
Olhar a chuva que cai sobre o meu altar
Num canto de coro latino
Que se sente chorar
Se não houver choros.

E passa o teu nome como um padre
Esta missa serena
Onde encontrar-te
É perder-me nos teus braços.

Apagaram-se as luzes
É o fim
E de repente
Escureceu!

O tempo é um abismo
Em hoje ser um dia triste
E nele te escrevo versos
Com esta pena
Que em todo o meu ser se esmaga
Numa infinita tortura
Ao som da tinta e do tinteiro
Onde o rejubilar do papel
É feliz.

E
Por onde escrevo
Os nossos olhares
Se cruzam.

E
Surge imensa a alegria
Difusa de mim...
Penso...
Tudo para...
Surges-me
Ao longe
Sobre os meus olhos fechados
Dentro de mim.

... Alguém sacode esta hora
Invadindo-nos de prazer
E sob os meus dedos
As minhas mãos
São vazias
E tristes na música que corre
Estamos em todos os lugares
Sorrio...
Pois esqueço-me das horas
E eu sou a própria alma
Para além dos sonhos.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Sinopeses da alma

Acabei de ler um livro e terminar com uma etapa de vida.
Sofri mais no consciente para não magoar o "outro", do que o alivio de ter podido expressar-me em todos os meus sonhos, que enclausurados continuam estarrecidos ao longo destes inúmeros anos em que vivo.
Terei que redescobrir como o meu "eu", que se tornou nestes imensos anos cerrado em novas descobertas, mas não vou parar para me perguntar se estive esse tempo todo errado.
Terei tão somente que transformar as minhas angustias em novos caminhos e partir de novo à descoberta.
Passei um longo inverno sobre as esterias da alma, li e entendi muito sobre a vida... amei e chorei... redescobri como é bom amar.
A mente é o dilema da reprovação, quando somos obrigados a tal, ou então quando nos jogam os dados calhando-nos sempre a chave do azar.
Mas, podemos e devemos sempre mudar pois o azar é sempre relativo, basta que num dia de sorte mudes tudo do avesso e o agarres com unhas e dentes...
Basta que uses a formula do um mais um igual a três...
Claro que a matemática é uma ciência exacta, mas a mente não!
Um mais um igual a três matemáticamente errado, mentalmente certo!
Se falarmos de números, claro que está errado; mas no entanto se falarmos do individuo, está certo.

Sim porque temos sonhos, porque amamos, porque choramos e sofremos, porque somos uma alma, uma mente e um coração, e nada matemáticamente o pode mudar.
Um individuo é um só "eu", é a mente e todas as suas desilusões, é uma vida em tudo aquilo que construiu e destruiu.
Um individuo é uma analogia que vive quase toda a sua existência em função dos outros, daquilo que os outros possam dizer ou criticar.
Um individuo nunca quer fazer mal fazendo o mal.
Um individuo é um egoísta material.
E os sonhos!

Os sonhos são as aflições da mente, os disturbios da alma e as palpitações do coração.
Os sonhos são as horas acordadas no pensamento de ti.
Os sonhos são aquilo que desejamos.
Então: se eu for o "eu" e tu o "outro", juntos somos UM.
Ou seja, vives a tua vida em função do teu sonho e eu vivo em função do meu sonho, juntos vivemos o nosso sonho; então sonhamos três sonhos... o teu, o meu, e, o nosso.
Mas não se pode pedir ao individuo nada que não queira, nem a sua própria beleza que nos encanta.
" O mar é belo e sempre será, mas mata! ".

Sabes que te escrevo, e, que talvez também alguns o compreendam apesar de estarem apagados, imunes, inertes nos seus sonhos.
Pois nunca te procurei pela beleza nem pelo físico, e ao longo destas inumeras tertúlias onde p'lá noite transfiguramos as horas e acalentamos o espirito, só nós sabiamos o que sentiamos e sentimos.

" Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe: - Que tamanho tem o Universo? - Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu: - O Universo tem o tamanho do teu mundo.
Perturbado ela indagou novamente: - Que tamanho tem o meu mundo? - O pensador respondeu: - Tem o tamanho dos teus sonhos. "
(Augusto Cury)

Podes ser até um trambolho uma aberração, ou a coisa mais bonita a face do meu mundo.
Amo-te na mesma como se ama um ser, como se quer um sonho.
Não tenho medo de me perder e falhar, não tenho medo de nada.
Sigo o instinto e não me sinto desolado ou deslocado, não te faço nem fiz promessas, não te exigirei absolutamente nada desde que sigas o teu sonho e queiras entrar no meu.
Quero-te complecta na alma, na mente e no coração.
Estou presente quando estou, na falta quando estiver, mas no abraço estarei sempre existente pois descobri o meu sonho: " Viver para te amar ".

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Infedilidades

... Regressas a casa, entras, sorris e olhas-me!
Mentes!
Mentes pois o coração entende os factos e as falas da alma.
O coração sofre por te deixar ser livre e feliz.
Já não me és a mesma de todos os dias, escondeste entre o falso e o deixa-andar, amas com o coração de mulher que se sente traido pelo meu silêncio.
Sofres porque te deixo navegar nesse lago de sentimentos novos e místicos, para que percebas e entendas, se sou justo e te mereço.
Não me sinto de algum modo arrependido por te ter libertado desse tédio em que vivias, ainda que efémero; antes pelo contrário, sinto-me emancipado e conhecedor dos meus limites.
Não tenho medo!
Hoje não sofro... deixei que os ciúmes acabassem para entender o âmago da minha existência. Divido-te com outro, mas não te minto.

Mentes!
Mentes e não sabes como lidar com esse sentimento.
Sabes que eu sei...
Não entendes o meu silêncio mas também não tens a coragem de romperes com tantos anos de passado.
Sabes que nada mudou em relação aos meus sentimentos; apenas partilhamos camas diferentes, dormindo no relento das noites de costas voltadas, neste fragor de ilusões como se não pudéssemos terminar com esta saga de tormentos.
Ficamos!
Todos nós julgamos que temos sempre uma justificação para os nossos actos, e que os outros são sempre culpados pelo bem ou mal que cometemos.
Mas esquecemo-nos que não existem motivos para a raiva e para a vingança, pois somos todos culpados pelo que fazemos.
Podemos não estar acordados e não percebermos os sinais, e, muitas vezes é tarde...
Tudo segue, e aceitamos esse destino, como se ele fosse uma coisa culposa de nós.
Aceitamo-lo na nossa infidelidade, de continuar-mos sempre no mesmo sítio e nada mudar, seguindo assim pelas noites afora, zangados com o mundo.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Sem resposta

Na solidão do meu recanto sinto a inércia das horas vagas, que navegam-me pela mente inconsciente, do nada poder fazer, dizer nem saber.
Queimam-se-me as entranhas vomitadas de insolência, e quero chorar.
Passou tanto tempo neste estado vegetativo, que me esqueci dos dias felizes, para se tornarem em negrumosas e calamitosas tempestades do meu ser enervadamente raivoso, no qual navego p'lás memórias e me finjo não existir...

Tenho medo do que me está a acontecer, tenho medo de me perder... Mas não será já esse o meu estado?

Passou-se tanto tempo, que já não sei se existi realmente. Passaram-se tantos minutos... muitos, que já não sei se as horas estão certas.
Não tenho consciencia dos meus limites intemporais; estou gelado!

A dor é uma coisa misera que sentimos por insatisfação, e vogamos nela embalados por obte-la.
Navegamos nesse marasmo de protuberância, onde as chagas aplainam a alma e nos dilaceram as imagens, toldando-nos a visão, "irracionalizando-nos", os sentidos.

Sei, que hoje não existo, que estou perdido e que nada disto faz sentido...
Sei que tenho que continuar, para não apodrecer, para não minguar.
Tenho que continuar porque devo... Inconscientemente devo.
Mas, se me perguntarem: - Para onde?
Claro que não tenho resposta!!!

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Se o meu coração deixar de bater

Se algum dia o meu coração deixar de bater
Que seja por tudo aquilo
Que senti, quis e amei.
Se algum dia o meu coração deixar de bater
Que seja por amor, felicidade e abnegação.
Se algum dia o meu coração deixar de bater
Que seja por ti e por nós.
Se algum dia o meu coração deixar de bater
E te quiser surpreender
Que seja por fantasia.
Se algum dia ele,
Te disser:
- Amor...
Que te ame.
Se algum dia ele te sorrir
Que te queira.
Se chorar
Que te beije.
Se deixar de bater por ti...
Irá liberto, feliz e, jamais morrerá.
Se algum dia o meu coração deixar de bater:
Será por ti...

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

O teu nome faz-me amar-te

O nome dela está em todo o lado
O nome dela está no namorado
Está no meu quarto
Está na minha prateleira
Nos meus livros
Nos matutinos
Nos vespertinos
Está a onde eu for.
O teu nome
Soa-me todas as tardes
Canta-me todas as manhãs
Sussurra-me todas as noites
Voa no céu
Nada no mar.
O teu nome
É fixe
É bué
É demais.
O teu nome canta
Dança
Sorri
Chora
Vive
E é meu.
O teu nome é a minha poesia
E eu sou o teu poeta.
O teu nome é a rosa
E eu sou o espinho.
O teu nome é o por do sol
E eu sou a lua.
O teu nome é a noite
Eu sou a madrugada.
O teu nome é o sorriso
Eu sou a alegria.
O teu nome é o infinito
Eu sou o espaço
... Sem ele perco-me
Sem ele morro
Sem ele não existo.
Que bom que te chamo
Pois nunca soube mais nenhum
Senão o teu!
Sem ele rastejo
E deambulo na falsa esperança
De chorar em qualquer esquina.
Sem ele o meu amor não existe
Sem ele eu não sou nada.
O teu nome:
Vou dize-lo para sempre
... Sempre e eternamente.

Paulo Martins

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