fantasia

Foto de Joseph Bach

Rio da Vida

A vida é como o curso de um rio,
que nasce limpo, puro e inocente,
mas que também se suja,
se polui e transborda quando descontente,
procurando espaço por onde passar,
e no fim do curso, esquecendo tudo isso,
desaparece limpo, serenamente, num outro mar.

Foto de Paulo Master

Os Grandes Heróis

A eternidade é uma metáfora que para nós seres humanos não têm fundamento, afinal, não somos deuses.
Nossos estágios são contados a dedo e os elementos que compõem a nossa existência têm prazo de validade. Mas uma história pode levar séculos sendo lembrada assim como as lendas de bravos e valentes guerreiros que com ousadia e coragem em seus corações desbravam incontáveis fronteiras e vencem as guerras impostas pela tirania de seus cruéis inimigos.
Valentes na dor e vibrantes no amor.
Assim como as batalhas da guerra devem ser vencidas por grandes e audazes guerreiros, a essência do amor precisa efetivamente ser mostrada e levada por virtuosos e conceituados cavaleiros. O som que emana em suas ações não é o da destruição da guerra e sim de melodias sopradas em seus ouvidos pela voz da própria natureza em constante evolução. Pois sua sensibilidade vai além da capacidade humana, como o sangue que corre em suas veias e permite pulsar seu coração nobre e justo, de sábias palavras e inspiradoras decisões. É verdade o que contam por aí: “Os grandes heróis se consagram por suas ações empregadas em proporcionar o bem-estar a quem necessita!”. Pois sua ânsia e seus desejos estão muito acima do seu próprio entendimento, o que os proporciona poderes inimagináveis, levando-lhes à glória através da habilidade na generosidade e a destreza em oferecer o afeto. Mostrando habilidade e destreza apenas com o coração, com armas, jamais.

Foto de Carmen Vervloet

DIALOGANDO COM O ESPELHO

Disse o espelho:
- Como está mudada!
Tua face não é a mesma, está cansada!
Teu corpo outrora esguio e viçoso
hoje está mais pesado e tão preguiçoso...

Mas sábia é a natureza!
Já não enxergas com a mesma clareza,
seus olhos estão cansados
e distorcem o corpo arredondado.

Sua alma, eterna menina,
crê que ainda é aquela colombina...
Linda, sedutora, pele de cetim,
sem rugas, sem marcas, pétala de jasmim.

Mas não se aflija, mulher!
Rugas são motivos de alegria,
sinal de que se confrontou
com a vida com sabedoria
e intacta permanece tua essência!
Com as marcas ganhaste
experiência, prudência e sapiência!

- Será mesmo espelho?
Se a vida fosse assim tão pródiga
daria eterna juventude no lugar
de ensinamentos e conselhos.
E tu mostrarias a imagem real
em vez desta fala ancestral!!!

Carmen Vervloet

Foto de KAUE DUARTE

Num piscar, o coração quis falar

Por entre risos
E meias palavras
Entre apertos de mão
Aconchego sem noção
Coladinhos sem motivos
Ou até mesmo malícias
No seu sorriso de menina
No meio da brincadeira
Percebi a verdade
No meio de um jogo
Ou sei lá, uma aposta
Percebi que não há cura
Não há fuga
Quando o coração quer falar
Ninguem o cala
Tentei negar pelas diferenças
Pelos obstaculos a minha frente
O coração me deu asas
Quando não pude voar
Me deu coragem
Quando tive medo
Me deu esperança
Quando achei ser impossível
Me deu você, derepente
D'uma brincadeira
Num piscar o coração quiz falar
Num abraço traçou um laço
Emocional me tornei
Sentimental me encontrei
E tenho que te dizer
Te amei sem perceber
E não consigo evitar
O negócio é amar.

Foto de Lemour

Tenho uma árvore

TENHO UMA ÁRVORE

No meu jardim, há uma árvore que fala.
- Ah! Estou a sentir um ventinho fresco, o cheiro da terra está a ficar diferente.
Os seus ramos cheios de folhas abanam, uns da direita para a esquerda, outros de cima para baixo.
A minha árvore não sabe bem o que se passa, olhando para a frente e para trás escuta os sons vindos do céu.
- Ah, as andorinhas estão a passear no céu e… desaparecem. As formigas estão a recolher às suas casas. Esta noite não ouvi os grilos e as cigarras hoje não cantam.
Pensando no que via e ouvia, os ramos pareciam dançar ao som do vento que corria no ar.
- Oh! Tenho umas folhas amarelas, sinto-as leves, será que estão doentes?
Uma aragem mais forte fez soltar umas folhas. Rodopiando no ar cairam na janela do meu quarto.
E… as folhas da minha árvore iam-se soltando, rodopiavam e caiam no jardim
- Já sei o que está a acontecer, gritou a árvore, é o Outono que chegou. Pensava que estava a ficar doente.
Encostada à janela eu observava e ouvia a minha árvore, mas estava sem perceber , não sabia bem o que era o Outono.
- Pois é, daqui a dias vou ficar sem folhas, vou começar a adormecer, sem folhas vou ficar mais forte para aguentar os ventos, as chuvas, os frios, quando os dias voltarem a ficar mais quentinhos eu vou ficar maior, vão nascer mais folhas verdinhas e os meus ramos fortes vão fazer sombra.
A minha árvore virou os ramos na direcção da janela do meu quarto.
- Debaixo da minha sombra aquela menina vai brincar ouvindo ao longe as cigarras.

Lena Mourinho

Foto de marcos alves

Obrigado aos leitores

Gosto de escrever poesia
Para homenagear pessoas especiais
Hoje eu escolhi você
Meu amigo leitor
Se não fosse você
Não teria o por que de escrever
Sempre em busca de emoção e alegria
Acesssam as paginas de poesias
Muito obrigado a todos vocês.

Foto de Vágner Dias

Em seus olhos negros

Em seus olhos negros
Que vejo a beleza da tua alma
Em suas pupilas é que se esconde
Algo sem palavras, inexplicável
Olhando em teus olhos
Os Deuses me recita poemas
Me conta prosas em contos
E ensina a respirar outro ar
Seus olhos negros escondem
Um segredo a mostra
Uma pergunta com resposta, exposta
Aos Deuses é bom e me permite observar
Assim tudo se encaixa
Como se eu fosse personagem
Vivo em um conto de amor
Vivendo soluções sem limites
Em um mundo limitado
E sonhos intermináveis
Em meio a tantos pesadelos
Em seus olhos
Descanso meu pensar.

Foto de Paulo Gondim

Reação

REAÇÃO
Paulo Gondim
09/02/2011

Já sinto certa resistência da vida
Meus passos já não têm a mesma largura
Ando menos e a visão já se encurta
O peso dos anos não admite mais loucura

Mesmo assim, a mente ainda me alerta
Ainda há muito para construir
Mesmo que o corpo peça limite
Viver é preciso, é preciso reagir

E arranco forças do fundo das entranhas
Busco-me novamente, face a face me encaro
Tiro do meu eu as formas mais estranhas
E corro pra vida como cão que segue seu faro.

Foto de Marilene Anacleto

Aventura

AVENTURA

Quando ouve aquela música
Já não está naquela cama,
Está longe, muito longe,
Nos braços de quem lhe ama.

Impulsionada em um balanço
Por mãos fortes e poderosas,
Voa até o paraíso.
Depois... um buquê de rosas.

Fragrância entorpecedora,
Aroma místico e mágico.
Onde está ele? Acabou a música!
Foi-se o mundo fantástico.

Fica o sorriso nos lábios,
De prazer e emoção.
E sabe que há muito mais
Do que sonha um coração.

Marilene Anacleto
03/01/98

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em 26/07/06
Publicado em Poesia-Speedway - http://www.swi.com.br/poesias/ em 07/08/00
Publicado no Jornal Folha do Povo – Itajaí – SC, em 25/09/99
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.
Publicado no programa ‘Poesia no ônibus’, em Itajaí - SC

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