Distante

Foto de Erica Maia

O telefone toca novamente e ela, como sempre, foge de onde quer que esteja para atendê-lo. O sorriso apresenta-se antes de ao menos dizer "alô". Sofro com esse gesto que já foi prá mim, porém agora seu tempo é para aquele que não a merece. Então combinam-se de se encontrar.
Na sorveteria perto de casa riem, abraçam-se, beijam-se. Vejo a mão forte e rude percorrendo seu delicado rosto de menina e aquelas pernas tão minhas quanto as minhas próprias. Não mais. O seu cheiro doce que antes eu protegi perdeu-se na frieza daquele olhar que ele a dedicava. Não a ama!
Em casa novamente e ela está feliz. Duvido. Era feliz comigo. Eu a acariciava e ela me beijava o nariz como se brincasse comigo. As vezes que dormimos juntos e ela me acordava no meio da noite para me contar seus sonhos bobos. Adorava sua meninice, embora tenha sido eu quem a tivesse ensinado a ser mulher.
Não sou mais o único homem de sua vida. Se é que realmente o tenha sido, algum dia. A minha bonequinha já é mãe. Agora tenho uma netinha. Reparo, constrangido, uma antiga conclusão precipitada: ele a ama!

Fóruns: 
Foto de Stacarca

Oi Érica, ótimo conto, como sempre repito micro-contos são sempre muito difíceis de serem escritos, e quando são compostos de forma bela vale destacar, vejo que levou muito ao masculino no texto, foi proposital? Parabéns.
Stacarca

Foto de Erica Maia

obrigada!

Foto de francineti

Gostei muito do seu conto e ficaria feliz se você lesse os meus e desse tua opinião. um beijo da Fran

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