Surpresas da vida

Foto de angela lugo

Tarde da noite, está fria sem igual. Carolina vira-se em sua cama. De cá para lá, não está conseguindo dormir. Seu sono desapareceu depois de ter dormido algumas horas, acordara ansiosa.
Levanta-se, anda pela casa toda, vai até a cozinha e resolve aquecer um pouco de leite para ver se seu sono vem, está muito inquieta para adormecer; seu marido Jairo dorme como um anjo, nem imagina que ela está andando pela casa.
Espera ansiosa pelo amanhecer para falar com Jairo, quando ele havia chegado ela estava dormindo e agora que acordara estava ali ao seu lado sem poder lhe falar olhando-o em seu sono profundo, gostaria de acordá-lo, mas não tinha coragem seu humor é péssimo quando alguém o acorda. E a madrugada ia a fora.
Carolina está eufórica com um e-mail que recebeu de sua irmã aquela noite, quer partilhar sua felicidade com Jairo, mas não tem como, só lhe resta esperar que a noite passe rapidamente dando lugar ao novo dia.
Enfim o sol desponta com seus raios pálidos no horizonte!
Carolina não percebe os raios de sol que entram em seu quarto, cochila devido ao cansaço da noite em claro, de sobressalto acorda, com a batida da porta de serviço, nem lembrou que Gena sempre chega muito cedo. Levanta-se e vai para a sala e a encontra no meio do caminho.
‘Oh! Gena... Que susto!’
‘Bom dia, a senhora está bem?’
Gena há muito tempo trabalha naquela casa e nunca vira sua patroa tão cedo acordada, está intrigada.
‘Bom dia, Gena’
‘Acordada há esta hora?’
‘Pois é não dormi nada. ’
‘É mesmo... Por quê?’
‘Estava muito agitada, perdi o sono. Que noite viu!’
Carolina não diz mais nada vira as costas e vai para seu quarto pelo caminho fala para si mesma ‘espero que Jairo acorde logo’
Gena sem saber de nada vai para a cozinha preparar o café.
Jairo vira-se de um lado para outro, abre os olhos e dá de cara com Carolina que o olha bem de perto ‘Jairo até que enfim acordou’ reclama.
‘Nossa! Creio que seja muito cedo, porque está acordada?’
‘Preciso falar contigo, esperei a noite toda para te dizer. ’
‘Hum... O que você quer há esta hora?’
‘Sabe a minha irmã que você não conhece e que vive em Paris?’
‘Sim que tem ela? Morreu?
“Não ta louco”!
‘Recebi um e-mail dela, me falando que vem para o Brasil. ’
Jairo ainda cochilando a questiona.
‘E por isso não dormiu? E ainda acorda-me tão cedo, eu heim.’
‘Mas... Jairo muito tempo eu não a vejo. ’
‘Está bem... Depois falamos agora me deixa dormir vai?’
Carolina fica um pouco chateada, mas logo pensa em sua irmã que há tanto tempo não vê, nos momentos felizes que viveram há muitos anos atrás, ela é mais velha, mas nunca perceberam a diferença de idade. Sentia-se feliz com sua chegada.
‘Não consigo mais dormir. ’ Reclama Jairo
Sem falar mais nada se levanta e vai em direção ao banheiro, olhando-se no espelho pensa ‘Como será ela? Estou curioso para conhecê-la. As fotografias que vira ainda parecia uma menina feia e sem sal, mas e agora?’ Seu lado cafajeste começou a aparecer.
“Carolina”! Grita Jairo.
‘Fala... Porque está gritando?’
‘Quando ela chega?’
‘Melhor você tomar seu banho, depois falamos. ’
Jairo não responde.
Depois de algum tempo saí do banheiro e Carolina o espera, sentada na cama, absorta em seus pensamentos. ‘Porque está tão pensativa?’ Pergunta Jairo.
‘Estava pensando numa forma de recepcioná-la, talvez uma festa... O que você acha?’
‘Ah! Estas coisas deixo para você, não posso preocupar-me com isto. Tenho muito trabalho na empresa. ’
Neste momento Gena interrompe o diálogo deles chamando-os.
‘O café está na mesa. ’
‘ Obrigada... Estamos indo. ’
Durante o café retomam o assunto de sua irmã Margareth.
‘Bom... E quando ela chega?’
‘Próxima semana. ’
Jairo é uma pessoa que nunca gostou de visitas e agora terá uma em sua casa e nem sabe por quanto tempo.
Carolina fala toda entusiasmada ‘teremos que ir buscá-la no aeroporto’ ele a olha quer perguntar quanto tempo ela vai ficar, mas resolve não questionar.
‘Claro... ’
Aquela semana para Carolina não passava, fazia de tudo para que o tempo corresse, mas o tempo parecia que tinha parado.
Já para Jairo quase nem lembrava, às vezes seu pensamento se voltava para Margareth mais pela curiosidade de saber como seria ela.
Enfim a semana passou e o dia tão esperado chegou, estava frio o inverno ainda não havia terminado. Carolina acorda cedo mais uma noite que quase nada dormiu, chama por Jairo;
‘Então está pronto? Podemos ir ao Aeroporto... ’
‘Nossa! É hoje? Nem lembrava mais... ’
‘Vamos... Vamos não quero chegar atrasada. ’
‘Está bem... Vamos lá. ‘
Saíram, pegaram o carro e foram buscar sua irmã.
Lá chegando deixaram o carro no estacionamento e foram ao saguão internacional.
Cada pessoa que saía Carolina suspirava, até que viu sua irmã através do vidro... Muitos anos se passaram, mas jamais esqueceria aquele rosto, esperou que saísse e correu ao seu encontro e com os olhos marejados de lágrimas a abraçou, beijou, acariciou seu rosto, seu cabelo que há tanto tempo não via.
‘Ai Deus! Que saudades de você minha querida!’
‘Eu também Carol... Há quanto tempo não nos vemos. ’
Abraçaram-se e choraram com muita emoção no coração depois de muito tempo separada.
Carolina até esqueceu-se de Jairo que as olhava de longe não querendo interferir no reencontro.
‘Venha... Quero te apresentar meu marido. ’
‘Venha Jairo. ’ Chamou-o.
Ele sem saber o que fazer estendeu a mão para cumprimentá-la, entrou em desespero no momento que a vira teve vontade de sair correndo, pois já a conhecia.
‘Muito prazer. ’ Respondeu sem demonstrar qualquer reação ao vê-lo, como iria falar a sua irmã que já o conhecia? Não tinha como então resolveu não falar nada.
Jairo agradeceu aos céus por ela nada falar, parecia que uma tonelada de gelo havia caído sobre suas cabeças e não tinha para onde correr.
Carolina sem nada saber ou perceber, toda feliz fala;
‘Vamos querida para casa. ’
No caminho voltando para casa estão todos calados, Carolina estranha aquele silêncio e questiona.
‘Gente que é isso porque este silêncio? Está muito cansada Meg?’
‘Sim foram doze horas de vôo estou louca para tomar um banho. ’
‘Logo chegaremos e poderá descansar. ’
Jairo está petrificado com a situação e seu pensamento voa no dia em que conheceu Meg foi assim que ela se apresentou a ele. Estava na Champs Elysées em Paris tomando um café quando a viu, passando entre as mesas e cadeiras a sua volta, ela era linda – pensou- com uma saia branca esvoaçante e uma blusa cor de carne amarrada na cintura deixando a mostra seus belos seios. Sentou-se a sua frente e não tinha para onde olhar e também não queria a visão daquela mulher o impressionara.
Meg em seus pensamentos não consegue pensar muito bem o que iria fazer, jamais imaginara que o homem por quem se apaixonou era marido de sua irmã.
Carolina já entediada com aquele silêncio pergunta:
‘Temos tanto para falar Meg..... ’
‘É..... Temos muito, afinal foram dez anos. ’
Ainda bem que Carolina quebrara aquele momento de recordações, Jairo e Meg aparentemente estavam sem ação, seus pensamentos estavam muito distantes e ao mesmo tempo na mesma direção... Paris.
Jairo volta a lembrar daquela tarde quando ela lhe sorriu e ele muito gentilmente ofereceu-lhe um café, o qual ela aceitou imediatamente. Falaram coisas banais como: se, ela poderia levá-lo para conhecer a Torre Eiffel ou a Catedral de Notre Dame. De onde estavam sentados poderiam ver a exuberante Torre Eiffel que já estava iluminada como um cartão postal ao fundo. Combinaram de encontrar-se no dia seguinte para ir ao Museu do Louvre.
Em nenhum momento se perguntaram se tinham alguém em suas vidas, não queriam quebrar aquele momento mágico. No dia seguinte encontraram-se na entrada do Louvre, resolveram não entrar e foram ao Carrossel que se encontra um pouco antes da Torre Eiffel, brincaram feito crianças. Jairo tinha esse sonho de ficar girando no carrossel com uma garota desde menino, depois foram fazer um passeio no rio..... Num barco destinado a turistas, alguém cantava ao fundo num pequeno palco, Jairo e Meg bebericavam um vinho branco, as mesas estavam ornamentadas com flores do campo e duas velas vermelhas, tudo contribuía para um sentimento mágico que em cada detalhe, cada gesto os embriagava na melodia do sussurro da água batendo no casco do barco. Novamente seus pensamentos são quebrados por Carolina:
‘Meg querida... Estamos quase chegando, logo poderá descansar um pouco!!’
‘Sim... Teremos muito para falar depois que descansar.'
Jairo emudecido não queria falar e também não queria que nada lhe fosse perguntado.
Meg lembra da primeira noite que passara com ele no seu hotel, uma noite inesquecível, ele demonstrara tanto carinho que ela já começara a apaixonar-se por ele desde a primeira vez que fizeram amor.
Enquanto o carro percorre os últimos quarteirões para chegarem a casa, Jairo não consegue parar de pensar em Meg; quando saíram do barco pegou em sua e mão e disse: ‘ Vamos sair correndo e quando pararmos quero dar-te um beijo de agradecimento por esses momentos maravilhosos’. Jairo estava extasiado por sua beleza, seu perfume que quando o vento passava exalava um cheiro de rosas. Quando pararam estavam em uma viela sem ninguém e ali mesmo Jairo a beija na boca e começa a acariciá-la. Meg sem reação agarra-se a ele não querendo solta-lo acabam indo para seu hotel começando a primeira noite de amor....
Ficaram por uma semana juntos na cidade luz, para eles luz do amor que marcou seus corações iluminando seus dias. Jairo voltou para o Brasil e nem sequer se despediu de Meg não tinha coragem de lhe contar que era casado.
Meg ficara transtornada quando ligou para o hotel e lhe informaram que Jairo havia partido. Seus pensamentos foram novamente cortados pela voz de Carolina:
‘Enfim... Chegamos a casa!’
‘Carolina, você se incomoda se eu tomar um banho, descansar um pouco e depois falarmos?’
Carolina estava ansiosa para saber tudo da vida de Meg, mas fazer o que? Teria que esperar.
‘Não!... Claro que não!’
Jairo permanecia calado.
Entraram em casa e havia muita perturbação nos corações de Jairo e Meg, não sabiam como agir sem que Carolina percebesse qualquer coisa entre eles.
‘Vai querida.... Toma seu banho, descansa, estou muito cansada também, não dormi esta noite na ansiedade de vê-la. ’ Fala Carolina.
Carolina vai para seu quarto, deita e logo adormece. Enquanto isso, Jairo espera por Meg na sala. Alguns minutos depois ela entra, Jairo não sabe o que dizer.
Meg com um roupão e totalmente nua o abraça e o beija apaixonadamente, Jairo não sabe o que fazer, sente sua pele macia, sua boca adocicada, seu cheiro de rosas e não agüentando mais, abre seu roupão e começa a beijá-la quase com fúria e paixão. Simplesmente a possui ali naquela sala, na poltrona onde tantas vezes sonhara com ela.
Carolina esta adormecida não pode nem sonhar com o que esta acontecendo, tão perto dela, ali na sua sala. Jairo fala com Meg:
‘Desculpa!... Como eu poderia imaginar que fosse a irmã de minha esposa. ’
‘Não se preocupe, jamais contarei para Carolina o que aconteceu entre nós. ’
‘Mas.... Eu te amo!’
‘Eu também, meu querido!!!’
Meg esta triste tanto quanto Jairo, mas o destino os forçou na mesma rota da vida, e agora nada podem fazer para mudar. O que foi feito está consumado, sem retorno.
‘Jairo!... Vamos fazer de conta que realmente nunca nos vimos, é a melhor solução. ’
Falara isso com dor no coração, sabia que não poderia trair mais sua irmã, antes não sabia que ela era sua rival, mas agora não poderia continuar, não poderia.
‘Sim!...É a única solução mesmo. ’
‘Creio que o nosso enlace de amor acabou na hora em que cheguei ao aeroporto e te vi com minha irmã. ’
‘Então por que fizemos amor???’ Pergunta Jairo.
‘Foi nossa despedida, o adeus de nosso amor. Agora vou dormir um pouco. ’ Fala para Jairo. Beija-o com paixão e diz:
‘Adeus amor!’
Jairo não responde, fica perturbado com tudo que acontecera, esta completamente perplexo de Meg, a mulher com quem viveu uma história de amor seja sua cunhada.
Meg entrou no quarto com lágrimas nos olhos, quase não vendo nada a sua frente. Não iria suportar viver sem seu amor, estava justamente no Brasil para reencontrá-lo, mas agora pensou...
Pensou... Pensou e resolveu. Abriu a sua valise, pegou uma caixa de comprimidos e em vez de tomar apenas um tomou o vidro todo.
A noite passou, o dia clareou e Meg nunca mais acordou, dormiu para sempre feliz por ter estado com seu grande amor.

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