Foto de Rosamares da Maia

Naufrágio

Naufrágio

Recolho de mim fragmentos, destroços,
São pedaços da minha vida naufragada,
De um barco arremessado contra os corais.
Fustigado pelo vento no auge da tempestade,
Tudo o que emerge vem do abissal da alma,
Restos de vida boiando na superfície.
- São letras.
Contam de mim histórias loucas, ideias tolas.
Nem sempre entendidas. Pouco me importa.
São rascunhos da alma.
Apenas fragmentos, somente vêm à tona,
... Escapam e afundam para sempre.

Rosamares da Maia
09/01/2004

Foto de Rosamares da Maia

METAFÍSICA

Metafísica

Toda verdade que conheço é tátil,
Posso senti-la na ponta dos meus dedos.
Não importa a forma que as coisas tenham.
Desconheço modelos, não sei fórmulas.

Tudo o quanto percebo é instintivo
Intuitivo, de sentidos quase animal,
Uma vocação do destino me guia e ilumina.
Não reconheço as certezas absolutas,

Todas são construídas para destituir,
Refutar, comparar e reformular.
Tudo o que penso saber é metamórfico,
Renovável, absolutamente transgressor.

Todas as minhas afirmações duram pouco,
Somente o exato tempo da renovação.
Plasticidade não é ausência de personalidade.

Pelo caminho em que recolhemos belezas,
Vejo e vivo o belo pela virtude do belo,
Por senti-lo encontro-o dentro de mim,
Pois toda beleza intima é metafísica,

Só há olhos de ver guiados por olhos de sentir,
Claridade que antecede a visão - é física.
Síntese e essência das almas desenvolvidas.

Rosamares da Maia
05/09/2003/12

Foto de Allan Dayvidson

O MEDO

"O medo é sem dúvida meu sentimento mais comum. Lembro-me de uma infância marcada por esse sentimento (ainda que basicamente se tratavam de medos próprios da fase). O medo tem por costume me imobilizar, mas nossa relação vem se transformando com o passar do tempo e posso dizer que agora estamos chegando a um consenso... Daí vem este poema."

O MEDO
=Allan Dayvidson=

O medo nem se esforça para me alcançar.
Eterno vigilante aonde quer que eu vá.
Armado até os dentes e pronto para atirar.
Trago o medo comigo e não hesito em usar.

Mas chega de becos escuros e sombrios sussurros,
ameaças veladas ou guerras declaradas.
O medo luta até o fim, mas não há escolha senão tentar...

E o medo luta até o fim, mas vou encarar,
mesmo morrendo de medo, inclusive de ganhar.
Ele faz do desconhecido seu aliado e da coleira um colar;
faz laços nas faixas de isolamento que marcam meu lugar.

Mas chega de velhos muros e versos duros,
agressões discretas ou violação direta,
O medo é um baita adversário e não há escolha se eu não tentar.
E chega de falsos alarmes e de apressar passos,
porque o medo tem lá seu charme quando entre meus braços.
Seu jeito é envolvente e não há escolha senão me entregar...

Então, um acordo acaba de ser estabelecido:
eu serei livre enquanto meu medo permanecer seduzido.

Foto de Gomes S

Pecado

.
.
.
.
Estou sem fôlego,
Estou sem ar,
cadê o vento?
Cadê a brisa?
E o meu sustento?
.
Olha o ar,
perto do vento,
perto da brisa,
está bem ao lado,
tudo encoberto,
Bem escondido
pelo pecado.

Foto de Paulo Gondim

O mensageiro

O MENSAGEIRO
Paulo Gondim
09/12/2012

Nuvens negras num mundo de trevas
Ganância de uns e, de outros, a submissão
Os homens não se entendiam
Dúvida, guerras, intriga, desolação...

Era o tempo de uma longa vigília
Noites longas, frias e dias indecisos
Legiões de pobres há tempo esquecidos
Andavam sem rumo, por caminhos imprecisos

Uma promessa de longa espera
Que já se fazia desconfiança
Mas toda a crença haveria de ser real
No nascimento de uma criança

E Ele veio, na simplicidade do pobre
Como vento que surge para mudar tudo
Quebrar amarras, antigas crenças, velhos preconceitos
Num novo pacto, dar luz ao cego, e voz ao mudo

Sua proposta é simples, clara e possível
Amor ao próximo e um mundo de paz
Sem domínio, sem fome, sem miséria
É a mensagem que o Deus Menino traz

Foto de Carmen Vervloet

Soneto Dos Meus Setenta Anos

Eis que em minha vida chegou o inverno,
já não corro mais lépida pelos campos,
mas guardo em mim sonhos eternos,
iluminados por milhões de pirilampos.

Meus sonhos transpassam nuvens, montes,
minh’alma pirilampeando pelo curvo horizonte,
relembra os verões festivos e as primaveras,
o sol radiante que transpunha minha janela.

Ninguém roubará de mim tamanha alegria,
nem as infindas lembranças que guardo comigo
eternizo-as nos versos da minha poesia.

É leve o peso dos meus setenta anos,
construí na caminhada um sólido abrigo
que revela as marcas do meu viver humano.

Foto de William Contraponto

Conselhos de Parceiro

Aí, na boa parceiro,
Pára de "ladaia" e nem ameaça
O que você queria
Era estar no meu Lugar
Enquanto tua cabeça chia
Eu tô beira-mar... e tchau
Qualquer baixo astral

Será que preciso mesmo ensinar?
Coração vazio... mente sujeita à deriva
Tome posse da energia, meu bom
Encha a vida de prazeres
Não acumule tanta frustração

Esse é só um toque, na real
Te joga nesse mar... esqueça o normal
Seja feliz, seja quem você deseja
Saia dessa hipocrisia, seja o seu natural

Foto de William Contraponto

Vá!

Vá agora, vá agora...
Ou não vá mais
Existe hora certa
Para conquistar tua paz

Conhece a ordem vigente?
Essa do agente contra a voz?
Grite, se levante... vá em frente
Vá agora ou não a terá mais

Agir e viver... decida como quiseres
Aceite tudo que vem
Se queres parecer do bem,
Mas saiba: certo é tu ir
Então, vá agora e vá além

Foto de Wilson Numa

Saudades

Tenho saudades dos tempos que juntos passamos,
Embora sejam curtos e poucos tem um grande significado para mim,
As vezes que me contas as suas histórias,
O teu toque em minha pele, o teu sorriso encantador,
Deixa-me cada vez mais feliz de saber que vc faz parte da minha vida,
Embora não parecia q ia acontecer a primeira vez que te vi
Quero que saiba que vou lutar para nunca te esquecer
E no meu coração tenha a certeza que vou sempre guardar um espaço para ti

Foto de Elias Akhenaton

Coração em pedaços

Oh minha amada! Por onde andas?
Choro com saudades, sentindo
A tua falta, do nosso jeito de amar
Nas ardentes noites ao luar.

A flor do amor que florescia em meu peito
Com suas suaves pétalas, despetalou,
Mas o seu cheiro em mim ficou,
Enraizado p’ra sempre por ti meu amor.

Eu que outrora vivia transbordando
Alegria, felicidade; hoje caminha
Por ai sem rumo - moribundo,
Vagando tristemente pelo mundo.

Volta amor meu... Volta para junto
De mim... Vem florescer a flor
De minh'alma com os teus carinhos,
Faz-me sentir que ainda sou teu.

Se porventura eu te magoei, perdoe-me,
Jamais magoaria meu próprio coração,
Pois estás dentro dele, é por ti que ele pulsa...
Meu motivo de ser - razão do meu viver.

-**-Elias Akhenaton-**-

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