Foto de FERNANDO_JOSÉ

Saudade... (Fernando José)

A despedida é sempre triste...

Quando teu sorriso desapareceu....

Metade de mim... morreu...

Esse olhar tão profundo !!!

Que fez de mim “senhor do mundo”...

De um mundo que foi só “meu”...

Mas, já partiste....

E metade de mim... morreu...

Nada te pedi..

Tudo me deste !!!

Foste meiga...

Carinhosa...

Compreensiva...

Doce...

Foste Rosa...

Foste Celeste...

Nada tinha

Tudo encontrei...

Linda realidade “sonhei “

Nada tenho...

Estou só...

E só eu...

Porque sem ti..

Metade de mim... morreu...

---------------- ooo ---------------

Saudades de ti Rosinha

Fernando José

Foto de quimnogueira

Poema do esquecimento

Um dia ? Dois ?
Um minuto apenas e tu partiste !
Partiste e eu fiquei só e triste !
E agora o tempo corre vertiginosamente

e atropela o meu coração sangrento,
despedaçando-o contra as pedras do caminho;


o sangue correndo abrasador

tortura-me numa infinda dor...

As árvores do além, no silêncio da noite,

gemem baixinho:

imploram, com ternura, um beijo, um carinho.

As estrelas do céu cantam melodias, lentas,

plangentes...

Os astros não brilham, a lua já não sorri...

E tudo porque te vi partir !

E eu no silêncio da noite escura,

imaculadamente pura,

rezo, recordo e estremeço...

Um tic-tac lento despertou-me...

As horas terríveis continuam a correr,

fazendo-me sofrer por não te ver...

Elas marcam a hora em que me deixaste !

Escuto o meu coração implacável,

como esse relógio malfadado,

e sinto-o gemer também.

Tic-tac...tic-tac...

Queria fugir, fugir ao tempo,

perder-me no mar do esquecimento...

E...chorar, penar...

Fugir, fugir, perder-me com a minha dor

no mar que fora sempre cheio de amor,

em vez de tanta e tanta dor...

Corro então, corro mais que o tempo,

mais que o relógio; e na minha corrida

desenfreada, louca, eu já não choro,

já não sofro...

Os espinhos cravam-se em mim,

rasgam-me a pele e o sangue corre...

Tic-tac...tic-tac... Paro assustado!

O tempo afinal corre a meu lado

e me ultrapassa; fico para trás,

perdido no esquecimento...

Olho

Foto de Rart

Nega-me o amor a lei (Omar U-ed-ref )

Vem... entrega-te num só momento

Foto de Carlos

Encontrei-me com aquele... (Ibne Almilhe)

Encontrei-me com aquele que me tornou lânguido

Com o seu amor e saudei-o de palavra.



Mas ele, que há algum tempo se afastava de mim

E se mostrava altaneiro

Permitiu-me generosamente que o beijasse.

Ibne Almilhe (séc XI)

Foto de Carlos

Quando me visitou... (Ibne Sara Assantarini)

Quando me visitou senti desejo de beijá-lo

E duas vezes o beijei em cada face.



Disse depois: por favor, deixa que beije a tua boca

Prefiro as brancas margaridas

Foto de Carlos

O teu aroma (Al Mutâmide ibn Baji)

O teu aroma tomou-me conta do olfacto

E o teu rosto lindo preencheu meus olhos:

És minha mesmo depois de me deixares

E só por isso me chamam poderoso.



Al Mutâmide ibn Baji (1040-1095)

Foto de Carlos

Eu não sou de ninguém... (Florbela Espanca)

Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser

Há de ser luz do sol em tardes quentes;

Nos olhos de agua clara há de trazer

As fulgidas pupilas dos videntes!



Há-de ser seiva no botão repleto,

Voz no murmúrio do pequeno insecto,

Vento que enfuna as velas sobre os mastros!...

Há-de ser Outro e Outro num momento!

Força viva, brutal, em movimento,

Astro arrastando catadupas de astros

Florbela Espanca (1894-1930)

Foto de Carlos

O Gato (Charles Baudelair)

Vem cá meu belo gato, vem ao meu coração apaixonado;

Encolhe as unhas dessa pata,

E deixa que eu mergulhe nos teus olhos,

Um brilho nacarado de metal e ágata.



Quando os meus dedos,

Foto de Carlos

Elegia (Mário de Sá-Carneiro)

Minha presença de cetim

Toda bordada a cor-de-rosa,

Que foste sempre um adeus em mim

Por uma tarde silenciosa...



Ó dedos longos que toquei,

Mas se os toquei, desapareceram...

Ó minhas bocas que esperei

E nunca mais se me estenderam...

Meus boulevards de Europa e beijos

Onde fui só espectador...

- Que sono lasso, o meu amor;

Que poeira de ouro, os meus desejos...

Há mãos pendidas de amuradas

No meu anseio a vaguear...

Em mim findou todo o luar

Da lua dum conto de fadas

Eu fui alguém que se enganou

E achou mais belo ter errado...

Mantenho o trono mascarado

Onde me sagrei Pierrot.

Minhas tristezas de cristal,

Meus débeis arrependimentos

São hoje os velhos paramentos

Duma pesada Catedral.

Pobres enleios de carmim

Que reservara pra algum dia...

A sombra loira, fugidia,

Jamais se abeirará de mim...

Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)

Foto de Carlos

HEBRÉIA (António Castro Alves)

Flos campi et lilium convallium.

Cant. dos Canticos

Pomba d'esp'rança sobre um mar d'escolhos!

Lírio do vale oriental, brilhante!

Estrela vésper do pastor errante!

Ramo de murta a rescender cheirosa! ...



Tu és, ó filha de Israel formosa...

Tu és, ó linda, sedutora Hebréia...

Pálida rosa da infeliz Judéia

Sem ter o orvalho, que do céu deriva!

Por que descoras, quando a tarde esquiva

Mira-se triste sobre o azul das vagas?

Serão saudades das infindas plagas,

Onde a oliveira no Jordão se inclina?

Sonhas acaso, quando o sol declina,

A terra santa do Oriente imenso?

E as caravanas no deserto extenso?

E os pegureiros da palmeira

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