Foto de Carlos

O Crescimento do Amor, ou a Primavera (John Donne)

Mal acredito que o meu amor seja tão puro

Como pensava que era,

Porque tem que suportar

Vicissitudes, e estações, como a erva.

Penso que menti todo o Inverno, quando jurava

Meu amor infinito, se a Primavera o aumentou.

Mas, se o amor, este remédio, que toda a mágoa cura

Com mais, não for qualquer quintessência, é mistura

De todas as matérias afligindo a alma. Ou dos sentidos,

E ao Sol rouba o seu vigor operativo.

O Amor não é tão puro e abstracto como costumam

dizer os que por amantes têm a sua Musa.

Mas como tudo o resto, sendo também elemental.

Por vezes será contemplativo, outras agirá.



Mas nem por isso maior, apenas mais eminente

Se tornou, com a Primavera

Como, no firmamento,

Com o Sol, as estrelas, se mostram mas não aumentam.

Como botões num ramo, ternos gestos amorosos,

Da despertada raiz do amor florescem agora.

Se, no agitar da água mais círculos procedem

De um, também assim o amor se acrescentará.

Esses iguais

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Espero por ti (Fernando José)

PARA A ROSINHA ....

QUANDO CONTIGO ESTIVER

TEREI MEUS OLHOS FECHADOS

PARA QUE NÃO POSSAS VER

COMO ESTÃO

APAIXONADOS!!

COMO POSSO EU FAZER?

SERÁ QUE ISTO É DEFEITO?

O QUE ME ESTÁ A ACONTECER

E PORQUE QUEIMA O MEU PEITO?!!

SEI QUE NÃO ÉS MINHA!!!

JAMAIS O PODERÁS SER

VÊ A MINHA DESGRAÇA!!

O QUE ME ESTÁ A ACONTECER!!

MAS QUANDO ESTIVERES COMIGO!!

COM OS MEUS OLHOS

EU TE ENGANO!

NÃO QUERO QUE OS TEUS VEJAM

O QUANTO JÁ EU TE AMO!!

PORQUE A VIDA NÃO É JUSTA

E SÓ DÁ TRISTEZA E DOR

MESMO SABENDO A IMPOSSÍVEL

A ESPERANÇA DO AMOR

TARDE ? NUNCA É TARDE!!!

E CEDO JAMAIS O SERÁ

ESTE AMOR É ASSIM

JAMAIS SE ANUNCIARÁ!!

MAS QUANDO CONTIGO ESTIVER

TEREI MEUS OLHOS FECHADOS

PARA QUE NÃO POSSAS VER

COMO ESTÃO

APAIXONADOS !!!

Fernando José

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Se eu falasse de flores (Fernado José)

À MINHA FLOR ROSINHA !!

Sabes que nem sempre

A flor mais bela

É a mais quente !

Sabes que nem sempre

A flor mais cheirosa

É que agrada á gente !

Sabes que nem sempre

A flor mais vistosa

Atrai a gente !

Mas a mais simples flor

De branco matizada

No seu pedúnculo erecta

Ligeiramente inclinada !

Consegue fazer

Que um feio entardecer !

Se torne no mais lindo

Pôr do Sol

Fernando José

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Estou Sozinho (Fernando José)

É triste !!!

Quando me sinto sozinho

Estou rodeado de gente

Que mente

Que nada sente

Que vive uma triste

Felicidade

Que não tem amor

Que vive com dor

Que faz teatro

De manhã

Ao sol pôr

E mesmo rodeado de gente

Posso escolher outro caminho...

Numa certeza descontente

De ficar novamente… Sozinho

Fernando José

Foto de FERNANDO_JOSÉ

MINHA ADORADA NETA (Fernando José)

Para Vera Teixeira, minha neta adorada

E TU

MINHA VERA

VERDADEIRA

QUE DE VERDADE NASCES...

NUM OUTUBRO VERDE E FLORIDO...

DE AMOR VIVIDO

MINHA NETA ADORADA

QUE O SOL ILUMINE TEU CAMINHO...

QUE A FELICIDADE SEJA SEMPRE TEU DESTINO

QUE A NEBLINA SE DISSIPE AO TEU PASSAR

QUE ESTE MUNDO SEJA TEU PARAÍSO

QUE ACORDES SEMPRE COM UM SORRISO

QUE TENHAS CAPACIDADE DE AMAR

A VIDA QUE VAIS “ENFRENTAR"

TEM MUITO PARA TE DAR

VERÁS QUE O NADA PODE DAR
TUDO

E O TUDO

NADA DAR

E MESMO NA HORA MAIS SOFRIDA

ESQUECE JAMAIS

QUE DO AMOR

NASCE A VIDA !!!

FJFT

Foto de FERNANDO_JOSÉ

ROSA AUSENTE!! (Fernando José)

Para Ti ROSINHA

O AMOR

É SENTIMENTO QUE SE SENTE

É O CORAÇÃO QUE NÃO MENTE

É O DESEJO DE PRESENÇA

É A DOR DA TUA AUSENCIA

O AMOR

É FERIDA SEMPRE ABERTA

É UMA NOVA DESCOBERTA

É UM CONTÍNUO SUSPIRAR

É O DESEJO DE TE AMAR

O AMOR

É O SUOR DOS NOSSOS CORPOS

É O LANGUIDO GEMER

É O MEDO DE SOFRER

É UMA LÁGRIMA TEIMOSA

É UMA MÃO DESEJOSA

É O BEIJAR CONTINUADO

É UM MOSTEIRO ENGALANADO

É UMA NOITE FUGIDIA

É A HORA JÁ TARDIA

É UMA VIAGEM QUE NÃO QUERIA

É A ESPERANÇA DE UM DIA...

É UMA ROSA ORVALHADA

É SABER-TE MINHA AMADA

É UMA TRISTEZA MUITO TRISTE

É FICAR NOVAMENTE SOZINHO

É NÃO ACEITAR QUE PARTISTE...

Fernando José

Foto de Carlos

O Canto do Amor (Guillaume Apollinaire)

Eis de que é feito o canto sinfónico do amor

Há o canto do amor de outrora

O ruído dos beijos perdidos dos amantes ilustres

Os gritos de amor das mortais violadas pelos deuses



As virilidades dos heróis fabulosos erguidas como peças antiaéreas

O uivo precioso de Jasão

O canto mortal do cisne

O hino vitorioso que os primeiros raios de sol fizeram cantar a Mémnon o imóvel)

Há o grito das Sabinas ao serem raptadas

Há ainda os gritos de amor dos felinos nas selvas

O rumor surdo da seiva trepando pelas plantas

O troçar das artilharias que coroa o terrível amor dos povos

As ondas do mar onde nasce a vida e a beleza

O canto de todo o amor do mundo

Guillaume Apollinaire (1880-1918)

Foto de Carlos

De Tarde (Cesário Verde)

Naquele piquenique de burguesas,

Houve uma coisa simplesmente bela;

E que, sem ter história nem grandezas,

Em todo o caso dava uma aguarela.



Foi quando tu, descendo do burrico,

Foste colher, sem imposturas tolas,

A um granzoal azul de grão-de-bico

Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,

Nós acampámos, inda o sol se via;

E houve talhadas de melão, damascos,

E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda

Dos teus dois seios como duas rolas,

Era o supremo encanto da merenda

O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde (1855-1886)

Foto de FERNANDO_JOSÉ

Te Amo... (Fernando José)

Para ti Rosinha

Quem não gosta de ser amado ?

O amor não move montanhas ?

Dizer que te amo é fácil !

Sentir que te amo é privilégio

Mentir que te amo é sacrilégio

É bonito falar na Lua...

Dizer-te que sou tua...

Mas o principal do sentimento

É senti-lo cá dentro

Porque as palavras

Leva-as o vento

Não esqueças então

Que comunicar

Só com o coração

Não é o suficiente

Pode ser bonito...

Pode ser quente...

Mas ouvir da pessoa amada

Esteja perto ou ausente

Amo-te...

É o melhor presente

Fernando José

Foto de Carlos

Ah! Minha Dinamene! (LuÍs de Camões)

Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste

quem não deixara nunca de querer-te!

Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,

tão asinha esta vida desprezaste



Como já pera sempre te apartaste

de quem tão longe estava de perder-te?

Puderam estas ondas defender-te

que não visses quem tanto magoaste?

Nem falar-te somente a dura Morte

me deixou, que tão cedo o negro manto

em teus olhos deitado consentiste!

Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!

Que pena sentirei que valha tanto,

que inda tenha por pouco viver triste?

LuÍs de Camões (1524-1580)

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