Foto de Rosamares da Maia

O Sol e a Lua

O SOL E A LUA

Este amor é como uma longa estrada
De horizontes perdidos, distantes.
Nela teu corpo serpenteia e se espalha,
Exala o cheiro e saboreia o gosto da terra,
Molhada, quente, explodindo fertilidade.
É o território plantado dos meus desejos.

Mas, somos almas rebelde, ciganas.
Não amamos o amor, nos rebelamos.
Nossos corações são dispersos,
Desesperados, sem rumo, sem paradeiro.
Fugimos da imagem refletida no espelho.

Temos princípio que não se conhece,
E fim que ninguém imagina.
— Temos medo dos nossos desejos.
Assim, temos a forma abstrata do tempo,
Que nos tornou infinitos, porém intangíveis.

Por audácia, burlamos as leis universais,
Transcendemos dos nossos destinos,
- morte e vida,
Quando tu te deitas eu me levanto,
Tua sombra e o meu calor se tocam,
Neste breve momento nos entregamos.

Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

O Raio de Sol

O raio de sol

Por entre uma fresta indiscreta da cortina,
bailava atrevidamente, sem pedir licença,
um pequeno raio de sol. Inocente em sua claridade,
e insolente ao ferir-me a retina da vista descrente.
Passeava por todo o cômodo, como uma criança tola,
que brinca de pegar as sombras,
e quando finalmente fugiam assustadas,
espalhava-se preenchendo os espaços, fazendo peraltices.
Tentei em vão esconder-me,
estava por demais acostumada as sombras.
Irritava-me aquela inconveniência,
mas, também, cativava-me tanta vitalidade.
Por um instante bem pequeno, parei para
contemplá-lo.
Pronto. Foi tempo suficiente para que me tocasse,
sem a menor cerimônia.
Aquecendo minh’alma, acendendo-me o brilho do olhar.
- Restaurou-me a vida.
E hoje, trago-o bem junto ao meu peito.
Toda vez que aparecem as sombras,
olho com carinho o seu sorriso maroto.
Escancaro a janela para o horizonte e sigo em frente.

(Para o meu filho Raphael)
Rosamares de Maia
13.07.2000

Foto de Rosamares da Maia

Sobre Lobos, Homens e Cordeiros

Sobre Lobos, Homens e Cordeiros.

Na história da Humanidade, Homens, Lobos e Cordeiros se confundem.

Por que todos os Homens são lobos?
Certo é, que todos os lobos tem-se travestido de Homens.
E por tanto, Lobos – Homens,
Enganam, matam e expõe a sua carnificina.
Talvez pela questão da territorialidade.
Precisam intimidar os outros Homens - Lobos.
Dissimulam escondendo a sanha amaldiçoada,
Em peles de lépidos e belos Cordeiros,
Entocam-se em templos, oram aos seus deuses e credos,
Penitenciam-se do sangue de suas vítimas,
Como se fossem eles próprios a sofrer o martírio.
Mas, Cordeiros - Lobos não são fieis a credos!
Não enxergam além das paredes dos templos.
Enquanto se escondem, oram e afiam as suas garras,
Seduzem a audiência e babam sem cessar,
Babam pelo banquete das suas próximas vitimas.

Temem algo? Quiçá a justiça?

A do Criador de Homens, Lobos e Cordeiros?

Nela, Cordeiro, Lobos e Homens Vão se encontrar.
- Certamente para se devorar.

Rosamares da Maia

03.05.2005.

Foto de Rosamares da Maia

Hora G

Hora G

Na penumbra fecundas o nosso amor.
Sinto teu calor e sem pudores me entrego.
Tua vaidade e teu ciúme criam um espetáculo,
Incomparável pirotecnia de felicidade.
E no momento maior, entre gemidos, arranhões,
Tudo transcende, é o ápice – orgasmo,
Onde tudo é consumado,...Consumido.

Rosamares da Maia
21/01/2004

Foto de Rosamares da Maia

Produtos da Fome

Produtos da Fome

Das sombras emergem criaturas medonhas,
Amontoam-se e escondidas, defendem-se,
Prontas para atacar, mostram seus dentes,
Ainda brancos dentes de leite – Por pouco tempo.
Em breve, serão caninos cariados, afiados.
Espúria maternidade! Profana, sem sentido.
Impunidade que certamente será cobrada ao futuro.
E o tributo amealhado em vidas.
Hediondas criaturas. Agora pulam das sombras,
Povoam as ruas, como lhes fosse um direito.
São matilhas solitárias, que solidárias,
Caçam e dividem o produto da sua pilhagem.

Mas não são cães, nem ratos!
- São produtos da miséria e da fome.

Nasceram bebês, foram crianças, meninos e meninas,
Se ainda ousam sonhar é difícil saber.
Têm nos rostos mal definidos, olhos de dor.
Agasalham a realidade sob os viadutos, entre jornais,
Espiam verdades varridas para baixo dos tapetes vermelhos.
Mastigam em sua fome, decisões e providências inúteis.
Meu Deus! Não são cães, nem ratos.
Amontoam-se em uma matilha humana,
Formam a horda dos que têm nome.

- São chamados de h o m e n s.

Rosamares da Maia

Foto de Rosamares da Maia

Vida de Palhaço

Vida de Palhaço

Não retirem a mascara do palhaço,
Há um riso impresso na caricatura
Que não podemos macular, arranhar,
Porque a mascara é sua marca impressa.
Não desmistifiquem os seus segredos,
Não desfaçam os gestos atrapalhados,
O seu desempenho ridículo e desengonçado.
Ouçam as gargalhadas da plateia!
O aplauso reforça a sua crença.
“...E o palhaço o que é?...”
Sem mascara? Sem pantomima ridícula?
É nada...sou ninguém.
Quem aplaudiria as lágrimas de um palhaço?
“...Hoje tem marmelada?...”
Sobrevive no peito a dor que mata o homem.
Mas viva o sorriso desenhado na máscara do rosto!
Lágrima é piada que escorre em uma gargalhada.
Quem ama um palhaço que chora?
Quem quer um palhaço triste?
E um palhaço triste o que é? É ladrão da risada.
Hoje te marmelada? Tem... é a vida do palhaço.

Rosamares da Maia /26 de março de 2012.

Foto de Tayliebedich

Sinto sua Falta

Sinto falta das risadas, das vezes que me surpreendia, com pequenas coisas que nunca pensei que um homem me diria.

Sinto falta dos seus olhos, de quando fixava os meus tão profundo nos seus, e podia ver lá no fundo que meu destino era ficar ao lado seu.

Sinto falta dos momentos em que nada conseguíamos dizer, quando o que se estavamos querendo era se entregar a um louco prazer.

Sinto falta dos beijos seus, que faziam me sentir a garota mais feliz do mundo, e que me deixavam a toda hora num êxtase profundo.

Sinto falta de ouvir sua respiração quando ia dormir, era tão bom ter certeza que você estava ali.

Mas agora não a ouço mais, exceto em meus sonhos, onde posso deixar guardados os meus maiores desejos, as minhas lembranças, e a certeza que vou te encontrar outra vez e dizer quanta falta você me fez.

Foto de Marilene Anacleto

Feliz Páscoa!

Domingo. Páscoa, lua cheia.
Céu aberto, dia de sol.
No oeste, a lua repousa
Sobre nuvens de algodão.

Dançante, inspirador, professor,
Vem do sul o cordão de patos d’água.
Danço com ele os amores da vida
Ao caminhar, devagar, pela água.

Ora se separa, ora se abraça,
Ora se aprende, momentos de graça.

Em partes, o cordão se aproxima
Da lua, em sua bela imagem,
Formam um cálice andante
Recebem a luz naquela viagem.

Alguns não percebem
Alguns outros fotografam
Eu, apenas paro e contemplo
E bebo daquele cálice

A luz de cada abraço
Ao relembrar enquanto
Dançava com o cordão de patos.

Amores passados. Sem mágoa.
Lições aprendidas. Vida nova.
Renascimento. Feliz Páscoa.

Foto de Alexandre Montalvan

Amor

Foto de Enise

I say a little prayer - Patty Ascher (Tradução) - Aquele Beijo Internacional

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)

Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=pVYOnHMU3bo

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