Memórias é uma obra criada para o concurso Oswaldo Montenegro por Talu Audiovisual, curtam ai mais uma e nossas criações.
Eu Quero Ser Feliz Agora
Oswaldo Montenegro
Se alguém disser pra você não cantar
Deixar seu sonho ali pro um outra hora
Que a segurança exige medo
Que quem tem medo Deus adora
Se alguém disser pra você não dançar
Que nessa festa você tá de fora
Que você volte pro rebanho.
Não acredite, grite, sem demora...
Eu quero ser feliz Agora (2x)
Se alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver.
Que andando ali quieto
Comportado, limitado
Só coitado, você não vai se perder
Que manso imitando uma boiada, você vai boca fechada pro curral sem merecer
Que Deus só manda ajuda a quem se ferre, e quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela...
Eu quero ser feliz agora (2x)
Se alguém disser pra você não cantar
Deixar seu sonho ali pro um outra hora
Que a segurança exige medo
E que quem tem medo deus adora
Se alguém disser pra você não dançar
Que nessa festa você tá de fora, que volte pro rebanho.
Enviado por Carmen Lúcia em Seg, 13/02/2012 - 03:58
Ao longe, som de cuíca, reco-reco e
tamborim.
É a festa maior do povo vibrando a
Sapucaí...
Deem tréguas pra tristeza, abram
alas pra beleza,
deixem a alegria passar e explodir no
Carnaval!
É a arte simbolizada por mil
sentimentos.
É o povo sambando mazelas,
cantando lamentos;
extravasa seu peito sorrindo,
querendo chorar
e a avenida que antes vazia, quer
junto sonhar!
Tanto brilho luzindo o asfalto
pisando o ar,
invejando as estrelas do céu que no
chão vêm sambar.
As escolas combinam espaços,
cronometram compassos,
mestres-salas e porta-bandeiras
rodopiam abraços...
E os carros alegorizados
sugerem altares
aos destaques que glorificaram a
humanidade.
Fantasias bordadas com o luxo da
simplicidade
fazem deuses sobrevoarem os mais
altos pilares.
E no auge a
avenida esvazia
pelos cantos se
esconde a folia.
Quarta-feira, confetes são cinzas a
serpentear...
Elenco: Letícia Perez (Boneca), Estevão Balado (Mímico), Enrico Batalha (Dono do Circo), Carolina Belmont e João Vitor Parada (Casal de Tango), Thomaz Ângelo (Criança I) e Ricardo Augusto (Criança II), Bárbara Accioly (Bailarina), Fellipe Venturino (Palhaço), Júlia Vita (Pássaro/Tecido) e Pedro Drumond (Passante que coloca dinheiro no chapéu).
Locações: Centro do Rio de Janeiro e Campo de São Bento (Niterói - RJ).
Desperto com o coral da passarada,
no céu o sol desponta radiante,
a esperança renovada em cada alvorada
me faz seguir em frente mais confiante.
A energia refugiada na noite volta restabelecida
e junto aquela vontade imensa de construir...
Empurra-me para novas investidas,
sonhos dourados que me fazem seguir.
A fé preservada no coração,
a palavra de Deus apontando a direção...
Um vasto horizonte a ser descoberto
nos lampejos do espírito atento e aberto.
O pão quentinho sobre a mesa,
o bolo de laranja exalando um cheiro de infância,
a mesa posta despertando novas certezas,
alimentando a fé que a vida tentou levar com redundância.
Em cada gole de café que sorvo com prazer
um gosto de bem-querer por viver...
Açúcar que adoça o dia que se inicia
colocando minha mente em estado de euforia.
O espírito aberto em alerta,
dentro deste meu reino encantado,
ao redor a família que me completa,
no peito o coração feliz que bate acelerado.
São nestas pequenas coisas do cotidiano
que encontro minha imensa felicidade,
escudo que me protege de cruéis enganos,
milagre que ocorre com a maturidade.
Piuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
A locomotiva
desloca a comitiva
pra um mundo surreal...
Poetas se encontram,
espírito uno,
um mesmo ideal.
Poesia rolando trilhos,
prateando com seu brilho
estação do coração.
O trem da alegria,
energia da poesia,
fumaça arco-íres
num céu de rapel!...
Versos sabor mel
lambuzam
a seda branca
da folha de papel!
O apito do trem,
ritmo vai e vem,
inspiração além...
Nuvem carneirinho,
mar azul marinho,
janela paisagem,
encantos da viagem,
verde do indaiá...
Canto do sabiá,
passeio instigante,
desembarque fascinante,
poesia coroada
nos raios da alvorada,
champanhe na taça,
alma alimentada
vagando ensimesmada
sobre a tarde aprazível que passa.
Enviado por Paulo Gondim em Qua, 01/02/2012 - 01:02
FESTA
Paulo Gondim
31/01/2012
A lavra da terra, o mistério
O confiar, o esperar
Prova da fé
Em cada semente
O milagre do pão
A multiplicação
O sonho na mão
Vida que se busca
Que se conquista
Como batalha
No fio da navalha
A cada hora, a cada dia
O grão que germina
A espiga que brota
E em cada volta
Do rio que rega
O milagre se dá
E farta colheita
Se faz esperança
E nessa bonança
A vida se alegra
Se faz mais bonita
Um corte de chita
Enfeita o amor
Em tom de louvor
O homem agradece
De Deus não se esquece
Aumenta o fervor
A chuva na terra
Sinal de fartura
Toda criatura
Festeja o momento
Em contentamento
O homem, a mulher
A moça o rapaz
E todos se unem
No abraço da paz
Se a vida nos exige morrer um pouco a cada dia
é porque, fortes, podemos renascer...
Observando o sol que no horizonte nascia,
percebi o que a natureza quis me fazer entender.
Morre desmaiado levando seus raios cansados
deita-se e refaz-se por de trás da cordilheira
ressurge brilhante com seus raios imantados
tingindo de amarelo sua vasta cabeleira.
Seus cachos dourados se espalham produzindo alegria
numa lição ensinada com sapiência e determinação,
se o sol pode renascer revigorado e feliz a cada dia
por que não lhe prestamos mais atenção?
A natureza nos dá lições de vida e sabedoria,
basta que para ela fiquemos mais atentos,
ela se mostra numa indefectível fotografia
e indica um novo caminho para qualquer acabrunhamento.
A aurora é fonte das melhores energias,
e de brinde vem junto a ela o canto da cotovia
e o declínio da angustiante agonia
e todas e tantas e estas e muitas infindas alegrias!