amor

O coração que bate forte por amor
Que chora e implora por essa dor
Que apesar de saber que doí amar
Quer sempre viver esse sentimento
Será que nunca se aprende a dominar
Esse sentimento que vem sem o nosso concentimento
Ou seremos nós que não queremos aprender a amar
O coração asseia por esse bater
Não quer saber se sabe ou não o dominar
Mas a razão essa sim quer saber
Mas quase nunca aprende e cai nas teias do amor
Este conflito entre a razão e o coração causa tanta dor
É um conflito inútil porque quem ganha é o amor
Esse sentimento que vence todas as barreiras
E claro que não há maneiras
Para lidar com ele sente-se e logo se vive
Este sentimento que todos queremos
Mas que quando o temos sofremos
E quando o perdemos sofremos ainda mais

Não sei o que é poesia,
Apenas a imensa colcha de retalhos,
Em um emaranhado pulsante de sentimentos,
Pessoas e rostos,
Cujo laço crio, outros desfio,
Umas linhas de tecido mais fortes,
Em outras mais delicadas,
Fios finos e fios grossos,
Por entre eles alguns remendos,
Em outros lindos bordados,
A cada novo laço,
Um novo começo,
Diariamente a trabalhar,
Desejando não desatar nenhum dos fios,
Prender cada retalho,
Misturar esses sentimentos,
Preservar cada novo e antigo momento,
Amigos,
Ricos bordados, ou em fios gastos,
Cheios de carinho,
Lembranças que tanto estimo.
Ao querido poeta.

E dizem que a escravidão acabou! Não sabem do meu sentimento de amor que coagido a viver acorrentado a falsidade, me assolou o viver no dissabor de uma vida medíocre, tornando-me escrava da mentira, mentira que ceifou-me a juventude alegre, transformando-me num ser propício as tristezas de uma vida idosa; As correntes que me ferem o punho do caráter sombrio estão enferrujadas pelo tempo, o tempo de velho tornou-se fraco e obsoleto não me dando condições dignas de liberdade, hoje, aspiro na misericórdia divina o rejuvenescer do meu tempo, a autonomia dos meus dias e a eleição de um amor passível de entrega mútua.

No decorrer de uma vida anã, nos deixamos assombrar pelas sombras do passado, que como fantasmas, nos assolam o presente que deveria ser um presente ao nosso futuro, e na incerteza de sua morada concreta na terra de nossas vidas, nosso presente morre de medo de viver e vive morrendo em seu existir, e desistindo por insegurança de suas aptidões, acaba agindo covardemente se entregando ao abandono de vida fácil; Decepcionado! Nosso futuro se torna incerto por coveniente covardia de nosso presente, que de covarde, entrega sua sorte ao acaso, responsabiliando outros por seus méritos.