loucura

O engendro engendra a pedra
A pedra pedra a escolha
A escolha escolhe a relva
A relva relva a aventura
A aventura aventura-se na caverna

A caverna caverna o quadraçal
O quadraçal quadraça o granito
O granito granita o alimento da História, o desconhecido
O desconhecido desconhece o ódio contra o desejo

O desejo deseja o idílio
O idílio idilia o clarão
O clarão clareia a vitória da irmanação
A irmanação irmana-se á celebração
A celebração celebra a desgraça
A desgraça desgraça a solitária
A solitária solitaria a miséria
A miséria miseria o esquife
O esquife esquifia a opressão
A opressão oprime a tranca
A tranca tranca a paixão
A paixão apaixona-se pelo tecer do cérebro
O cérebro cerebra o criatório da mente
O criatório cria a chama
A chama chama a mão
A mão manipula a caneta
A caneta caneta a mágica
A mágica chamada PALAVRA.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Saudades de momentos que nunca existiram... sua mão a me acariciar, seus lábios a me beijar.
Sinto seu corpo junto ao meu nas noites de solidão!!
Como controlar essa louca paixão?!!
Vicio, meu louco e doce vicio...
Nunca pensei em querer alguém que nunca vi...
Em sonhar com alguém que ainda não conheci...
Venha logo para mim!!
Meu louco AMOR!

O amor é um problema crônico.
Sempre existe um comentário malicioso por detrás das câmeras. Sempre existe uma vida oculta nas cozinhas dos restaurantes. Sim, os cochichos das coxias, os bastidores das igrejas neo-pentescostais que vendem cocaína, as maquiagens de bancos que saem com água e sabão.
Mais que um problema, o amor é um entrave aos mais esclarecidos.
O amor possui entrelinhas que só os mais inocentes podem captar. As crianças que se adaptam ao mundo normal são concebidas ao som de pagode e morrem ao som de ambulâncias. Como achar lirísmo nessa situação tão simplória? Só o amor sabe explicar.
Existe um lado oculto nos seres humanos que há tempos não se pronuncia abertamente.
O lado bom.

O tempo chegou
Como de costume não pude esperar
Nem tomei as precauções
Chegou árduo, cortando a carne com sua demora
Pintando o sete, colorindo a aurora
Veio na hora, não atrasou
Pelo menos pra ele que não esperou
Pois o tempo não espera
Não consagra sua era
Não vive pra não morrer
Não morre pra enlouqueçer
Faz a cabeça
Me traz a loucura
Me faz um louco
A sua procura
Está aki, lá, acolá e mais além
Mais não é encontrado por ninguem
Deixa estar
Vem no regresso do pensar
Pegando disprovido
Quem espera a se alienar
Tempo dificil, tempo que vem
E por um orificio se vai tambem
Não fica pro almoço, nem pro jantar
Não tem vinda prévia
Só me resta esperar.

....................KAUE JESSÉ 12.02.2011 //*