melancolia

Foto de Sonia Delsin

NÃO ME PERGUNTE

NÃO ME PERGUNTE

Não me pergunte meu nome.
Eu não direi.
Direi apenas que sou uma folha ao vento.
Passei...
Não me pergunte se as rosas são perfumadas.
Que elas já morreram eu contarei.
Não me pergunte se aquele monte eu escalei.
Direi que não sei.
Não me pergunte se muito amei.
Porque meus olhos calados falarão.
Eles dirão sim mesmo quando eu afirmar que não.

Foto de carlosmustang

"""INCONTINENTE"""

...apenas um olhar, um vago e atrevido olhar
Num horizonte perdido...
"Um pouco de fadiga
Um tédio aborrecido..."

Porque falta você
Que todas as canções me inspira!!!
Ao qual a perda foi tão vã!!!
E nada mais ficou.

"Bastava então, não ter tido...
Essa vaga, docê, amarga,
Lembrança de ter tudo vivido
Então porque seus olhos mitigos?

Desvaneceu ainda mais esse sentimento
Ao ponto de evoluir mais a dor!
Deixando incerto esse momento
De poucos e infortúnios lamênto!

E aquela certeza de estar "seguro"
Só podia mesmo ocultar
Todo meu corpo...
Nesse corpo!

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

A DERRADEIRA POESIA

Um dia escreverei uma poesia definitiva.
Será a última,
A derradeira.

E com ela enfeitarei minha lápide.
Deixarei aos que me conhecem,
E aos desconhecidos que por meu túmulo passarem,
O conhecimento de como vivi minha vida.

Não quero que chorem ao ler a poesia.
Será breve, pequena, singela.
Assim como fui durante toda a vida,
Sem chamar muita atenção.

Um dia,
Quando essa poesia sair do meu coração,
Poderei então fechar os olhos, em paz,
E entregar meu espírito a imensidão.

Poucas linhas essa poesia terá,
Talvez apenas algumas palavras.
Ainda não sei bem o que escrever,
Quando souber...

É porque a morte já esta pra chegar.

Foto de Paulo Gondim

O tempo

O TEMPO
Paulo Gondim
17/05/2007

Nas asas do tempo, vai a solidão
Como reboque, como companhia
Um passageiro a mais
Que à carga se alia
E assim se faz
Nesse leva-e-traz
Nesse dia-a-dia

Com ele, também, vai a paixão
Como força viva, definitiva
Como combustão
Que se move à frente
Que se faz presente
Que se faz ação

Nas asas do tempo, vão todos os sonhos
Paixões, desamores
Vão os dissabores
Que a vida assim fez
E nada ficará
Tudo acabará
Assim, de uma só vez

Foto de Carmen Lúcia

Retrato da Vida

Num canto da sala balançava a cadeira.Por cima dos óculos ela só observava.Não dava palpites.
A rotina diária...Muita algazarra, correria. Todos apressados, em tropeços, passavam por ela.
Nem sequer percebiam que ela percebia.Olhava a todos e a tudo.Sem que ninguém a visse.
Os dedos já cansados esboçavam um bordado.Pareciam mecanizados, de tão acostumados a esses traçados.Chegavam à perfeição.
Seu rosto, sem expressão, semblante enrugado, eram marcas que ficaram, que o tempo lhe deixara.
Um tempo ausente que corria lá fora.Agora mais veloz, levando embora a vida, que ela via caminhar, além da janela, afastando-se cada vez mais.
Vieram-lhe as lembranças.Ricas lembranças.Criança correndo pelo campo, sem tempo, sem marcas, só esperança.Só risos.Sonhos.Fantasias.
Então cerra os olhos.Começa a imaginar.Ouve uma música suave.Esboça um doce sorriso e se pega a rodar, a girar, por entre flores, pés descalços na grama úmida...com o vento acariciando seu rostinho de criança feliz.De repente a criança põe-se a correr...para um lugar belíssimo, indescritível, inimaginável...
A cadeira já não balança.Permanece imóvel no canto da sala.
Caído ao chão, um bordado perfeito e já terminado.
Repousa de lado aquele rosto sem expressão, marcado agora pela morte.
A lida prossegue lá fora. E lá dentro, a rotina de sempre.É a vida!
Ninguém percebe a partida.

Foto de Carmen Lúcia

Natal na favela

Noite de Natal!
Sentam-se à mesa...
O mesmo ritual...
Os filhos, a mãe, o pai.
De entrada, uma fatia de pão,
A mesma fatia...a sobremesa.
Hora da oração!
"O pão nosso de cada dia..."
E lá se foi a fatia...
Nos olhos parece ter areia.
Vontade de chorar!
Na parede, o quadro da Santa Ceia!

Foto de Sentimento sublime

Hoje!

Hoje!

Hoje acordei me sentindo vazia.
Triste quieta, sombria.
O mundo para mim...
Eu não importava se existia.
Tudo que fazia, não dava certo eu desistia.
A tristeza em meu peito
Era tanta que nele não cabia
Pouco me importava
Se vida em meu corpo havia
De tristeza eu chorava
Porque a vida me machucava
Meu coração de dor sangrava
Então me perguntava...
Por que continuar vivendo?
Em meus pensamentos
Eu chorava, eu gritava, eu gemia.
Palavras ecoadas ao vento
Que ninguém as ouvia.
Nada me servia de alento
E sofrendo me pergunto em pensamento...
Aqui vim? Por que vim? Para que vim?
O meu eu não respondia.
Perguntei-me, não tenho direito à alegria?
Minha vida continuaria vazia?
Agora sei, sou apenas um transeunte.
Passando por uma existência.
Que me trouxe experiência
Viverei no meu silêncio
Até que o sopro do vento
Leve-me para a eterna moradia.
Osvania

Foto de Carmen Lúcia

Poemeto do Tempo

Tempo que trouxe você
Tempo, me fez renascer
Tempo que parou o tempo
Pra me dar um tempo de poder viver...
Tempo que não volta mais
Tempo que me fez chorar
Tempo que me faz lembrar
A todo o tempo que você não está.

Foto de Carmen Lúcia

Aquela rua

Retorno àquela rua...
Não é a mesma, nem há mais lua...
Escondeu-se entre prédios e assédios
E tímida, já não se mostra nua.

Pisaram a poesia que havia nela
Roubaram-lhe o encanto, meu recanto...
Fecharam-lhe as portas e janelas...
Amordaçaram seu sorriso e o seu pranto.

E as pedrinhas reluzindo dia e noite,
Foram trocadas por asfalto... um açoite
Arrebatando os seus sonhos de criança
A mesma rua onde guardei a minha infância.

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