tristeza

Foto de Marilene Anacleto

Mãe Terra, Tenho de Ir

Tenho de ir

Levo a falta

Do beijo que não recebi,
Das confissões que não ouvi,
Dos abraços que não senti.

Dos sentimentos que não confessei,
Das alegrias que não partilhei,
Dos saberes que não repassei.

Procuro a luz

Nas vivências solitárias,
Nas experiências solidárias,
Nas horas de mesa farta.

Nos encontros comigo mesma,
No meu interior, minha igreja,
Na luz divina da Mãe Natureza.

É tempo de chorar

Não sei o que fui para o que foi embora,
Nenhuma resposta ao romper da nova aurora,
Nenhum sinal de quem está comigo agora.

Todos para mim foram importantes,
Aprendi com cada qual, a cada instante.
Observando, ouvindo, analisando atentamente.

Preciso ir

Ali fora esperam-me aqueles
Que me abençoaram a vida inteira,
Com calor e sabedoria verdadeira.

Não deixo sementes, nem rastros,
Sou puxada, como quem pega a laço.
Apenas desapareço em teu regaço.

Mãe Terra, tenho que ir.

Foto de MarcosHenrique

A Carta Carmesim

Procurei de dia,
Na madrugada,
Na noite tardia,
Nada se movia

Ao brilho da lua
Infinito negro
Faísca de medo
Procuro ainda

Escondeu de mim
A minha alegria
Já vejo o carmim

Em sono profundo
Agora a minh’alma
Deixou esse mundo

Foto de Felipe Ricardo

Ultimo Soneto sobre o Tempo

"De nada mais vale o sinuoso pensar
Daquele que não ver mais o seu próprio
Tempo passar diante seu fronte já velha
E pálida, pois para ele o tempo morreu

De nada vale o sincero sopro de vida
Que agora o tempo dá a quem aqui nasce
Se ele mesmo, pobre infante desconheces
A maravilhosa dor de passar o tempo

Ah! Mas se aquele tempo resolve-se brinca
Será que ela seria gentil ou simplesmente
Deixaria-me escolher os meus caminhos?

Ah! que triste fim o meu ser cativo a escuridão
Do fim das eras... Quem me dera poder ser como
Voce com começo e fim aqui dentro de mim [...]"

Foto de cnicolau

Vontade de Escrever

Me senti hoje sem vontade de escrever.

E sem vontade, escrevo...

Vontade de não transmitir todos
os meus pensamentos ao papel.
Vontade de não ter que repassar
o que eu sinto mais,
Vontade de não ter vontade.

Porém,

Escrever, me da forças, saio de mim
e coloco para fora tudo o que esta
me agonizando por dentro.

Estranho, que na maior parte das
vezes, sempre que tenho vontade
de escrever, é quando estou triste,
quando estou com algo me afligindo.

Mas últimamente, existem tantas
coisas me afligindo, me doendo,
que fica, mesmo aqui, difícil de
colocar no papel.

São tantas as emoções, que fica
tão confuso as vezes transferir
da cabeça e do coração para um
simples pedaço de papel.

A cabeça as vezes não consegue
interpretar as coisas simples do dia.
O coração, não consegue bater em
seu ritmo correto. Sai correndo,
volta devagar, torna a correr, palpita...

O corpo sente, frágil, as intempéries
da mente e do coração, e se arrasta
pelo dia que passa sem lembranças,
sem...Apenas sem...

Os olhos, muitas vezes se enchem,
mas em sinal de força, deixa-se secar
sem nem sequer uma gota derramar.
A boca, seca, não saem mais muitas
palavras com sentido.
Tenta falar e proferir o bem, mas ao
mesmo tempo dói mante-la aberta...
As mãos não tem mais o sentido do
toque, não conseguem definir o que
tocam, os espinhos ferem.

O espírito

Esse sim luta...
Luta contra tudo o que de mal aflige.
Uma batalha difícil, árdua, mas que com
certeza não terá um final infeliz...
Ele vê, Ele crê, que existe uma vida
melhor em frente, onde a caminhada é
tortuosa, cheia de espinhos, mas com
um final cheio de flores e Amor...

Corpo. Tenta seguir mais um pouco...
Mente. Tenta não pensar...
Coração. Tenta não sentir...
Alma. Tenta reagir...

E Eu?

Eu simplesmente oro para que tudo
fique Bem................

Cleverson Luiz Nicolau
07/06/2011

Foto de Carmen Vervloet

O Protesto da Natureza

O universo queixa-se em profunda dor...
O céu acinzentado,
mostra seu luto na cor,
entorna lágrimas de chuva
que caem em granizos de cristal,
o vento faz seu manifesto em vendaval.
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
quem sabe com vergonha por tanto desamor!
As sombras deixam as flores desbotadas,
a tristeza cerra o bico do pássaro cantor.
O mar invade cidades,
tsunami de destruição,
ondas gigantes que vem e vão
levando o povo em comoção.

Por onde eu passo, freme a ambição!
Homens amputados de seus sentimentos,
cegos pelo egoísmo do momento...
A Mãe Terra em agonia,
triste, sem energia...
Vivendo seu grande tormento,
últimos suspiros
debilitando seu giro!

Antecipo um suicídio coletivo,
o planeta destroçado
pelo mais inteligente ser vivo!

Este cenário estremece minha vida...
Meus olhos embaçados por lágrimas
vêem o protesto da natureza que agoniza!

Foto de Carmen Lúcia

Abrindo cortinas

Abrem-se as cortinas...
As mesmas máscaras da mesma rotina.
O teatro recomeça:
os mesmos atos, as mesmas vestes, a mesma peça.
Refletores colorindo atores,
espalhando cores sobre o palco.
Falso impacto!
Personagens interpretando fatos,
textos recitados, decorados, semitonados, bradados.
Manifestos indigestos, repetitivos, enjoativos...

Convincentes?
Para alguns...
Incoerentes...
para todos.

Experimentados, vivenciados, não surpreendentes.
Artistas já desgastados, mal preparados, destoados,
frente a uma platéia incrédula, inerte
ao espetáculo que não se reveste,
que se repete à expectativa geral
refletindo indignação total.

Nada muda...
As mesmas cortinas de ano a ano,
as mesmas farsas do cotidiano,
gesticulações, expressões faciais, corporais.
A mesma encenação.

E a platéia se submete
a mais uma
Ilusão...

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Bougainvíllea

Flor lilás, imagem pura de infância!
Espelho calmo, onde bóiam boas lembranças,
leve contigo essa insistente ânsia.

Meus pensamentos de mágoa
que na noite espantam o sono,
afogue-os nas profundezas da água!

Leve-os como folhas mortas
desprendidas da árvore da vida
e me abra uma outra porta.

Leve mágoa, leve amargura
Leve a insônia que desgasta,
Leve esta dor que perdura.

Foto de cnicolau

Desistir Jamais

Hoje mais uma vez o coração deu sinal de fraqueza,
Hoje mais uma vez deu aquele aperto no peito.

Hoje,

Procuro não pensar,
Procuro não sentir,
Procuro não buscar.

Procuro não procurar...

Dificil,
Muito difícil...

Não sinto mais o calor,
não sinto mais,

Apenas não sinto...

Mas as vezes dói,
as vezes machuca,
as vezes da um vazio...

Tento preencher, e aos poucos estou
conseguindo e Deus é testemunha disso.

Tantas palavras mal pronunciadas, difíceis de
simplesmente apagar...
Tantos sentimentos jogados ao acaso...

Difícil

Se o dia amanhece assim,
e você perde o rumo,

PARE

Olhe para cima,
peça Paz,
peça a seus anjos que voem contigo,
e te levem até a paz que procura...

Peça tranqüilidade...
Peça ajuda...

Não desista de você.

Deus nunca desistiu de você.

Abra seus olhos, respire fundo,
e siga,

Siga em frente com Deus ao seu lado...

Seja forte,

Não desista...

Cleverson Luiz Nicolau
31/05/2011

Foto de betimartins

Disfarce!

Disfarce!

Quis-te mostrar o que já não via
Calar a boca da minha, real, existência
Despir-me de todos os preconceitos
Ignorar todos os meus, sentidos sentimentos
Apenas por ti e para ti, por causa de ti...
Quando eu me vi em ti, só em ti
Descobri que era a tua alma, parte de ti
Apenas, parte de tua luz que encandeia
Momentos de ternura, amor e partilha
Sonhos vividos e deveras tão sonhados
Neste meu corpo por si, já tão cansado
Neste meu véu, estilhaçado e purificado!
Olho-me e me vejo através do tempo
Espelhos que não enganam e não perdoam
Deixo as minhas rugas, sobressair e sorrirem
Minhas mãos que até não são calejadas
Apenas! São suaves, delicadas e enrugadas
Pelas palavras, que por ela foram transportadas
Meus olhos, espelhos de alma aflita
Que já não brilham com estrelas no infinito
Apenas é memória, pedacinhos de minha alma
Do que eles já te olharam, sentiram e tocaram
Mas! Eu coloco permanente a minha mascara
Disfarço-me de uma jovem e linda fada
Dando verdadeiro uso à varinha mágica
Para que ainda as minhas forças não falhem
Apenas por ti Aqui e agora sejam renovadas...
Neste meu disfarce! Apenas o meu disfarce...

Foto de Caio Eduardo de Lima

- Outono De Mim -

São essas aves cegas
Que me rondam
E me lembram o que não presta
É esse cheiro de vomito
Com fumaça de cigarro
Que me deixa atônito
Com o rosto na janela de um carro

Melancolia esta que me segue
Solidão essa que não se despede
Nesse outono de mim
Que tanto me persegue

São pequenos detalhes dia
Que me afogam em profunda melancolia
E assim vejo a vida
Sinceras ilusões, doces fantasias

Para onde foste tu... Oh harmonia
Escondeu-se na loucura dos que sorriam
Para fazer em mim um outono de heresias

São às magoas do amanhã
Que marcam minha imagem
São os sussurros desta noite
Que escorrem minha face.

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