tristeza

Foto de CarmenCecilia

PROMESSAS...

PROMESSAS...

Minha promessa

Nossa promessa

Adormecida...

Casulo...

Cada obstáculo

Sentencia o silêncio

Tudo está por um fio

Cadê nosso ninho?

Aquele carinho...

Cadê nosso chão,

De estrelas...

Carmen Cecília

Foto de Carmen Lúcia

Não digas nada!

Não digas mais nada!

Teus olhos já disseram tudo.

Mudos, fizeram-me entender

o que tuas palavras sonoras

foram incapazes de dizer.

Perderam a força, a elocução

e na indecisão mudaram de rumo,

acovardaram-se perante a missão.

Nelas eu não iria acreditar.

Não me atingiriam tão fortemente

quanto teu olhar.

Esse sim, calou-me fundo...

Tiro certeiro, profundo,

que me fez cambalear,

perder o chão, rodar o mundo,

chorar.

Como descrer da crueza de um olhar?

Final inconsolável para quem ama

e se vê inesperadamente só,

sem mesmo o consolo da ilusão

tendo a presença constante da solidão.

Dor inigualável ao ver fragmentados

os sonhos,

outrora tão sonhados...

Agora, farrapos atirados ao chão.

E os próximos passos

tornar-se-ão pesados, drásticos.

Deixar o tempo passar, tentar esquecer.

Tempo que não passa...

Teima em retroceder!

Achar motivo pra sorrir...

Como? Se a razão de meu riso

não está mais aqui?

Viver por viver.

Ou sobreviver.

É o que tento, o meu intento.

Sentindo na alma um frio gelado,

o coração pulsando fraco.

Vivendo dias sempre iguais

que projetam no ar

um quê de "nunca mais..."

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário: "Amor de Mãe"

( As faces do Amor)

De repente faltou-lhe o chão. Acabara de ler o resultado de exame de sangue de seu filho.Há dias não dormia, não comia, não falava, não sorria. A ansiedade a consumia. Mas nesse fatídico dia se encheu de coragem, pediu à Maria, Mãe das Dores, que intercedesse por ela e que a mantivesse em pé, fosse qual fosse o resultado...mesmo aquele que ela mais temia. E era.HIV(reajente).Seu filho adorado, lindo, inteligente, culto, sua razão de viver...tinha Aids. Jamais poderia supor que isso pudesse acontecer...E agora estava ela, frente a frente com a dura realidade.
Uma assistente social veio dar-lhe o resultado, numa salinha tão funesta quanto ele e se preciso, ampará-la. Ampará-la?Depois de sentir sua alma sido arrancada?Assistente social sabe da dor de se ter um filho aidético?Só mesmo quem o tem.Mas são preparadas para isso.Consolar.
A mãe,ou o invólucro da mãe,voltou para casa, incumbida de dar a pior, terrível e mais trágica notícia.
Onde uma mãe encontra tanta coragem?Só mesmo Santa Maria pode explicar.
Encontrou o filho deitado num sofá. Podia-se ver seu coração aos pulos, aguardando a sentença fatal.
Ela respirou profundamente, procurou não chorar e num sôfrego,sem mesmo ouvir a própria voz,falou:
-Meu filho,você tem Aids!Hoje em dia há medicamentos modernos, os coquetéis,que o manterão vivo,se você se cuidar.Estarei sempre ao seu lado,o amarei cada dia mais. Abraçou-o fortemente para que o filho pudesse sentir todo o seu amor e seu amparo.
Em seguida, trancou-se no quarto, ajoelhou-se e agradeceu a Deus, a Jesus e à Maria, pela grande intercessão, por não deixá-la fraquejar e para que o filho suportasse a notícia sem novas tragédias.
Quando uma mãe se põe de joelhos,o filho se mantém em pé.

_Carmen Lúcia _

Foto de Anderson Wesley

O Olhar

Dizem que as mais belas palavras
São ditas no silêncio de um olhar,
A principal de todas elas é dizer,
QUE PRA SEMPRE VOU TE AMAR
Mas já imaginou o quão bom seria se o olhar falasse
Não haveria mais mentiras e nem enganos.
Não haveria mais tantos desacertos nos planos
Isso por que...
A fala do olhar não mente, pois vem direto do coração.
A fala do olhar é pura e não traz a ilusão
Mas o que mais me assusta só em pensar na idéia de um olhar falante
É saber que a qualquer instante o seu olhar, vai falar sussurrante
ANDERSON, eu não amo mais você.
E só de pensar o que vou sofrer!!!!
Porque sei que sem você, não vou conseguir viver.
E se algum dia você não puder me perdoar,
Por tudo aquilo de ruim que coloquei no teu olhar,
Meu coração vai roer e não vou parar de chorar,
Por saber que nunca mais você vai me AMAR.
Pois o pior sentimento existente é não ter a certeza de nada,
E sentir o coração carente, por não ter a presença da AMADA.

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário "Louca Mente"

(As faces do Amor)

Loucamente... tentei livrar-me dessa triste sina,
Me equilibrei num fio da esperança incerta,
Com a mente insana, fruto da vida profana,
Que a pressão do mundo oprime e a sociedade aperta.

Loucamente...tentei juntar palavras desconexas,
Dar um sentido a elas e ser compreendida,
Mas o que sai de mim a todos vexa
Fazendo-me voltar ao ponto de partida.

Loucamente...a mente louca que me foi legada
Traçou o meu perfil, mostrou a minha alma,
Gritou aos quatro cantos "Quero ser amada"
E um silêncio mudo calou a tresloucada.

Loucamente...transpus as raias da loucura,
Busquei desesperadamente a minha cura
E entre um delírio e outro, próprios de um ser louco,
Eu transcendi à dor, transgredi as regras e me enlouqueci de amor!

_Carmen Lúcia _

Foto de Carmen Lúcia

Louco Amor

Sim, fui louca...
De pedra, insana... quase profana!
Soltei a voz, bradei e fiquei rouca
Gritei o amor guardado, desvairado e cego,
Até ouvir o grito de meu próprio eco
Ao retornar vencido por teu ego,
Armadura dessa tua alma fria
Que escarnece, que desguarnece
A minha alma que está tão vazia!

Sim, fui louca...
Acreditei mesmo sem ter nada em troca
Uma loucura sã que em nada voga,
Não é nociva, somente a mim própria,
Onde a ternura loucamente consternada,
Repudiada... Mesmo assim se submete...
Ainda que ameaçada e amordaçada...
Até que a loucura latente se manifeste
E profane o sentimento nobre que por ora veste.

_ Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Logo eu?

Logo eu?

Que havia jurado
a Deus e a mim mesma
não mais me apaixonar ...
Trazer o coração trancado,
jogar as chaves pro outro lado...
Eu, que o havia esvaziado,
deixei-me de novo enganar.

Volto a chorar, lamentar...
As velhas lamúrias do amor
que “Quando se vai, deixa a dor.”
Antigo bordão dos apaixonados
que exultam por serem logrados,
masoquistas e conformados
que de sadismo velado,
do desamor ultrapassado
fazem seu itinerário...

Dissabor, dor, abandono,
injúria e desengano...
Esses velhos clichês desgastados
deveriam ser superados,
afogados no mar de lágrimas
dos inocentes exasperados.

Logo eu?

Foto de Carmen Lúcia

Quisera eu...

Quisera eu ter o dom
de consolar os aflitos,
prevalecer o perdão
e calar todos os gritos
de dor, desamor, solidão...

Quisera eu levar a paz
aos corações em conflito,
acabar com a guerra fria,
aquela que trazem consigo,
fazer da mágoa, magia
e da poesia, canção
cantada em comunhão de amigos.

Quisera eu ter o dom
de devolver ao ente querido
o filho que não voltou,
o pai que se perdeu na partida...
À mãe sofrida, o consolo
pra sua dor mais doída.

Quisera eu ter o dom
de invadir o universo
com poemas, trovas e versos
e dispersar o que é perverso,
plantar sementes de amor
e de amor fortalecer a terra.

Quisera eu ter o dom
da palavra que enxugue o pranto,
de levar esperança ao que creu,
mas que hoje lhe sangra a ferida
e que vive como quem morreu
desprezando a própria vida.

Mas quem sou eu?
Pobre vivente carente de amor
em busca do dom que alivie
a própria dor...

_Carmen Lúcia _

Foto de Carmen Vervloet

ADEUS ANO VELHO! FELIZ ANO NOVO!

ADEUS ANO VELHO!

Ele passou feroz por meu caminho
Devastou sonhos, feriu o coração
Sorveu minhas lágrimas como quem bebia vinho
Varreu a paz, multiplicou a tribulação.

Ele passou... envolveu-me em entrelaces
Levou consigo a alegria de alguns momentos
Deixou o rastro de uma ruga na face
Sem piedade sangrou meu sentimento.

FELIZ ANO NOVO!

Ele chegou como o sol e seu cabelo de ouro
Trazendo luz para a alva flor dos meus sonhos
Na sua bagagem trazendo alguns tesouros
Entre as nuances do seu alvorecer risonho

Ele chegou pródigo em promessas
Exalando em seu frasco todo um perfume doce
Fazendo-me seguir suas pegadas sem pressa
Norteada pela prata do lume que me trouxe.

Ele chegou e me abraçou com carinho
Entregou-me uma caixinha repleta de sementes
Entregou-me a foice, a pá e o ancinho
E acordou a esperança que dormia displicente.

Carmen Vervloet.

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DA ÁGUA

Já fui água cristalina
Fui pura qual menina
Que tem límpido coração

Sou a maior preciosidade
Sacio a sede da humanidade
Sacio a sede da plantação.

Sou água cor de diamante
Ando por lugares distantes
em busca de redenção

Meus braços insistentes
partem da minha nascente
Abraçando com toda afeição.

Já fui rio abundante
Refresquei calor escaldante
Vertendo sem violação

Hoje sou fio de esperança
Implorando a cada criança
Que me dêem sua proteção

Se eu for assassinada
Nem jardins, nem revoadas,
Só cinzas de civilização

Urge que eu tenha respeito
Pra correr límpida no leito
Para que bata meu co-ra-ção...

Carmen Vervloet

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