Fantasmas

Foto de DeusaII

Não quero chorar!

Não quero chorar,
Quando a mágoa apertar-me o peito
E atingir minha alma.
Quando tudo se for
E apenas restar escuridão e vazio.
Não quero esmorecer,
Quando a noite cair sobre mim,
E todos os meus fantasmas
Ganharem cor.
Desejo estar em teus braços,
Quero parar de sentir este medo
Que domina todo o meu infinito,
E que faz mudar todo o sentido de mim.
Não me deixes chorar, meu amor
Afasta a dor do meu coração,
Controla este meu estado de apatia,
Leva-me para o teu coração.
Não deixes este sentimento de terror
Abalar os meus sentidos,
Porque, meu amor...
Não quero chorar.

Foto de DeusaII

Para ti, escrevo...

Para ti, escrevo poemas,
Não prosas ou versos.
Divago sobre formas,
Sobre almas, sobre corações.
Para ti, elaboro sentimentos,
Falo de alento, de beijos escusos.
Construo pontes na fantasia
Onde podemos ser unos...
Invento fantasmas... e falo sobre ti.
Para ti, escrevo poemas de amor,
De paixão, de medo... de desilusão.
E em meus poemas eu rio, choro,
Deliro, adormeço, acordo.
E em cada um deles eu posso sentir-te,
Amar-te, como se do meu lado estivesses.
Para ti, escrevo... sem sentido,
Palavras soltas, frases feitas,
Não interessa...
Porque quando escrevo...
Tu está sempre comigo.

Foto de DeusaII

Fui...

Sentimentos fora de tempo
Renascem neste coração de mulher.
Fui mãe amada, acarinhada.
Fui esposa ausente, distante... na madrugada.
Fui amante fervorosa,
Dominada por medos apaixonantes.
Fui alma partida,
Em noites de sonhos ausentes.
Fui alegria sentida,
Em momentos inesquecíveis.
Fui ânsia desmedida, dor aparecida,
Coração descoberto.
Entreguei-me ao destino,
Lutei contra o desespero.
Caí, levantei-me, e segui caminho.
Fui ilusão em noites mal dormidas,
Apagadas por fantasmas ocultos.
Cansei-me muitas vezes,
Mas continuei a combater
Numa guerra ilusória.
Fui parte de um nada,
Um pouco de um tudo.
Desmanchei-me por dentro
Para ser o mundo de alguém.
Fui paz, fui calma... fui esperança
No desespero...
E provavelmente ainda o sou...

Foto de Belinha Sweet Girl

Está tudo tão vazio...

Até quando vou viver de fantasias?
De sonhos e devaneios ilusórios?
Contos de amor, cartas para fantasmas,
Histórias que não passam de versos
Escritos no vazio da minha alma...

Minhas noites têm sido cada vez mais brancas,
Como meus poemas sem rimas,
Sem cor, sem ritmo, sem vida...
Frias e corrosivas,
A cada noite tenho menos alegria...

E minha rotina faz tudo parecer eterno!
Os dias passam lentamente,
Aumentando minha sede de companhia...
Tudo o que faço é automático,
Sem euforia, sem emoção...

Quem me olha nos olhos, percebe,
Que debaixo da minha pele não há ninguém,
Ainda estou vazia...
Incompleta...

Foto de serpent possession

Crepúsculo

Hoje haviam dores
Ontem haviam flores
Se não eis de me contentar
Com tais rosas murchas
Contento-me, então
Em me contentar com merecimentos poucos
Sofrimento muito e a dor que me resta e me nauseia

Flores do ontem
Dores do amanhã
Risos que se foram, lágrimas que se vão
Fantasmas do passado que sem cansar me atormentam
Dessa vida o que me resta
Não me canso de procurar
Além da morte, no momento ausente
E um tanto esquecida
Que se esqueceu de me achar

...

Foto de Paulo Gondim

Paralelas

PARALELAS
Paulo Gondim
23/01/2009

Nossos rastros se dão em paralelas
Que se perdem na poeira dos caminhos
Desaparecem sem qualquer marca
Enquanto nós ficamos mais sozinhos

Nossos pés já se mostram calejados
De tantas paralelas percorridas
Que se estreitam e não têm fim
Se transformam em curvas perdidas

Na verdade, andamos em círculos
Nossos destinos não se encontram
Passam longe, um do outro
Fantasmas que entre si se espantam

E de círculo em círculo, nos perdemos
Em paralelas que não vão findar
Por mais que nós dois fujamos
Voltamos sempre ao mesmo lugar

Foto de Paulo Gondim

Angústia

ANGÚSTIA
Paulo Gondim
21/01/2009

Ouço gritos em repetidos ecos
No vale sombrio de minha solidão
Chamados que não se ouvem
Da angústia triste de um coração

Lagrimas que brotam da alma
Na lembrança do amor perdido
Do beijo que não foi trocado
Do abraço que não foi sentido

E aflora do peito a desesperança
Como revoada de surdos pardais
Na busca constante do encontro
Que se perdeu na tristeza de meus ais

A solidão é quem dita as regras
Imposta-se, cruel, diante de mim
Isola-me no meu eu perdido
Nessa prisão que nunca tem fim

E os gritos se tornam mais freqüentes
Ecos mais fortes pela noite escura
Vejo meus fantasmas um a um
A rondar-me nesta amargura

Foto de Osmar Fernandes

Quero voltar a ser eu

Minha mente me trai.
Fantasmas me perseguem...
Loucuras tomam conta de mim.
Meu mundo fragilizado cai.
O medo me apavora sem fim.

Estou morrendo nesse hospício.
Não vejo saída.
Preciso urgentemente ter com Deus...
Sempre estou dando adeus.
Vivo morto nessa vida.

Palavras não me curam mais.
Remédio já não me faz efeitos.
Estou doido demais...
Estou cheio de defeitos.
Quero voltar a ser eu!

A porta do céu se fechou.
Esse inferno é meu lar...
Ninguém pode me ajudar.
Parece um encosto.
Socorro! Socorro! Quero acordar.

(Momento alucinógeno...)

Foto de Sonia Delsin

MINHA LENDA

MINHA LENDA

Olho a bela blusa.
De renda.
Me recorda minha lenda.
É tão leve.
Tão breve.
Tudo que esta lenda me faz é me dar paz.
É do meu amor que estou contando.
Estou me acostumando.
A viver metade do tempo aqui entre os humanos e outra metade com os meus fantasmas.
Minhas lembranças.
Não falo do hoje, do ontem.
Falo de tempos imemoráveis.
Falo de um tempo que está no mais íntimo de meu ser guardado.
Falo de um remoto passado.

Foto de DeusaII

Percebi a tua dor

Olhei de frente para a vida,
E não vi o teu reflexo.
O espelho dos teus olhos, estava gasto.
O teu olhar tornou-se murcho, baço, frio.
Percebi que tinhas morrido,
Mas não renasceste mais das cinzas.
Apagaste todos os teus sinais,
E fugiste com a tua tristeza.
Percebi que teus olhos
Só viam escuridão
E as barreiras que ergueste
tornaram-se mais fortes a cada dia.
Percebi que tua alma estava negra
De sofrimento, de incompreensões.
Teu sorriso outrora brilhante,
Espelhava apenas desanimo e desespero.
Percebi que te tinhas deixado ir na corrente obscura
Da tua alma.
Deixaste-te levar pelos teus fantasmas
E morreste dentro de ti.
Percebi, olhando bem dentro de ti,
Que a tua vida estava perdida,
Que a esperança tinha desfalecido,
E que deixaste-te navegar nessa eterna apatia.
Mas olhei-te bem dentro dos teus olhos
E com os meus apenas pedi-te:
“Vive outra vez”.

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