Instantes

Foto de KAUE DUARTE

A vida é curta pra ficar parado

Hoje acordei diferente, como se a noite me transformasse ou sei lá, acordei querendo respostas, querendo adiantar o tempo pensando como seria meu futuro, ao mesmo tempo queria retroceder e voltar as minhas brincadeiras de muleque, lembrei de tudo o que passei desde os sofrimentos, perdas ás alegrias as paixões os amores, tudo no mesmo coração, sabe!! olho a vida e me pergunto porque coisas tão boas acabam ? porque coisas que conquistamos com muito esforço se vão em instantes ? pensei, qual será o sentido de estar aqui parado e pensando ? não sei.. se não fosse Deus pra me guiar nessa estrada escura, onde não sei caminhar o que seria da minha vida?, onde estaria se não estivesse escrevendo?
tive uma conversa com meu pai que gostei muito, ele me disse:
Kaue ja percebeu o quanto somos injustos uns com os outros?
como nos condenamos, por nossas próprias leis, como matamos pessoas iguais a nós, veja só, imagine se Deus fizesse como nós fazemos, só nasceria o sol pro justo, só pro santo, só pra quem mereceria de fato; completou dizendo: Mas Deus é tão bom e nos ama tanto, que nos dá o brilho do sol mesmo quando não merecemos.
fiquei com isso na cabeça, será que é preciso eu me ofereçer de coração mesmo aqueles que acho não merecer ?
será que devo me comportar como o brilho do sol, e esquecer o que eu realmente quero, pra saber o que as pessoas querem,
esse meu pensamento me fez correr atraz desse prejuízo, nunca me senti tão bem em ajudar, em me oferecer, mesmo que seja pra um abraço, um ouvir, um falar coisas boas.
a vida é tão curta pra pensarmos somente em nós, se só existisse eu no mundo não seria feliz,
Do que vale ser dono do mundo, se não sou dono do que sinto?
prefiro contemplar a vida me importando com as pessoas, e ser irmão pra quem não tem, conselheiro a quem precisa, e ser alguem não por reconhecimento, mais por conhecimento, quanto mais me coloco a ouvir mais me conheço.

A vida é uma escada, cada sofrimento é um degrau, é preciso sofrer muito pra chegar ao céu.

Kaue Jessé Duarte 14-05-2011 //*

Foto de Edigar Da Cruz

NECTAR DO AMOR! MEU DOCE MEL!.

NECTAR DO AMOR! MEU DOCE MEL!..

.Meu doce mel do amor,
Em instantes foste um doce favo de gosto de mel,..
Cedeu o fogo de seu amor,..
Sua delicia flor de candura, dos desejos aflorados,..
Sentir-me todo aquele instante!,Minha alma
Com sua acasalou-se não fomos um só
Corpo,..em um só coração,...
Fomos muito mais ,..
Sem que soubéssemos fomos a nos entregar ao mel doce de amor!,..
Dando-nos e querendo mais paixão intensa,..
Que damos um ao outro,..
Ofereceste-me seus lábios de amor,..
Olhou aos olhos meus,..
Sorriu te desejei ao toque do primeiro sorriso,
Entre aos olhos lindos de mel de amor,..
Puxei-te pela cintura encostei seu corpo quente
Ao meu senti o treme e beijei seu ao perfumado pescoço ,
Acariciei-te os seus seios , sedentos duros de amor
Deitei-te na relva macia de céu estrelado
Era o nosso teto perfeito de ninho de amor,..
Afastei com carinho vossas coxas quentes macias
Arrepiadas!,..Encaixe entre elas conheci o caminho molhado de amor de suas entranhas!..
Éramos dois éramos como um EROS
Fez-me homem! Fiz-te muito mais mulher!,..
Entre êxtase deliravas, me senti seu mel
Entreguei-me eu já ti amava e não sabia,..
Meu mel de amor,..
Seu mel de prazer que fez sentir todo seu de amar,..
E sentir,..mais eu quando sentir o seu doce mel de prazer

Autor: Ed.Cruz ou D, Cruz
( FUTURO LIVRO CANTEIRO DE PALAVRAS )

Foto de Coyotte Ribeiro

ACS

Oi meu bebe,
...a cada dia que passa meu amor por você cresce sem medidas,
todo seu jeito delicado, sua simplicidade, sua inocencia, seu olhar... são tantas coisas que me deixam sem reações, apenas por desejar apreciar cada segundo que tenho você em meus pensamentos.
eu sofro por querer te abraçar, te beijar ou deitar a minha cabeça em seu colo e receber o carinho de suas mãos em meu rosto.
Meu coração dói quando você diz: "tenho que ir"; Sinto como se uma espada me apunhalasse as costas me fazendo pensar que por instantes estou perdendo você.
As vezes me deito para dormir, e ao fechar meus olhos só vejo o seu lindo rosto. Dá uma vontade de gritar seu nome, pedindo para você adormecer em meus sonhos.
Não sei explicar como tudo isso aconteceu...
Sei dizer que o acaso não é mera coincidência. Me encontrei no seu olhar há pouco tempo, e desejei ser um cordial amigo. Não esperava que você fosse me conquistar assim.
O mais engraçado é que você foi me conquistando de uma forma única e incondicional.
Eu sei que por nossas vidas 'tão distintas', tu tem mil razões para não crer que digo com sinceridade essas palavras, e nem sou digno de contestar você.
E ainda que em seu coração possa surgir qualquer dúvida pelo que eu sinto por ti, digo a você sem medo de errar TE AMO!
Jamais escondi de ti quando eu desviei os olhos para outro coração, eu até dizia "estou conhecendo alguém", mas a verdade é que eu não aguentava admitir que queria você. e você também se recusava a isso. até o momento em que bastou apenas sentir o seu coração clamar meu nome, para eu abraçar a oportunidade que me deu. E agora não a largo de jeito e maneira.
Não quero saber se há diferenças, ou se há impossibilidades... só quero saber que o meu coração é tão seu quanto o seu coração é meu.
Pois sem repúdios, com paciência e sabedoria, quero alcançar os seus olhos em seu tempo. E diante de ti com olhar apaixonante dizer o quanto te amo, o quanto te quero, e não posso nunca mais viver sem você!
Humildimente reconheço que eu não admiti mais cedo nosso amor. mas como ja disse antes... para tudo nunca é tarde se redimir. E hoje mais do que ontem quero dar a você todos os motivos para me desejar em seus braços, pois tu me ensinou a te amar, a te sentir, a te desejar...
Meu bebe, não quero ser para ti "apenas mais um", quero ser o guri que fará diferença a você, que te levará café da manhã na cama, que te acordará com um "bom dia meu amor, já disse te amo hoje?"; sim meu bebe, mesmo não tendo muito, quero dar a ti o melhor de mim. Pois me orgulho por ser você a guria com carinha de anjo que Deus me deu para eu amar!
Qualquer situação que existir a frente de nós, que venha contra o nossa amor, não me darei ao luxo de desistir de ti, pois a aliança feita em Deus será eterna onde for.
Nossa história está apenas começando e está selada no Senhor.
>>>ti amo muitão<<<

Foto de Marilene Anacleto

Filhote de Siri

*
*
*
*
Filhote de siri
Pela onda trazido
O menino o vê e ri.

Toca-o, a mão generosa:
- Coitado, ainda está vivo!
- Vamos cozinhar o siri?
Grita o garoto ativo.

A mente generosa examina
Nada de carne ali.
Leva-o ao mais fundo que pode
Tenta salvar o siri.

Lembra meninas prostituídas
Sem nada a oferecer
Inescrupulosos lhes trocam as vidas
Por instantes de prazer.

Quiçá dando vida ao siri
A Mãe Natureza agradeça
Clareando a mente dos vis.
E seja, das meninas, a defesa.

Marilene Anacleto

Foto de Edigar Da Cruz

SENSIBILIDADE

SENSIBILIDADE

“Certa vez alguém me disse, que o que escrevo são frases pré-fabricadas. Que invento, ou finjo verdades aparentes. Mas quem sabe o que vai a meu coração? Quem consegue ver a minha alma, a não ser eu mesma (o) ? Somente eu sei como estou, o que sinto, porque sinto! Se transcrevo para o papel meus sentimentos, é porque os sinto verdadeiramente. Não uso de imaginação para enganar minha ’alma nem meu coração. Minha sensibilidade fala mais alto e forte dentro de mim. Verso, poesia, alegria, dor, tristeza, saudade, amor... São palavras que se juntam, se enlaçam, formando um texto, que pra alguns não diz nada, mas pra outros diz muito. A sensibilidade de sentir, está em cada um que lê”cada um de nós temos um tempo
Alguns e instantes outros breves, para alguns talvez nem chegue!, o amor e puro para quem sente
As palavras soltas e livres que se transcreves,..
Eu você a cada um de nós no Hemisfério da vida
Fazemos parte de um novo tempo da vida..
Pois em todas as palavras que dali se sai
De dentro de cada um
São palavras ricas e verdadeiras
De um momento especial de cada um
Pois Sensibilidade em tempo de guerra não existe
Somente os mais sensíveis têm
Assim como se tem a cada sensibilidade de momento de cada um
Da vida! Que peso as palavras mais lindas
E quase perfeitas que falem do amor..
Da amizade..
Da família
Daquela pessoa especial,
Que sempre vem a lembrança
Ou de um momento nada bom que marcou
Transcrever e Escrever um momento novo
A direção e expressar o que sente sempre
Sem medo de ser de feliz

Ed. Cruz

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Lamúria - Parte 3

Ah, paz no mundo que nunca chega...

Escrevo, como já perceberam, não com inspiração, mas sim com angústia. Vejo o tempo que passa por entre os dedos, que se esvai como água fervente, que some como algo que já perdi.

Doze famílias perderam suas crianças, ou melhor, douze. Douze famílias choram uma saudade que não terá fim, que é a falta do futuro, outrora ainda esperançoso, aqui abreviado na tragédias que todas as favelas enfrentam. Mata-se muito fácil nesse mundo. Você pode aguentar por anos a busca de brandas paragens, e ver seu esforço todo reduzido à uma esquina, uma bala, um motivo bem banal. Os monstros, como alguns tentam nos fazer engolir, para esconder os próprios erros, os monstros não existem: o que existe é a frustração do homem em não ser o Deus que almeja, em não ter o destaque que os bem-sucedidos acham que fará importância depois do orgasmo com o rosto alheio, o que existe é a perda de instantes preciosos com a falta de carinho, que levanta nações e heróis, por batalhas enganosas.

O que existe, na verdade, é o que resiste.

Ah, paz no mundo que não chega nunca!

Foto de giogomes

Ela

Feita de uma incrível luz interior,
ela apareceu no meu espaço de torpor.
Reinando absoluta em seu mundo mágico,
nada do que faria seria trágico.
Apesar de sua aparência frágil,
nada a abalava neste tempo ágil.
Dadas as circunstância deste poema,
amor para esta mulher, sempre foi um dilema.

Faltando ou não com a verdade,
ela simplesmente me deixou na minha idade.
Raiva, medo e muito mais que isso, covarde,
não me impedem de sentir saudade.
A minha vida agora á parte,
não consigo sequer passar uma tarde.
Dor, não deveria ser o objetivo deste poema,
amor para mim, sempre foi um dilema.

Falando no assunto de antes,
ela iluminaria o inferno de Dante.
Rezo por ela, pois é muito importante,
na sua vida o espaço de antes.
As belezas que pairavam em mim naqueles instantes,
não me deixam também, viver como antes.
Digo ao mundo de suas certezas neste poema,
amor para nós, sempre foi um dilema.

Falei apenas de suas qualidades,
e é claro que também possuía vaidades.
Razão do amor, não é sua especialidade,
na vida, o sentimento não possui validade.
Ainda assim, não é o maior em sua personalidade,
na sua alma, vejo um toque de reciprocidade.
De tudo que citei neste poema,
amor sem felicidade, é um grande dilema.

Falei tudo isso sem citar o que some,
e vejo que todos pensam, que seja alguém de renome.
Raro é aquele que não esconde,
no limiar de palavras o verdadeiro nome.
Ainda sim, deixei pistas, não se assombre,
não tenho medo disso, e sim de quais decisões tome.
Digo á aquele que o achar no poema,
ame e seja feliz, este sim é o maior dos dilemas.

Foto de Carmen Lúcia

Dor sem nome

E foi aí, nesse momento,
num dia que já nem me lembro
que a dor então se instalou...
Pontiaguda como uma lança,
certeira e crônica cravou-se,
ladra de sonho e esperança.

Calei-me como em reverência...
Tanto poder ela exercia!
À Sua Excelência curvei-me,
fragilizada com o peso que trazia
golpeada com sua presença,
sangrei-me...

Silenciei dentro de mim...
Esbravejar, gritar, injuriar?
De nada adiantaria...nada iria mudar.
A dor da verdade revelada
jamais iria passar...

Insensível ao sofrimento,
precisa como um cronômetro
marcando incansavelmente os momentos,
mostrando que nem o passar do tempo
carrega a dor maior desse mundo.

Dor que consome, que não tem nome
e se alimenta de instantes de nossa alegria,
inconformada com os minutos de felicidade,
invejosa das migalhas de magia,
nos faz encarar, frente a frente,
a mais difícil realidade.

_Carmen Lúcia_

Foto de SATURNNO

Passageiro do Tempo

Sou fruto do imperador dos momentos
Do grande criador dos instantes
O tempo é um trem que jamais volta
Sou apenas um viajante

E sentado ao lado da janela desse trem
Olho a vida passageira em meio a outros passageiros
Tudo passa e nem tudo se vê
Em uma soma de detalhes sorrateiros

Olho para trás e vejo
Que o trem da vida avança
Percebo-me na metade da viagem
Enquanto há vida espero abonança

Três quartos se passaram
A estação final já não está tão longe assim
Reflexões, decepções e realizações
Estou pronto para o fim

Ao desembarcar na derradeira estação
Para a minha admiração o final se revela fictício
E o fim da vida apenas um artifício
Pois assim, passo a outra dimensão

João F..R. 17/03/2011

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