Lamentos

deixei de te amar
deixei de aqui de besta esta
deixei de te dizer coisas lindas
deixei de tentar te fazer feliz ainda
deixei de te falar que te gosto
deixei de obedecer a ti
deixei de me matar por quem não me gosta
deixei de me ferir com essas poderosas rosas
deixei de estar me iludindo com tudo isso
deixei de andar em caminhos de riscos
deixei de pensar em você
deixei de contemplar momentos onde não tinha o que queria, o seu amor
deixei de adorar a quem não me adora
deixei de simplesmente deixar
deixei de simplesmente te amar
deixei, pois novos amores virão
deixei, onde queria deixar
deixei, larguei tudo e fui morar com o senhor num mundo de paz
deixei, minha vida triste pra contemplar uma vida feliz ao lado do senhor
deixei você meu amor pois não aguento mais toda vez isso dentro de mim
deixei não quero mais isso vou embora pra não voltar mais uma vez
deixei isso podemos conversar como amigos como irmãos mais isso quero não
deixei de te falar que te amo pois sei que de nada vai adiantar
deixei de estar aqui nesse caminho de solidão enquanto você esta com outro a grandes momentos vivenciar
deixei aqui a minha esperança
deixei mais uma vida mais outra irei de encontrar
deixei uma tristeza por uma alegria sem fim
deixei de ser enganado de ser torturado
simplesmente te deixei
não volto a traz de meus erros a partir de agora
vou caminhar como meu senhor quer diante dele na tora
vou amar a ele pois o amor dele é o unico que é eterno
emquanto a você só posso dizer um adeus
pois deus sabe o que ele quer e pra que ele me escolheu
então deixei de fazer tudo isso deixei de me apaixonar
ó senhor minha vida a ti entrego e para sempre vou te amar e a minha vida vou te dar lamentos são dados mais não guardados
ainda que venha me superar sou forte para esse amor ganhar e sair dessa ilusão
é isso vou te amar como Deue me ama mais não com paixão
mais sim com a certesa que um dia encontrarei uma linda e bela paixão. Anderson Poeta

.
.
.
.

Sinto-me só.

Verto sem fundo a luz engasgada da esperança,
pelo esgoto de areias movediças
no gume de uma espinha sangrenta
de lágrimas secas.

Sou rígido olhar cego no calor oco
de um grito violento de pedra teimosa,
que é o sol mendigo do meu deserto dorido
sobre um oceano de almas desencontradas.

Desce um golpe ditador
que me fere o seio do desejo,
rasgado às mãos de uma saudade bailarina,
dançando desfocada de voz morta que me inspira
a canção desafinada do frio,
com acordes de uma melodia conturbadamente gélida
sobre o meu corpo chorado de ausência,
talhante dos meus momentos refugiados
no barulho do medo.

Arrasto-me pela cascata ruidosa
do meu sorriso negativo e sem estrelas.

Sorrio desassossego
nascido sobre a sepultura do passado,
errado.
Pelo movimento de guerra dos fantasmas
que secam a árvore do meu continuar
pelas ruínas do vento empolgado por lamentos,
que espancam o meu respirar
contra as paredes do eu pedindo
o rolar da minha cabeça sem abrigo,
no atrito de emoções aos berros sacrificados
num banho de mofo na gaveta das recordações.

Um comboio de escolhas lentas
sustenta a justiça do vazio,
na inércia do meu interior atenuado
por perdões desarrumados sem eco no ego.

Divago agreste
com raiva na bagagem de nada que me enche
o peito com fragmentos de uma culpa
inacabada pela orla da minha consciência,
ancorada no estender cadáver das minhas mãos
enforcadas no rosto da escuridão.

Trajo em mim os soluços de luto da minha lua,
transformada numa besta de conflitos.

Desmaio invadido por paz doente
num antro tosco de tristeza,
perdido num bosque que se alimenta
da lama dos meus suspiros pantanosos e cai,
gasto de nãos no mau odor da noite
armadilhada de solidão reeoferecida na sombra
que me beija a cada luar emboscado,
por perguntas à toa na proa do meu desgosto.

Sinto-me só.

Não há água feita de sorrisos,
Há vento que escorre lamentos,
E há esquinas com mel azedo,
Existo eu a trigonometrizar um caminho,
Para te ver sentada num trovão,
Denso,
com forro de lambrim,
Já acabei o desnorte,
Agora ouve-me,
Tenho um dia para contar-te...