Meias

Foto de Marilene Anacleto

Amor e Frio

Chegou o frio no sul.
No céu limpíssimo
Conto as estrelas.
Tudo sai dos armários
Sobretudos, gorros, meias.

Sopas cremosas e chás
Bebidas para aquecer mais.
Talvez diga que não queira,
Mas, só uma louca dispensa
O calor de um companheiro.

Sem saber o que é de quem,
Um mais frio, outro quentinho,
Os dois, feito mesmo um nó,
Num grande abraço afetivo
Compartilham o cobertor.

Puxa aqui, afrouxa lá,
E começa a brincadeira.
Do frio até o suor
Tudo pode acontecer
Se os atos forem feitos
Com a linguagem do amor.

Foto de Grama Pereira

Pertuba-me Teu silencio

Pertuba-me Teu silencio
Tuas meias palavras Pela metade ditas-não ditas
Esse maldito silencio...

Pertuba-me Teu silencio
Tua ausência mesmo quando presente
O espaço vazio de tua alma
À noite... Tarde... Manha... Frio silencio!
As lagrimas de saudade sem fim... E o nada que habita dentro de mim.
Coração dor isso e paixão mórbida tosca solidão...
Ser triste por saber onde esta você e não ter teus beijos que acalma meus desejos e acalanta meu sonhar...
Solidão maldito modo de amar se e paixão dor infâmia...
Louco jeito de te esquecer e sentir teu cheiro ou perder o sentido e ate o sonhar, pois ao acordar e não te ver.
Pois
Te Vi
AMEI-Te
Sonhei contigo
Queria só ser o vento a te tocar...
Sol para te aquecer - te...
Mas tu distante como a lua ficas a me olhar.
Negra sorte ao te conhecer

Foto de Carmen Vervloet

AMOR TAMBÉM É COMPROMETIMENTO

Era primavera. A exuberância das flores encantava os olhos. Dias amenos, onde a esperança pulsava no coração e a alegria dava um brilho mais intenso ao olhar. Lembro-me bem, final de setembro de 2006.
Nos palanques os mesmos discursos, as mesmas promessas criando uma falsa expectativa para o povo sofrido. Era véspera de eleição, tudo iria mudar para sempre. Hospitais seriam reformados e aparelhados, outros tantos seriam construídos, escolas para todos, desemprego coisa do passado, alimentos fartos, violência eliminada. Os jornais repletos de notícias de programas políticos brilhantemente desenhados em papel.
Maria que catava jornais para sobreviver, nem sabia destas notícias. A pobre coitada era analfabeta, provavelmente por falta de oportunidade, já que Maria não fugia à luta. Os jornais serviam-lhe apenas para conseguir alguns míseros “trocados” para matar a fome da família e, sobretudo para agasalhar seus filhos nas madrugadas mais frias. Eram lençóis, colchões e travesseiros para sua família que vivia sob uma ponte. Pobre Maria! Pobres crianças! Maltratadas, sofridas, criadas nas ruas, esmolando nos semáforos. Maria sofria, Maria chorava! Era analfabeta, miserável, mas amava seus filhos! E como amava... Lutava como uma leoa para proteger suas crias. Lutava e padecia, porque nem o mínimo conseguia. A fome espreitava com olhos de insídia.
Passaram-se dois anos e as promessas se perderam ao vento, os programas não saíram do papel. Os políticos eleitos desviando dinheiro numa corrupção jamais vista no nosso amado Brasil. Dinheiro em cueca, dinheiro em meias, dinheiro em malotes, em cofres residenciais, contas em paraísos fiscais. A impunidade reinando. E Maria continuava lá, na mesma vida miserável. Paulo, o filho mais velho, envolveu-se com drogas e morreu assassinado numa esquina de um bairro nobre da cidade. Teve a cabeça esmagada por uma pedra. Antonio, o filho caçula, morreu de uma simples pneumonia, nos corredores de um posto de saúde por falta de atendimento. Subnutrido não resistiu à doença.
Então Maria, na sua imensa dor disse: Homens, onde está o amor? A vida é dádiva de Deus e todos têm o dever de respeitá-la. Sou pobre, mas sou gente! Tiraram-me dois dos meus três únicos tesouros. Por negligência, por egoísmo, por crueldade, por falta de sensibilidade! O coração de vocês é de pedra! Foi esse coração de pedra que esmagou a cabeça do meu menino. Foi esse coração de pedra que não deu a ele a oportunidade de uma escola, de uma profissão. Foi também esse coração de pedra que desviou o dinheiro destinado à saúde. Vocês mataram meus filhos. Assassinos! Assassinos! Assassinos! E saiu desnorteada pelas ruas, seguida de Pedro, o filho que lhe restou.
Os jornais deram grande destaque ao fato, que logo foi esquecido. E tudo continuou do mesmo jeito. O desamor reinando nos Palácios, os corações secos da seiva do amor. A sujeira cercando a consciência de quem por falta de amor não quer contribuir para a evolução do ser humano, trapos, num monte de lixo.
Neste Novo Ano que se inicia vamos colocar em nossa lista de desejos o nosso pedido a Deus para que ilumine, oriente e guie nossos novos dirigentes para que elevem suas consciências para essa realidade tão triste e feia e que se comprometam de fato para que a fome, a miséria, o analfabetismo, a violência sejam extirpados de vez do nosso rico e amável Brasil. Que possam merecer verdadeiramente a confiança do povo que os elegeu. Assim seja!

Carmen Vervloet

Foto de SANDRA FUENTES

ÚLTIMO ANDAR

Maquiava os olhos às cinco da manhã e ficava em seu quarto olhando para o espelho. Não havia traços do tempo em seu rosto, mas o coração, com rugas profundas, se fazia de desentendido. Fumava um cigarro que deixava pela metade. Olhava o mar pela janela do apartamento minúsculo e pensava em seus sonhos-pesadelos. Nem sempre é possível distinguir um do outro quando se dorme. As cores se confundem e os personagens mudam de cena durante um sono profundo. Mas a mulher vestida de segredo, tirava suas meias transparentes e caminhava descalça em direção à porta. Gostava quando ia sentindo nos pés o frio daquele piso do corredor pintado de verde. Sentava na escada e acendia mais um sonho, que deixava pela metade.Ela quer descer. Passa pelos degraus como fumaça. Em silêncio caminha até o portão. Desconhece aquele lugar. Sem olhar para trás, faz o caminho de volta. Pega a chave que estava sob o tapete. Surda-muda. Sonho-pesadelo. É lá seu lugar, é onde ela mora: no último andar, na última porta.

Sandra Fuentes

Foto de KAUE DUARTE

Num piscar, o coração quis falar

Por entre risos
E meias palavras
Entre apertos de mão
Aconchego sem noção
Coladinhos sem motivos
Ou até mesmo malícias
No seu sorriso de menina
No meio da brincadeira
Percebi a verdade
No meio de um jogo
Ou sei lá, uma aposta
Percebi que não há cura
Não há fuga
Quando o coração quer falar
Ninguem o cala
Tentei negar pelas diferenças
Pelos obstaculos a minha frente
O coração me deu asas
Quando não pude voar
Me deu coragem
Quando tive medo
Me deu esperança
Quando achei ser impossível
Me deu você, derepente
D'uma brincadeira
Num piscar o coração quiz falar
Num abraço traçou um laço
Emocional me tornei
Sentimental me encontrei
E tenho que te dizer
Te amei sem perceber
E não consigo evitar
O negócio é amar.

Foto de Carmen Vervloet

7o CONCURSO - AMOR TAMBÉM É COMPROMETIMENTO

Era primavera. A exuberância das flores encantava os olhos. Dias amenos, onde a esperança pulsava no coração e a alegria dava um brilho mais intenso ao olhar. Lembro-me bem, final de setembro de 2006.
Nos palanques os mesmos discursos, as mesmas promessas criando uma falsa expectativa para o povo sofrido. Era véspera de eleição, tudo iria mudar para sempre. Hospitais seriam reformados e aparelhados, outros tantos seriam construídos, escolas para todos, desemprego coisa do passado, alimentos fartos, violência eliminada. Os jornais repletos de notícias de programas políticos brilhantemente desenhados em papel.
Maria que catava jornais para sobreviver, nem sabia destas notícias. A pobre coitada era analfabeta, provavelmente por falta de oportunidade, já que Maria não fugia à luta. Os jornais serviam-lhe apenas para conseguir alguns míseros “trocados” para matar a fome da família e, sobretudo para agasalhar seus filhos nas madrugadas mais frias. Eram lençóis, colchões e travesseiros para sua família que vivia sob uma ponte. Pobre Maria! Pobres crianças! Maltratadas, sofridas, criadas nas ruas, esmolando nos semáforos. Maria sofria, Maria chorava! Era analfabeta, miserável, mas amava seus filhos! E como amava... Lutava como uma leoa para proteger suas crias. Lutava e padecia, porque nem o mínimo conseguia. A fome espreitava com olhos de insídia.
Passaram-se dois anos e as promessas se perderam ao vento, os programas não saíram do papel. Os políticos eleitos desviando dinheiro numa corrupção jamais vista no nosso amado Brasil. Dinheiro em cueca, dinheiro em meias, dinheiro em malotes, em cofres residenciais, contas em paraísos fiscais. A impunidade reinando. E Maria continuava lá, na mesma vida miserável. Paulo, o filho mais velho, envolveu-se com drogas e morreu assassinado numa esquina de um bairro nobre da cidade. Teve a cabeça esmagada por uma pedra. Antonio, o filho caçula, morreu de uma simples pneumonia, nos corredores de um posto de saúde por falta de atendimento. Subnutrido não resistiu à doença.
Então Maria, na sua imensa dor disse: Homens, onde está o amor? A vida é dádiva de Deus e todos têm o dever de respeitá-la. Sou pobre, mas sou gente! Tiraram-me dois dos meus três únicos tesouros. Por negligência, por egoísmo, por crueldade, por falta de sensibilidade! O coração de vocês é de pedra! Foi esse coração de pedra que esmagou a cabeça do meu menino. Foi esse coração de pedra que não deu a ele a oportunidade de uma escola, de uma profissão. Foi também esse coração de pedra que desviou o dinheiro destinado à saúde. Vocês mataram meus filhos. Assassinos! Assassinos! Assassinos! E saiu desnorteada pelas ruas, seguida de Pedro, o filho que lhe restou.
Os jornais deram grande destaque ao fato, que logo foi esquecido. E tudo continuou do mesmo jeito. O desamor reinando pelos Palácios, os corações secos da seiva do amor. A sujeira cercando a consciência de quem por falta de amor não quer contribuir para a evolução do ser humano, trapos, num monte de lixo.
Neste Novo Ano que se inicia vamos colocar em nossa lista de desejos o nosso pedido a Deus para que ilumine, oriente e guie nossos novos dirigentes para que elevem suas consciências para essa realidade tão triste e feia e que se comprometam de fato para que a fome, a miséria, o analfabetismo, a violência sejam extirpados de vez do nosso rico e amável Brasil. Que possam merecer verdadeiramente a confiança do povo que os elegeu. Assim seja!

Carmen Vervloet

Foto de Grama Pereira

Pertuba-me Teu silencio

Pertuba-me Teu silencio
Tuas meias palavras Pela metade ditas-não ditas
Esse maldito silencio...

Pertuba-me Teu silencio
Tua ausência mesmo quando presente
O espaço vazio de tua alma
À noite... Tarde... Manha... Frio silencio!
As lagrimas de saudade sem fim... E o nada que habita dentro de mim.
Coração dor isso e paixão mórbida tosca solidão...
Ser triste por saber onde esta você e não ter teus beijos que acalma meus desejos e acalanta meu sonhar...
Solidão maldito modo de amar se e paixão dor infâmia...
Louco jeito de te esquecer e sentir teu cheiro ou perder o sentido e ate o sonhar, pois ao acordar e não te ver.
Pois
Te Vi
AMEI-Te
Sonhei contigo
Queria só ser o vento a te tocar...
Sol para te aquecer - te...
Mas tu distante como a lua ficas a me olhar.
Negra sorte ao te conhecer

Foto de Rosinéri

QUASE

Meias verdades
É quase tudo que tenho de você
Meias palavras
Quase me querendo
Quase me chamando
Quase me controlando
Quase...
Meias verdades
É quase isso que você me diz
Meias verdades
Quase me dizendo
Quase me mostrando
Quase me condenando
Quase...
Meios toques
É quase tudo que podemos
Meios toques
Quase se entregando
Quase se tocando
Quase se beijando
Quase se amando
Quase...

Foto de Mario de Almeida

Meias Verdades

Verdades são ditas pela metade
Metades verídicas e metades mal ditas
Destruindo vidas benditas
Que correm soltas pelo tempo
Deixando sonhos vivos a contento
Pedidos no contratempo
Das meias verdades
Usadas com veracidade
Por aqueles que fazem das palavras
Caminhos tortos e sombrios
Para destruir os sonhos vivos
Na alma pura
Dos sentimentos verdadeiros
Que vive o pesadelo
Da calúnia, das inverdades...
Ditas pelas meias verdades
Repletas de ferro e crueldade
Que destroi a verdade
Suave e meiga da eternidade
Deixando caus e penalidades
Presas nas meias verdades

Mario de Almeida
O poeta Castanhalense
Em 15/03/2010 às 10h56min

Foto de Eugenio Serlam

"Meias Palavras"

"Meias palavras"

Enquanto as palavras são repetidas
Em frases incompletas, soltas e perdidas
Eu tento compreender os teus intentos
E tu se inclina a ouvir o meu silêncio...

Sobre uma colcha de retalhos
De palavras adornadas,de "versos torcidos"
O vento anuncia uma sinfonia de falas
Que confortam os meus ouvidos...

Porém,o que dizer de "meias palavras"
Que foram ditas ou esboçadas
Que elas longe do íntimo olhar
Não conseguem penetrar a alma?

Quisera eu estar próximo dos teus olhos
Mas "tenho medo" das plavras em mim faltar
E se "meias palavras" não servem pra explicar
Que diras pois se só tiveres o meu olhar?

Enquanto "confundimos os sentimentos"
As palavras lançadas como folhas ao vento
Deixam rastros de várias respostas
Que nos teus olhos estão mais do que expostas...

O que fugura na essência de tais palavras
São apenas límpidas metáforas
Que transformam as verdades ditas
Em "meias palavras" reveladas e esquecidas...

Eugenio Serlam
Teresina/ janeiro de 2010

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