Ruas

Foto de Nicollas Weslley

Não vivo sem você

(Hannah)

Da escuridão da noite tenho tanto medo.
Só existe uma pessoa pra me iluminar.
Pedi mas você virou o rosto.
Não sei se vou viver sem o brilho do seu olhar.

Busquei você até nas ruas mas estranhas.
Seu amor fui precurar.
Não encontrei, mas vou continuar.
A busca pelo brilho no seu olhar.

A vida não é feita apenas de ilusões.
Mas também é feita de pensamentos bonitos.
Se um dia eu tiver o brilho do seu olhar.
Pensarei nele até o mundo se acabar.

Foto de Ronita Rodrigues

Abismo

Vou andando por aí,
Meio afobada
A procura de mim.

Corro ruas,avenidas,
Dobro esquinas,
Vou de encontro
A contra mão.

Meu relógio parou,
É inverno,
O sol se apagou.

Escrevo o passado a gis,
Apago as tristezas
E arrisco dizer
Que fui feliz.

E o vento da noite
Vem me falar:

-A vida é mesmo assim;
Posso e falo por mim
Que ontem bramia
Com a tempostade no mar
E hoje sou brisa solitária
Na noite fria a sussurrar.

E...vou indo por aí,
Na companhia
Do meu grito calado,
Escalando o abismo
Que há em mim.

Vou em busca de outros braços
Para abraçar meu abraço;
E eu possa,quem sabe um dia
Emcontrar-me,
Em fim...

Foto de TalitaMebarak

Seu Nome...(Talita Mebarak)

Meus dias onde estão?

Amor...

Receio sofrer mais...

Cadê aquela tal felicidade?

Está comigo apenas

Lágrimas que rolam pelo meu rosto!

Olhos, sempre a tua procura....

Ridicularizando todos

Os que tentam se aproximar

Desejo-te!!!

Rolando ainda as lágrimas,

Inundando minha alma.

Grande desilusão:

Os amigos se foram...Você também!!!!!!!!


Ruas, procuro-te...

Onde achar?

Meu coração te vê em todos os lugares...

Amo-te não há como negar!
Nem ao menos te esquecer...

Olhos... Sempre a tua procura!!!........
A procura do meu bem querer...
Você Marcelo!!

Talita Mebarak

Foto de mlimajunior

Declaração de amor a uma cidade (M Lima Junior)

Ode a Cidade Maravilhosa

Sinto-me um rei

Acordei com a sabedoria de Salomão

Agradeço a Deus por me sentir assim

Encho os pulmões de ar, bate forte coração

E então começo a reflectir

Quão bom é ser humano

Mesmo sem ter a ti

Amor, doce amor, fomos um ledo engano


Saio a caminhar pelas ruas do meu Rio de Janeiro

Penso em suas formas, suas pessoas e suas belezas

A tristeza não tem mais vez

Sinto-me uma fortaleza

A tarde cai, e o calor aquece os corações

A beleza feminina é farta

Mulher não é ciência exata

Em qualquer destes lindos calçadões

A noite também vem,

E nela todos os gatos são pardos

Aproveito ela muito bem,

Pois minha vida não é mais de fardos.

M Lima Junior

Foto de Patrícia

Cantata de Dido (Correia Garção)

Já no roxo oriente branqueando,

As prenhes velas da troiana frota

Entre as vagas azuis do mar dourado

Sobre as asas dos ventos se escondiam.

A misérrima Dido,

Pelos paços reais vaga ululando,

C'os turvos olhos inda em vão procura

O fugitivo Eneias.


Só ermas ruas, só desertas praças

A recente Cartago lhe apresenta;

Com medonho fragor, na praia nua

Fremem de noite as solitárias ondas;

E nas douradas grimpas

Das cúpulas soberbas

Piam nocturnas, agoureiras aves.

Do marmóreo sepulcro

Atónita imagina

Que mil vezes ouviu as frias cinzas

De defunto Siqueu, com débeis vozes,

Suspirando, chamar: - Elisa! Elisa!

D'Orco aos tremendos numens

Sacrifício prepara;

Mas viu esmorecida

Em torno dos turícremos altares,

Negra escuma ferver nas ricas taças,

E o derramado vinho

Em pélagos de sangue converter-se.

Frenética, delira,

Pálido o rosto lindo

A madeixa subtil desentrançada;

Já com trémulo pé entra sem tino

No ditoso aposento,

Onde do infido amante

Ouviu, enternecida,

Magoados suspiros, brandas queixas.

Ali as cruéis Parcas lhe mostraram

As ilíacas roupas que, pendentes

Do tálamo dourado, descobriam

O lustroso pavês, a teucra espada.

Com a convulsa mão súbito arranca

A lâmina fulgente da bainha,

E sobre o duro ferro penetrante

Arroja o tenro, cristalino peito;

E em borbotões de espuma murmurando,

O quente sangue da ferida salta:

De roxas espadanas rociadas,

Tremem da sala as dóricas colunas.

Três vezes tenta erguer-se,

Três vezes desmaiada, sobre o leito

O corpo revolvendo, ao céu levanta

Os macerados olhos.

Depois, atenta na lustrosa malha

Do prófugo dardânio,

Estas últimas vozes repetia,

E os lastimosos, lúgubres acentos,

Pelas áureas abóbadas voando

Longo tempo depois gemer se ouviram:

«Doces despojos,

Tão bem logrados

Dos olhos meus,

Enquanto os fados,

Enquanto Deus

O consentiam,

Da triste Dido

A alma aceitai,

Destes cuidados

Me libertai.

«Dido infelice

Assaz viveu;

D'alta Cartago

O muro ergueu;

Agora, nua,

Já de Caronte,

A sombra sua

Na barca feia,

De Flegetonte

A negra veia

Surcando vai.

Correia Garção (1724-1772)

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