Blog de Alexandre Montalvan

Foto de Alexandre Montalvan

Revoadas

Revoadas

Lindos lençóis de seda
Que cobrem tua alma ausente
E o teu corpo inocente
Transformou-se em labaredas

Neste mundo que ti emparedas
Com o sol em teu nascente
Algemavam-te com correntes
Em tão florida alameda

Então foges, foges deste inferno
Deixas em mim amor eterno
E uma eterna madrugada

Como as aves em revoada
Em tão triste despedida
Eu ouvi teu adeus e mais nada

Alexandre Montalvan

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Velhice

E o que resta é o segredo
Que há na face estampada no espelho
Como negro distorcido rochedo
Salpicado pelas ondas do mar

Esta no olhar...

Olhar de águas turvas, escuras
Reflete a doce criatura
Escondida no invólucro de feiúra
Que o tempo só fez melhorar

Alexandre Montalvan

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Chagas

No teu peito explodem velhas chagas
Apodrecidas, negras e fétidas
Lágrima silenciosa de ti se apiedas
E escorre lenta em tua face cinza

Queixas ao franzir a testa ardente
Gotas de delírios neste eterno mar
Vestes soberbas em celestes panos
Dor infinita não quer largar

É a vida, e viver nesta loucura
Ter nos olhos sonhos de doçura
Com a alma paralela ao holocausto

Refazendo sempre em plena agonia
Em espelhos que refletem a sinfonia
Deste corpo apodrecido desgraçado

Foto de Alexandre Montalvan

Tristeza

Jovem a face vespertina
A palidez da morte
Triste tristeza que ardia
Nos olhos cobertos de lagrimas
Que iam e vinham
Fugia, fugiam

A vida inteira
Na luz do sol enfraquecida
Ou pelas noites vazias
Entre nuvens escuras e frias
Seguiam, seguia,
Na noite ou dia
Perdida

Fugia a vida
E tudo mais aqui ficava
Fugiam espelhos e sonhos
Fugiam, fugia a alvorada

Seguiam na dor e tristeza
Não via na vida beleza
Seguia sem ser nunca amada
Seguia, seguiam erradas

Alexandre Montalvan

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Transar com a Morte

Transar com a Morte

Pelas pernas a morte me bebia
Amável no raiar do dia
E em teus seios segurei
E havia grandes bicos com gosto de romã
Vermelhos e quentes e em teu ventre
Rubra rosa eu desfolhei,
Uma a uma

Eu jogava em teus bicos rosados
A rosa desfolhada
Era apenas primavera de manhã
E tantos eram meus pecados
Que sonhei que a vida me queimava
Enquanto a morte me matava eu amava

Oh doce morte com gosto de avelã
Não me mates, morte! Ame-me como eu te amei
Isto posto morto eu não fiquei
Enquanto a morte que excitava
Com a morte eu transei

Alexandre Montalvan

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Desatinos & Devaneios

Desatinos
A dor estampada em vermelho
A recusa como nuvem inesperada
Presente desta vida ingrata
A dor refletiu-se em mil espelhos.

As marcas encardiam os céus
Gravadas na gola desbotada
Gotejavam das mãos mal amadas
Gotas de sangue sabor de mel

Embriagada com seu ódio
No suor cheio de vingança
Num sorriso quase eufórico

Escutou o fim da dança
percebeu o tom neurótico
Mas era tarde para mudança

Sacerdotisa

Devaneios
Era de um carmim intenso
As gotas que desta nuvem brotavam
Era tão ingrata a vida, que as feridas
Abriam-se, não fechavam

Você roubou a alma do poeta
Ele perdido na noite, vagava
Na boca o gosto amargo do fel
Procura você, cadê você meu anjo cruel

Eu que tudo assistia tive sorte
Tenho por companhia o sorriso da morte
Como presente do teu ódio

Mas ao teu sinal me ajoelho
Pelo teu adeus. . .Solidão!
Por ti chorar, tenho meus olhos vermelhos
E dor de imensa em meu coração

Alexandre Montalvan

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Não Sei

Encontro no simples o ato divino
No sorriso inocente
Da menina ou menino

No amor pela vida
De cada ser vivo
Na magia, no encanto
De um bebe adormecido

Na terra, no ar, nas plantas, no mar
Tudo é divino, tudo é emoção
A maneira com que olhas ou o teu coração

No frio ou calor
Na paz ou na guerra
Se quiseres encontra, um ato de amor

É a chama divina que age em tua alma
É o sopro de Deus de paz e de calma
E mesmo a morte é obra de Deus
Pois quando ele te chama
E a hora do adeus.

alex

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Em teu perfil há uma lagrima

Porque eu vejo lagrimas em teus olhos
Somente quero vê-la feliz
Deixa-me enxugar eu imploro
Quero eliminar toda e qualquer cicatriz

Deixa-me embalar-te em meu colo
Deixa eu te ninar pra dormir
Deixa eu te amar como a um anjo
Somente quero fazer-te sentir

Sentir como o meu amor é grande
Grande quanto minha solidão
Eu aqui tão longe e distante
Faço teu meu coração

Deixa-me chorar por você
Serei assim mais feliz
Enxugo esta lagrima de teus olhos
Em meu coração fincarei tua cicatriz
Alexandre

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Amor Doentio

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Amor Doentio

Doentio é este amor,

Que transforma o meu corpo em desejo.
E quase que preciso ter comigo
Brancos tapetes de flores
Para que graves em tua carne a volúpia
Incandescente da urgência de meus beijos

Porque eu amo-te com tamanho encanto
Que esta luxuria me domina, eu me espanto
É um morrer no paraíso
Em meio, a pecados e risos
Estridentes, sem sentido
Quanto arrependimento tenho tido.

Doentio é este amor
Que me mata pouco a pouco
Que me enlouquece
E transforma-me em louco sonhador

Como droga e sem aviso me afoga
E me deixa sem sentido
Colorido, como LSD, como um gozo infinito
Um mergulho no abismo
Sem retorno, sem um pingo de pudor,

Doentio é este amor. . .

Alexandre montalvan

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