Blog de Allan Dayvidson

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O FIM DO MUNDO

"Cada minuto de vida é sempre um minuto a menos e não um minuto a mais. Mal nascemos e já começamos a morrer".

(Trecho do livro O que realmente importa?)
Anderson Cavalcante

O FIM DO MUNDO
=Allan Dayvidson=

Se fosse o fim do mundo, teria tanto a te dizer;
tantas coisas que ainda deixei por fazer;
eu me permitiria; nos perdoaria;
e respiraria cada segundo do último do dia.

Se fosse o fim do mundo, queria você por perto;
deixaria o orgulho de lado e o coração descoberto;
eu arriscaria; me desprenderia;
estaria de olhos fechados e braços abertos...
(Hum... isso pode dar certo...)

Hoje é o fim do mundo, espere por mim,
porque estou a caminho e muito ansioso
Hoje é o fim do mundo, espere por mim,
quero você comigo, imersos nesse caos caprichoso.

Se fosse o fim do mundo, te beijaria sem esperar permissão;
e nós seríamos como dois corpos celestes prestes a entrar em colisão;
eu me entregaria; nos libertaria;
faria do último, o melhor dos dias.

Hoje é o fim do mundo, pense nisso,
porque passamos a vida nos impondo estranhos compromissos.
Hoje é o fim do mundo, pense nisso,
veja os indícios, o fim está próximo e eu não vejo a hora de ver o novo início
para tudo que temos por legitimado princípio.

E se fosse o fim do mundo, eu gostaria estar jundo a você,
celebrando a sorte de ter alguém com quem sobreviver...

Hoje é o fim do mundo, abra a porta,
porque a gente costuma passar a vida sem dizer o que realmente importa.
Hoje é o fim do mundo, eis uma proposta,
é uma questão de tempo, mas não termina enquanto eu não souber sua resposta.

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LUGAR-COMUM

"Então, calei minha boca por um segundo e pude sentí-lo pulsar..."

LUGAR-COMUM
=Allan Dayvidson=

____/\/\_/\________/\/\_/\________/\/\_/\____meucoraçãoestápulsando____/\/\_/\____meucoraçãoestápulsando

Meu coração é meu lugar-comum
e não vai a lugar algum,
um lar cuja a mobília é minha família.

Sempre encontra rimas em meus versos;
colore meu universo
e em sua paleta, cores, amigos e amores.

(E se você ficar quieto um segundo pode ouví-lo pulsar...)

Às vezes, banco saber o que estou fazendo,
então, ouça mais meu coração e leia menos meus pensamentos,
porque mesmo soterrado em advertências e cimento,
meu coração está pulsando...

E meu coração não é faixa-preta,
mas faz careta e briga por mim.
Aprendeu alguns golpes com Bruce Lee.

Meu coração faz seu próprio ritmo,
e está aprendendo a compor com toda força,
embora tenha sido um rebelde aluno de Mozart.

(E aprendeu com Hamlet a fazer o maior dramalhão!...)

Mas, às vezes, me contagio com o dilema do ouriço,
apenas ignore e me abrace, pois é disso que preciso.
e os espinhos são só fachada para tudo que há entre os choros e risos,
e um coração ainda pulsando...

____/\/\_/\____meucoraçãoestápulsando____/\/\_/\____

Quanto tempo passei ignorando algo que se manifesta fisicamente.
Meu coração tentava me avisar desesperada e insistentemente
que estava sendo violado por minha mente.

(Então, calei minha boca por um segundo e pude sentí-lo pulsar...)

E estou tentando não resistir ao impulso,
não me debater em minhas águas e meu curso,
e não dissecar meu coração tentando medir cada pulso,
(____/\/\_/\____meucoraçãoestápulsando...)
E às vezes, banco saber o que estou dizendo,
então, ouça mais meu coração e leia menos meus pensamentos,
porque mesmo soterrado em advertências e cimento,
meu coração está pulsando...

meu_coração_está_pulsando_____/\/\_/\____/\________________...

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EM TODOS OS SENTIDOS

"Explore mais seus sentidos..."

EM TODOS OS SENTIDOS
=Allan Dayvidson=

Invade minha retina, percorre minha superfície;
é música para meus ouvidos... e ao mesmo tempo...
incomoda feito um mosquito e me mobiliza de um jeito esquisito.

Eu sei que você também sentiu isso,
algo entre áspero e liso;
e que ouviu todos os alarmes e avisos
sobre esta relação compulsória e irresistível,
feito cócegas e crises de riso...
Você me deixa sensível.

O calor de sua respiração em meu rosto,
o toque da sua mão e o cheiro do seu corpo...
E o som da sua voz... o som da sua voz... o som da sua voz...
ecoa e faz um estrago feio, chega e me acerta em cheio.

Eu sei que você também sentiu isso,
do cítrico gelado ao doce quente;
e que vê as mesmas cores reluzentes
nessa descarga elétrica forasteira e imprevisível,
uma experiência completamente diferente...
Você me deixa sensível.

Ah! Acho que eu preciso de mais provas,
porque estas sensações ainda são tão novas,
mas devo isso a você, seu jeito, seu corpo, meu corpo
e a essa tensão insubstituível...
Você me deixa sensível.

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(DES)CONSTRUÇÃO

"O último poema da coleção CARETAS... Estive pensando no quanto estamos desabituados a lidar com o desconhecido, pois sempre buscamos explicações a priori para todas as coisas... Bom, aqui falo sobre um dia em que diante de um conflito, me posicionei de uma maneira que eu mesmo não esperava... Permiti minha desconstrução, para dar espaço a criação do novo e desconhecido em mim..."

(DES)CONSTRUÇÃO
=Allan Dayvidson=

Deve haver uma boa explicação,
só não quero ouvir mais.
É uma das perguntas cuja a resposta...
já tanto faz.

Não quero saber o que fazer para ser compreendido;
Não quero saber como ser assimilado ou tolerado;
E não quero anestésicos ou qualquer paliativo,
remendos para um coração impulsivo...
Meu coração será impulso vivo,
não mero pulso diagnosticado.

Deve haver um jeito de consertar essa história,
mas dessa vez isso é algo que permanecerá quebrado.
Conheço milhão de desculpas compensatórias,
mas deixou de ser questão de certo ou errado.

Não quero saber até onde ir para ser convincente;
Não quero saber o que fazer de meus pontos fracos;
E as palavras que escolho não se resumem a meros enfeites,
ou remendo para um coração em cacos...
Estou desconstruído e fora dos frascos,
não destruído ou silenciado.

Não farei dos escombros, minhas ruínas,
e minha reconstrução será interminável...
Meus pilares vão ganhando formas pouco a pouco,
mas em terreno sempre instável...
(Que lugar fértil e formidável!)

Não quero saber o que fazer para ser querido;
Não quero saber quem ser para ser amado ou desejado;
E não farei mais de meus poemas meros comprimidos,
ou remendos para um coração esforçado...
Meu coração será pura força e brado,
não fardo resumido ou explicado.

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PROVOCAÇÃO

"..."

PROVOCAÇÃO
=Allan Dayvidson=

Tenha muito cuidado... com sua imaginação.
e com o que lhe escapa por entre os lábios...
Pura indiscrição!...

A vida é um permanente experimento,
e nós, cobaias por excelência.
Você me deixa curioso... e sem paciência!

Porque no embaçado de sua lente,
vejo motivos demasiadamente honestos,
mas a noite costuma ser devastadora, não deixando sequer restos.

Só será crime se formos pegos,
eis seu plano fantástico,
porque vivemos numa sociedade de cegos performáticos.

Não aponte seus olhares para mim
com esse ar taxativo.
Não coloque essas mãos em cima de mim,
cheias de bons motivos.
Não me provoque, porque no choque
nossos estilhaços voarão para toda parte.

Então, não me aponte olhares em desfoque...

Pois bons garotos são obedientes,
atravessam fronteiras ilegalmente,
espalham digitais por aí negligentemente
e acham-se imunes diplomaticamente.

Pobres vítimas da normatividade voraz e indecente!

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ETIQUETAS

"Parece que a vida em sociedade sempre nos cobra performances não importando o quão vazias podem ser... Muitas vezes dizem tanto que você é deste ou daquele jeito que te faz acreditar mesmo que é somente assim que deve ser... Mas no fundo sabe que você é muito mais..."

ETIQUETAS
=Allan Dayvidson=

Ei, ei! Babaca misógino sob o holofote;
ou então, o cabeça oca de grande porte;
ou qualquer exibicionista de plantão...

Garota pervertida, ou moça pudica;
Atriz falida, ou perua rica;
ou qualquer fracassada por opção...

As palavras são algemas;
apelidos são comprimidos...
Por quanto tempo quer ficar sob custódia
enchendo a cara de remédios?

Não encaixote a si mesmo e encha de etiquetas
porque as fronteiras são grandes abstrações;
porque você escapa por entre os dedos
de qualquer um que tente esmagar-lhe com as mãos.
Então, não faça de si mesmo uma cela.

Ei, ei! A atleta campeã;
ou então, o garotinho brincando com o scarpin;
ou qualquer adulto muito encanado...

Ei! "Tia solteirona";
ou cara de baixa performance na cama;
ou qualquer outro frustrado...

As piadas são gaiolas
e os ouvintes são exigentes...
Por quanto quanto tempo vai ficar aí dentro
cantarolando para toda essa gente?

Não se embrulhe para presente e encha de laços,
porque as promessas são temporárias distrações;
porque você escapa a qualquer nó apertado
de quem impõe tantos cabrestos e condições.
Então, não faça de si mesmo sua cela.

As categorias são alegorias
e os papéis, tão performáticos...
Por quanto tempo vai ficar bancando ser
tão e somente o que esperam de você?

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PROJETO

"Meu desejo não é pela diferença ou pela indiferença, pela desordem ou uma nova ordem... Mas pela pura e simples espontaneidade..."

PROJETO
=Allan Dayvidson=

Vestiram-me dos pés a cabeça e disseram qual cor melhor me caía;
Cortaram meu cabelo do modo certo;
e mostraram-me em quais lugares me esconder.

Mandaram-me esperar a deixa enquanto editavam o que eu sabia;
Mantiveram-me sempre por perto;
E assopraram em meu ouvido o que dizer.

E nada disso me seduz...
então, será do meu jeito.

Não precisa repetir,
ouvi em alto e bom som.
Mas não pretendo ser novamente seu protótipo,
seu projeto de ajustamento

Fizeram uma cela para meus pensamentos;
Elegeram os mais aceitáveis comportamentos;
Decidiram um limite modesto para meus inventos.

E tudo isso só me reduz...
sufoca e viola meu peito.

Não se atreva a repetir
e não peça que eu modere meu tom.
Porque não pretendo caber em seus estereótipos,
seu projeto de confinamento...

Sei que estamos até certo ponto presos no embaraço das relações,
e atravessados por tantos e os mais diversos comprometimentos,
mas é preciso tecer outras pontas nestes cordões.

Disseram-me o que apreciar e como me divertir;
Escreveram em minha ementa, quem e como eu poderia amar...

E tudo isso só me restringe...
Ao menos, esta tem sido minha desculpa.

Não precisa repetir...

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AMÁLGAMA

"Um agradecimento pode ser a forma mais afortunada de dizer adeus..."

AMÁLGAMA
=Allan Dayvidson=

Por apreciar caretas minhas que eu mesmo nem percebia fazer;
Por oferecer generosamente uma honesta e peculiar perspectiva;
Por me dar uma razão genuína para começar escrever;
Por sempre me encorajar a depositar todas as fichas na vida...

Por surgir feito um ícone histórico de nome composto
cujo heroísmo atravessa gerações inteiras.

Obrigado por me deixar de pernas bambas e queixo caído.
Obrigado pelo abraço apertado...
onde repousar um corpo cansado... e um coração partido.

Por todos seus esforços para me conhecer melhor;
Por partilhar comigo seu bem mais valioso... sua vocação...
Por surgir feito um fenômeno da natureza de proporções desconhecidas,
e lá foi você, me entretendo com suas luzes e partituras.

Obrigado pela expressão em seu rosto toda vez que nos encontramos;
Obrigado pelas provocações...
e por me tirar da zona de conforto... por atrapalhar meus planos.

Por todo o tempo que permaneci escorrendo por entre seus dedos;
Por encarar destemidamente minhas defesas até que eu baixasse a guarda;
Por surgir feito uma equipe expedicionária fascinada...
Por me devolver a meu corpo.

Obrigado por falar de tão perto e de tantas coisas.
Obrigado por me aquecer...
e contribuir para minhas fantasias... e minhas poesias.

Foto de Allan Dayvidson

CINTILANTE

‎"Bom, aqueles que se dedicam a arte sempre tiveram meu fascínio. Mesmo aqueles que se dedicam a ela sem perceber. Chamam de 'hobby' ou até mesmo de algo tipo 'uma bobagem minha que faço de vez em quando'... Embora a 'dedicação' nem sempre seja óbvia, ela é sempre genuína e parte de uma necessidade de produção de algo que escape ao que já está posto e definido... Inspirado por um texto de uma amiga (artista com orgulho), escrevi este poema em homenagem aos artistas que conheço e que de um modo ou de outro atravessam minha própria inspiração... inclusive a todos do site Poemas de Amor..."

CINTILANTE
=Allan Dayvidson=

Prefiro o cintilante das palavras
daqueles que encontram vazão nos versos
e cujas estrofes de reflexão são como descargas elétricas
brigando pela vida de um corpo.
É o tipo de gente que me mobiliza
e me coloca em suspensão,
um lembrete de que não sou um pobre prisioneiro de uma órbita.
E posso ser simples;
E apenas estar contente;
Estar surpreso ou ser surpreendente;
E me sentir precioso de novo...
pelo simples fato de estar aqui...

Prefiro as cifras honestas e incalculáveis
daqueles que encontram nos compassos, abraços;
daqueles que dançam em dueto com o acaso;
e aqueles que se colocam no palco por um pouco mais que aplausos...
o tipo de gente que colore a vida de dentro para fora
e vê beleza mesmo nas gotas de tinta que caírem no chão.
E posso ser audaz;
Estar envolvido e ser envolvente;
Estar curioso permanentemente;
E me sentir bem vindo de novo,
pelo simples fato de estar aqui...

Um brinde a sua disponibilidade filosófica;
Uma salva de palmas a sua licença poética;
Sinceros agradecimentos a sua bravura emocional,
sempre produzindo novas possibilidades...

E posso ficar implicante;
Estar desprendido e me sentir abundante;
Estar livre, mas não distante...;
E apenas chorar de novo...
pelo simples fato...
E consigo explorar e inspirar;
Consigo usufruir e libertar;
E apenas criar e fluir;
E, enfim, me sentir aquecido...
pelo simples fato de estar aqui...

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APLAUSOS

"À sociedade disciplinar que produz 'desvios' em nome da manutenção de poder..."

APLAUSOS
=Allan Dayvidson=

Ele acorda para mais um dia à vontade
e faz a caridade de ser um membro exemplar da sociedade.
Nasceu no lado certo do mapa
e todos idolatram sua capa, enquanto enchem e erguem suas taças.
Tudo permanece como sempre foi, um paraíso para o "homem de bem".

É a ordem natural das coisas (Não mexa!)
e, em nome da ordem, renda-se a superioridade do clube do garotos
enquanto calam sua boca com migalhas operárias,
porque você é só uma caricatura hilária.
Você é só um esteriótipo, um protótipo de gente,
tudo que faz dele a maior expressão da perfeição

Recuso-me a dançar sob esses aplausos.

Ele tem tudo sob controle,
é dono de sua prole e nocauteia qualquer um que der mole,
porque indisciplina não será tolerada
e todo e qualquer um que se atreva terá sua alma engaiolada.
Tudo permanece como sempre foi, um paraíso para o "homem de bem".

Acontece como deve acontecer (Não mexa!).
e, em nome da ordem, rebole como se a vida fosse um número de pole dance,
porque você não pode perder a atenção dele.
então dispa-se, não perca essa chance.
E alimente toda diplomacia sistemática e ditadura burocrática
que te contorcem até que você caiba em modelos rasos!

Recuso-me a dançar sob esses aplausos.

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